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Passados 11 anos da morte de Leal, mandantes gozam de impunidade.
CASO LEAL: mandantes de crime gozam de impunidade.

Atendendo a instruções do Comitê Interamericano de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), o governo do estado promove um ato de reparação à morte de Manoel Leal, jornalista sul-baiano assassinado em 14 de janeiro de 1998, numa emboscada na porta de casa, em Itabuna. O ato de reparação acontecerá às 8h30min da próxima segunda-feira, 21, no Hotel Pestana, em Salvador.

Como lembra o jornalista Marcel Leal, filho de Manoel, “esta é a primeira vez que um estado aceita decisão do Comitê Interamericano de Direitos Humanos da OEA, de reparar a morte de um jornalista por não garantir sua segurança e a liberdade de expressão”.

Leal foi assassinado há 11 anos. Até hoje, apenas um funcionário da Secretaria de Segurança Pública, o Mozart Brazil, foi preso, julgado e condenado pelo envolvimento com o crime. Mozart, no entanto, goza de facilidades e até já saiu da prisão pela porta da frente. Outro julgado foi o ex-presidiário Marcone Sarmento, absolvido em júri composto por parentes do ex-prefeito Fernando Gomes e funcionários da prefeitura de Itabuna.

Leal morreu ao descer do carro para abrir o portão do sítio onde residia, no bairro Jardim Primavera, no dia 14 de janeiro de 1998, por volta das 8h da noite. Ele foi abordado por homens numa picape Silverado, que dispararam diversos tiros. Seis deles atingiram o corpo do jornalista.

Passados 11 anos do crime, nenhum dos mandantes foi preso. Da lista de suspeitos, chegaram a constar os nomes do ex-prefeito Fernando Gomes, da ex-secretária de Governo, Maria Alice Pereira Araújo, e do delegado Gilson Prata. O crime foi mal investigado e facilitou absolvições ou dificultou que se chegasse aos reais autores intelectuais da emboscada fatal.

Jornalista combativo, Leal quedou após série de denúncias no Jornal A Região contra a gestão do então prefeito Fernando Gomes. Leal era proprietário do semanário, hoje dirigido pelo filho, Marcel Leal. Dentre as denúncias contra o prefeito, o caso rumoroso de pagamento de diárias para o delegado Gilson Prata investigar um suposto esquema de desvio no setor de arrecadação da prefeitura de Itabuna. Gilson foi acusado de montar ‘polícia política’ à época. Os alvos eram inimigos políticos do prefeito.

0 resposta

  1. Existe duas Itabunas.Uma com Manuel Leal e outra sem.Meu amigo merece justica e homenagem.Eu queria mesmo ver o mandante ser julgado.Essa sim seria a melhor homenagem a esse homem que nao tinha medo de contar a verdade e de fazer a gente dar risadas.Se houve um homem corajoso em Itabuna,esse homem foi Manuel leal.Fiquei contente com essa noticia.

  2. é dificil perder um pai ou um entee querido, mas os acusados já pagaram sua pena ou não?
    Se pagaram pelo o que fez o que mais quer?
    Agora se não pagaram ai sim vcs tem q tomar algumas atitudes.
    Mas se já pagaram passaram anos na prisão nem eu nem vc tem mais nada a fazer, pq a justiça é tarda mais não falha, e com esse politicos sujos que estão ai pior fica.
    Saudades ficam mas infelizmente não podemos fazer nada, a não ser como suas próprias mãos.
    Ai é com vc e a sorte.

  3. FICO MUITO ALEGRE E EMOCIONADO, COM ESTA REPARAÇÃO, MAIS , QUE JUSTA, E TRISTE, POR NÃO VER, FERNANDO GOMES E MARIA ALICE, PAGANDO, ALGUMA PENA. MAIS, NUNCA É TARDE….AGUARDEMOS………!!!!

  4. Fiquei feliz com essa reparacao.Os corruptos nao podem sair matando quem os entregam e ficar impunes.Espero que Wagner va atras dos mandantes.
    Nos cidadaos merecemos justica porque temos o direito de saber o que os politicos fazem com nosso dinheiro.
    Manuel Leal cumpriu sua missao.Que homem espetacular,depois de 11 anos vao homenagea-lo.
    Maria alice, fernando gomes,gilson prata,mozart,marcone quando morrerem ninguem vai ligar porque foram vidas deturpadas,sem Deus,mentes doentias.
    Sou pai e imagino a dor da familia do jornalista mas hoje quem chora foi quem colocou as lagrimas na cara dessa familia.
    Deus é pai e eu sou fiel a ele.

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