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ONGs contrárias ao projeto intermodal Porto Sul vão entregar um manifesto à nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O projeto é defendido pelos governos federal, estadual e municipal e prevê investimentos totais de R$ 6 bilhões.

Izabella é nova no cargo. Entrou em lugar de Carlos Minc, que deu tchau para disputar a reeleição à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O teste para ‘Iza’ é dureza, como diz Sônia Raci.

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A Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna (Settran) multou o veículo de placa JQC-7702, mas não conseguiu localizar o endereço da proprietária. Seguindo o que determina o Código de Trânsito Brasileiro nestas situações, a notificação (auto de infração 36607) foi publicada no Diário Oficial do Município, a fim de que a dona do bólido tomasse ciência e, claro!, se pronunciasse.

Pra resumir a história: o veículo pertence à prefeitura de Itabuna.

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Prefeitos e Davidson apoiam Wenceslau (1º à dir.)

Sob a bênção do padrinho Davidson Magalhães, presidente da Bahiagás, o vereador itabunense Wenceslau Júnior conseguiu sacramentar o apoio dos cururus sul-baianos ao seu projeto de tornar-se o primeiro deputado estadual do PCdoB no eixo Ilhéus-Itabuna.

Os comunas realizaram encontro regional, hoje, na Câmara de Vereadores de Itabuna. Estavam lá lideranças regionais. Contados pela organização, 24 municípios foram representados.

Do encontro, algumas certezas: o partido está fechado com as candidaturas de Dilma Rousseff à presidente da República e Jaques Wagner, reeleição ao governo baiano.

Ainda outras certezas no centralismo democrático dos cururus: o partido por aqui defenderá os nomes de Alice Portugal e Edson Pimenta para a Câmara Federal e o de Wenceslau Júnior para a Assembleia Legislativa.

O PCdoB quer eleger três deputados federais em 2010. Os nomes mais fortes são os de Alice, Edson e de Daniel Almeida. Para a Assembleia Legislativa baiana, o partido quer aumentar sua bancada, passando a quatro deputados, incluindo na conta o nome de Wenceslau.

Hoje, a legenda conta com Javier Alfaya, Álvaro Gomes e Edson Pimenta na Assembleia. Pimenta sai para disputar vaga à Câmara Federal. Ainda no plano das certezas, o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, tem uma – ou mais uma: “a eleição não vai ser fácil, mas estamos preparados”.

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O Itabuna meteu 2×0 no Bahia, no estádio Luiz Viana Filho, na primeira das partidas finais do Baianinho de 2010. Os gols foram marcados no segundo tempo. Felipe Lima abriu o placar aos 26 minutos e Fabinho fechou aos 33.

A arbitragem deu uma “mãozona” ao Bahia ao esticar o segundo tempo do jogo em sete minutos (mesmo não havendo paralisações ou expulsões que justificassem a medida) e garfou o Itabuna, que teve um pênalti roubado quando a partida já estava 2×0.

A segunda partida das finais está programada para as 16h do próximo domingo, 2, no estádio Waldeck Ornelas, em Camaçari. Mesmo se perder por 1×0, o Itabuna será campeão do “Baianinho”.

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O Itabuna está metendo 2×0 no Bahia na primeira partida das finais do Campeonato Baiano de Juniores. Fabinho, aos 33min do segundo tempo, ampliou para o Azulino.

Felipe Lima fez o primeiro para o Itabuna. Caso persista o placar, o time sul-baiano poderá perder a segunda partida pela diferença de um gol e mesmo assim levantará o “caneco”.

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Um ano depois da morte do aposentado Zenildo Lacerda, 62, a polícia de Itabuna ainda não conseguiu prender os autores do crime. Uma missa na Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Itabuna, lembrará os 12 meses sem Zenildo. Familiares e amigos participam do ato religioso, às 9h.

O assassinato ocorreu na noite do dia 25 de abril do ano passado. Zenildo estava com a esposa no bar Amarelinho, na rua Almirante Barroso, centro da cidade. Um homem desceu de uma moto e atirou três vezes no aposentado, que teve morte instantânea.

Dos disparos, dois atingiram Zenildo. Ele estava de costas para a rua, sentado na calçada e foi surpreendido. O atirador abandonou a moto e fugiu em um Fiat Uno. Dois homens davam cobertura ao assassino.

Zenildo Lacerda era uma morte anunciada desde que começou a investigar a execução do filho, Neto Lacerda, morto na praça do Trabalho, no Pontalzinho, em março de 2006. O aposentado denunciou os nomes dos envolvidos no crime.

Quando a polícia chegou a um dos denunciados, este encontrava-se com um salvo-conduto expedido por um juiz itabunense. Zenildo Lacerda descobriu os nomes dos supostos criminosos após rastrear a movimentação de cheques que estavam em mãos do filho, assinado em 2006.

Por conta da impunidade no caso, apesar das provas contra os autores dos dois crimes, a família teme se pronunciar publicamente sobre as investigações.

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Por falar na final dos juniores, a notícia triste é que – apesar da excelente campanha e da possibilidade de levantar a taça – os meninos do Itabuna já estão excluídos do Baianão 2011. É que a participação da divisão de base é atrelada à do time principal.

Regra injusta.

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Já começou a final do Baianão de Juniores, no estádio Luiz Viana Filho, em Itabuna. O Azulino tenta levar o título da categoria. Enfrenta o poderoso Bahia. Por enquanto, o placar está zerado.

Os meninos do time júnior tentam salvar o ano do Itabuna Esporte Clube. A equipe profissional fez um péssimo campeonato e acabou rebaixada para a Segunda Divisão.

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Da coluna de Levi Vasconcelos (A Tarde):

Da vassoura ao leão

É mesmo uma saga a do produtor de cacau nos dias de hoje. Edvaldo Sampaio tornou-se um ícone na cacauicultura. Após muito sofrer com a vassoura-de-bruxa, a praga que aniquilou a economia da região cacaueira, desenvolveu técnicas de combate à doença e com isso ganhou respeito no País, inclusive dos cientistas, ao publicar um livro (que virou Bíblia entre os seus confrades) relatando passo a passo o conhecimento adquirido.

Foi mais longe. No embalo do PAC, juntou o que conseguiu de economia e correu para o banco. Pagou de uma só penada R$ 520 mil cash. E após 20 anos de luta, aos 66 de idade, bradou: enfim, livre! (da vassoura-de-bruxa e da gula insaciável dos bancos).

Livre? Qual o quê. Havia outro faminto à espreita. O leão da Receita Federal está no encalço de Edvaldo. Quer o seu naco sobre os R$ 520 mil pagos ao banco.

É assim que o governo quer recuperar o cacau? E Edvaldo é exceção. O grosso dos produtores terá que vencer os três gigantes, a vassoura, o banco e o leão. É mole?

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Leitor do Pimenta que reside nas imediações da Praça do Trabalho, bairro Pontalzinho, encontrou uma maneira de evitar com que o capô do seu automóvel seja utilizado como bandeja de cocaína. Conforme denúncia publicada pelo blog, usuários de droga costumam dar suas cafungadas altas horas da noite naquela praça de Itabuna, servindo-se dos carros alheios tanto para cheirar como para fazer sexo ao ar livre.

Nosso leitor diz que o jeito para afugentar a turma do pó não foi recorrer à polícia (para a qual o Pontalzinho é a filial do céu), mas simplesmente deixar de lavar o carro. Com o possante imundo de fazer dó, ninguém encosta. E se cheirar cocaína em cima, vai aspirar é muita poeira.

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Este blog tinha sérias dúvidas com relação à competência da equipe do Departamento de Tecnologia da Prefeitura de Itabuna. Não tem mais. Naquele notável setor da administração municipal labutam funcionários da mais alta capacidade e conhecimento, fato que tanto surpreende como assusta.

Os gênios do DT, setor vinculado ao secretário Maurício Athayde, tem como fato desabonador no currículo a criação de um sistema eletrônico de emissão de notas fiscais que funciona mal e porcamente. Pior: com a mais inacreditável irresponsabilidade, o governo ativou o sistema (e desativou o anterior), sem testá-lo e sem incorporar o histórico dos contribuintes.

Nos primeiros dias, o clima era de estupefação. Empresários atônitos sem conseguir emitir uma nota fiscal, alíquotas alteradas sem explicação, um sistema que não suportava meia dúzia de pessoas “logadas” ao mesmo tempo… Enfim, um caos que não foi denunciado levianamente pelo Pimenta, por ter sido real. Um caos que deixou alarmadas instituições como a Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (ACI) e até mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Mas esse porém não tira desses meninos o mérito de sua genialidade. Durante esta semana , os “cérebros” do DT tentaram invadir o site do Pimenta Muqueca. No frisson da molecagem, adrenalina alta, não se contiveram. Um deles, já identificado, telefonou para o blog, afirmando ser funcionário da “Braga Veículos”. Confissões do crime e mensagens ameaçadoras foram encaminhadas para a nossa sessão de comentários, todas já gravadas em local seguro, a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Depois de confirmar a verdadeira identidade do “funcionário da Braga Veículos” (na realidade, o servidor Gustavo Domingos dos Santos, lotado no Departamento de Tecnologia da Prefeitura), o Pimenta tomou duas providências: a primeira, encaminhar todos os comentários e ameaças para um especialista, também reforçando a determinação para que o banco de dados do blog seja submetido a backups frequentes; a segunda, investigar minuciosamente o caso, medida que já nos permitiu descobrir indícios de que um ocupante do primeiro escalão do governo Azevedo está ciente e conivente com o terrorismo dos gênios.

Os molequinhos podem estar certos de que suas pegadas estarão bem gravadas, caso qualquer sabotagem seja cometida contra este site. Além das reações judiciais, no âmbito civil e criminal, os crackers de Athayde estarão dando a sua contribuição para “boa imagem” deste governo que, por ação ou omissão, acolhe autores de delito. O blog só lamenta que cérebros tão capazes para destruir sejam tão incompetentes para elaborar algo que funcione corretamente. São do time dos que não conseguem criar um site, mas são hábeis para invadir computadores, roubar senhas, esvaziar contas bancárias e outras bandidagens.

E olha que nós subestimávamos a capacidade desse governo…

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QUEM NÃO SABE REZAR, XINGA DEUS

Ousarme Citoaian
Professora de língua portuguesa e latim da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), experiente em corrigir redações do Vestibular (e de quem não declino o nome por não estar autorizado a fazê-lo) explicou-me um dos problemas mais freqüentes em seu trabalho: “O candidato quer escrever uma coisa e escreve outra”. Ótimo resumo. Penso que o fenômeno também ocorre na linguagem oral: às vezes, queremos dizer uma coisa e o que chega ao interlocutor é diverso do nosso pensamento. Já falamos do assunto nesta coluna, e o explicamos com um dito do falar brasileiro muito saboroso: “quem não sabe rezar, xinga Deus”.

“VOU ACABAR COM OS ANALFABETOS”

Há tempos, um candidato a prefeito de Itabuna, famoso por traumatizar a gramática portuguesa e os cofres públicos, disse num programa de rádio que, se fosse eleito, iria “acabar com os analfabetos”. Mesmo que o ilustre representante do povo não tenha minha simpatia, nunca o imaginei dono de crueldade tamanha, capaz de, em tal sanha analfabeticida, matar tantos itabunenses – afinal, a Bahia é campeã nessa modalidade e Itabuna, por certo, dá grande contribuição à conquista. Quer dizer: eu entendi que ele queria, patrioticamente, “acabar com o analfabetismo”. Mas nem por isso, como querem certos lingüistas, a formulação dele há de ser aceita..

COMUNICAÇÃO POR SINAIS DE FUMAÇA

Uma reportagem da TV Record, em Salvador, colheu interessante depoimento de uma senhora, a propósito de ações do governo. “Diante da violência que nós veve…”, preambulou a soteropolitana – e, para o caso, não interessa o resto da fala. Achei ótimo, mesmo que isto espante os leitores desta coluna tida como ranheta em questões de língua portuguesa. Neste caso, pode. O que não pode é o Fórum de Itabuna, tocado por gente muito estudada, produzir e autorizar a divulgação de um anúncio como o da foto ao lado (O. C. clicou). Ao povão que não foi à escola é válido comunicar-se até por sinais de fumaça; das autoridades, com responsabilidade na formação do público, não. E a crase não humilha ninguém.

ALFABETIZADOS SEGUEM DONA NORMA

Ouvi dizer que sou “formal”. Surpresa. Por não ter estudos específicos, ignorava essa divisão entre linguistas e “formais”. Sei é que, mesmo sem consulta, me puseram na escola, onde  gastei esforço e dinheiros público e da  comunidade, via CNEC  (Google, urgente!). Queimei as pestanas para aprender a dizer “Nós vamos”, em vez de “Nóis vai”, como era minha natural inclinação – e agora me vêm dizer que “tudo está certo”. Não está. Quem não foi à escola do professor Chalub, que fale como puder, com nosso respeito. Mas os alfabetizados – e jornalistas, até prova em contrário, o são – têm que seguir a norma culta. Eu sigo, também, a vizinha do 6º andar, inculta mas bela.

DA ARTE DE ESCREVER BEM

Antônio Naud Júnior (foto) é, sem questionamentos, o mais profícuo dos produtores literários da nova geração grapiúna. Leu, viveu, sofreu, acumulou experiências, escreveu e, sobretudo, andou. É um andarilho, inquieto, envolvido ao mesmo tempo com variadas atividades. Sua principal área de interesse, pode-se dizer, são todas: prosa, poesia, teatro, cinema, televisão e gente. Lê tudo, sem preconceitos. Discorre, com igual paixão, sobre o mais novo romance nas livrarias, a trama da novela das oito e um recém-lançado blog de poesia. O poeta Vicente Franz Cecim o chamou de “cigano incorrigível por vocação luminosa ou oculto fado”. Disse-o bem.

ACORRENTADO AO SILÊNCIO

Se um viajante numa Espanha de Lorca (um diário de viagem pela Europa, publicado em 2005) é seu trabalho mais pessoal, no sentido de mostrar-se em inteira sensibilidade de homem dilacerado. Porém é corajoso o bastante para adentrar os esconderijos, truques e subterfúgios deste mundo, traduzindo-os, poeticamente, para nós sedentários. Quem se propõe a tarefa de ler o mundo há de, primeiro, ler-se a si próprio. Mas qual de nós se lê com clareza? “Sou tantos. Há um Antônio poético e aventureiro errante, um Antônio porra-louca e pessimista, um Antônio disposto a saltar no vazio sem paraquedas, outro obcecado pelo amor. Há ainda um Antônio espiritualizado e acorrentado ao silêncio…”. As contradições de todos nós.

UM CÉU DE MUITO POUCO AZUL

Antônio Júnior, na Europa, descreve a solidão angustiante que nos esmaga nas grandes metrópoles: “Estar em Madrid (foto) é como estar em Londres, o peso do cinzento, do vazio interior, o ar asfixiante e pegajoso, o céu que só muito raramente mostra a cor azul, as estrelas que mais parecem imitação de péssima qualidade (…). Como não conheço ninguém e ninguém me conhece, é quase como não existir. Sou um estranho numa grande cidade, flechado por uma sensação assustadora de saber que posso cair duro no meio da rua e nem uma só alma local notará minha ausência” – obra citada.

INCITATUS, O SENADOR BIÔNICO

Sem propósito ou objetivo eis-me posto a lembrar de cavalos famosos, saídos de antigas leituras. Rocinante, esquelético feito o dono, era o cavalo de Dom Quixote (foto); Heroi, do Fantasma (que tinha também um cachorro, Capeto); Silver era o lépido cavalo do Zorro; John Wayne, em O último pistoleiro, montou Dólar; Incitatus, cavalo de Calígula, foi o primeiro senador biônico de que se tem notícia. Com a ditadura militar, ressuscitou-se o modelo no Brasil (mas aqui nomearam, além de cavalos, burros); Dr. Robledo montava um sonolento pangaré, que em algumas histórias teve esse nome: Pangaré. Justiceiro, no bom sentido do termo, o pacato médico virava o Cavaleiro Negro, enquanto Pangaré se transformava no fogoso Satã.

NAPOLEÃO E SEU CAVALO BRANCO

Muito famoso é o cavalo de Napoleão, embora ele tivesse vários. “Qual a cor do cavalo branco de Napoleão?” – diz a velha “pegadinha” (se você acertar, ganha o CD O melhor do arrocha, incluindo uma faixa-bônus com Caetano Veloso cantando Rebolation). O nome do principal cavalo de Napoleão era Vizir, um árabe, presente do sultão do Egito. Reza a lenda que Vizir (na gravura) levou o velho Bonaparte de Paris a Moscou em 1812 e, na grande retirada, com 60 graus abaixo de zero, trouxe seu dono de volta, são e salvo. Depois de morto, foi empalhado e, nessa condição, encontra-se no Museu do Exército, em Paris. São cavalos muito importantes, mas nenhum deles ganhou o Oscar da Academia.

PANGARÉ “GANHA” METADE DO OSCAR

O cavalo mais vitorioso do cinema não recebeu a divulgação merecida. Foi um anônimo montado por Lee Marvin, em Dívida de sangue, de Elliot Silverstein. Marvin faz um pistoleiro pé-de-cana (Kid Sheleen), montando um cavalo igualmente bêbado (foto). Ao ganhar o Oscar como melhor ator de 1965, Lee Marvin, chegado a um copo, fez um discurso inusitado: disse que passara a vida toda “treinando” para ser um beberrão nas telas; e que metade do prêmio deveria ser dado ao cavalo do filme. É um dos meus (muitos) faroestes preferidos. Engraçado e diferente, tem Jane, a rebelde filha de Henry Fonda na plena forma dos seus 28 aninhos – além da criativa trilha sonora (“ao vivo”) de Nat King Cole e Stubby Kaye (A balada de Cat Ballou).

O MAIOR DOS NOSSOS COMPOSITORES

“Ora – direis – Tom Jobim é muito citado nesta coluna”. E eu vos direi no entanto que, a meu juízo, ele aparece até pouco. Tenho dúvidas sobre se nosso país de tão parco reconhecimento a seus valores intelectuais tem consciência da importância de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim para a MPB. E embora não seja neste espaço que se corrigirá tal injustiça, algo precisa ser dito: para começar, que Tom Jobim é o maior dos nossos compositores modernos, com uma produção imensa em que (não pude conhecê-la toda, é verdade) nunca encontrei nada que não fosse de alto nível. A produção de Tom Jobim é horizontal, no melhor sentido que possa ter a palavra.

NENHUM MÚSICO TEVE TANTO PRESTÍGIO

Foi ele, não Carmen Miranda, conforme se apregoa por aí, quem abriu as portas do mercado mundial (a partir dos Estados Unidos, é claro) para o canto brasileiro. Tom Jobim “invadiu” o jazz, ensinou Frank Sinatra a cantar música brasileira, mostrou a Gerry Mulligan como emitir  no sax uns acordes de Samba de uma nota só (isto tudo circula na internet). Foi gravado, além de Sinatra e Mulligan, por Ella Fitzgerald, Stan Getz, Sarah Vaughan e todo mundo que interessa. Imagino que Billie Holiday não o gravou porque não conseguiu sair do túmulo. Mas tentou. Anita O´day (que esteve no Brasil nos anos oitenta) abre e fecha suas apresentações com  Wave. Nunca na história deste país alguém teve tanto prestígio internacional. Tom era o cara.

A TERNURA ANTIGA DE JOE HENDERSON

Joe Henderson (1937-2001), saxofonista dos  mais respeitados do mundo, também fez um cancioneiro de Tom Jobim (Double raimbow, que enriquece minha humilde coleção). Sonoridade límpida, suave, “flutuante”, com certa nostalgia das baladas de  Coleman Hawkins (foto). Mas JH é discípulo confesso de Stan Getz e Charlie Parker, capaz de alternar a simplicidade do primeiro com a sofisticação do segundo. Mesmo nas notas agudas, não chega à agressão auditiva, mantém-se lírico, como se tocasse um acalanto. Como diria o velho Che (para quem balada se fazia com rifle, não com sax), Joe Henderson não perde a ternura, jamais.  No vídeo (com Desafinado), os “coadjuvantes” são Pat Matheny (guitarra) e Tom Jobim (ao piano). Em meio a esse luxo, brilha o sax de Henderson.
(O.C.)
</span><strong><span style=”color: #ffffff;”> </span></strong></div> <h3 style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>E FRED JORGE CRIOU CELLY CAMPELLO!</span></h3> <div style=”padding: 6px; background-color: #0099ff;”><span style=”color: #ffffff;”>No auge do sucesso, em 1965, a música teve uma versão no Brasil, gravada por Agnaldo Timóteo. Como costuma ocorrer com as
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Deveria ter começado neste sábado, 24, em todo o país, a campanha contra o vírus influenza (gripe comum) em idosos. Ocorre que o Ministério da Saúde adiou o início da campanha em algumas regiões, como o Nordeste, para 8 de maio, alegando problemas na produção da vacina.

Apesar do adiamento, um informe do Ministério, veiculado esta semana na televisão, dava conta de que os postos de saúde de todo o país deveriam estar abertos neste sábado, para a aplicação de outras vacinas, como a que combate a gripe H1N1.

Em Itabuna, centenas de pessoas (muitas idosas) estão procurando os postos, que se encontram de portas fechadas. O secretário municipal da Saúde, Antônio Vieira, explica que os postos de Itabuna não abriram hoje porque já houve o chamado “Dia D” da campanha contra a H1N1. Ele afirma que a vacinação prossegue normalmente a partir de segunda-feira, 26.

O secretário diz que houve um “mal-entendido” por parte de algumas pessoas, que não atentaram para a mudança na data da campanha.

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Após ter sua pré-candidatura a presidente fulminada pelo PSB, o deputado federal cearense Ciro Gomes retoma o seu velho estilo metralhadora giratória. Numa entrevista ao site de notícias do iG, o parlamentar diz que Lula está se sentindo o “Todo-Poderoso” e que o presidente “navega na maionese”.

Com relação à presidenciável Dilma Rousseff, Ciro declarou que a considera menos preparada do que o tucano José Serra. Disse que a petista é “melhor como pessoa”, mas o adversário estaria mais capacitado para governar o país.

Clique AQUI e leia a entrevista.