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O Brasil tornou-se campeão mundial de futsal pela sétima vez, hoje, em jogo duro contra o principal adversário da modalidade, os espanhóis, e decidido somente na prorrogação: 3 a 2. O gol do título foi uma “pintura”. Confira:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=SXtAC2Csb6E#t=162s

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O Ministério Público está de olho em mais uma trapalhada do governo Azevedo, que pode resultar em uma bomba relógio a ser detonada no colo do futuro gestor.

É que, depois de inchar a folha da prefeitura com servidores contratados (muitos dos quais sequer precisavam trabalhar), o chefe do executivo dispensou esse pessoal neste mês de novembro, mas com efeito retroativo a 30 de setembro.

Resultado: quem trabalhou (ou não) em outubro está revoltado com a postura do prefeito e muitos pretendem cobrar seus direitos na justiça.

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Alunos do curso de Direito da Unime, em Itabuna, reclamam de uma medida que consideram inusitada, por parte da coordenação.

No próximo dia 25, os futuros bacharéis farão o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), aplicado pelo MEC. Por sua vez, a faculdade determinou que os alunos, ao final da prova, entreguem o caderno de questões, pois o mesmo será conferido pelos professores da Unime e valerá como crédito.

Estudantes veem a medida como arbitrária, considerando que a prova é do Ministério da Educação e não da Unime. Para eles, a faculdade não pode utilizar o Enade como parâmetro de avaliação.

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O vereador Júnior Brandão (PT) está propondo uma medida para aumentar a transparência nas ações do legislativo itabunense. A proposta é de que os votos para a perda do mandato do prefeito e de vereadores, análise de vetos e escolha da Mesa Diretora da Câmara passem a ser abertos.

Brandão já protocolou projeto de emenda à Lei Orgânica na Secretaria Parlamentar e a matéria segue para análise inicial nas Comissões Técnicas. Se for aprovada, a proposta ajudará a Câmara a reconstruir sua imagem perante a opinião pública, já que o voto secreto contribui mais com os conchavos e transações escusas, que os envolvidos preferem não ver revelados.

A sugestão do petista caminha ao lado da moralidade na política.

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“Nos dá a impressão que a maior preocupação dos gestores sempre foi utilizar do Hblem como uma forma de fazer política, como um suporte de emprego para garantia de votos futuros. A prestação de serviços de saúde com qualidade nos parece ocupar um segundo plano”.

Inocêncio Carvalho, promotor público, em entrevista concedida ao Jornal A Região e à Morena FM, na qual aborda a investigação de desvios cometidos pelo atual governo no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna. Entre as irregularidades, destaca-se a transformação da unidade em um verdadeiro cabide de empregos, chegando a comprometer 90% da receita com a folha de pessoal.

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Moradores pagaram para colocar cascalho na rua

O bairro João Soares, na periferia de Itabuna, é mais um que foi esquecido pela Prefeitura. Na comunidade, as ruas se encontram em estado tão ruim, que taxistas têm se recusado a fazer corridas para aquela área da cidade.

Como reclamar à Prefeitura não tem resolvido a situação, alguns moradores fizeram uma “vaquinha” para botar cascalho em um dos acessos ao bairro.

As informações são do Blog do Érick.

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Com a expectativa de discutir o que há de mais recente em termos de pesquisas relacionadas às doenças cardíacas, será promovida nos próximos dias 23 e 24, na Faculdade de Ilhéus, a X Jornada de Cardiologia do Sul da Bahia. O evento, que acontece paralelamente à Jornada de Enfermagem em Cardiologia, é dirigido especialmente a médicos, enfermeiros e estudantes dessas áreas.

As inscrições podem ser feitas na Gabriela Turismo ou pelo telefone 73.3231-7192, de segunda a sexta, das 8 às 18 horas.

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Da Agência Brasil

Aprovada no início deste mês pela Comissão Especial sobre Igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 478/10 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros.

Apelidada de PEC das Domésticas, a proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos dos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do Artigo 7º da Constituição Federal, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores.

A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluindo a definição da carga horária semanal de 44 horas, o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades entre as 22h e as 5h. A proposta também torna obrigatório o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que, de acordo com o advogado trabalhista Sérgio Batalha, representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada.

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DIANTE DA MÁQUINA, ABRA UMA VEIA

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

Sobre as dificuldades de escrever já foi dito tudo (resisto a de tudo, conforme a detestável moda). Autores afirmaram escrever para não morrer, este para não se sentir só, aquele para se sentir vivo. Outros fazem versos como quem chora, e há ainda os que parecem escrever apenas para abusar da nossa paciência de leitores. Alguém com pendores para a economia de linguagem resumiu escrever a “cortar palavras”, enquanto Fernando Sabino diz que escrever é muito fácil: “basta sentar-se diante da máquina e abrir uma veia”. Claro que esses falares (melhor, escreveres?) são dos grandes, os que escrevem obra duradoura. Eu, escrevinhador de planície, tenho outras dúvidas e problemas.

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Dromedários são niilistas e fatigados

Luto profissionalmente com as palavras já faz pra lá de meio século, mais tempo do que tem de vida a gentil leitora (e o faço, tal qual o poeta, mal rompe a manhã). Por isso, tenho cá os meus truques, ditados pela prática, que não é pouca, não pela teoria, quase nenhuma. Sou, portanto, um dromedário, gíria antiga das redações, tão antiga que é difícil encontrar alguém na Fenaj que a conheça: dromedário é o antônimo de foca – o foca está sempre de nariz pra cima, farejando o grande “furo” de sua vida; o dromedário é niilista, fadigado, acha que já viu tudo (de tudo?) e pouco há no mundo que valha a pena. Dromedário é foca com desencanto; foca é dromedário com esperanças de mudar o mundo.

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A escrita entre o trabalho e o prazer

Telmo Padilha ensinava uma lição: discipline-se, escreva sempre, tente criar. Muitas vezes esse produto não valerá a pena, será descartado, mas o que importa é fazer. Outro truque aprendi com a vida: – texto é como massa de bolo, precisa “descansar”. Então, escreva e, se possível, engavete o trabalho por algum tempo, depois releia. Quase sempre as emendas saltarão aos olhos. Infelizmente, nós jornalistas trabalhamos sob pressão do tempo, sendo comum só vermos a bobagem que fizemos quando ela já está exposta nas bancas. Para Saramago, Nobel de Literatura, a escrita é só trabalho, sem prazer. Para mim, escriba municipal, é prazer, quase sem trabalho. Outra dica: se você escreve mais do que lê, desconfie.

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(ENTRE PARÊNTESES)

Dia desses mencionei Fernando Leite Mendes e seu livro de crônicas, cujo título presta homenagem à professora Alina, filha do advogado Afonso de Carvalho (nome que ela deu à escola famosa, já extinta). Conta-me Lino do Vale Coelho, coleguinha do lendário Instituto Municipal de Educação, que esse Afonso de Carvalho era homem fino, pra lá de elegante. Tanto assim que, certa vez, provocado por um desafeto, achou-se no dever de dirigir a este uns desaforos, mas o fez sem perder a linha. De paletó, gravata e colarinho duro de goma, foi ao Correio e de lá enviou ao mal educado um telegrama vazado nestes termos enigmáticos e ameaçadores: “PLANTEI BANANEIRA PT AGUARDE CACHOS SDS”. Xingar a mãe do atrevido nunca lhe passou pela cabeça.

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UMA FOLHA DE ALFACE PREGADA À LAPELA

“As lendas sobre Thelonious Monk (um gênio renovador da linguagem do piano de jazz) foram enriquecidas por determinadas atitudes bizarras assumidas pelo músico: conta-se que ele costumava passar dias e dias na cama, em completo mutismo, fingindo-se de morto, com um gorro vermelho à cabeça. Quando na rua, completava sua elegância indiscreta com uma folha de alface pregada à lapela e, além disso, repetia seu aforismo preferido, aparentemente lógico na sua insanidade: É sempre noite; se não fosse assim, não sentiríamos necessidade de luz (Antônio Lopes: Buerarema falando para o mundo – Letra Impressa/1999)”. O velho Monk nunca foi santo.

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“Desligado, insociável e taciturno”

Certa vez lhe perguntaram quem exercera maior influência sobre ele. A resposta: “Eu, naturalmente”. Depois de um começo difícil (sua música era tida como “incompreensível”), o sucesso lhe chegou a tal ponto que o levou à capa da Time, indiscutível atestado de êxito. É descrito como casmurro, difícil, insociável, taciturno, solitário, desligado. Conta-se que passou os dois últimos anos de sua vida quase sem falar, alheio a tudo que o cercava. Tem lugar no panteão do jazz, como um dos maiores pianistas do gênero. Entre seus temas mais conhecidos estão Misterioso, Crepescule with Nellie, Monks´dream, Something in blue e, o meu preferido, Round midnight.

Uma cantora de jazz muito “brasileira”

Carmem McRae (1920-1994) foi amiga de Billie Holiday, de quem sofreu influência, cantou com a orquestra de Count Basie e, no início dos anos 50, ganhou o prêmio de melhor cantora revelação da poderosa revista Down Beat. Tinha excelente formação musical (estudou piano) e era conhecida dos brasileiros (esteve aqui quatro vezes, a última delas em 1985). Gostava de caipirinha, feijoada e MPB – incluiu no repertório Flor de liz, de Djavan. Era exigente na escolha do que cantava, dos músicos que a acompanhavam e na produção de seus discos. Em 1988, fez o álbum Carmem sings Monk, em homenagem a Thelonious Monk – do qual tiramos este Round midnight.

Maysa e os “clássicos” americanos

As gravações de Round midnight mais divulgadas são instrumentais, mesmo que entre as versões cantadas estejam nomes como Sarah Vaughan e Ella Fiztegrald. No Brasil, Maysa, que cantou os grandes clássicos da música americana, gravou Round midnight (e também I love Paris, Mean to me, What’s new? Autumn leaves e outros standards). Aqui, por invenção da coluna, Carmen McRae canta sobre imagens do filme Por volta da meia-noite, de Bertrand Tavernier, que vocês já conhecem.

(O.C.)