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Da Agência Brasil
O empate técnico entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) também foi apontado pela pesquisa Ibope, divulgada hoje (15), para o segundo turno das eleições presidenciais. De acordo com o instituto, Aécio Neves tem 45% das intenções de voto e Dilma, 43%.
Brancos e nulos somam 7%. Os que não sabem ou não responderam, 5%.
Na pesquisa anterior, o tucano aparecia com 46%, enquanto a petista somava 44% das intenções de votos. A variação em relação ao levantamento divulgado nesta quarta-feira está dentro da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos.
Considerados os votos válidos, excluindo os votos brancos, nulos e indecisos, mesmo procedimento usado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial, Aécio tem 51% e Dilma, 49%. Os percentuais são iguais aos alcançados tanto na pesquisa passada como nas duas feitas pelo Instituto Datafolha neste segundo turno.
O levantamento do Ibope foi encomendado pela TV Globo. Foram entrevistados 3.010 eleitores, entre os dias 12 e 14 de outubro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01097/2014.
No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 41,59% dos votos válidos e Aécio Neves, 33,55%. Enquanto a candidata do PT ganhou em 15 estados, o candidato do PSDB foi vencedor em dez.
Confira dados do Datafolha desta quarta (15)

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carteira de trabalhoA Bahia contabilizou um saldo de 3.163 postos de trabalho com carteira assinada em setembro, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O setor com maior saldo na Bahia foi o da construção civil, com 1.840 novos postos de trabalho. O comércio criou outras 1.495 vagas e o setor de serviços mais 767 postos.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a Bahia apresentou um saldo de 39.469 novos postos de trabalho. Este resultado fez com que a Bahia se mantivesse na liderança de geração de empregos no Nordeste. Em segundo lugar, na Região Nordeste, está o Ceará, com 35.013 postos.
ITABUNA E ILHÉUS
Itabuna fechou setembro com geração de 58 novos empregos e 1.193 no ano. Já Ilhéus, criou 114 empregos em setembro e tem saldo de 213 novos postos de trabalho no acumulado dos nove primeiros meses do ano.

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Aécio e Dilma aparecem novamente empatados em pesquisa Datafolha.
Aécio e Dilma aparecem novamente empatados em pesquisa Datafolha.

O Instituto Datafolha acaba de fechar nova pesquisa de intenções de voto da corrida pela presidência da República. O resultado é o mesmo da semana passada. Aécio Neves (PSDB) tem 51% dos votos válidos ante 49% de Dilma Rousseff (PSDB). Novo empate técnico.
Quando computados indecisos e brancos e nulos, Aécio tem 45% e Dilma aparece com 43%. Na pesquisa dos dias 8 e 9, o tucano tinha 46% e a petista surgiu com 44%. Houve aumento do percentual de brancos e nulos de 4% para 6% no período, enquanto o de indecisos permaneceu em 6%.
O instituto também aferiu o percentual de solidez do voto. Aécio e Dilma estão empatados nesse quesito: 42%.
REJEIÇÃO DE AÉCIO AUMENTA
Caiu o percentual dos eleitores que talvez possam votar em Aécio (era 22% e caiu para 18%), enquanto subiu o índice dos que podem votar em Dilma (subiu de 14% para 15%), mas dentro da margem de erro (dois pontos percentuais).
A rejeição a Aécio Neves aumentou quatro pontos. Saiu de 34% para 38%. A rejeição a Dilma oscilou para baixo, de 43% para 42%. Porém, dentro da margem de erro.
A pesquisa consultou  9.081 eleitores ontem e hoje (14 e 15) em 366 municípios e foi encomendada pela TV Globo e a Folha de São Paulo.  Ela está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 01098/2014.

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Nilo, do "DataNilo", comemora sucesso de instituto.
Nilo, do “DataNilo”, comemora sucesso de instituto.

Deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT) anda sorrindo à toa. Após o Instituto Babesp antecipar a onda que resultou na vitória de Rui Costa (PT) ao governo baiano ainda no primeiro turno, hoje faz troça de adversários e de institutos “gabaritados” como o Ibope, batizado por aqui como DataNeto.
No encontro de eleitos promovido nesta semana pelo PT, Nilo brincou: “A Babesp agora tá cara. Rui não teve condições de contratá-la”, disse, provocando o riso da plateia.
Nilo está, como se diz, por cima da carne seca. Soube reconhecer que não dava para ele e apoio a candidatura de Rui. Mais votado na corrida por vaga à Assembleia, tem tudo para tornar-se presidente do parlamento pela quinta vez – consecutiva!O deputado, aliás, previa a vitória de Rui no primeiro turno, assim como Jaques Wagner.

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Targino: puxão de orelha no Zé feirense.
Targino: puxão de orelha.

O deputado estadual Targino Machado (DEM) fez o que poucos políticos teriam coragem de fazer.  Durante o evento “Feira com Aécio”, realizado na CDL, o deputado reeleito deu um verdadeiro “puxão de orelha” no prefeito José Ronaldo (DEM).
Insatisfeito com a falta de empenho do prefeito feirense, em seu discurso, Machado, sugeriu que Ronaldo saísse do gabinete e se engajasse na campanha de Aécio Neves, coisa que, segundo ele, não havia acontecido até o momento. “Tem que sair do gabinete e ir para as ruas pedir voto, é isso que os liderados esperam”, disse em tom nada amistoso.
Do Blog do Velame

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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | lelamettinger@gmail.com

Tenho me deparado com as mais absurdas tentativas de minar o trabalho do professor: salários insuficientes, desrespeito, culpa por baixos resultados e  índices de avaliação, cobranças sem medidas, gerando uma gama de doenças emocionais, sem falar na ausência de segurança no trabalho.

Sempre ouvi dizer que ninguém nasce sabendo e que o ser humano é um livro de páginas em branco as quis, ao longo da vida, vão sendo escritas. Uma parte dessas páginas será redigida pela carga cultural e hereditária que carregamos, por serem estas as responsáveis pela formação e transformação da nossa identidade.
A cultura é a premissa básica que estabelece a maneira como pensamos e enxergamos a realidade que nos circunda. Nessa trajetória de aprendizado a família é o nosso primeiro núcleo do conhecimento, porque através dela iniciamos a construção dos nossos primeiros saberes, dos nossos valores e definimos os nossos primeiros padrões de comportamento.
Essas interpretações e identificações que delineiam a nossa forma de pensar e agir não são estanques, pois, ao longo de nossas vidas, irão sofrer mutações decorrentes das influências dos novos núcleos de conhecimento que acessamos, tais como a Escola.
Na escola, nos deparamos com uma figura fundamental para nossa formação intelectual e moral que é o Professor. Sem ele, o aprendizado não acontece, sem ele não construímos nossas identificações sociais e ideológicas, sem ele, jamais saberemos que caminho seguir e trilhar em nossas vidas.
Ser professor não é possuir a verdade absoluta, mas ter a capacidade de enxergar as diversas habilidades de orientar, com disciplina, sem ser autoritário, o seu discípulo para a vida. Não uma vida que se resume no aprendizado das letras, dos números ou da história, mas uma vida na qual o aprendiz possa enxergar suas múltiplas inteligências e ter a capacidade de construir suas próprias ideias e verdades, não ser um mero reprodutor dos saberes alheios.
Tive professores de diversas formas, uns mais autoritários, uns mais herméticos, uns mais brincalhões e uns mais afetivos, que deixaram suas marcas na minha formação e a todos eles deposito meu respeito e gratidão por todo um legado.
Mas, analisando a nossa história, observo que a figura do professor, ainda, não é valorizada em sua inteireza. Não falo só no componente financeiro, esse tão combatido pela classe, mas também no reconhecer o trabalho, no potencializar o professor das ferramentas necessárias para ser o que ele gostaria de ser, na importância desse ofício na formação de um povo e dos indivíduos.
Tenho me deparado com as mais absurdas tentativas de minar o trabalho do professor: salários insuficientes, desrespeito, culpa por baixos resultados e  índices de avaliação, cobranças sem medidas, gerando uma gama de doenças emocionais, sem falar na ausência de segurança no trabalho.
Com esse quadro, me pergunto: o que seria do homem sem o professor? O que seria do planeta e das sociedades futuras sem o professor, principalmente aqueles versados na pesquisa? O que ocorreria com as nossas crianças sem o professor? Como potencializar gerações futuras a terem uma boa educação se o instrumento que promove o aprendizado é renegado a condições de trabalho escravo?
Às vezes, me pergunto se a falta de reconhecimento do ofício vem de um histórico social de que a função professor era, no início, desempenhada por mulheres, ou até mesmo porque as pessoas, para serem bem-sucedidas, não precisavam ser letradas. O motivo pouco importa. O que de fato precisamos é mudar essa cultura de marginalização e desvalorização do professor para que eles possam retomar o entusiasmo e o amor pela profissão.
Parabéns a todos os professores que estão na trincheira, lutando por uma Educação de qualidade.
Valéria Ettinger é professora extensionista.

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Lídice anuncia apoio à reeleição de Dilma Rousseff (Foto Tácio Moreira/Metropress).
Lídice anuncia apoio à reeleição de Dilma Rousseff (Foto Tácio Moreira/Metropress).

A senadora baiana Lídice da Mata e o seu partido, o PSB, promoverão ato de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) neste segundo turno. O ato está programado para esta quinta-feira (16), às 9 horas, no Hotel Matiz Salvador, no Stiep. O ato terá presença do governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT).
Lídice foi candidato ao governo baiano e apoio Marina Silva (PSB) à presidência no primeiro turno. Será o primeiro ato público unindo Rui e Lídice, após a senadora deixar a base aliada para lançar-se candidata ao governo baiano.

O ato político ocorre uma semana após o PSB baiano divulgar nota pública em que, diferentemente da executiva nacional, decide apoiar Dilma Rousseff. “Este será o primeiro ato político que marca o engajamento da presidente estadual do Partido Socialista, senadora Lídice da Mata, pela reeleição de Dilma na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País”, assinala nota do partido.

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Aurelien: cozinhar é uma forma de amar

Ramiro Aquino
O chef francês Aurelien Olivier Roche, do Empório Bahia, um dos restaurantes que participarão do II Festival Gourmet Cidadelle, que acontecerá no mesmo período da Casacor Bahia Ilhéus-Itabuna, de 30 de outubro a 30 de novembro, diz gostar muito do provérbio “Cozinhar não é um serviço, mas uma forma de amar”.
E não é que foi um amor de mãe que o incentivou na carreira? Aos 10 anos de idade gostava de cozinhar para os seus pais e fez uma uma torta com massa folhada caseira (muito difícil de fazer). Na verdade, diz ele, não ficou folhada de “jeito nenhum”. “Mas minha mãe gostou e me passou a impressão que ficou ótima e essa valorização materna me fez continuar nesse caminho gastronômico”.
Gostar do que faz, diz, é o que mais o motiva. Aurelien Olivier Rocha diz amar o seu trabalho, adora a atmosfera de uma cozinha e a energia de uma equipe de cozinheiros e ver o resultado disso, a satisfação dos clientes, é estimulante.
Aurelien Roche, que construiu sua história na Europa antes de chegar à Bahia, afirma que já encontrou na carreira muitos chefes talentosos, verdadeiros artistas e descobriu que o que importa não é um prato sofisticado ou mais simples, mas sim fazer uma cozinha a mais honesta possível e sempre tentar fazer o melhor para a satisfação dos clientes.
GLAMOUR E HUMILDADE
Sobre a visibilidade que os chefs têm hoje Aurelien avalia: “Quando comecei nesse ramo, há quase 20 anos, ser chef, não só na França, mas no mundo todo, era uma profissão pouco valorizada”.
Aurelien diz ter sofrido provocações na escola ao decidir abraçar a culinária. “Diziam que era um erro, uma fatalidade, um suicídio profissional. Mas, me mantive firme e meus pais sempre me deram suporte. Ultimamente surgiu essa tendência de que ser chef é mais “glamour”, mais “chique”. Eu acho que é apenas justiça com essa profissão, originalmente “popular”, que se tornou mais respeitada, mais conhecida”.
Para quem quer se arriscar na profissão, o chef do Empório lembra que são precisos muitos anos de trabalho, paciência, dedicação e sacrifícios. Ser humilde é também importante num mundo extremamente rico de profissionais e de amadores. Aprender com os profissionais talentosos, conhecer os estilos e as culturas diferenciadas e acima de tudo estar sempre se desafiando e aberto a novas tendências.
FESTIVAL GOURMET CIDADELLE
Os participantes acordaram em praticar preços promocionais e iguais no período para recepcionar os visitantes em seus restaurantes: o almoço será R$39,90 e o jantar R$42,90. Cada chef dará também uma aula-show no restaurante montado na Casacor. Além do Empório Bahia, participam Cancha do Gaúcho, Maria Machadão, Maróstica, Palace Bistrô e Tarik Gourmet.

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Comércio de Itabuna fechará na próxima segunda (20), Dia dos Comerciários.
Comércio de Itabuna fechará na próxima segunda (20), Dia dos Comerciários.

O governo municipal decidiu, por decreto, antecipar para a próxima segunda-feira (20) o feriado do Dia dos Comerciários. Há 15 anos, a data tornou-se feriado municipal.
No decreto, o prefeito Claudevane Leite enfatiza que 30 de outubro, feriado dos comerciários, cairá numa quinta-feira neste ano. A antecipação para a segunda permite aos empregados mais descanso e participação nas festividades.
O feriado municipal vale para todo o comércio de Itabuna, inclusive o Shopping Jequitibá. Os bancos, conforme o decreto municipal, também não funcionarão na próxima segunda.
Hoje, o Sindicato dos Comerciários de Itabuna divulgou a programação festiva da categoria. Haverá competição esportiva (Torneio Caixeiral),  música ao vivo e atrações para o público infantil no Clube da Associação dos Funcionários da Ceplac (AFC), a partir das 8h do dia 20.

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05112010-arquivoalunos1Entrar em sala de aula com crianças e adolescentes e um currículo para cumprir é uma atividade repleta de prazer e também de desafios. No Dia do Professor, comemorado hoje (15), docentes que estão há pouco tempo na sala de aula conversaram com a Agência Brasil sobre o dia a dia em escolas públicas e particulares, as dificuldades com estrutura, materiais didáticos e em prender a atenção dos alunos. Eles falaram também sobre a importância do diálogo e do respeito entre professores e estudantes. Apesar das dificuldades, lecionar é um sonho realizado para muitos deles.
Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), da Organização para a Cooperação (OCDE), divulgada este ano, mostrou que são muitos os desafios a serem vencidos pelos professores do ensino básico. Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria (87%) sente-se realizada com o trabalho. Também,  segundo a pesquisa, 20% do tempo em sala de aula são usados para controlar o comportamento dos alunos.
A formação é fator relevante quando se fala da carreira de professor. Os dados do Censo da Educação Superior mostram que, em 2013, os formandos em licenciaturas foram 201.353. O número vem caindo desde 2011, quando foram registrados 238.107 concluintes no grau acadêmico. Em 2012, foram 223.892. O número era 145.859 em 2003 e atingiu o pico dos últimos dez anos em 2009, com 241.536 concluintes em licenciaturas.
Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas a serem cumpridas no setor em dez anos, até 2024, todos os professores do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio devem ter licenciatura na área em que atuam. Esse percentual está em 32,8% nos anos finais do ensino fundamental e em 48,3% no ensino médio, segundo dados do Observatório do PNE, que reúne informações sobre cada meta e estratégia do plano.
O Ministério da Educação tem incentivado a formação dos professores com ações como o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), que oferece apoio financeiro a projetos pedagógicos inovadores que contribuam para melhorar os cursos de formação de professores da educação básica. Outra iniciativa é o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), desenvolvido em parceria com instituições de educação superior e secretarias de Educação dos estados e municípios, que estimula as licenciaturas.

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ricardo bikeRicardo Ribeiro | ricardo.ribeiro10@gmail.com

 

Hoje, Aécio afirma a disposição de manter “tudo o que deu certo” nos governos petistas; amanhã ele terá que aplicar o receituário tucano e muito do que deu certo começará a dar errado.

 
A dinâmica imprime a essas eleições presidenciais um nível de emoção inédito. São reviravoltas e ultrapassagens no último instante, fazendo com que em momento algum a fotografia possa ser vista como o quadro definitivo.
No primeiro turno, Aécio Neves (PSDB) chegou a ser descartado. Até mesmo a imprensa que lhe serve passou a tratá-lo como carta fora do baralho, diante do crescimento de Marina Silva (PSB). As incoerências e inconsistências da ex-ministra do Meio Ambiente, exaustivamente apontadas tanto por tucanos como por petistas, desconstruíram a candidata e Aécio recuperou espaço. Acabou no segundo turno.
Aécio cresceu porque ficou em uma zona de conforto na primeira etapa da disputa, quando a artilharia pesada se voltou contra Marina. Já no segundo tempo, a situação é bem diferente e são as inconsistências do tucano que se encontram em evidência. A hora é de desconstruir o ex-governador de Minas Gerais, cujo telhado é de vidro.
A fragilidade tucana ficou evidente com o resultado do primeiro turno em Minas, onde Dilma venceu, assim como o candidato do PT ao governo estadual, Fernando Pimentel, liquidou a fatura sem necessidade de tira-teima. Por que Aécio perdeu no Estado que governou? Essa é uma pergunta que mexe com a imaginação de indecisos e até de gente que, sem maiores reflexões, já optou pelo candidato do PSDB.
Desvio de recursos da saúde, política fiscal de baixo desempenho (segundo números apresentados pela Folha de São Paulo), abusos detectados em obras feitas para beneficiar a parentela, e por aí vai. Isto sem falar em outras informações desabonadoras que constam no histórico do candidato, como a de que, aos 17 anos, ele começou a vida pública como fantasminha camarada. Enquanto curtia seu “dolce far niente” de jovem playboy na belíssima orla carioca, era empregado em Brasília, no gabinete do pai, Aécio Cunha, que foi deputado da Arena e do PDS (partidos que deram sustentação aos militares). E viva o dom da ubiquidade!
O governador da Bahia, Jaques Wagner, já disse que não vê em Aécio a menor condição moral para dar lições de ética a quem quer que seja. A biografia do tucano corrobora essa posição. Ontem, no debate da Band, todos perceberam o desconforto do candidato quando Dilma perguntou sobre a Lei Maria da Penha e o combate à violência contra as mulheres. Nas entrelinhas, havia a referência subliminar a outro episódio desabonador no histórico do adversário.
Aécio se apresenta como um caminho para a mudança, apostando no poder de sedução que a palavra incorpora. Entretanto, na cartilha da direita, o verbete significa priorizar o capital em detrimento do social e reduzir o papel dos bancos oficiais como instrumento de políticas públicas. Hoje, Aécio afirma a disposição de manter “tudo o que deu certo” nos governos petistas; amanhã ele terá que aplicar o receituário tucano e muito do que deu certo começará a dar errado.
Percebe-se claramente que as diferenças entre os nomes que se apresentam para governar o Brasil vão além das biografias. Elas têm a ver com o modelo de país que se propõe.
Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.
P.S. –  Antes que alguém reclame de que o texto é tendencioso, vai aqui um esclarecimento: um artigo assinado representa o ponto de vista de quem assina e é de sua natureza ser “tendencioso” (no sentido cristalino de apontar para uma tendência). Não se trata de notícia, mas da opinião. Caso não tenha ficado claro, o que é improvável, o autor salienta que vota na candidata do PT.

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Wagner: visita cancelada.
Wagner cancela visita.

Em primeira mão
O governador Jaques Wagner cancelou a visita que faria a Buerarema, na quinta (16), para entrega de máquinas e assinatura de ordem de serviço para obra de modernização e cobertura da feira do município.
Oficialmente, ainda não há justificativa para o adiamento. Desde o início da semana, registrou-se tensão entre campos políticos adversários e anúncio de manifestação contra o governador.
Wagner anunciou a visita a Buerarema em evento na semana passada. Comprometeu-se durante ato com a presidente Dilma Roussef, em Salvador.
Porém, a viagem está, oficialmente, adiada. O clima na cidade não é dos melhores. Lá, tanto Dilma quanto os eleitos Rui Costa (governo) e Otto Alencar (Senado) ficaram na segunda colocação.
Buerarema foi o único município do estado onde Dilma perdeu no primeiro turno. A derrota é atribuída à disputa de terras entre índios tupinambás e produtores. Os governos estadual e federal são acusados de conivência com os indígenas, enquanto 120 propriedades foram invadidas e um agricultor assassinado, crime ocorrido em fevereiro deste ano.

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Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)
Dilma e Aécio se enfrentaram no primeiro debate do 2º turno (Foto Site Band)

Da Redação
A Band promoveu um dos mais tensos debates presidenciais da história. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) confrontaram-se por mais de 1h20min. Corrupção, violência contra a mulher, Petrobras, programas sociais, economia e nepotismo foram assuntos mais presentes no debate.
O momento mais tenso ocorreu no terceiro bloco, quando Dilma Rousseff perguntou a Aécio as suas políticas de combate à violência contra a mulher. O tucano, sempre irônico até ali, mudou a fisionomia e abrandou mais a voz em quase todo o bloco. Recuperou-se no seguinte.
No questionamento sobre ações de proteção à mulher, ficou implícita mensagem de Dilma para Aécio, acusado de agredir a sua acompanhante, em 2009, com um empurrão e um tapa em evento da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
A história da agressão é contada pelo jornalista Juca Kfouri, da Folha de São Paulo e do portal Uol. A assessoria do candidato desmentiu a agressão à época, mas Kfouri disse que manteria a notícia (relembre aqui). À época, Aécio era governador de Minas Gerais.
Outros assuntos incômodos foram o Aeroporto de Cláudio (MG), construído em terras de um tio de Aécio e o emprego de famílias do candidato no governo mineiro. Aécio acusou a adversária de ser “leviana”.
CORRUPÇÃO
Dilma Rousseff abusou do tema Pronatec e foi “prensada” por Aécio em temas como a corrupção na Petrobras. O tucano repetiu gesto de debates anteriores e sacou da cartola uma ata da demissão de Paulo Roberto Costa da Petrobras, homem que terá que devolver mais de 25 milhões de dólares aos cofres públicos, dinheiro desviado da companhia petrolífera. Dilma defendeu-se dizendo que Costa foi demitido pelo seu governo, no início de 2012, e os fatos de corrupção vieram à tona dois anos depois.
O clima de tensão, aliás, permitiu à Band, segundo dados da própria emissora ficar por dois terços do tempo do debate na liderança da audiência em São Paulo. Os números, no entanto, não foram divulgados. A audiência é aferida por um instituto, o Ibope.
Dilma ainda retrucou afirmando que, diferentemente dos tempos petistas, os escândalos do período do Governo Fernando Henrique, do PSDB, não foram investigados. A presidente e candidata à reeleição teve desempenho titubeante nos blocos iniciais e melhorou a partir do terceiro bloco, quando citou os casos de nepotismo e a violência contra a mulher.