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O traçado da Ilhéus-Itabuna em fotografia de José Nazal

Memorialista e dono de vasto acervo sobre a história de Ilhéus e do sul da Bahia, o vice-prefeito José Nazal lembrou em redes sociais que a estrada Ilhéus-Itabuna completa, nesta quinta (1º), 90 anos. A lembrança vem acompanhada de uma foto espetacular da rodovia e uma outra, histórica, da inauguração da estrada, em 1º de março de 1928.
Segundo Nazal, a estrada foi idealizada pelos cacauicultores coronel Virgílio Calazans Amorim e José Nunes. As obras começaram em 1922 e foram entregues em 1928, numa festa com a presença do governador Francisco Goes Calmon, também responsável pela construção da ponte sobre o Rio Fundão.
Políticos e produtores regionais inauguraram a estrada || Acervo José Nazal

A Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415) foi pavimentada em meados da década de 50. Então governador baiano, Régis Pacheco autorizou a pavimentação asfáltica em 1955. Nazal observa que o traçado inicial era bem diferente do atual, cruzando os Altos do Basílio e da Mata da Esperança até o Banco da Vitória.
DUPLICAÇÃO
Aos 90 anos, a estrada – e os sul-baianos – aguardam a tão prometida duplicação. A ordem de serviço para a execução do projeto executivo foi assinada pelo governador Rui Costa em 9 de outubro do ano passado. A previsão é de que a instalação do canteiro e as obras comecem neste mês de março, o que depende tanto da aprovação do projeto executivo por parte do Governo Estadual como autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), além do “ok” do Tribunal de Contas da União (TCU). Caso saia do papel, a obra deverá ser tocada pela OAS.

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  1. Fazendeiros e comerciantes vislumbravam o desenvolvimento da Região do cacau e com recursos próprios construíram a estrada ligando Ilhéus e Itabuna e hoje Br-415 e,antes do fim da obra os recursos acabaram.
    José Nunes além de engenheiro, bem articulado e foi pedir ajuda ao Presidente do Brasil,Dr.Artur Bernardes e o mesmo prometeu Rs 6OO:OOO$OOO (seiscentos mil réis),porém, necessitava de apoio da bancada paulista e logo conseguiu, mas os baianos exigiram propinas neste apoio.
    Os representantes da Região Cacaueira retornaram do Rio de Janeiro,então capital
    federal decepcionado,mas os ânimos se vigoraram pelo engradecimento da Região do cacau e a esses abnegados homens que devemos agradecer por ser hoje esta estrada
    ligando as irmãs gêmeas,Itabuna a Ilhéus.
    Nomes inesquecíveis,José Numes,João de Souza Lima,Agenor Gordilho,Manoel Fogueira,Vigílio Amorim,João Bastos,Tosta Filho,enfim,esses são os grandes e seus nomes gravado no progresso destas duas cidades,uma linda e bela Ilhéus e a feia Itabuna.
    Fonte.O Jequitibá de Taboca,p.133,134,135,p.182, 196O
    Autor.Profº.Oscar Ribeiro Gonçalves.

  2. Como é importante o registro da história no sentido de lembrar uma trajetória de esforço, luta e glória. Enquanto isso, os aproveitadores como o ex-governador Wagner e o atual, querem usar como trunfo de levarem o progresso para a região. Esses merecem um sonoro NÂO. Forasteiros.

  3. Conhecer a história nos permite “entender o presente e se preparar para o futuro”
    Infelizmente muitas pessoas só se reportam ao período de 2003 para cá. É com se não existisse Brasil de 1500 a 2002.
    Então o nosso Brasil é um jovem debutante.
    Faço esse registro com base nos comentário “mas os baianos exigiram propinas neste apoio.”(1928) e “os aproveitadores como o ex-governador Wagner”(2003).
    O lup temporal, 1928 a 2003, é de 75 anos. Desse período, só existe ainda uma empreiteira, que estava fazendo uma obra em petrolina.
    Se queremos um Brasil melhor, precisamos contar a história a partir de 1500, julgar os atores e educar o povo.
    Sem educação não teremos uma história para entender o presente e se preparar para o futuro.

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