Operação do Ministério da Bahia prende investigador da Polícia Civil
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Um investigador da Polícia Civil foi preso, na manhã desta segunda-feira (21), em Juazeiro, na norte da Bahia, durante a “Operação Istambul”, realizada pelo Ministério Público da Bahia. Além de detido, o policial, que não teve o nome divulgado, foi afastado das suas funções, de forma preventiva.

O investigador é acusado de tortura um idoso, na cidade de Remanso, durante uma prisão em flagrante, que depois foi relaxada pelo juiz pela ilegalidade. O agente também foi alvo de busca e apreensão pessoal, com base em decisão da Vara Criminal de Remanso.

O caso de tortura contra o idoso de 74 anos chegou ao Ministério Público da Bahia pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH). Detido com drogas, no dia 22 de janeiro, o idoso precisou ser internado por conta das lesões sofridas numa unidade básica de saúde de Remanso.

MP-BA colheu depoimentos de todos os profissionais que tiveram contato com o idoso, tanto da área de segurança pública, quanto de saúde, além de seus familiares. As oitivas realizadas pelo MP-BA e demais elementos evidenciam, neste momento de apuração criminal, que o idoso foi vítima do crime tortura cometido pelo policial civil.

A operação realizada hoje contou com o apoio operacional da Corregedoria da Policial Civil (Correpol), da Coordenação de Operações Especiais (COE) e da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati). Não serão concedidas entrevistas, em respeito à Lei de Abuso de Autoridade.

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Momento em que policiais derrubam William e um deles aplica um chute.
Momento em que policiais derrubam William e um deles aplica um chute.

Uma câmera de segurança flagrou a agressão de policiais militares a um motorista em posto de combustível em Itabuna, no início da madrugada do último domingo (30). William Martins Santiago foi preso, segundo boletim da PM, por “obstrução” do trabalho policial.
A ação dos PMs ocorreu em um posto na Avenida J.S. Pinheiro, no Bairro Lomanto. A guarnição registrou no boletim da corporação que William teria insistido para que o amigo e dono do veículo com som alto não assinasse um termo circunstanciado. O boletim descarta que o jovem tenha passagem pela polícia.
As imagens mostram um dos PMs aplicando chutes e pisando na cabeça do motorista, que já estava imobilizado. O próprio William postou as imagens da internet. Ele acusa diretamente dois policiais pelas agressões, o que estava dirigindo a viatura e o comandante da guarnição. O comando do 15º Batalhão da PM ainda não divulgou os nomes dos policiais envolvidos na operação.
A guarnição foi acionada para atender a um chamado de poluição sonora. As agressões ocorrem após uma viatura da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settran) deixar o posto de gasolina. William levou chutes e pisada na cabeça porque, segundo ele, estava filmando a ação dos policiais.
A história é narrada por ele na internet. “Eu fui guardar um veiculo no posto de gasolina e depois fiquei conversando com uns amigos, quando alguns policiais chegaram bastante agressivos por causa de um veículo que estava com a caixa de som no chão. Neste momento eu comecei a filmar a ação dos policiais, que não era nada normal. Foi quando o Tenente Robert Almeida me deu voz de prisão e o motorista da viatura do comando do Ten. Robert me agrediu com 2 chutes nas costas e uma pisada na cabeça”.
Ainda de acordo com William, o motorista da viatura, ainda não identificado, segura a cabeça com o joelho, “depois de eu estar totalmente imobilizado e sem nenhum poder de reação, ele pisou na minha cabeça novamente, ralando meu rosto no chão, me colocando na viatura com algema muito apertada, pulando quebra mola e freando bruscamente para me machucar mais ainda como eu fosse um marginal. O caso está sendo investigado pela PM e pelo Ministério Público Estadual, onde William entrou com representação.