Celina Santos | [email protected]
No ano de 2015, conforme reconheceu o Sindicato de Agentes de Endemias, Itabuna ficou cerca de cinco meses recebendo apenas 20% do larvicida usado para dizimar os focos do “Aedes”.
Caem as folhas no poético outono, vem aí o aconchego do inverno, mas uma pergunta inquieta o cidadão itabunense, após uma epidemia de proporções inimagináveis do trio de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti: o que nos espera no próximo verão? O “QG” montado no centro da cidade conseguiu registrar mais de 36 mil pacientes com suspeita de dengue, zika ou chikungunya.
Mas é certo que o número pode ser duas – quiçá, três– vezes maior. Afinal, muitos não procuraram atendimento médico. E apesar de a epidemia estar sendo dada como vencida, fica uma série de interrogações. As dúvidas vão muito além das mortes decorrentes de complicações, das recaídas em forma de dor (principalmente, nos casos da tal chikungunya) e da insegurança a rondar as mulheres que querem ser mães.
Pelos quatro cantos de Itabuna e do Brasil veem-se campanhas contra as referidas patologias. Quanto ao combate ao mosquito, é cobrado, sempre, à população o cumprimento da responsabilidade de não acumular água parada e tomar até o cuidado de fiscalizar a vizinhança. Entretanto, sabemos que não basta!