Tempo de leitura: < 1 minuto

O trovador Agulhão Filho, por assim dizer, jogou a toalha. E roga aos leitores que o ajudem a entender a conjuntura política baiana, mesmo acreditando que o público esteja igualmente confuso. “Nem Octávio Mangabeira, especialista em baianidades, seria capaz de explicar tamanha barafunda”, diz o trovador, com pessimismo:

O que mostra a propaganda
é de nos causar terror:
do jeito que a coisa anda,
é Waldir pra senador,
Jaques Wagner em derrapagem,
Geddel fazendo chantagem,
e Souto… governador!
.
Então me diga você:
a Bahia está doente?
Félix agora é PT (!!!),
Pedro Egídio não dá dente…
A Bahia envelheceu?
Mudou ela ou mudei eu,
que fiquei muito exigente?
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão F. não gostou do comentário do prefeito Azevedo em relação à vereadora Rose Castro (“O que ela fez, não se faz” – veja aqui). Segundo o trovador, basta olhar os jornais para saber que a traição faz parte da lógica partidária. “Só quem não sabe disso é Azevedo, porque se faz de tolinho”, brinca:

Trair tem o mesmo jeito
que tem o verbo coçar,
e sabe bem o prefeito
que é bastante começar…
Começa e não para mais,
é só coçar uma vez,
por isso, se Rose fez
o que Rose fez… se faz!…
Traição, se bem conheço,
é o caminho da desgraça:
como se fosse cachaça,
só precisa de começo
pra atingir a embriaguez,
por isso, se Rose fez,
eu cá não a desmereço,
pois todo político faz…
Ainda inexperiente,
Rose tá “virando gente”
e vai fazer muito mais.!…
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão F. acha que o médico Ruy Carvalho, habitualmente comedido, errou na dose, elevando César Borges a alturas nunca antes imaginadas (veja AQUI). Na leitura do trovador, Dr. Ruy, ao tentar xingar o governador, valorizou muito o ex:

Certo, não é elogio
“César Borges melhorado”,
pois cheira a demagogia,
a louvor exagerado…
Em nome da nossa gente
eu me pergunto daqui:
se Wagner não é Brastemp,
melhorar César quem há-de?
Tempo de leitura: < 1 minuto

O trovador do Pimenta (apesar de apaixonado pelo relógio prometido pela prefeitura) está pessimista quanto à festa do centenário de Itabuna, e sugere – seguindo uma tradição da cidade – transferir as comemorações para… 2013! “Até lá, teremos o relógio e, certamente, a comissão concluirá o planejamento”, avalia o Agulhão F., acrescentando estes patrióticos versos:

Transferimos carnaval,
dia de comerciário,
São João, São Pedro, afinal…
por que não o centenário?
Com o prazo dilatado
veremos no aniversário,
mesmo que esteja atrasado,
esse relógio ordinário!…
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão F. soube do nível das discussões na reunião do Pacto Contra a Violência, e ficou preocupado. “O ego, animal matreiro e sub-reptício, está em alturas estratosféricas”, disse o trovador. E registrou sua modesta opinião nestes inocentes versinhos:

Nesse tal pacto do ego,
existe “eu”  à vontade,
mas só não vê quem é cego
que  falta “nós” de verdade…
O ego é fornido, inflado,
mais que a criminalidade…
É ego em metro quadrado
por palmo de autoridade!

Tempo de leitura: < 1 minuto

De olho no transporte urbano de Itabuna e Ilhéus, Agulhão F. chama a atenção para o sofrimento que muitos ônibus, com seus assentos de metal e plástico, impõem a certa parte do corpo humano, um dissílabo ainda grafado com reservas em blogs de família. E o trovador, desiludido com os governos municipais (que deveriam impor regras às empresas do setor), apela para o imponderável.

Falaí, porta-voz dos passageiros!

A reclamação abunda
E esta vive em tormento,
pois ao sentar não afunda,
por ser bem duro o assento!…
Nossa parte mais carnuda,
dissílabo proeminente,
espera de Deus ajuda,
para não ficar dormente!…
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão Filho acha que no Sul da Bahia acontece tudo, menos o que interessa. Por exemplo, enquanto o  transporte coletivo é alvo de perene discussão sobre preço, gratuidade e outras bossas,  falta o mais importante, que é ônibus de boa qualidade.

Tem a candidata Gaga,
advogado detido,
tem a turma que não paga,
quem paga é mal atendido…
Em ilhéus e Itabuna
há todo tipo de gente:
bela,  pobre ou de fortuna,
mas a terra grapiúna
nunca tem ônibus decente!…

Tempo de leitura: < 1 minuto

O ex-diretor da Biofábrica, Moacir Smith Lima, reclama do atraso de salários dos seus ex-comandados (por falta de repasses da Seagri) e se inclui na lista dos prejudicados, pois, demitido, saiu com uma mão na frente e outra atrás. Agulhão Filho vê nisso os bíblicos sinais dos tempos. 

Falaí, trovador:

É Ferreirinha que vai,
na véspera do centenário,
é nota falsa que vem,
a “garoupa” do otário,
é Azevedo que ri,
com o plano imobiliário…
O tempo é “de murici”,
que o diga Moacir,
sete meses sem salário!…
.
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão Filho está tiririca com as autoridades de Buerarema. O município fez em outubro a festa de setembro e os organizadores das comemorações do cinquentenário ainda podaram da programação o principal artista da cidade (veja aqui).

Falaí, Agulhão:

De nenhuma vez me lembro,
nem que fosse no cinema,
de outubro ser setembro,
como é em Buerarema!…
Governantes da cidade,
(a dizer sou compelido),
um crime foi cometido
contra a sensibilidade:
Sensíveis feito uma rocha
desse crime não se ufanem:
dar voz e vez ao “arrocha”
e calar Marcelo Ganem!
Tempo de leitura: < 1 minuto

Agulhão Filho (lembra dele?) acha  um absurdo trocar voto por dinheiro, como fazem alguns incautos. “É preciso não perder de vista o mercado imobiliário, ainda muito rentável”, diz o esculhambador regional. E manda a quem possa estar interessado no seu voto o que ele cinicamente chama “profissão de fé democrática e pragmática”:

Sou pobre, não sou banqueiro,
porém não durmo de touca,
quero meu pirão primeiro,
se acaso a farinha é pouca…
Recebo feijão, andu
(cuidado com o obsceno!),
toucinho, arroz e angu,
mas meu sonho é um terreno
na Ilha do Urubu!…