Fernanda Torres é uma forte concorrente ao Oscar 2025 || Foto Divulgação
Tempo de leitura: 2 minutos

O longa-metragem brasileiro Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, segue sua carreira de sucesso no exterior. No sábado (8), levou o prêmio Goya 2025, na Espanha, de melhor filme íbero-americano. É a primeira vez que uma produção brasileira é indicada e sai vitoriosa na categoria.

No mesmo dia, o filme também foi agraciado com o prêmio de público no Festival de Cinema de Roterdã, na Holanda. Já no domingo (9), a atriz Fernanda Torres recebeu o prêmio Virtuoso no Festival Internacional de Cinema de Santa Bárbara, nos Estados Unidos.

Na 39ª cerimônia do Goya, considerada a principal premiação do cinema espanhol, Ainda Estou Aqui competia com quatro títulos: El Jockey (Argentina), Agarrame Fuerte (Uruguai), No Lugar da Outra (Chile), e Memorias de un Cuerpo que Arde (Costa Rica).

JORGE DREXLER

Em carta lida pelo cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, o cineasta Walter Salles agradeceu a honraria. “Ainda Estou Aqui é um filme sobre a memória de uma família, durante a longa noite da ditadura militar no Brasil, que está entrelaçada com a memória do meu país. Gostaria de dedicar esse prêmio ao cinema brasileiro, a Eunice Paiva e toda a sua família, a Fernanda Montenegro e a Fernanda Torres”.

Na 54ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o filme obteve a maior média de votos na enquete junto ao público.

Na Califórnia, Fernanda Torres faturou o prêmio Virtuoso. A láurea é concedida pelo Festival Internacional de Cinema de Santa Barbara a atores cujas performances em filmes recentes os destacaram na indústria cinematográfica. Outros nomes, entre eles alguns indicados ao Oscar, também receberam o troféu.

“É incrível porque que quando nós começamos não imaginávamos que estaríamos aqui. Estamos muito felizes e a família Paiva merece muito isso”, declarou a atriz no tapete vermelho da premiação, salientando que o longa se tornou um fenômeno de público no Brasil.

BILHETERIA

Ainda Estou Aqui já atraiu mais de 4,1 milhões de pessoas aos cinemas do país desde a estreia, em novembro de 2024. Recentemente, tornou-se a quinta maior bilheteria do cinema nacional, após atingir a renda de R$ 85,41 milhões.

O longa está indicado ao Oscar deste ano em três categorias (melhor filme, atriz e filme internacional). A cerimônia será realizada me Los Angeles no dia 2 de março, domingo de carnaval.

Em sua jornada por eventos cinematográficos, a produção conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza. Também venceu o Globo de Ouro e o Satellite Awards de Melhor Atriz, ambos para Fernanda Torres.

O filme é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva. Acompanha a trajetória de sua mãe, a advogada e ativista pelos direitos humanos Eunice Paiva (Fernanda Torres), após o desaparecimento do marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva (Selton Mello), durante a ditadura militar no Brasil. A atriz Fernanda Montenegro interpreta Eunice em seus últimos anos de vida.

"Ainda estou aqui" concorrerá ao Oscar 2025 em 3 categorias || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

Ainda estou aqui acaba de se tornar o primeiro filme brasileiro a ser indicado à categoria principal do Oscar. O anúncio foi feito nesta manhã de quinta-feira (23). Além de concorrer ao Oscar de Melhor Filme, a produção concorrerá nas categorias Melhor Filme Internacional  e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.

A premiação está marcada para 2 de março, em Los Angeles, Estados Unidos.

Dirigido por Walter Salles, Ainda estou aqui é adaptação de livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Narra a história de Eunice Paiva, mãe do autor do livro desde os anos 1970. Eunice se tornou das principais ativistas dos Direitos Humanos no Brasil ao ter o marido assassinado por militares. O ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, foi assassinado na Ditadura Militar.

EXPECTATIVA

É grande a expectativa brasileira para a maior premiação do cinema mundial, após Fernanda Torres ganhar o Globo de Ouro como Melhor Atriz por sua atuação em Ainda estou aqui. “Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, afirmou a atriz ao ser premiada no último dia 5.

Fernanda Torres fatura Globo de Ouro || Foto Reprodução
Tempo de leitura: < 1 minuto

O cinema brasileiro vive um momento histórico. A atriz Fernanda Torres recebeu no início da madrugada desta segunda-feira (6), em Los Angeles, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama.

A premiação, entregue pela primeira vez a uma brasileira, é um reconhecimento ao trabalho de Fernanda no filme Ainda Estou Aqui. Na produção, ela interpreta a advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971.

Fernanda concorria com grandes estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Pamela Anderson e Kate Winslet.

Há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, disputou a mesma categoria pela atuação em Central do Brasil. Ela não venceu, mas o filme ganhou o Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro.

“Isso é uma prova que a arte dura na vida, até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou e com tanto problema hoje em dia no mundo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, disse Fernanda, ainda durante o discurso de agradecimento.

Tanto Ainda Estou Aqui como Central do Brasil foram dirigidos pelo cineasta Walter Salles.

Este ano, na categoria de melhor filme estrangeiro, o Globo de Ouro ficou com a produção francesa Emilia Pérez. Com Agência Brasil.

Brasileiro, filme "Ainda estou aqui" concorrerá a prêmio no Globo de Ouro || Foto Lara Dara Onawale/Sony Pictures
Tempo de leitura: < 1 minuto

Dirigido por Walter Salles, o longa Ainda estou Aqui  foi indicado ao prêmio Globo de Ouro de filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.

Ainda estou Aqui narra a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – após o desaparecimento do marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.

O longa  é o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para ser o representante brasileiro a concorrer à indicação ao Oscar 2025. O filme foi recebido com comoção pelas plateias e premiado em vários festivais internacionais, levando o prêmio de melhor roteiro no festival de Veneza.

O filme é baseado no livro biográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens Paiva. Lançado em 2015, o livro conta a história da mãe dele, símbolo da luta contra a ditadura, que viveu até 2018, e morreu aos 86 anos, com Alzheimer.

Eunice Paiva criou os cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos e indígenas após a prisão e o desaparecimento do marido, em 1971, durante a ditadura, no Rio de Janeiro.