Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

Os principais defensores do impeachment podem ser réus a qualquer momento.

Se existisse outra oposição, diferente dessa protagonizada por tucanos (PSDB) e democratas (DEM), o governo da presidente Dilma Rousseff estaria mais fragilizado, sem força para reagir.

Quando o assunto é a desenfreada cobiça do poder, o PT e o PSDB são a mesma coisa, comportam-se do mesmo jeito. Rezam na cartilha de que o fim justifica os meios. O petismo com o mensalão e o petrolão. O tucanato com os escândalos da reeleição e das privatizações.

Ora, não é a vontade de partidos e de lideranças pregadoras do golpismo, ainda inconformadas com o fracasso nas urnas, que vão respaldar um pedido de impeachment, e sim provas sólidas obtidas pelas instituições.

Os principais defensores do afastamento da presidente Dilma podem ser réus a qualquer momento. O presidente da Câmara dos Deputados, o incendiário Eduardo Cunha, é alvo da Operação Lava Jato.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, já é réu em processo na Justiça Federal de Brasília. O senador é acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira.

Agripino Maia, dirigente-mor do diretório nacional do DEM, coordenador da campanha do candidato Aécio, é acusado de receber propina de R$ 1 milhão para aprovar uma lei que torna obrigatório a inspeção veicular no seu estado, o Rio Grande do Norte.

Como não bastasse, tem o depoimento do doleiro Alberto Youssef dizendo que Aécio Neves pegava mesada de US$ 120 mil. O ex-presidenciável comandava uma das diretorias de Furnas no então governo FHC.

Ainda vem o José Serra defendendo a implantação do parlamentarismo, querendo ser primeiro-ministro, como se o parlamento brasileiro, adepto do toma-lá-dá-cá, estivesse preparado para tal missão.

E, para finalizar, o sincero e corajoso depoimento de Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB: “Os tucanos não são capazes de dizer o que fariam se tivessem vencido as eleições presidenciais. Nós não temos um projeto de país”.

Portanto, uma óbvia e inquestionável conclusão: a oposição, desprovida de credibilidade e coerência, não tem moral para acusar ninguém. É o sujo falando do mal lavado, como diria a ex-presidenciável Luciana Genro.

PS – Se a presidente Dilma Rousseff, na condição de ex-presidente da República do Brasil, resolvesse escrever um livro sobre a banda podre do PT, o título seria “Nunca vi nada igual”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Goldman diz que PSDB não tem projeto de país.
Goldman diz que PSDB não tem projeto de país.

O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman endereçou carta ao comando do PSDB e questionou se o seu partido saberia o que fazer se Aécio Neves vencesse as eleições presidenciais em 2014.

Foi além: “Nós não temos um projeto de país”.

Para ele, há concentração de poder em torno de Aécio e falta debate interno. O tucano assinala que isso ocorre no período recente, que coincide com a chegada de Aécio ao comando nacional do PSDB. Goldman é vice-presidente nacional do PSDB. Segundo informa a agência Folhapress, o tucano também fez críticas ao tratamento de seu partido a questões como Reforma Política e mudanças na Previdência Social.