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Ary Carlos

Analisando o quadro político atual e levando-se em conta a possibilidade de coligação para as eleições proporcionais de deputado estadual, ousamos sugerir o quadro que sairá das urnas em 03 de outubro próximo.

O percentual de renovação será muito pequeno, e alguns partidos, como o PDT, por exemplo, não renovará uma só cadeira, devendo reeleger todos os atuais  deputados. Vários fatores contribuíram para isto, mas o contexto político regional surgido após a eleição de Wagner e o falecimento do Senador ACM, foi o principal.

Ao acabar a dicotomia Carlista X Anti-Carlista, a maioria dos partidos políticos na Bahia passou a ser controlada por parlamentares, que não estimularam o surgimento de novas lideranças, pensando apenas na própria reeleição.

Escrevo esta análise levando em conta que o PR apoiará a reeleição de Wagner. Se isto não ocorrer, teremos pequenas mudanças. Para concluir esta análise, levamos em consideração alguns fatores:

– Votação obtida em 2006;

– Desempenho dos aliados nas eleições de 2008;

– Ampliação/Redução dos apoiadores políticos;

– Condições econômico-financeiras e de logística de campanha;

– Contexto político que se enquadra;

– Coligação que pertence;

Portanto, é esta nossa opinião:

COLIGAÇÃO PT/PDT/PP/PR/PSL/PMN

Elegerá entre 30 e 34 deputados. Aposto em 32,  sendo os mais prováveis os seguintes:

PT – Neuza Cadore, Luiza Maia, Rosemberg Pinto, Zé Neto, Fátima Nunes, Zé Raimundo, Paulo Rangel, J. Carlos, Maria Del Carmem,  Candidato do Movimento Sem Terra, Bira Coroa*, Professor Valdeci *, Marcelino Galo*, Joseildo Ramos*, Carlos Brasileiro*, Salvador Brito* e Isaac Cunha*.

PDT – Marcelo Nilo, João Bonfim, Euclides, Emério Resedá**, Paulo Câmera e Roberto Carlos.

PP – Roberto Muniz, Ronaldo Carletto, Mário Negromonte Júnior, Angelo Coronel, Aderbal Caldas, Luís Augusto,  Eliana Boaventura* e Jabes Ribeiro.

PR – Reinaldo Braga, Sandro Rédis, Elmar Nascimento, Graça Pimenta, Paulo Aquino (vice-prefeito de Feira de Santana), Gilberto Brito e Pedro Alcântara*.

PSL – Nelson Leal

PMN – Getúlio Ubiratan*

COLIGAÇÃO PMDB/PSC/PTB

A coligação que apoiará a eleição do ministro Geddel Vieira Lima para governador elegerá entre 08 e 12 deputados estaduais. Pessoalmente, aposto em 10, sendo, possivelmente, os nomes a seguir:

Leur Júnior, Luciano Simões, Pedro Tavares, Marcelo Guimarães, Ângela Souza, Almir Melo Jr.,  Antonia Pedrosa, Alberto Braga, Paulo Magalhães Júnior, Marizete Pereira, Virgínia Hagge, Joélcio Martins*, Ferreira Otomar*, nomes novos****.

COLIGAÇÂO DEM/PTN/PTC

Aposto entre 07 e 10 eleitos, sendo provável a eleição de 09 deputados:  Gildásio Penedo, Rogério Andrade, Gaban, Cloves Ferraz, Paulo Azi, Luis de Deus, João Bacelar, Heraldo Rocha, Ton Rios (irmão do prefeito de São Desidério)**, Júnior Magalhães* e Misael Neto*.

COLIGAÇÃO PSDB/PPS

Por força do voto de legenda, elegerá 03 ou 04 deputados- Adolfo Viana e Sérgio Passos são certos pra mim os demais brigam por mais uma ou duas vagas. Não conheço todos, mas posso apontar Eler, ex- prefeito de Boa Vista do Tupim, Dadá, ex prefeito de Ribeira do Pombal, Augusto Castro, de Itabuna, Solon Pinheiro, vereador de Itabuna e Humberto Cedraz, ex-deputado, etc.

COLIGAÇÃO PCdoB/PSB

Como o PCdoB tem muito candidato, acho que fará entre 03 e 05 deputados, e os nomes mais forte são Kely, vereadora em Barreiras, Capitão Tadeu, Jean Fabrício vereador em V. Conquista e candidato de Edson Pimenta, Álvaro Gomes, Javier Alfaya e Wenceslau Jr., vereador em Itabuna. Se Olívia, Aladilce e o coordenador da APLB, Rui Oliveira, entrarem, também têm chance.

COLIGAÇÃO PRP/PTdoB

Coligação forte que elege entre 04 e 06 deputados. Os mais fortes são: Maria Luiza Laudano, Bruno Reis, Adolfo Menezes, Jurandir Oliveira, Jânio Natal, 1ª dama de Eunápolis*, e Capitão Fábio.

Outro mito para a coligação dos partidos que apóiam Wagner é de que o PT perderia vagas. Não perde, amplia. E outra vantagem, terão praticamente todos os suplentes da coligação.

Esta é minha aposta.

Ary Carlos é historiador, publicitário, analista político e diretor do instituto de pesquisas INPEI.

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* Disputam as últimas vagas da coligação
**Nesse caso ou é candidato Emério ou Ton, que é seu genro, aí então, o que for candidato se elegerá.
*** Não conheço os nomes novos do PMDB. Se até as convenções Geddel  estiver com mais de 20% nas pesquisas, a coligação terá mais candidatos.
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Um pré-candidato a deputado estadual vem chamando a atenção de quem atua nos bastidores da política baiana. A queixa generalizada (dos adversários) é a de que o homem tem inflacionado o sempre próspero mercado da compra de apoios (e de votos!). A comercialização é no atacado e no varejo. Em média, R$ 25 mil por “cabo eleitoral” em pequenos municípios. O que tem chovido de apoios de prefeitos e pequenas lideranças não está no gibi.

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A coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, traz a relação de deputados que mais faltam às sessões da Assembleia Legislativa baiana. Os nobres assinam a lista de presença e dão no pé. Quando se faz uma nova chamada, cadê?

Os maiores gazeteiros até aqui, nestes primeiros dois meses e meio de 2010: Sandro Régis (PR), campeoníssimo, seguido de Eliana Boaventura (PP), Elmar Nascimento (PR) e Arthur Maia (PMDB).

Como diria bordão daquele programa de TV, anote os nomes, os partidos aos quais eles pertencem e dê a resposta nas urnas.

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Marco Wense

Uma conversa com o irreverente Juvenal Maynart, correligionário muito próximo do ministro Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB ao Palácio de Ondina, é sempre proveitosa. Não há espaço para o futebol ou qualquer outro assunto que não seja política.

Em relação ao rompimento de Geddel com o governador Jaques Wagner ou vice-versa, Juvenal diz que “não adianta chorar o leite derramado”, descartando qualquer possibilidade de reaproximação entre o peemedebista e o petista.

O “leite derramado” significa, pelo menos na minha modesta opinião, que o racha não foi bom para os dois políticos, principalmente para Geddel, que corre o risco de não disputar um eventual segundo turno e, como consequência, ficar sem mandato durante quatro anos.

Como o movediço e emaranhado processo político permite a formulação de hipóteses, muitos eleitores começam a fazer, até para si mesmo, a seguinte pergunta: Como estaria a sucessão estadual se não houvesse o rompimento entre Wagner e Geddel?

Em dois pontos, os peemedebistas e petistas concordam: 1) Wagner, que busca o segundo mandato, estaria em uma posição mais confortável nas pesquisas de intenção de voto. 2) Geddel seria um fortíssimo candidato ao senado da República.

O governador, se reelegendo, fica impedido de disputar a re-reeleição em 2014. O candidato natural seria o ministro Geddel. Qualquer tentativa do PT para lançar candidatura própria não teria o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva e, quem sabe, do próprio Wagner.

Com Wagner e Geddel unidos, respectivamente no comando do governo do Estado e do ministério da Integração Nacional, o DEM teria dificuldades para arrumar um candidato a governador.

E Paulo Souto? Ora, o ex-governador, diante de uma provável reeleição de Wagner já no primeiro turno, não iria trocar uma garantida eleição para a Câmara Federal para ser protagonista de uma aventura.  O espírito de Tarzan ficaria com ACM Neto.

Sem o imbróglio de dois palanques, com a presença do presidente Lula e de Dilma Rousseff, tendo ao lado Geddel, vários partidos aliados e uma enxurrada de prefeitos, o “galego” só iria precisar de “meio turno” para liquidar a fatura.
O leite, para a felicidade dos democratas (DEM), foi derramado.

NA ESPERA

Capitão Fábio.

O deputado Capitão Fábio, que já desistiu de ser candidato a prefeito de Itabuna em três oportunidades, acredita no apoio da petista Juçara Feitosa ao seu projeto de reeleição para o Parlamento estadual.

De olho nos mais de 40 mil votos que a ex-primeira dama obteve na última sucessão municipal, Fábio Santana espera uma declaração pública de apoio da ex-primeira dama de Itabuna.

Para os correligionários mais próximos do parlamentar, a manifestação de apoio pode acontecer na entrevista de Juçara para anunciar que não é mais pré-candidata à Assembleia Legislativa do Estado.

Os fabistas, pelo menos os mais lúcidos, ainda desconfiam desse tão badalado, comentado e propalado apoio.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O governador Jaques Wagner fará um confronto de resultados dos seus primeiros três anos de governo com os 16 anos de carlismo na sua mensagem de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa baiana, apurou o Pimenta. Avalia tratar-se de um embate (de passado x presente) de vitória tranquila.

A mensagem está praticamente pronta, mas ainda passará por pequenos ajustes. A abertura dos trabalhos de 2010 será às 10h desta quinta-feira, 18, no plenário, transmitido pela TV Assembleia e pelo blog da Agecom (www.imprensawagner.wordpress.com).

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Do Política Etc

Egídio: ex-deputado não quer saber de política.
Ex-deputado quer saber de negócios (Foto Política Etc).

Em se tratando de Pedro Egídio, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna e ex-deputado estadual, é bom desconfiar… Mas ele assegura que não quer mais saber de política.

Quem conhece o homem de perto diz que ele está rico, com clínicas de ortodontia espalhadas pela periferia de Salvador e nas cidades de Lauro de Freitas e Feira de Santana.

“Pedro desistiu. Não quer mais saber de política, pois está cuidando de sua vida empresarial”, diz um amigo da figura.

Em eleições anteriores, o ex-deputado não viu problema em conciliar a “vida empresarial” e as lides da política. Na última vez que tentou disputar uma eleição, terminou alvejado por uma ação do TRE, justamente por trocar dentaduras por votos. O paciente já saía da clínica com o santinho e o número do candidato na mão.

Naquela época, Egídio fazia dobradinha com o deputado federal José Carlos Araújo. Mas só o dentista sobrou na curva.

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Loiola agora é governista.
Loiola: conversa do além.

Envolto numa polêmica que mistura o PPS e o também pré-candidato tucano Augusto Castro, com quem firmou acordo generoso, o vereador Clóvis Loiola recorreu ao “além” para defender o seu nome como candidato a deputado estadual.

Numa entrevista a Geraldo Ribeiro, da rádio Jornal, disse ter recebido uma convocação do falecido Anísio Alcântara – ex-presidente do PPS de Itabuna – para que saia candidato a uma vaga à Assembleia Legislativa.

E vaticinou: – Vou me eleger.

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Albagli diz que Bahia Pesca está aberta a investigações.
Albagli diz que Bahia Pesca está aberta a investigação.

O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, disse não temer uma investigação de sua gestão por parte do Ministério Público ou do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Alvejado pelo deputado Paulo Rangel (PT), que denunciou supostas irregularidades na empresa (leia aqui), Albagli disse que a empresa estadual está aberta “a qualquer auditoria”.

– De minha parte, aviso que não tenho um centímetro sequer de preocupação pela iminente presença do Ministério Público, TCE ou [de] seja lá quem [for]. Até em verdade, preciso que os órgãos de controle investiguem e depois divulguem suas conclusões.

Albagli disse ter vivido um momento a la Kafka, pois não pôde se defender das denúncias do deputado petista, seguindo uma estratégia do PP, partido que comanda a Secretaria Estadual de Agricultura e a Bahia Pesca. A presidência estadual do partido e a bancada estadual definiram que Albagli somente falaria sobre o assunto após pronunciamento da bancada na Assembleia Legislativa, onde Rangel fez a denúncia.

O pronunciamento foi feito ontem, pela deputado Eliana Boaventura, que rechaçou a existência de irregularidades na Bahia Pesca. Boaventura, no entanto, lançou dúvidas sobre as gestões anteriores na empresa, inclusive a do período Jaques Wagner, a partir de 2007.

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O PP baiano já definiu a estratégia e o tom para responder aos ataques desferidos pelo deputado estadual Paulo Rangel (PT) contra a gestão que os progressistas fazem na Bahia Pesca, autarquia ligada à Secretaria Estadual de Agricultura. Rangel acusou o presidente da empresa, o ilheense Isaac Albagli, de usar a Bahia Pesca para fortalecer (eleitoralmente, falando) o filho do deputado federal Mário Negromonte.

Como se sabe, a denúncia desceu quadrada. Os cinco deputados do PP na Assembleia (sim, eles filiaram Ângelo Coronel, ex-PR) vão para a defesa de Negromonte, presidente estadual dos progressistas, e de Isaac, aliado de primeira hora do secretário-geral do PP baiano, Jabes Ribeiro.

E foi com Jabes Ribeiro com quem o Pimenta conversou há pouco. Segundo ele, “se existe problema [na Bahia Pesca], não é da gestão de Isaac [Albagli], não é de 22 de dezembro para cá”. O ex-prefeito de Ilhéus indicou que os parlamentares da bancada do PP farão a defesa dos integrantes do partido utilizando um tom professoral, didático. Os cinco usarão os espaços possíveis na sessão desta tarde para fazer a defesa.

Tão logo Rangel colocou o dedo na ferida e denunciou o suposto uso da Bahia Pesca, o governador Jaques Wagner defendeu a liberdade de expressão, mas deu um ‘pito’ em Rangel, a dizer que roupa suja se lava em casa (“na base”). E será nessa toada que o PP se defenderá logo mais.

Na última sexta-feira, 2, quando esteve no sul da Bahia, o secretário estadual de Agricultura, Roberto Muniz (confira), afirmou ao Pimenta na Muqueca que o caso se tratava de uma disputa pessoal entre Rangel e a família do presidente do PP baiano. E garantiu que a questão deveria ser resolvida entre os contendores.

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Se é verdade que o governador Jaques Wagner gosta de aliado fortalecido, parece que a dose de ‘biotônico’ receitada ao PDT foi das melhores. Após o ingresso do partido de Brizola nas hostes governistas, a legenda aumentará a sua bancada na Assembleia Legislativa baiana com o ingresso de quatro novos deputados.

Os nomes são o do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, João Bonfim, Emério Resedá e o do itabunense Paulo Câmera. A filiação do quarteto tem data e hora marcadas. Será no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, no próximo dia 30, às 18h30min. Com as novas filiações, o partido sai de dois para seis deputados na Assembleia.

João Bonfim foi eleito pelo DEM, mas estava sem partido desde o ano passado. Câmera sai do PTB, Nilo era do PSDB, assim como Emério Resedá. Aliás, Resedá é outro nome oriundo do DEM, de onde saiu logo em janeiro e antes de assumir o seu terceiro mandato no parlamento estadual.

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Fábio Lima sonha com a Assembleia Legislativa.
Fábio Lima sonha com a Assembleia Legislativa.

O itabunense e ex-líder estudantil Fábio Lima corre atrás de apoios para viabilizar a sua candidatura a deputado estadual. Por enquanto, decidido está que seu destino partidário será o PTdoB. Conversou com a presidente da legenda na Bahia, Dilma Gramacho, e ficou definido também que o partido passará por mudanças em Itabuna.

Fábio diz que terá o apoio do deputado federal Roberto Brito e a sua candidatura estará casada com a do parlamentar em, pelo menos, 40 municípios. O itabunense é assessor do deputado.

A definição de sua pré-candidatura ocorreu em conversa com Dilma Gramacho, há quase duas semanas. De  lá para cá, Fábio ‘se jogou’ no sonho e conversa com lideranças comunitárias para dar mais consistência ao projeto.

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A política baiana ferve por estes dias. E não vai nenhuma novidade aí. E tem gente trocando PDT por PTB, e assim sucessivamente. As negociações do deputado estadual Marcelo Nilo ocorrem mais intensamente entre PDT e PSB. PTB é, como diriam, página virada.

O presidente da Assembleia Legislativa nada definirá antes de ouvir o governador Jaques Wagner, a quem jura fidelidade (já demonstrada por gestos e atos).