Doses da Coronavac poderão ser aplicadas já a partir desta terça na Bahia
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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (7), assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina Coronavac contra a Covid-19 para este ano. O imunizante é produzido pelo Instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Hoje o Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%.

A perspectiva do Ministério da Saúde é que sejam disponibilizadas em 2021 até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia e 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho.

Além de 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da Coronavac oriundas do contrato com o Instituto Butantan.

PREÇOS

A Coronavac custará cerca de US$ 10 por dose, demandando duas doses para cada pessoa a ser vacinada. Já a da Astrazeneca tem preço de US$ 3,75 por dose. Desta última, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que seria aplicada apenas uma dose.

O ministro Eduardo Pazuello atualizou os três cenários de início da vacinação anunciados anteriormente. No melhor caso, o processo começaria em 20 de janeiro se os laboratórios conseguirem autorização em caráter emergencial juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Com informações da Agência Brasil.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um pedido de importação excepcional de vacinas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A aprovação ocorreu no último dia 31, mesmo dia que o pedido de importação foi protocolado pela Fiocruz.

A importação engloba dois milhões de doses da vacina Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A Fiocruz é a responsável por produzir a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford aqui no Brasil.

As doses importadas foram fabricadas pelo Serum Institute of India PVT, que é uma das empresas participantes do Covaxx Facility, o programa de aceleração e alocação global de recursos contra o novo coronavírus co-liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Como se trata de uma importação de vacina que ainda não foi aprovada no país, a entrada no país deve seguir algumas condições, estabelecidas pela Anvisa.

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A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira (23) que sua potencial vacina contra o novo coronavírus pode ser em torno de 90% eficaz, sem nenhum efeito colateral grave, dando ao mundo mais uma ferramenta importante no combate à pandemia de covid-19.

A vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford, foi 90% eficaz na prevenção da doença quando administrada em meia dose e, pelo menos um mês depois, uma dose integral, de acordo com dados do estudo clínico em estágio avançado realizado no Reino Unido e no Brasil.

Nenhum efeito grave de segurança relacionado à vacina foi confirmado e ela foi bem tolerada em todos os regimes de doses, de acordo com os dados.

“A eficácia e segurança dessa vacina confirmam que ela será altamente efetiva contra a ccvid-19 e terá impacto imediato nesta emergência de saúde pública”, disse Pascal Soriet, presidente executivo da AstraZeneca, em comunicado.

A farmacêutica terá 200 milhões de doses da vacina até o final deste ano, com 700 milhões de doses prontas globalmente até o fim do primeiro trimestre de 2021, disse a executiva de operações da empresa, Pam Cheng, nesta segunda.

A eficácia da vacina dependeu da dosagem, e caiu para 62% quando aplicada em duas doses integrais em vez de meia dose na primeira inoculação. Os cientistas alertaram, no entanto, que esse fato não deve ser visto como indicação de que ela é menos útil do que as vacinas da Pfizer e da Moderna, que evitaram 95% dos casos, de acordo com dados preliminares dos testes em estágio avançado.

“Acho que é uma verdadeira tolice começar a tentar separar essas três (Pfizer/Moderna/Astra) com base em trechos de comunicados à imprensa sobre dados da Fase 3 (dos testes clínicos)”, disse Danny Altmann, professor de imunologia do Imperial College de Londres.

“Para o cenário mais amplo, minha suspeita é que, no momento em que estivermos a um ano de agora, estaremos usando todas as três vacinas com cerca de 90% de proteção – e estaremos muito mais felizes.”

Cientistas também disseram que a vacina da AstraZeneca pode ter vantagens. “O importante, pelo que ouvimos, é que a vacina evita a infecção, não apenas a doença. Isso é importante, porque a vacina pode reduzir a disseminação dos vírus, assim como proteger os vulneráveis de uma doença grave”, disse Peter Horby, professor de saúde global e infecções emergentes na Universidade de Oxford.

A vacina da AstraZeneca também pode ser distribuída com maior felicidade porque pode ser mantida em temperatura de refrigerador, ao contrário dos imunizantes da Pfizer e da Moderna, que têm de ser armazenados congelados. Isso pode fazer a vacina da AstraZeneca mais fácil de transportar e de armazenar no mundo, particularmente em países mais pobres.

O Ministério da Saúde do Brasil tem acordo para compra de doses da potencial vacina da AstraZeneca, assim como para futura transferência de tecnologia e produção local do imunizante na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).