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Sem incluir o nome do prefeito Fernando Gomes, que anunciou pré-candidatura apenas depois do início do levantamento, a pesquisa Bahia Notícias/Séculus mostrou empate técnico na disputa eleitoral em Itabuna. A consulta com 599 eleitores, feita nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, mostra Capitão Azevedo (PL) com 26,47%, Augusto Castro (PSD) com 20,27%, Dr. Mangabeira (PDT) com 10,22% e Geraldo Simões (PT) com 8,04%.

O segundo pelotão traz Dr. Isaac (Avante) com 3,18%, Guinho (Cidadania) e Som Gomes (Republicanos) com 2,68% cada um, Vane do Renascer (PROS) com 2,18%, Charliane Sousa (MDB) com 1,34%, Professor Max (PSOL) com 1,17% e Júnior Brandão (Rede) com 0,84%. Não souberam responder 10,22% dos consultados. Não escolheria nenhuma das opções 9,88% e não opinou 0,84%.

Segundo a Séculus, na perspectiva espontânea, quando não são apresentadas opções aos entrevistados, 12 nomes apareceram. Capitão Azevedo (25,13%), seguido pelo ex-deputado Augusto Castro (17,25%). Em terceiro lugar, Dr. Mangabeira (8,54%), empatado com Geraldo Simões (7,87%).

Também são citados Som Gomes (3,85), Guinho (2,01%), Isaac (1,68%), Charliane (1,34%), Fernando (0,50%), Nengo e Duda, com 0,34% cada. Os demais entrevistados responderam nenhum (14,57%) e não sabe (13,74%). Outros 1,68% não opinou.

REJEIÇÃO

O levantamento também avaliou o índice de rejeição dos pré-candidatos em um cenário estimulado. Dentre os quatro com maiores intenção de votos, o de menor rejeição é Augusto Castro (3,02%). Seguido por Geraldo Simões (8,88%), Capitão Azevedo (9,21%) e Dr. Mangabeira (11,06%).

Os demais nomes obtiveram os seguintes resultados: Vane do Renascer (11,06%),Som Gomes (7,54%), Charliane Souza (6,20%), Professor Max (3,52%), Guinho (3,35%), Dr. Isaac Nery (2,01%) e Júnior Brandão (1,01%). Outros 16,75% jamais votariam em nenhum, assim como 13,90% não souberam responder e 2,51% não opinaram.

A pesquisa BN/Séculus ouviu 599 eleitores nos dias 31 e 1 de setembro e tem margem de erro estimada em 3,5 pontos percentuais. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BA-00235/2020.

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Para o eleitor que ainda tem dúvida sobre quem representa de verdade o antifernandismo, que vem fazendo oposição ao governo municipal desde o início da administração, é só perguntar ao próprio Fernando Gomes quem ele quer mais derrotar.

Marco Wense

Nenhum resquício de dúvida ou expectativa : Fernando Gomes deixou o enigma de lado. É novamente pré-candidato a prefeito de Itabuna, salvo engano pela sétima vez. Colocou o sobrinho Son Gomes como vice. A chapa não é puro-sangue no sentido partidário, já que o alcaide é do PTC e o ex-secretário de Administração do Republicanos. Mas é uma composição puro-sangue familiar.

O gestor do cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves, além do PTC e Republicanos, conta com o apoio do Solidariedade, PMN e do PSL. O maior desafio de Fernando é diminuir o alto índice de rejeição apontado em todas as pesquisas de intenções de voto. Tem pela frente um forte sentimento de mudança que toma conta de quase 65% do eleitorado, dispostos a não votar em quem já governou a cidade, o que termina atingindo os ex-prefeitos Geraldo Simões (PT), capitão Azevedo (PL) e Claudevane Leite (PROS).

Com Fernando Gomes na disputa, o cenário político muda totalmente. O fernandismo continua encrustado em uma parcela significativa do eleitorado. Por outro lado, vale lembrar que nenhum chefe do Executivo conseguiu ser reeleito. O tabu da reeleição não foi quebrado, permanece virgem. O último a sofrer com a “maldição” foi o capitão Azevedo.

A candidatura de Fernando é um terremoto no staff de Azevedo. A próxima pesquisa, já com o nome do atual prefeito, deve apontar uma queda do militar. Tenho dito que não há espaço suficiente para dois postulantes populistas, que tem o mesmo reduto eleitoral. O criador e a criatura têm o mesmo manual para conquistar o voto, seguem a mesma cartilha.

Outro prefeiturável que será prejudicado com a candidatura de Fernando é Geraldo Simões (PT). Fernando candidato é a certeza de que o governador Rui Costa ficará distante da sucessão, sequer uma declaração de apoio ao colega petista. Com efeito, o que se comenta nos bastidores do Palácio de Ondina é a frieza de Rui Costa com o “companheiro” Geraldo, que anda esquecido pela cúpula estadual do PT. Do seu lado, em termos de liderança e de apoio verdadeiro, somente o senador Jaques Wagner, que é um companheiro (sem aspas).

É evidente que Fernando não terá mais a expressiva votação da sucessão de 2016. Mas ficará entre os três primeiros nas pesquisas. Na pior das hipóteses em terceiro lugar. A disputa será entre Fernando, Mangabeira e Augusto Castro.

A vantagem de Mangabeira (PDT) em relação a Augusto Castro (PSD) está assentada no antifernandismo, já que o pedetista é visto como o mais antifernandista de todos os prefeituráveis. O antifernandismo é um bom e invejável cabo eleitoral, assim como foi o antipetismo na eleição de Bolsonaro.

Augusto, além de ter sido por um bom tempo aliado de Fernando Gomes, é da base de sustentação política do governador Rui Costa, hoje bem próximo do atual gestor. O chamado voto útil para evitar uma vitória do fernandismo e do seu líder maior, será direcionado para o candidato do PDT.

Para o eleitor que ainda tem dúvida sobre quem representa de verdade o antifernandismo, que vem fazendo oposição ao governo municipal desde o início da administração, é só perguntar ao próprio Fernando Gomes quem ele quer mais derrotar.

Concluo dizendo que com Fernando Gomes disputando sua própria sucessão, Azevedo e Geraldo passam a ser cartas fora do baralho de uma sucessão que caminha para ser acirrada e, infelizmente, impregnada pelo jogo sujo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Robinho, Aldenes e Roberto Minas Aço são os nomes para a vice de Azevedo
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Capitão Azevedo (PL) é quem deverá decidir quem será o seu candidato a vice-prefeito de Itabuna, assegurou o secretário-executivo do PP da Bahia, Jabes Ribeiro, durante uma live com o comunicador e pré-candidato a vereador Rosivaldo Pinheiro. “A decisão é dele”, disse Jabes, descartando que o PP, de onde sairá o vice, vá interferir na escolha.

Três são os nomes postos no PP para compor a chapa do pré-candidato Azevedo: os vereadores Aldenes Meira e Robinho e o empresário Roberto Minas Aço. O médico Eric Ettinger, que chegou a ser mencionado, afirmou a Jabes que não tem interesse em participar do processo eleitoral devido a outros compromissos.

Segundo apurou este site, o nome do vice de Azevedo será definido por meio de pesquisa qualitativa, encomendada pelo pré-candidato a prefeito, e que já está sendo feita. O PP tem pressa, pois Robinho teria mais tempo para colocar a campanha a reeleição na rua. Aldenes já avisou que não quer tentar nova reeleição. Pelo critério político, seriam os nomes de maior peso na disputa a vice.

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Demorou a resposta do prefeito Fernando Gomes à intenção de Capitão Azevedo (PL) auditar o contrato milionário do serviço de limpeza pública em Itabuna, caso seja eleito em 15 de novembro. Durante entrevista na semana passada (reveja abaixo), Azevedo, ao ouvir que a coleta teria salgado de R$ 650 mil para R$ 2,5 milhões, ele disse que iria analisar contrato, pois dinheiro não pode ir pelo ralo.

Hoje, Fernando chamou o ex-aliado de “mentiroso” e pediu respeito. “Azevedo, você é alguém, porque eu lhe fiz”, reagiu, lembrando que garantiu cargo ao pré-candidato para assumir a Ciretran em Itabuna e depois ser o seu vice, na eleição de 2004, e prefeito no período de 2009 a 2012. Ainda afirmou que em seu governo quem manda é ele, ao contrário do capitão, que, disse Fernando, quem mandava era uma secretária. Confira o vídeo.

Relembre o que disse Azevedo durante a entrevista a Jota Silva.

http://157.230.186.12/2020/08/25/dinheiro-do-povo-nao-pode-sair-pelo-ralo-diz-azevedo-ao-criticar-contrato-do-lixo/

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O marqueteiro Josias Miguel é dos que mais bem conhecem o eleitorado itabunense. Ontem, num contato com este site, relembrou episódios de 2008 a 2012, dos erros de Capitão Azevedo no governo (2009-2012) e na campanha à reeleição.

Homem que coordenou o marketing e a campanha de Capitão Azevedo em 2008 e foi secretário de governo, Josias foi novamente convidado para tocar a campanha de 2012.

Resistiu.

Estava ressabiado pelo que ocorreu nos primeiros anos de governo, quando sofreu persistente boicote do então secretário da Fazenda, Carlos Burgos, e deixou o governo, como disse a este blog na tarde desta sexta (31), após ler entrevista do ex-prefeito (reveja a entrevista aqui).

Com o comando da Comunicação e da Secretaria de Assuntos Governamentais, Josias era minado. “Burgos não deixou [trabalhar]. A gente comprava mídia e Burgos não pagava”, lembra. E já ali, no início, Josias deixou o governo. “A gente, que fez a campanha de 2008, ficou à revelia. O companheiro Gilson [Nascimento] entregou a Secretaria de Administração, [também] por não concordar”.

Após o convite e conversa com o prefeito, além de reunião dos primeiros escalões do governo, Josias decidiu aceitar participar da campanha, sob a condição de que tivesse total controle da campanha, como em 2008. Também disse do tempo exíguo para mudar  a rota da campanha. Faltavam ali 45 dias para o “abrir das urnas”. Azevedo disse “sim” às exigências.

Mas…

Depois dos insistentes pedidos de Azevedo e de o ex-prefeito aceitar as exigências, veio a surpresa, segundo conta Josias.

– Primeiro coisa que eu fiz foi chamar Nilson [Santana], da Ativa Propaganda, para fazer a campanha de Azevedo. E trouxe de volta Vander Prata. Fui dizer a ele que, então, naquela reunião, eu subiria para o núcleo e iria assumir a coordenação do marketing da campanha e tinha que fazer algumas mudanças de imediato, dar freio de arrumação.

Nilson não aceitou. Foi o primeiro a reagir, conforme Josias, que procurou Azevedo. E tudo ficou nisso. O homem do marketing de 2008 disse que, mesmo fora, deu conselhos, também não seguidos pelo prefeito.

– Quando eles planejaram aquela caminhada [da véspera da eleição] para começar no São Caetano e terminar no Posto Cachoeira [no Fátima], eu falei com ele. Azevedo não faça isso, pois não tenho dúvida de que você fará a maior caminhada, mas você vai dar demonstração de força desnecessária. Eles vão se juntar contra você. Não faça isso, não dê essa demonstração de força. A coordenação de campanha insistiu e eles fizeram a caminhada.

Josias disse ter visto a caminhada de dentro de um carro, com um dos filhos. “Rolembergue me chamou e queria que eu fosse fazer o encerramento, lá no Posto Cachoeira. Disse que não estava na coordenação e não fui”.

A campanha de 2012 de Azevedo foi tocada por um trio de assessores – Joelma Teles, Rolembergue Santos e Soldado Pinheiro – e Nilson Santana, da Ativa Propaganda, e o jornalista Vander Prata no marketing.

Questionado se trabalharia novamente com Azevedo, agora em 2020, Josias diz que como profissional e dentro de suas exigências, pode estudar a possibilidade de trabalhar em qualquer campanha. Abaixo, link para a entrevista de Azevedo ao PIMENTA, ontem. É só clicar para ler.

http://wq8wdjnc.srv-45-34-12-248.webserverhost.top/azevedo-diz-que-vaidade-dentro-da-equipe-provocou-derrota-eleitoral-em-2012/

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O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Capitão Azevedo, disse que entrou para valer na disputa pela principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves. E avisa que não aceita disputar a vice. “Não abro mão da cabeça de chapa”. Desde a semana passada, o nome do ex-prefeito é ventilado como possível candidato a vice de Fernando Gomes (sem partido) ou de Antônio Mangabeira (PDT), possibilidades que ele descarta.

Azevedo concedeu entrevista exclusiva ao PIMENTA na última quarta (21). A íntegra será publicada neste sábado (25). O pré-candidato a prefeito fala de erros e acertos do período em que governou Itabuna (2009-2012) e porque, na visão dele, as chances de vitória eleitoral hoje são maiores que em 2016, quando terminou a disputa pelo comando do Centro Administrativo Firmino Alves em quarto lugar.

Ele ainda aborda sua relação com o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e com o governador Rui Costa. E repete o que tem se tornando um mantra nesta pré-campanha, quando afirma que foi o prefeito que mais captou recursos para Itabuna em toda a história. Também fala de projetos e composição de governo.

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Capitão Azevedo diz que é pré-candidato a prefeito e não aceita ser vice || Foto Pimenta

O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Capitão Azevedo, disse que entrou para valer na disputa pela principal cadeira do Centro Administrativo Firmino Alves. E avisa que não aceita disputar a vice. “Não abro mão da cabeça de chapa”. Desde a semana passada, o nome do ex-prefeito é ventilado como possível candidato a vice de Fernando Gomes (sem partido) ou de Antônio Mangabeira (PDT), possibilidades que ele descarta.

Azevedo concedeu entrevista exclusiva ao PIMENTA na última quarta (21). O pré-candidato a prefeito fala de erros e acertos do período em que governou Itabuna (2009-2012) e porque, na visão dele, as chances de vitória eleitoral hoje são maiores que em 2016, quando terminou a disputa pelo comando do Centro Administrativo Firmino Alves em quarto lugar.

Ele ainda aborda sua relação com o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e com o governador Rui Costa. E repete o que tem se tornando um mantra nesta pré-campanha, quando afirma que foi o prefeito que mais captou recursos para Itabuna em toda a história. Também fala de projetos e composição de governo.

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Marco Wense

 

 

O governador vai tentar convencer Fernando de que o melhor caminho é um partido aliado do governo. Se o conselho não for seguido, o bom relacionamento com o neoaliado, que chegou até a colocar a estrela do PT do lado esquerdo do peito, tende a se esfriar.

 

O encontro do prefeito Fernando Gomes com o governador Rui Costa, tendo como pauta principal a sucessão de Itabuna, vem provocando uma avalanche de especulações e disse-me-disse.

A decisão do alcaide, que continua sem abrigo partidário, de disputar ou não à reeleição (ou o segundo mandato consecutivo) mexe com todo o pleito para o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.

Salta aos olhos, que não precisam ser do tamanho dos da coruja, que o processo sucessório com Fernando Gomes disputando o sexto mandato é um. Sem ele, outro completamente diferente.

As torcidas dos prefeituráveis caminham em sentidos opostos. Cito dois exemplos, sem dúvida os mais interessantes. O grupo de Mangabeira (PDT) quer Fernando como candidato. Já o do Capitão Azevedo (PL) reza todos os dias para que o atual gestor não tenha seu nome nas urnas eletrônicas.

Com Fernando na disputa, as chances do ex-prefeito Azevedo caem abruptamente. Ambos têm os mesmos redutos eleitorais, são políticos que pertencem ao campo do populismo. A polarização com Mangabeira é dada como favas contadas. O voto útil do antifernandismo vai ser direcionado para o pedetista.

Sem o experiente Fernando Gomes, Azevedo passa a ser o maior adversário de Mangabeira, que continua na frente nas pesquisas de intenções de voto e com um baixíssimo índice de rejeição, que, quando comparado aos de Fernando e Geraldo Simões, pré-candidato do PT, quase que não existe.

E a conversa de Fernando Gomes com Rui Costa? Eu diria que o chefe do Palácio de Ondina não anda nada satisfeito com a possibilidade do alcaide ir para uma legenda que não seja da base aliada, como o Republicanos do bispo e deputado federal Márcio Marinho, que apoia o governo soteropolitano de ACM Neto (DEM) e o prefeiturável Bruno Reis, também demista.

No evento que anunciou Bruno Reis como postulante do DEM à prefeitura de Salvador, Marinho afirmou, com todas as letras maiúsculas, que a legenda vai pleitear a vice do democrata. “O Republicanos faz parte da base do prefeito ACM Neto”, disse o parlamentar.

Ora, o governador, conversando com seus próprios botões, como diria o irreverente e polêmico jornalista Mino Carta, vai dizer mais ou menos assim: Fiz de tudo para alavancar a pré-candidatura dele (Fernando Gomes) e agora ele quer ir para uma legenda que me tem como adversário e que vai apoiar a candidatura de ACM Neto ao governo da Bahia na eleição de 2022.

Vale lembrar que Marinho, aqui em Itabuna representado por Lourival Vieira, presidente do diretório local, não cansa de dizer que quer distância do Partido dos Trabalhadores. O bispo da Igreja Universal é adepto fervoroso do “PT nunca mais”. Como não bastasse, já descartou qualquer tipo de aliança com Rui Costa.

O governador vai tentar convencer Fernando de que o melhor caminho é um partido aliado do governo. Se o conselho não for seguido, o bom relacionamento com o neoaliado, que chegou até a colocar a estrela do PT do lado esquerdo do peito, tende a se esfriar. Começam a aparecer as primeiras pulgas atrás das orelhas da autoridade máxima do Poder Executivo estadual.

No mais, esperar o resultado da conversa. Se eu fosse apostar, jogaria todas as fichas que Fernando Gomes não vai para o Republicano.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

O problema é juntar o, digamos, “hibridismo político” no mesmo palanque. Todos de mãos dadas: Geraldo Simões, Fernando Gomes, Augusto Castro, Davidson Magalhães, Claudevane Leite, os médicos Eric Ettinger Júnior e Renato Costa, Roberto Minas Aço e etc .

 

Os articuladores políticos do PT, quando a pauta é a sucessão do prefeito Fernando Gomes, são unânimes em afirmar que a união das legendas da base aliada do governo Rui Costa é imprescindível para derrotar os que eles acham que não farão campanha para o candidato do partido na eleição de 2022.

O comando estadual da legenda, ainda sem o aval do governador, já se posicionou, pelo menos informalmente, mas de maneira incisiva e intransigente, que o lançamento de candidatura própria para o cobiçado Palácio de Ondina é decisão irrevogável.

Os petistas, mais especificamente os mais vistosos, que exercem uma certa liderança sobre os demais, estão preocupados com o fato de que os três prefeituráveis que estão na frente nas pesquisas de intenções de voto não são politicamente confiáveis, não vão rezar pela cartilha dogmática do partido.

Mangabeira, do PDT, é quem mais causa arrepio no staff petista. Vale lembrar que o governador Rui Costa apoiou Fernando Gomes, então candidato do DEM, no pleito de 2016. O alcaide pretende disputar o sexto mandato tendo Rui novamente do seu lado.

O capitão Azevedo, do PTB, vem conversando com o prefeito ACM Neto sobre sua possível filiação ao DEM. O problema do ex-gestor é sua instabilidade política, o que termina colocando algumas pulgas atrás das orelhas do chefe do Palácio Thomé de Souza.

O outro é o ex-tucano e ex-deputado estadual Augusto Castro, hoje filiado ao PSD do senador Otto Alencar. Além de ser um histórico antipetista, que fazia oposição dura aos governos do PT, defende a candidatura de Otto na sucessão de Rui Costa. Como não bastasse, não quer nem ouvir falar do “Lula Livre”.

O problema é juntar o, digamos, “hibridismo político” no mesmo palanque. Todos de mãos dadas: Geraldo Simões, Fernando Gomes, Augusto Castro, Davidson Magalhães, Claudevane Leite, os médicos Eric Ettinger Júnior e Renato Costa, Roberto Minas Aço e etc .

Obviamente que o candidato de ACM Neto, também postulante a ser o morador mais ilustre do Palácio de Ondina, vai ser aquele com mais chances de derrotar a opção que surgirá dessa difícil missão de buscar um nome de consenso da base aliada do governador Rui Costa.

O ex-prefeito Geraldo Simões, hoje uma espécie de “patinho feio” na cúpula do PT, assim que soube da aliança de Rui Costa com Fernando Gomes, a definiu como “casamento de cobra com jacaré”.

Pelo andar da carruagem, parece que Geraldo se enganou. O governador e o prefeito estão tendo um bom relacionamento político. No staff fernandista, tem até quem aposte que o apoio de Rui ao sexto mandato de FG é favas contadas.

PS – Correligionários mais próximos de Fernando Gomes não descartam a possibilidade de ter Azevedo como vice. Esperam, ansiosamente, o resultado da conversa do capitão com ACM Neto.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

Com Charliane fica mais fácil uma composição com outros prefeituráveis que se encaixem nessa reviravolta que o DEM busca para inserir o partido em uma nova paisagem.

 

 

A qualquer momento, não passando deste mês de abril, a executiva estadual do DEM, agora sob a batuta de Paulo Azi, deve indicar um nome para comandar a legenda em Itabuna.

O demismo na cidade, que era controlado por Maria Alice, se encontra acéfalo desde o rompimento de Fernando Gomes com ACM Neto na última sucessão municipal.

Dois nomes disputam a indicação de Azi, obviamente com o aval do alcaide soteropolitano, hoje presidente nacional do Partido do Democratas: o ex-prefeito Azevedo e a vereadora Charliane, ambos filiados ao PTB.

Quem apostar suas fichas na edil, que faz um bom trabalho na Casa Legislativa, com uma dura oposição ao governo municipal, vai ganhar um bocado de dinheiro.

São muitos pontos que fazem Charliane (foto abaixo) ser a favorita. Vou citar o que considero como os principais, deixando até de lado o fato de ser mulher, o que pesa bastante na hora da definição, diminuindo assim o impregnado machismo que toma conta do processo político.

1) Charliane é vereadora de oposição ao governo Fernando Gomes, o que agrada em cheio o prefeito de Salvador, que não quer saber do ex-aliado nem pintado de ouro.

2) Nos bastidores do Palácio Thomé de Souza, entre correligionários mais próximos de ACM Neto, a opinião unânime é de que Azevedo pode ter uma recaída ao fernandismo. Não é politicamente confiável.

3) Charliane, no comando do DEM de Itabuna, encarna a mudança que Paulo Azi pretende dar ao partido, oxigenando a legenda com políticos que não sejam enquadrados como “velhas raposas”.

4) Com Charliane fica mais fácil uma composição com outros prefeituráveis que se encaixem nessa reviravolta que o DEM busca para inserir o partido em uma nova paisagem.

Portanto, a vereadora Charliane encaixa perfeitamente no que quer Azi para o DEM, preparando o partido para a disputa do Palácio de Ondina na eleição de 2022.

O amigo Jerberson Josué, do grupo Reage Itabuna, tem toda razão quando diz que Charliane “é uma liderança que vai fazer ressurgir o DEM”.

Confesso que a escolha de Azevedo é uma grande e inesperada surpresa para o modesto Editorial do Wense, cada vez mais elogiado por muitos e também criticado.

Nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos. O couro tem que ser de crocodilo. Não é fácil. Vamos até o editorial 300, conforme combinado com meus próprios botões, como diria o irreverente, polêmico e bom jornalista Mino Carta.

Marco Wense é analista político do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

É bom lembrar que na última vez que falou sobre a sucessão de 2020, no programa de Roberto de Souza, Rádio Nacional, Josias não descartou a possibilidade de sair candidato a prefeito de Itabuna. Transferiria seu domicílio eleitoral de Ilhéus para a irmã e vizinha cidade.

 

Um, dois, três… De quinze pré-candidatos, somente cinco ou seis vão até o fim disputando a sucessão de Fernando Gomes, prefeito de Itabuna por cinco vezes.

Dificilmente teremos outro político para superar essa marca de ter governado Itabuna em cinco oportunidades, sendo sempre derrotado quando tentava o segundo mandato consecutivo.

Com efeito, nenhum alcaide conseguiu quebrar o tabu de permanecer no cargo pelo instituto da reeleição. O eleitorado itabunense não gosta de reeleger o chefe do Executivo.

O substituto de Fernando, que será conhecido em outubro de 2020, vai sair do grupo do governador Rui Costa ou de Mangabeira, sem dúvida o nome da oposição com mais chances de derrotar o candidato do governismo, seja municipal ou estadual.

O candidato do governador será também o de Fernando Gomes e vice-versa. Não teremos dois postulantes ao Centro Administrativo Firmino Alves dessa aliança. A tendência é pela escolha de um petista.

Nos bastidores, principalmente do Palácio de Ondina, o que se comenta é que Josias Gomes, ex-secretário de Relações Institucionais, seria o nome indicado pela cúpula do PT com o aval de Rui Costa e o ok de Fernando Gomes.

É bom lembrar que na última vez que falou sobre a sucessão de 2020, no programa de Roberto de Souza, Rádio Nacional, Josias não descartou a possibilidade de sair candidato a prefeito de Itabuna. Transferiria seu domicílio eleitoral de Ilhéus para a irmã e vizinha cidade.

Do outro lado, o grupo de Mangabeira com Augusto Castro e todos que querem uma mudança na política de Itabuna, um ponto final no fernandismo, que não pode ser subestimado, continua enraizado e respirando sem ajuda de aparelhos.

Se a eleição fosse hoje, o prefeito de Itabuna seria o médico Antônio Mangabeira, do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

O que chama atenção na sucessão de 2020, é a pretensão de se candidatar dos ex-prefeitos Geraldo Simões, Claudevane Leite e Capitão Azevedo. Os dois primeiros ligados ao PT. O militar a ACM Neto, gestor soteropolitano, presidente nacional do DEM e candidatíssimo ao governo da Bahia no pleito de 2022.

No mais, esperar o desenrolar dos acontecimentos para um comentário mais firme, consistente e com pouca especulação.

Vale ressaltar que especular, dentro de uma certa lógica e racionalidade, é inerente ao jornalismo político. Do contrário, a análise ficaria condicionada ao surgimento do fato, que poderia acontecer até mesmo na véspera do dia da eleição. Portanto, a projeção do que pode vim pela frente é perfeitamente aceitável.

Lá na frente teremos o fernandismo e o petismo de mãos dadas para fazer o sucessor de Fernando Gomes, ilustre integrante do Movimento dos Sem Partido, o MSP.

Marco Wense é articulista e colunista do Diário Bahia.

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Azevedo teve pedido negado pela justiça.
Azevedo teve pedido negado pela justiça.

O titular da da 1ª Vara da Fazenda Pública, Ulysses Maynard Salgado, julgou improcedente pedido feito pela defesa de Capitão Azevedo para declarar nulo julgamento das contas de 2011 pela Câmara de Vereadores de Itabuna. Azevedo é pré-candidato a prefeito pelo PTB e a decisão complica-o, eleitoralmente, com base na Lei Ficha Limpa.

A decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública foi tomada na última sexta (15), porém publicada nesta segunda-feira.

As contas de Azevedo relativas ao exercício financeiro de 2011 foram julgadas pela Câmara em dezembro de 2013, sendo reprovadas por 11 votos a 10 (relembre aqui). Os vereadores seguiram recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Para ser candidato em 2014, quando disputou vaga à Assembleia Legislativa, Azevedo conseguiu liminar que suspendia os efeitos da decisão do legislativo. Agora, o magistrado, ao julgar o mérito da ação, negou o pedido para anular o julgamento da Câmara.

Na ação, o ex-prefeito enfatizou nunca ter sido “citado, pessoalmente, para apresentar defesa. E, acrescenta, tecnicamente, “nunca foi aberto prazo de defesa” por parte do legislativo.

AZEVEDO VAI RECORRER

Apesar da decisão, a coordenação da pré-campanha de Capitão Azevedo mantém a esperança de candidatura. Questionada pelo PIMENTA se a decisão não complicaria, eleitoralmente, a situação de Azevedo, a resposta foi política.

– Já estávamos esperando [essa decisão]. O juiz precisava dar uma sentença. Agora, o jogo começa.

Azevedo recorrerá da decisão. “São duas situações. O julgamento jurídico, onde sempre se presume a inocência, e o popular, que é notoriamente a favor de Azevedo”.

Ainda, no entendimento da coordenação de campanha, a decisão em primeira instância não deixa o político inelegível, o que seria decidido apenas pela Justiça Eleitoral, que se pronunciaria até o prazo dos registros, 15 de agosto.

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Ruy (à esquerda) é o maestro de Azevedo na Câmara
Ruy (à esquerda) é o maestro de Azevedo na Câmara

Foi tensa a sessão realizada ontem (30) pela Câmara de Vereadores de Itabuna para votar o projeto de decreto legislativo que anula a rejeição das contas do ex-prefeito Capitão Azevedo, referentes ao exercício de 2011. A proposta é apontada como uma manobra para impedir que o político, hoje no PTB, entre no rol dos fichas sujas e acabe se tornando inelegível.

Pré-candidato a prefeito, Azevedo enxerga na rejeição de suas contas um obstáculo a ser superado. Pelas contas de alguns observadores, ele teria hoje algo em torno de 15 votos para pavimentar seu caminho rumo à candidatura. Bastariam 11.

O decreto legislativo a ser anulado foi aprovado em 2013, pela mesma legislatura que agora, regida pela mesma batuta, mas sob outros interesses, opera para detoná-lo.

Na sessão em que a banda do capitão tentou executar sua partitura, o tucano José Silva atravessou o ritmo e pediu vistas do projeto. Ouviu piadas do colega Ruy Machado (PTB), que rege a orquestra azevedista e promete: não importa que alguns desafinem, a banda vai passar.

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Azevedo conta com virada de mesa na Câmara para garantir registro de candidato
Azevedo conta com virada de mesa na Câmara para garantir registro de candidato

Tal qual o personagem Chapolin Colorado (do bordão “vocês não contavam com minha astúcia”), um grupo de vereadores da Câmara de Itabuna planeja uma inesperada virada de mesa para favorecer o ex-prefeito Capitão Azevedo e livrá-lo da ameaça de ter o registro da candidatura impedido pelo TSE, dada a condição de ficha suja. A jogada envolve a anulação do decreto legislativo 060/2013, o qual confirmou o parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e rejeitou as contas de Azevedo referentes a 2011.

Em resumo, a manobra limpa a barra do capitão no TCM e pode facilitar seu caminho rumo à candidatura para mais um mandato à frente da Prefeitura de Itabuna. A articulação tem como mentor o vereador Ruy Machado (PTB), partido de Azevedo; conta com uma mãozinha do presidente das Comissões Técnicas, Joilson Rosa (SD) e com a simpatia do PCdoB, que vê na candidatura do ex-prefeito uma forma de dividir os votos no campo da direita.

No afã de dar esse “cavalo de pau”, os pilotos atropelaram o regimento interno do legislativo e poderão ser acusados até mesmo de falsidade ideológica, por terem supostamente criado uma ata de sessão que não ocorreu. O vereador Chico Reis (PSDB), que é vice-presidente da Comissão de Legislação da Câmara, afirma que o projeto de decreto legislativo não passou pelas comissões, embora exista a ata dando conta de que houve deliberação na segunda-feira (27). “Nesse dia, sequer houve sessão na casa”, diz o vereador atropelado.

Ainda sob impacto, Chico e outros vereadores estudam um meio de anular a tramitação da proposta, mas o time do capitão segue a toda velocidade. O decreto salvador está na pauta de votações da Câmara para esta quinta-feira (30), um dia em que normalmente não acontecem sessões plenárias, mas é claro que isso não passa de um pequeno detalhe. Para facilitar, a aprovação exige discussão única e maioria simples, o que pode livrar a pele de Azevedo de um modo que somente a astúcia de Chapolim poderia conseguir.

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Eduardo Kowalski é cotado para vice em possível composição entre PSDB e PMDB
Eduardo Kowalski é cotado para vice em possível composição entre PSDB e PMDB

O PMDB de Itabuna está em uma encruzilhada na sucessão municipal. Um caminho, que parece pouco provável, conduz ao nome de Fernando Vita como pré-candidato a prefeito. Uma segunda via, defendida em articulações de bastidores pelo presidente do diretório, Pedro Arnaldo, leva ao apoio da sigla ao ex-prefeito Capitão Azevedo (PTB). A terceira, propagada abertamente pelo ex-deputado Renato Costa, tem como destino a aliança com Augusto Castro (PSDB).

Pelo que se observa, os peemedebistas devem se limitar às duas últimas opções. E, segundo fontes do partido, há uma tendência mais forte de coligação com o tucano, o que dependeria apenas de composições que vêm sendo negociadas em outros dois municípios.

No caso de uma possível composição entre PSDB e PMDB, a surpresa poderá ser o surgimento de um novo nome no cenário sucessório. Trata-se do médico Eduardo Kowalski, que é vice-presidente do diretório municipal do PMDB e pode acabar se tornando vice também em futura chapa majoritária.

Kowalski ainda não disse sim, mas seu nome teria a preferência de Renato Costa.