Bahia participará dos testes da fase 3 da vacina russa Sputnik V
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A Bahia vai participar dos testes da fase 3 da vacina russa Sputnik V. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17), pelo governador Rui Costa (PT) por meio de suas redes sociais.

“Está confirmada a fase 3 da testagem da vacina Sputnik V na Bahia. Ontem (quarta-feira), em Brasília, o governo da Bahia se reuniu com representantes do governo russo e da União Química, empresa brasileira que vai produzir as vacinas no Brasil, para dar continuidade ao trabalho conjunto”, anunciou, no Twitter.

“Em paralelo à testagem para certificação da Anvisa, em janeiro a União Química dará início à produção das vacinas para que elas estejam disponíveis assim que a Sputnik V for autorizada. Já asseguramos 50 milhões de doses, caso seja necessário fazermos a compra pelo governo da Bahia”, acrescentou o governador.

O governador disse que a Bahiafarma poderá auxiliar a distribuição do imunizante para outros Estados e até mesmo disponibilizar sua estrutura para as etapas finais da produção da vacina. “Precisamos da vacina e vamos continuar trabalhando incansavelmente para que baianas e baianos sejam imunizados”, disse.

Vilas-Boas faz anúncio de hospital materno-infantil em Itabuna || Foto Paula Fróes/GovBA
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O fundo soberano da Rússia (RDIF) e o Governo da Bahia assinaram um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, a primeira contra o novo coronavírus registrada no mundo. Segundo o governo, o acordo permitirá que a Bahia, por meio da Bahiafarma, comercialize a vacina em território brasileiro, com a possibilidade de entrega a partir de novembro de 2020, desde que aprovada pelos órgãos reguladores do Brasil.

A vacina está sendo testada em cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo. O secretário estadual de Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, diz que a vacina está “se mostrando segura e eficaz até o momento”. Ministrada em duas doses, ela utiliza a plataforma de adenovírus humano, que é conhecida e estudada há décadas. “Outras vacinas em estágio de pesquisa utilizam adenovírus de macaco ou mRNA, o que significa que seus efeitos e reações adversas precisam ser estudados por mais tempo”, observa.

O adenovírus humano é uma plataforma para o desenvolvimento de vacinas que tem se mostrado segura ao longo de décadas, incluindo 75 publicações científicas internacionais e mais de 250 ensaios clínicos.

TESTES

A vacina Sputnik V está sendo avaliada, na fase 3, em aproximadamente 40 mil pessoas em todo o mundo. No Brasil, o Governo da Bahia, por meio do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Couto Maia, submeterá à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para testes clínicos em 500 brasileiros. A expectativa é que os testes tenham início no próximo mês.

SPUTNIK V

Em 11 de agosto, a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya, foi registrada pelo Ministério da Saúde da Rússia e se tornou a primeira vacina registrada do mundo contra Covid-19, com base em uma plataforma de adenovírus humano. O governo russo já recebeu pedidos de 1 bilhão de doses da vacina. Informações detalhadas sobre a Sputnik V estão disponíveis em sputnikvaccine.com.

Com investimento de R$ 200 milhões, Bahia passará a produzir insulina || Foto Divulgação
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Os deputados estaduais aprovaram, nesta quinta-feira (27), a criação da Companhia Baiana de Insulina (Bahiainsulina), que integrará a estrutura da administração pública indireta, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O projeto do governo baiano foi aprovado por unanimidade pelo parlamento estadual.

O próximo passo é a sanção pelo governador Rui Costa, tornando concreto, após três anos de planejamento, o projeto de construção da primeira fábrica de insulina do hemisfério Sul. O investimento é estimado em R$ 200 milhões, sendo 100% subsidiada pela iniciativa privada.

Nelson Leal lembra de debate intenso para garantir a fábrica de insulina na Bahia

“Houve um debate muito intenso na ALBA a respeito da implantação da nova estatal, mas contamos, mais uma vez, com a maturidade política das bancadas da Situação e, sobretudo, da Oposição para defender, em primeiro lugar, os interesses do povo baiano. A Bahiainsulina será importantíssima para, pelo menos, 12 milhões de brasileiros – e mais de 200 mil baianos – com diabetes e que necessitam do hormônio”, disse o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado estadual Nelson Leal.

POLO BIOTECNOLÓGICO

De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, a Bahiainsulina representa um importante avanço para a construção de um polo biotecnológico para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde no Estado da Bahia e no Brasil. “A Bahiainsulina será o braço fabril da Bahiafarma para a produção de insulina para o SUS. O equipamento será o primeiro do país a produzir insulina e, quando em funcionamento, deixará de lado a necessidade de importação”, disse ele.

A nova companhia poderá também comercializar o excedente de sua produção no mercado privado e mercado externo. A concretização desse projeto só foi possível com a liderança do governador Rui Costa, que criou as condições adequadas para essa realidade”, afirma Vilas-Boas.

Fábio Vilas-Boas, secretário estadual de Saúde

A Bahiafarma é detentora da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) de insulina humana e tem como desafio tecnológico nacionalizar a produção deste insumo essencial. Essa PDP garante que o Ministério da Saúde adquira da Bahiafarma 50% da demanda nacional do SUS.

Pelo menos 12 milhões de pessoas vivem com diabetes e necessitam da substância no país. A estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBE) é de que na Bahia 203.708 pessoas tenham a doença, 13.323 delas na capital, Salvador.

Além dos impactos positivos na área de saúde, no caso da economia baiana, a operação representa o desenvolvimento de um novo segmento industrial, com alta tecnologia. A fábrica prevê a geração de até 300 empregos diretos e mil indiretos.

INDÚSTRIA NACIONAL

No cenário mundial, três empresas detêm cerca de 80% do mercado, o que é um risco para quem é insulinodependente, tendo em vista as práticas de dumping para eliminar a concorrência, tabelamento internacional e, sempre que possível, elevação de preço da insulina.

O preço do frasco de insulina ao SUS chegou a cair de R$ 18 para R$ 9 com o anúncio da parceria com a Indar, laboratório ucraniano que fará a transferência de tecnologia. É importante ressaltar que a Indar cumpre com todas as exigências regulatórias brasileiras e nunca ocorreu quaisquer problemas registrados com a farmacovigilância. A Bahiafarma participa ativamente dos processos de transferência de tecnologia e de consolidação da produção nacional da insulina recombinante humana e seus derivados.

Secretário Vilas-Boas, à esquerda, durante encontro para discutir acordo comercial
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Um acordo de transferência de tecnologia de produção de medicamentos e gerenciamento de saúde na área de diabetes mellitus foi definido entre representantes governamentais de Cuba e o secretário Estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas, em visita oficial àquele país, nesta terça-feira (03). De acordo com o secretário Fábio Vilas-Boas, o Governo de Cuba desenvolveu um dos mais bem sucedidos projetos de controle do diabetes e de suas complicações, que incluem amputações e cegueira, em todo o mundo.

Segundo Vilas-Boas, o projeto de parceria com o governo cubano resulta de reuniões iniciadas pelo governador Rui Costa em visita oficial ao país em 2017 e sequenciadas pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma).

Uma molécula desenvolvida pelo Centro Cubano de Engenharia Genética e Biomolecular (CIGB) é capaz de aumentar a circulação de sangue nas pernas e pés afetados pela doença vascular do diabetes, evitando assim a amputação que afeta 4.500 baianos por ano. O medicamento está em fase final de aprovação regulatória do Brasil, sendo a Bahiafarma, junto com a Fiocruz Biomanguinhos, os primeiros laboratórios a aplicarem o novo fármaco no país.Leia Mais

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Bahiafarma atenderá metade da demanda por insulina no SUS || Foto Tiago Décimo/Bahiafarma

A Bahiafarma começa a fornecer, nesta semana, insulinas para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. De acordo com o laboratório estadual, os primeiros lotes do medicamento usado para controle da diabetes devem chegar aos postos de saúde nos próximos dias. A Bahiafarma fornecerá 50% da demanda de insulinas Regular (R) e de ação prolongada (NPH) do SUS.
O procedimento marca a primeira etapa do processo de transferência de tecnologia que vai tornar o Brasil um dos poucos países a dominar o processo de fabricação de insulina, um dos medicamentos mais utilizados no mundo – e considerado estratégico pelo Ministério da Saúde.
A compra do medicamento, por parte do ministério, foi publicada no dia 16 deste mês, no Diário Oficial da União, concretizando a redistribuição dos projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para produção de insulina no País, que havia sido definida por meio da Portaria número 551, publicada no DOU em 21 de fevereiro de 2017.
Para a produção das insulinas, a Bahiafarma tem como parceiro tecnológico o laboratório ucraniano Indar, dentro do regime de PDPs. “É uma empresa que atua exclusivamente em pesquisa e produção de insulinas há mais de 15 anos e é reconhecida por utilizar tecnologias inovadoras, além de realizar operações em diversos países”, ressalta o diretor presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias.
A PDP entre Bahiafarma e Indar prevê a instalação da fábrica de insulinas na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Uma fábrica de insulinas é uma unidade de alta tecnologia, que poucos laboratórios detêm, e estamos dando todos os passos para atingir a excelência na instalação desta unidade”, afirma o executivo, enfatizando que “a Indar tem todo o know-how para auxiliar-nos neste processo, que vai resultar na mudança de patamar da indústria farmacêutica no Norte-Nordeste brasileiro, com atração e formação de mão de obra altamente qualificada”.
FÁBRICA
O protocolo para a instalação da fábrica na Bahia foi assinada entre o governador Rui Costa, a presidente da Indar, Liubov Viktoriyna Vyshnevska, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, e Ronaldo Dias, em agosto do ano passado. “É um acordo bom para a saúde dos brasileiros e bom para a economia brasileira”, disse Rui, à época. “Com a fábrica, o Ministério da Saúde passa a fazer a aquisição [da insulina] por um preço muito menor, facilitando assim o acesso a esse medicamento para milhares de portadores de Diabetes.”
De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com Diabetes cresceu 61,8% entre 2006 e 2016, passando de 5,5% para 8,9% da população. Somente os portadores de Diabetes tipo 1, dependentes regulares de insulina, são mais de 600 mil brasileiros.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, no mundo, cerca de 10% dos adultos têm a doença. “A construção dessa fábrica fará história na saúde pública do Brasil”, avalia o secretário Fábio Vilas-Boas, ressaltando a possibilidade de ampliação do acesso à insulina pelo povo brasileiro.
Para Ronaldo Dias, a parceria internacional “concretiza a política do governador Rui Costa de promover a industrialização do Estado”, e amplia, ainda mais, a oportunidade de produtos que podem ser acessados pelo SUS. A previsão é que a planta industrial comece a operar em 40 meses. “Além disso, a unidade produtiva vai poder dar segurança de fornecimento e estabilidade de preços das insulinas ao sistema”.Leia Mais

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Governador Rui Costa anuncia aprovação de teste rápido da zika (Foto Mateus Pereira/GovBA).
Governador baiano anuncia aprovação de teste rápido da zika (Foto Mateus Pereira/GovBA).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o teste rápido desenvolvido pela Bahiafarma para detecção do vírus da zika. O teste foi desenvolvido pela empresa farmacêutica baiana em parceria com a sul-coreana Genbody Inc., no Brasil.

A novidade foi revelada pelo governador Rui Costa em seu perfil oficial no Facebook, hoje (25), que elogiou os servidores públicos da Bahiafarma, laboratório farmacêutico público.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), além de inédito, o teste também é o primeiro feito sem a participação da Fiocruz. O teste torna mais fácil e rápida a detecção do vírus no organismo de pessoas infectadas.

Ainda de acordo com a Sesab, a realização do teste rápido não apenas confirma o diagnóstico de possíveis pacientes, mas também colabora para o mapeamento de ocorrências da doença, facilitando ações de combate em locais específicos, e auxilia nas pesquisas sobre a doença.

O desenvolvimento do teste rápido para zika vírus teve início no primeiro semestre de 2015, quando começaram a ser detectados casos suspeitos da doença no sul da Bahia e na região de Feira de Santana, centro-norte do Estado.

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Villas Boas, ao centro, em reunião com dirigente do Conselho de Farmácia baiano (Foto Divulgação).
Villas Boas, ao centro, em reunião com dirigente do Conselho de Farmácia baiano (Foto Divulgação).

Mais de 400 profissionais – entre farmacêuticos, químicos e biólogos – serão contratados pela Bahiafarma, entidade ligada a Secretaria da Saúde do Estado, a partir de 2016, conforme anúncio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Aliado a este montante, a expectativa é que a demanda por mão de obra qualificada aumente a partir da política de atração de indústrias farmoquímicas pelo Governo da Bahia.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas Boas, a escassez de mão de obra qualificada para atuar no segmento é uma realidade no estado. O titular da Sesab se reuniu nesta semana com o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia (CRF-BA), Mário Martinelli Júnior, para elaborar uma estratégia que garanta o maior número de baianos ocupando essas vagas.

– Uma das iniciativas visa estimular o direcionamento dos cursos de pós-graduação para a área farmoquímica, bem como estruturar um programa de estágio remunerado para estudantes da graduação na Bahiafarma.

PERSPECTIVAS
A Bahiafarma é considerada como empresa estratégica no processo de atração e fixação de laboratórios e indústrias farmacêuticas, para a criação de um pólo farmoquímico na Bahia nos próximos anos. Está em implantação o desenvolvimento de linha de produção multipropósito, com a fabricação de imunobiológicos e de itens como órteses e próteses de alto perfil, além de testes rápidos de diagnósticos voltados para o SUS de todo o Brasil, com a possibilidade ainda de exportar para a América Latina.

Ainda de acordo com Vilas Boas, em paralelo, com o propósito de captar outros negócios possíveis de serem assimilados, independentes de transferência de tecnologia via Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), a Bahiafarma tem prospectado outros projetos, considerando a necessidade de investimento, custo de produção, disponibilidade de mercado e demanda de consumo do Sistema Único de Saúde (SUS). Já se tem parcerias estabelecidas com diversos laboratórios, entre eles, Cristália, Novartis, Libbs e Biocen.