Fuxicaria, do zap da Confraria do Alto Beco do Fuxico || Foto Blog Walmir Rosário
Tempo de leitura: 4 minutos

 

 

E nesse momento os que têm simpatia ou militam nos partidos de direita, se entreolham assustados, desconversam sobre a preferência dos visitantes e exaltam as qualidades da Stella Artois, cujo paladar apreciam.

 

 

Walmir Rosário

Como prevíamos, a frequência do Beco do Fuxico vem aumentando assustadoramente. A cada sábado, novos frequentadores chegam aos magotes, deixando perplexos os participantes dos grupos assíduos do ABC da Noite e Fuxicaria. Desses, pelos que deixam a transparecer, muitos neófitos e que jamais chegarão a noviços, uns poucos alunos repetentes do Caboclo Alencar em busca de renovar suas matrículas.

Pelas fotos que recebo no grupo de WhatsApp da Confraria do Alto Beco do Fuxico, muitas das caras que me são conhecidas são totalmente alheias às obrigações de sábado num beco que aloja, há dezenas de anos, o que existe na mais fina-flor da boemia itabunense. Deixo aqui o necessário reparo que até protestantes, que detestam as bebidas alcoólicas, aparecem nas fotos, todos eles se comportando como peixe fora d’água.

Nunca conversa rápida com o oftalmologista Wandick Rosa, nossas dúvidas foram decifradas com o olhar atento de médico especializado em enxergar bem. Olho de Lince, diria o saudoso amigo Iram Marques, o famoso Cacifão, este expert nas artes do Beco do Fuxico e da política. Pois, bem, ao revermos os arquivos de fotos, algumas figurinhas carimbadas foram detectadas.

Foi a partir daí que descobrimos as datas das fotos, todas com mais frequência em anos pares e algumas incursões nos meses que finalizam os anos ímpares. Aí ficou fácil, são os políticos – pré-candidatos – e seus cabos eleitorais, atualmente renomeados pomposamente de assessores. Ao chegarem ao Beco do Fuxico a recepção não poderia ser diferente, com os cumprimentos de praxe:

– Mas rapaz, há quanto tempo, por onde tem andado? Seja bem-vindo, não faça cerimônia, pega uma cadeira e se sente –.

Diante de um convite fagueiro como esse muitos não resistem, e sem qualquer cerimônia tomam assento numa mesa, enquanto outros revelam sua condição de abstêmio, explicando que não é nada com a saúde, que se encontra boa, tinindo como disse o médico no último checape. Mas o problema é de ordem religiosa, que abomina o álcool e outros bons prazeres da vida.

Até aí, tudo bem. O problema maior reside nos assessores do pré-candidatos, aqueles que somente aparecem de dois em dois anos, nos meses em que começam as campanhas eleitorais. Os pré-candidatos ditos de esquerda são os mais exaltados e sequer olham para as marcas de cerveja que os anfitriões das mesas estão bebendo e pedem logo a bebida de suas preferências: a Heineken, aquela que ostenta uma estrela vermelha na garrafa.

E nesse momento os que têm simpatia ou militam nos partidos de direita, se entreolham assustados, desconversam sobre a preferência dos visitantes e exaltam as qualidades da Stella Artois, cujo paladar apreciam. E as discordâncias vão pululando entre os participantes daquela mesa e as que os cercam. Um amigo meu que não é afeito às brigas políticas me confidenciou que, por vezes, coloca um rótulo de um refrigerante tapando a estrela vermelha da Heineken, para evitar novos problemas, mas não deu certo.

Meu amigo e colega Pedro Carlos Nunes de Almeida (Pepê), que há décadas possui banca advocatícia no Beco do Fuxico, portanto, conhecedor de cada palmo daquele chão, me revelou apreensivo:

– Rosário, o Beco do Fuxico está se transformando numa bomba atômica prestes a explodir! Imagine na mesma mesa esquerda e direita tentando passar o Brasil a limpo? Não estou vendo com bons olhos essa aproximação, devido ao temperamento explosivo de alguns militantes, ainda mais exaltados pelas deliciosas batidas do Caboclo Alencar e as cervejas do Fuxicaria – explicou sua temeridade o amigo Pepê.

Ainda bem que José d’Almeida Senna – hoje com cadeira cativa nos pubs soteropolitanos da Pituba – raramente frequenta o Beco do Fuxico, pois poderia, a qualquer momento, tocar fogo no estopim e incendiar o Beco e botar alguns esquerdistas para correr, após seu famoso grito de guerra. Bastariam uns três gritos de “vão tomar n… c… car…”, para colocar ordem no lugar, sem maiores delongas.

Mas meu amigo Wandick Rosa, como um homem de ciência, portanto, grande observador, apesar de se mostrar receoso com os diferentes – politicamente falando – juntos, me conta um fato digno de nos manter calmos, longe de ser o Beco do Fuxico uma Faixa de Gaza. Pelo que viu, com seus próprios olhos, lá para as tantas, a direita sorvia grandes goles de Heineken, sem se importar com a estrela vermelha, enquanto a esquerda deixava de lado os defeitos da cerveja Stella Artois, a preferida dos imperialistas.

Mas lá no Beco do Fuxico é assim mesmo, alguns aparecem em dias festivos somente para gozarem dos seus 15 minutos de fama, mesmo que não pertençam à fauna local. Já as batidas elaboradas pelo alquimista Caboclo Alencar não passou por nenhum questionamento quanto à preferência. Seriam as batidas do ABC da Noite, de centro, que todos as querem bem coladinhas neles? E ainda dizem que toda a unanimidade é burra…

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Caboco Alencar suspendeu as aulas e retorna no pós-eleições || Foto Walmir Rosário
Tempo de leitura: 3 minutos

 

Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo.

 

Walmir Rosário

Do presidente da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., (Alambique), o jornalista Daniel Thame, recebo a fatídica informação. Foi difícil acreditar, mas constatei que era verdade. Após a reabertura do ABC da Noite, recebida com festa em grandioso estilo, a diretoria resolveu dar mais um tempo e cerrar suas duas portas até passar as eleições de 2 de outubro.

A notícia pegou todos de surpresa, já que o professor Caboclo Alencar e sua inseparável companheira, dona Neusa, deliberaram, em sessão extraordinária, a suspensão da prestação dos serviços etílicos na sua sede, no Beco do Fuxico. Mas como não existe nada ruim que não possa piorar, como garante em sua tese o tal de Murphy, num conceito que se transformou em lei sem que fosse aprovada por parlamento algum.

Esse já é o segundo choque sentido pelos boêmios itabunenses, que ficaram órfãos das deliciosas batidas do Caboclo Alencar durante esses anos em que a pandemia resolveu assolar o Brasil e o mundo. A primeira decepção sentida foi a drástica redução nos dias de funcionamento, que caiu do tradicional segunda a sábado, em dois expedientes, e que passaria apenas aos sábados.

Pois bem, se não bastassem os torturantes 30 meses em que esteve fechado, o primeiro decreto editado pelo Caboclo Alencar e dona Neusa, restringiu a abertura, em desconformidade à placa de bronze afixada na parede proclama os horários de abertura e fechamento do régio expediente: De segunda a sexta-feira: das 11 às 12h30min e das 17 às 19 horas; aos sábados, das 11 às 12h30min; sem expediente aos domingos.

Agora, conforme acertado, o horário de sábado foi ampliado em duas horas, mas nada que compense os dois expedientes diários no decorrer das segundas às sextas-feiras, quando centenas de repetentes e aderentes se reuniram no ponto mais tradicional do Beco do Fuxico, em Itabuna. Nos dias removidos da tabela de funcionamento, que os alunos busquem novas escolas próximas para continuar os estudos etílicos.

Um dos alunos repetentes do ABC da Noite, Daniel Thame, se deu por satisfeito e disse que, felizmente, do males o menor, pois dessa vez é por pouco tempo. Além do mais, fez questão de ressaltar que o ABC da Noite volta a funcionar após as eleições, sempre aos sábados. A finalidade seria preservar o espaço mais democrático de Itabuna, onde o que deve prevalecer são os sabores das magistrais batidas que só Alencar sabe fazer.

Na qualidade de aluno repetente de anos e anos, que nem dá para contar nos dedos, eu já disse por aqui que senti bastante não ter participado da cerimônia de reabertura do ABC da Noite, oportunidade para rever o Caboclo Alencar, dona Neusa e o sem-número de colegas e amigos. E esse reencontro seria regado às maravilhosas batidas recém-saídas da linha de produção, com preferência para o sabor gengibre.

Ausente estava, como acabei de citar, portanto não presenciei a festa de reabertura, o que sei por ouvir dizer dos colegas presentes, embora como repórter deveria ter ido mais a fundo nas informações, checando o contraditório, o que não fiz. Só me resta penitenciar e faço questão de pedir a devida vênia e o costumeiro perdão, por não ter ido a fundo das questões temporãs e que devem prevalecer os princípios da democracia.

Com a sapiência do casal e a experiência do Caboclo Alencar nos 60 anos de funcionamento do ABC da Noite e os 91 anos de salutar existência, mesmo contrariado pelo fechamento, comemoro a decisão, por demais acertada. Sei, por convivência, e não por ouvir dizer, que o bar é uma extensão do lar (não ligue para a chula trova), ambiente onde todos discutem e mesmo que não cheguem a qualquer conclusão se abraçam na despedida.

Chocado fiquei pelo decreto do novo fechamento – temporário, como quer o confrade Daniel Thame –, por ter me deslocado de Canavieiras a Itabuna, para conhecer o ABC da Noite pós pandemia. Dei com a cara na porta, fechada, como reclamou anos passados o também saudoso aluno repetente Tyrone Perrucho, a aparecer num dia em que o Caboclo resolveu não dar expediente por 30 dias.

Irei me redimir da falta da Confraria d’O Berimbau, sábado passado no MC Vita, e prometerei comparecer noutra efeméride de reabertura assim que passar as eleições. Como sempre, prometo me comportar como um frequentador de botequim bom de debate, discutindo com os parceiros da mesma mesa e me intrometendo nas outras, como manda o manual de boas maneiras de um aluno repetente do ABC da Noite.

E sob as bênçãos do Caboclo e dona Neusa.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e aluno “repetente” do ABC da Noite.

Tempo de leitura: 3 minutos

A visita representa alvíssaras de que em um breve período nenhum dos alunos do ABC da Noite estará fora da sala de aula. Quem garante é o professor Caboclo Alencar.

 

Walmir Rosário

Nunca, em tempo algum neste Brasil, uma visita foi tão comemorada pelos boêmios do Beco do Fuxico e adjacências. Entrando o mês de abril, justamente no dia 1º, em que se costuma a contar mentiras, uma verdade merece ser contada em alto e bom tom: o Caboclo Alencar, nos seus 90 anos, deu as caras no Beco do Fuxico, o endereço do mais conceituado boteco de Itabuna.

Sem alarde ou notícias enviadas aos colunistas sociais que emolduram e abrilhantam nossa imprensa, a visita do Caboclo Alencar teve a simples finalidade de realizar uma vistoria nas instalações do majestoso ABC da Noite, fechado desde que apareceu a pandemia. No chamado grupo de risco, o Caboclo preferiu encerrar as atividades – temporariamente – no seu estabelecimento.

Como faz parte do costume do Caboclo, nesses quase 59 anos de atividades do ABC da Noite, a simplicidade é a marca registrada deste boteco que se transformou numa instituição itabunense. E esse mérito pode ser creditado às divinas batidas que são manipuladas na linha de produção, onde são associadas frutas e raízes às cachaças e vodcas, transformando-as no néctar dos deuses, e aos seus clientes.

Pois é, mas como com a pandemia da Covid-19 ninguém brinca, o Caboclo Alencar resolveu fechar o boteco por algum tempo e se refugiar em casa, longe dos vírus indiscretos que atacam a qualquer hora do dia ou da noite. Mas como os clientes – alunos, melhor dizendo – não se conformavam sem as aulas diárias, enriquecidas com as batidas de limão, maracujá, gengibre, pitanga, o Caboclo resolveu trabalhar em casa.

Mas foi logo avisando que não queria nenhum “piseiro” em casa e que os pedidos seriam feitos pela internet, através do e-mail ou pelo telefone – fixo e celular –, com hora marcada para retirá-lo. Aos poucos, via whatsapp, as batidas do ABC da Noite eram exibidas nas redes sociais como se fossem troféus arduamente conquistados em campeonatos internacionais, como a copa do mundo.

Mas como diz o ditado que gato escaldado tem medo de água fria, o Caboclo Alencar resolveu sair da toca – o recesso do lar – para dar uma olhadinha no prédio sede do ABC da Noite, uma simples vistoria de rotina. Sem alardes, saiu pela manhã com o intuito de fazer umas compras e aproveitou para dar uma passadinha no Beco do Fuxico e vistoriar se estava tudo em ordem.

E tinha razão o Caboclo, pois assim que o prédio do ABC da Noite ganhou status de tombado pelo patrimônio histórico como patrimônio material imaterial de Itabuna, com direito a discursos e muita bebedeira, aconteceu o impossível. No fim de semana, um inimigo – ou melhor, um amigo do alheio – subiu pela parede de frente, arrombou o telhado do prédio e surrupiou os R$ 300,00 deixados na gaveta.

É bom que fique registrado que o tal larápio não tocou nos poucos litros de batidas acondicionados no freezer, talvez por desconhecer a riqueza do conteúdo engarrafado, que foi disputado pelos clientes. Do alto de sua sabedoria, o Caboclo Alencar analisou o malfazejo em entrevistas para os programas policiais como sendo arte de um reles vagabundo chegado ao uso de crack e cachaça vagabunda.

Como dizem que um raio não costuma cair duas vezes no mesmo lugar, o interior do ABC da Noite se encontrava intacto, sem sofrer qualquer invasão dos larápios, que preferiram arrombar lojas vizinhas, aquelas que comercializam aparelhos eletrônicos, celulares e joias. Após uma rápida conferida no estoque, os litros de cachaça de Itarantim e de vodca estavam intactos, sem qualquer violação.

Se desta vez não houve prejuízo material, o Caboclo Alencar não contava com a quantidade de espiões de prontidão para fotografar sua chegada triunfal ao Beco do Fuxico. Tudo coordenado por Alex Alves (Português) que, de celular em punho, registrou todos os passos do Caboclo, e ainda por cima ligou para outros alunos do ABC da Noite anunciando que as aulas teriam sido iniciadas.

Mais do que de repente, pelo menos uma dúzia de alunos repetentes se postaram em frente ao ABC da Noite à espera que as portas se abrissem e pudessem se deliciar com as festejadas batidas. Nem mesmo nas ausências furtivas do Caboclo, quando ainda apreciava e fazia uso de uma boa cachaça e cerveja, ou de suas viagens de férias pelo Brasil afora, seus alunos foram acometidos de tanta carência etílica.

Mas, para o desespero da distinta clientela, a esperada festa durou apenas poucos minutos. Após o Caboclo Alencar fechar a porta com os cadeados e deixar os clientes com água na boca, anunciou que seria por pouco tempo. A visita representa alvíssaras de que em um breve período nenhum dos alunos do ABC da Noite estará fora da sala de aula. Quem garante é o professor Caboclo Alencar.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Tempo de leitura: 4 minutos

Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

 

Walmir Rosário

Se não puder ajudar, pelo menos não atrapalhe! Esse bordão é bastante antigo e não sai de moda, acredito eu que para passar um pito, chamar a atenção, dar um esfrega nas fuças do dito cujo que faz o que não deveria. Isso vale – e muito – para o sacripanta que uns dias atrás espalhou pelas redes sociais uma notícia falsa – ou fake news, como está na moda – dando conta que o Caboclo Alencar teria morrido.

Neste dia, logo cedo, enquanto esperava o café ser posto à mesa, me deparei com essa heresia no Facebook, no Instagram e no Whatsapp, de que o Caboclo teria partido para o outro mundo sem se despedir de ninguém. Com essa profusão de notícias ruins sobre os amigos que se vão, de início fiquei alarmado, mas fui me recuperando aos poucos todas as vezes que analisava uma premissa sobre sua morte.

Ora, sem mais delongas iniciei uma série de ligações para amigos comuns que trataram de desmentir a calúnia na mesma hora e prometeram tomar providências junto à polícia, à justiça e até ao papa, com a firme intenção de aplicar um castigo eficaz no mentiroso. Justamente quando o Caboclo Alencar acaba de comemorar seus 90 anos bem vividos um sujeito qualquer decreta a morte dessa autoridade, sem mais nem menos.

Mesmo neste terrível tempo em que a pandemia assola o mundo – incluído aí o Brasil e Itabuna – o Caboclo Alencar continua prestando relevantes serviços à sua clientela, servindo as deliciosas e quase sexagenárias batidas. Se bem que o Caboclo Alencar poderia se valer do alto dos seus 90 anos para resolver se aposentar do trabalho e passear com sua Neusa mundo afora. Mas não, continuou na labuta.

A única mudança que se permitiu foi mudar a linha de produção da indústria implantada no Beco do Fuxico, onde também funciona o internacionalmente famoso ABC da Noite, para a sua residência. É bom que se diga que também se permitiu a outra mudança: deixou de servir as batidas no varejo e agora somente trabalha em atacado, comercializando-as a partir de embalagens de litro.

Sujeito modesto esse Caboclo Alencar, que continua firme na lida para não deixar os alunos – repetentes ou não – do ABC da Noite a ver navios. Que ninguém repare não ser servido na forma tradicional, de pé no balcão e em pequenos copos de plásticos em dois tamanhos, pois não convém manter esse serviço em sua própria residência, cujos frequentadores são apenas os convidados.

Mesmo assim, na porta de entrada o Caboclo não se furta de entregar os maravilhosos litros de batida, quase sempre acompanhados de uma dose da bebida, para deleite do ilustre cliente. Nestas semanas em que prevalece o lockdown, nada melhor do que passar o fim de semana em casa e devidamente abastecido. Afinal, um boêmio distinto é conhecido pelos serviços que presta ao recepcionar seus convidados.

Mas voltando ao malfazejo que transmitiu essa heresia ao mundo por meio da internet, fico aqui imaginando o que o Caboclo Alencar teria feito de mal ao dito cujo, para premeditar tamanha vingança. Teria ele passado pelo Beco do Fuxico e dado de cara, por dias a fio, com o ABC da Noite fechado e se sentiu prejudicado no seu sagrado direito de beber uma das batidas, conforme mandava a tradição?

Não acredito na atitude mesquinha desse sujeito e rogo que a justiça venha a dar o tratamento merecido ao dito cujo, no tamanho que merece o tresloucado ato praticado. Se falhar a justiça dos homens que, pelo menos, atue a divina, e que ele seja, no mínimo, proibido de beber as tradicionais batidas do ABC da Noite por um longo período, na mesma proporção do estrago que causou aos amigos do Caboclo.

Para os que ainda não tomaram ciência do que representa o Caboclo Alencar, vai aqui uma simples amostra da importância desse homem para os frequentadores do ABC da Noite, tanto os diários como os esporádicos. De portas abertas desde 1962, o Caboclo coleciona uma carteira de amigos e clientes que ultrapassam limites, divisas e fronteiras, que sempre voltam para uma mais uma dose.

Itabunense nascido em Sorocaba (SP), Alencar Pereira da Silveira teve a ideia de transformar o açougue em que comercializava carne de porco em uma casa de batidas, cervejas e tira-gostos. De lá pra cá não fez outra coisa na vida que não fosse proporcionar a felicidades dos costumeiros clientes, transformando seu negócio numa verdadeira casa de amigos. E tantos amigos que crescem a cada dia.

E para tomar a saideira, de cara vou avisando ao dito cujo carcará sanguinolento que praga de urubu magro não pega em cavalo gordo. Quem, como Alencar Pereira da Silveira, nasce no dia consagrado a Iemanjá tem o corpo fechado e uma legião de amigos para clamar: Vida longa ao Caboclo Alencar!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).
Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).

Os 52 anos do ABC da Noite, o mais tradicional boteco do Sul da Bahia, serão comemorados amanhã (26) com uma festa em homenagem ao Caboclo Alencar, que há mais de meio século brinda seus discípulos com batidas incomparáveis e frases de efeito que renderam até livro.
A festa, além de comes e bebes, terá as participações dos músicos Jaffet Ornelas, Carlos Santana e Duo Bem Ti Vi, que se apresentam a partir das 11 horas da manhã no palco armado em frente ao boteco.
Tombado pela Prefeitura  em 2013, o prédio onde o ABC foi instalado, inicialmente um açougue providencialmente transformado em boteco, faz parte da história de Itabuna e além dos clientes fiéis, é parada obrigatória para quem visita a cidade.
A homenagem é organizada pela Associação Cultural Amigos do Teatro (Acate), Associação dos Amigos do Caboclo Alencar (Acacau) e Academia de Letras, Artes, Músiva, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc. (Alambique).

Tempo de leitura: < 1 minuto
Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).
Caboclo e o seu ABC da Noite (Foto Daniel Thame).

O ABC da Noite completa 51 anos de plena atividade e a comemoração será neste sábado (27),  a partir das 11 horas, no Beco do Fuxico, em Itabuna.  O Caboclo Alencar, fundador do tradicional boteco grapiúna,  vai receber os amigos, que fazem do ABC da Noite um ponto de encontro da boemia itabunense.

Além das tradicionais batidas, haverá vinho, cachaça e  salgadinhos por conta da casa, já que aos 81 anos de idade, o Caboclo resolveu abrir a mão. Dedé do Amendoim, outra figura lendária, também vai dar o ar na graça no ABC da Noite com amendoim, ovo de corda e codorna, mas ai é por conta do freguês. Leia mais

Tempo de leitura: 4 minutos

NAÇÃO DE BEBEDORES FERIDOS E CHOROSOS

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1AlencarAtônito, Caboco Alencar, com sua “farmácia” assaltada na calada da noite, teria se perguntado: “Mas, por que eu?”. É duro de aceitar um mundo em que nem o boteco (refúgio de vagabundos e cavalheiros, espaço da solidariedade, do sonho e da poesia) é respeitado. Quando grandes empresas comerciais ou industriais predadoras, molas mestras do enriquecimento nem sempre lícito (muitas vezes movido a sangue dos trabalhadores) são assaltadas é maior nosso nível de compreensão. Assaltar o ABC da Noite é mais do que atentar contra o diminuto patrimônio pessoal do Caboco; é ferir de morte uma imensa nação de bebedores – ato próprio de bandidos sem coração, lirismo ou paladar.

________________

O mundo fica cada vez mais inabitável
O ABC (justo, D. Ceslau não há de me recomendar à excomunhão por essa verdade nua) é espaço sagrado. Bem que ali, não se pode negar, possam  ter surgido algumas manifestações anticlericais, motivadas por uma dose a mais de batida.  Mas foram apenas engrolados discursos tentativos de consertar o vasto Brasil sem porteira, insuficientes para abalar o teto da Capela Sistina. Constato, com imensa tristeza, que o mundo se faz um lugar cada vez mais inabitável, pois nem líricos e inocentes botecos são dignos do respeito dos assaltantes, que invadiram o templo do ABC como se adentrassem um depósito de rinchona. Bem fez Eduardo Anunciação, que, em protesto antecipado, recusou-se a testemunhar tamanha heresia.
COMENTE! » |

NÃO QUEREMOS A MENTIRA COMO APANÁGIO

Decidi-me a “responder” (na verdade, ninguém me perguntou nada!) a alguns comentários, o que não fiz. Poderia dizer que foi devido à “roda viva” que tritura os que escrevem com data marcada. Mas não digo, pois tenho sido invadido por completo desapreço à mentira. Expulsemo-la, portanto, do capital dos jornalistas, para integrá-la ao apanágio dos políticos, que de tal valor não podem prescindir. Se não fiz o que me prometi foi por falta de planejamento – e não se pode debitar a culpa ao lixo nas ruas e a outras mazelas pequenas e provincianas. Então, mãos à obra, como disse o prefeito, diante do indefeso cofre municipal.
________________
4BebadosambaDebatedor culto, coerente e corajoso
Devo informar a Yan Santos, que me propõe discutir a questão “Camilo de Jesus Lima” com o professor Adylson Machado, ser impossível a tarefa. Quando Adylson (ex-roqueiro, professor de Direito e autor de, pelo menos, dois livros) fala, eu silencio. Culto, coerente e corajoso (eis uma inesperada aliteração!), ele está mais para ser ouvido do que contestado. Mas só a sugestão já me eleva, honra e consola. Comunista da Sibéria me emocionou com a citação de Paulinho da Viola (“Se lágrima fosse de pedra eu choraria”). Bebadosamba é um dos meus discos preferidos, que ganhei de uma “amiga secreta” de bom gosto, no Natal de 1996, ainda quentinho.
________________

Jornalismo genial e ditadura estúpida
5Tarso de CastroPor fim, não gostaria que passasse em branco a dica de leitura de Ricardo Seixas, o livro Memórias do esquecimento, de Flávio Tavares. Também acho pertinente o emprego de protetor auricular durante o Carnaval, mas esta é outra história… A referência me conduziu a dois outros livros de jornalistas: 75 Kg de músculos e fúria (Tarso de Castro – a vida de um dos mais polêmicos jornalistas brasileiros) e O sequestro dos uruguaios (Operação Condor – Uma reportagem dos tempos da ditadura), de Luiz Cláudio Cunha. São dois grandes momentos da vida brasileira: no primeiro, o jornalismo em tempos emoldurados pelo golpe militar; no segundo, a específica estupidez das ditaduras em nuestra America.
COMENTE! » |

(ENTRE PARÊNTESES)

Nas arquibancadas, assistindo a fumacinhas negras e brancas, torcedores verde-amarelos de eventos vaticanos lamentam o resultado do Habemus papam, como se fosse um jogo em La Bombonera: Argentina 1 x 0 Brasil. “Só nos faltava mesmo um papa argentino!”, lamentou-se um dos meus amigos mais pessimistas. Mas pior seria se pior fosse: dizem que o novo sumo não se chamou Maradona II porque Pelé, ao perceber a tendência, ameaçou fazer haraquiri na Praça de Maio. Entende?

BIBI FERREIRA E SUAS MALAS DE LIVROS

7Jane F.Levando duas malas de livros, Bibi Ferreira embarca para Nova Iorque, quando abril chegar. A artista vai comemorar o aniversário de 90 anos com uma apresentação no Lincoln Center, com ingressos disputadíssimos: a espevitada Jane Fonda (foto), que não é boba, reservou camarote no ano passado. A mala é de obras literárias, filosóficas e algumas partituras, publicações de que Bibi não se separa, textos que ela quer ter ao alcance da mão em qualquer tempo, em qualquer lugar. Uma curiosidade sobre a filha de Procópio Ferreira: estreou no palco com apenas 20 dias de nascida, em 1922, na peça Manhã de sol, no colo da madrinha Abigail Maia, mulher Oduvaldo Viana, padrinho do bebê.
_______________
Matrícula negada em colégio paulista
Com cerca de oito anos, Bibi começa a trabalhar na companhia do pai famoso e aos nove, por ser filha de artistas, tem sua matrícula negada no tradicional Colégio Sion, de São Paulo. Mas Procópio responde à altura: manda a filha para a escola em Londres, onde ela também estuda teatro. Em 1936, outra vez no Brasil, participa de filmes, como atriz e cantora, monta sua própria companhia (por onde passam Cacilda Becker, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso e Henriette Morineau) e não para mais: canta, representa, produz. Uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil, fez tevê, mas não  novela. Aqui, um corte de show da Globo, em 1992, comemorativo dos 50 anos da artista.

(O.C.)

Tempo de leitura: 5 minutos

Bloco Te Amasso puxou multidão com a banda itabunense Tsunami (Foto Pimenta).
Bloco Te Amasso puxou multidão com a banda itabunense Tsunami (Foto Pimenta).

A Lavagem do Beco do Fuxico deste ano já entrou para a história como a maior de todas as edições já realizadas. Segundo cálculos do comando da Polícia Militar, mais de 30 mil pessoas participaram da festa que começou com o tombamento do ABC da Noite e terminou ao som da banda de Armadinho, Dodô e Osmar na Praça Adami, às 23h30min de ontem.
Na Lavagem do Beco com as baianas, crianças dão os primeiros passos (Foto Gabriel Oliveira).
Na Lavagem do Beco com as baianas, crianças dão os primeiros passos (Foto Gabriel Oliveira).

A Avenida do Cinquentenário, a Praça Adami, o Beco do Fuxico e transversais foram tomadas pela alegria contagiante do folião – seja ele o “pipoca” ou em bloco, puxados por atrações da casa, mas que fizeram grande sucesso, como o Tsunami.
E o público balançou o chão da praça no show de Armadinho, Dodô e Osmar (Foto Pimenta).
E o público balançou o chão da praça no show de Armadinho, Dodô e Osmar (Foto Pimenta).

Nem mesmo integrantes do Bloco Casados I…Responsáveis contiveram a alegria e desceram a avenida com o som de sua tradicional bateria. A diretoria do bloco, que antes havia informado que os Casados iriam silenciar os tambores em homenagem ao jornalista e fundador, Eduardo Anunciação, sentiu que reverenciar o mestre do jornalismo regional era descer a avenida e ser parte da alegria, juntando-se a Maria Rosa, Encantarte, Te Amasso, Chapolin, Mendigos de Gravata…
O chão ferveu…
No encontro da Cinquentenário com a Praça Adami, multidão à espera de Armandinho&Cia (Foto Pimenta).
Avenida Cinquentenário e Praça Adami: multidão à espera de Armandinho&Cia (Foto Pimenta).

Magalhães, da Bahiagás, o vice-prefeito, Wenceslau Júnior, e Caboclo Alencar no tombamento do ABC da Noite (Foto Gabriel Oliveira).
Magalhães, da Bahiagás, o vice-prefeito, Wenceslau Júnior, e Caboclo Alencar no tombamento do cinquentenário ABC da Noite, do Beco do Fuxico (Foto Gabriel Oliveira).

Os Casados I...Responsáveis decidiram ir para a avenida em homenagem a Eduardo Anunciação, jornalista e fundador do bloco (Foto Marcos Souza/Pimenta).
Os Casados I…Responsáveis decidiram ir para a avenida em homenagem a Eduardo Anunciação, jornalista e fundador do bloco (Foto Marcos Souza/Pimenta).

 
Confira dezenas de fotos de flagras e foliões clicando no Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Alencar e sua esposa Neuza, em frente ao ABC, que será tombado neste sábado.
Alencar e esposa, Neuza, em frente ao ABC.

A Lavagem do Beco do Fuxico, que acontece neste sábado, 9, terá uma atração especial: o tombamento, pela Prefeitura de Itabuna, do boteco ABC da Noite.
A solenidade, organizada pela Secretaria de Indústria e Comércio,  acontece às 12 horas, abrindo oficialmente a programação da Lavagem.
Fundado  há 50 anos por Alencar Pereira da Silva, celebrizado como Caboco Alencar, o ABC da Noite se tornou um símbolo de Itabuna.
O tombamento garante a preservação de uma parte importante da história e da memória de Itabuna, um local que é reduto da boemia e ponto de encontro de amigos, que se confraternizam em torno das lendárias batidas feitas pelo Caboco Alencar.
A Lavagem deste ano terá como uma das principais atrações a guitarra de Armandinho, que vai se apresentar na Praça Adami, a partir das 22h deste sábado. Com informações do Blog do Thame.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Alencar e sua esposa Neuza, em frente ao ABC
Alencar e sua esposa, Neuza, em frente ao ABC

Confete, serpentina e velhas marchinhas de carnaval tornaram este sábado, 2, Dia de Iemanjá, especialíssimo no Beco do Fuxico, reduto da boemia itabunense. No local, foi comemorado o octogésimo-segundo aniversário do Caboclo Alencar, alquimista de famosas e saborosas batidas.
A homenagem ao Caboclo foi organizada pela Alambique (Associação de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias Etc.) e Acate (Associação Cultural Amigos do Teatro). As entidades lançaram uma campanha pelo tombamento do ABC da Noite, bar administrado por Alencar Pereira, o “Cabôco”, há 51 anos.
A ideia é vista com simpatia pela administração municipal.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Caboclo e o ABC da Noite (Foto Daniel Thame).

Nesta sexta-feira, dia 27, será realizada uma merecida homenagem aos 50 anos do ABC da Noite, no Beco do Fuxico, ícone da boemia itabunense, comandado pelo Caboclo Alencar e suas batidas de antologia.

A festança começa às 18 horas, com direito à inauguração de uma  placa comemorativa. A bebemoração vai reunir os amigos de Alencar, o que garante lotação completa no Beco e se discurso houver, só do Caboclo, com sua gloriosa sabedoria de botequim.

Durante o ágape, a Via Litterarum vai comercializar, a preço camarada, exemplares do livro O ABC do Caboco, do professor e escritor Adylson Machado.

Ah, o Ministério da Alambique adverte: se beber, não aporrinhe.

Do Blog do Thame

Tempo de leitura: < 1 minuto

Do Blog do Thame

Caboclo Alencar no histórico ABC da Noite.

Dia 27 de julho é dia de festa no Beco do Fuxico, reduto da boêmia itabunense. O bar ABC da Noite, do Caboclo Alencar, estará comemorando 50 anos de fundação, com direito a inauguração de uma placa, iniciativa do advogado Gabriel Nunes, “abecezeiro” das antigas.

A clientela do ABC da Noite é formada  por  bancários, jornalistas, literatos, médicos, comerciários, servidores públicos, professores, estudantes universitários, enfim, os apreciadores de um bom  papo e das batidas sem igual na galáxia, sob as bênçãos do Caboclo Alencar, nascido Alencar Pereira da Silveira, em Sorocaba, interior de São Paulo, mas que mora em Itabuna desde os 3 anos de idade, portanto, um legítimo grapiúna.

Como diriam os colunistas sociais de antanho, o ABC da Noite, berço da fundação da Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., a Alambique, será pequeno  para receber tantos amigos do Caboclo e, per supuesto, de suas batidas, entre elas a antológica batida de maracujá.

A bebemoração começa às 18 horas.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O Caboclo e sua incomparável batida

A boemia itabunense está em festa. Nesta mesma data em que a cidade comemora seus 100 anos de emancipação, a sua  “barmácia” mais tradicional também faz aniversário.
Há 48 anos, o ABC da Noite tem sido o ponto de encontro de apreciadores das incomparáveis batidas do Caboclo Alencar, o filósofo-alquimista que prepara e serve a bebida de um jeito único, que só existe naquele cantinho da Rua Adolfo Leite, mais conhecida pela alcunha (bem mais interessante) de “Beco do Fuxico”.
De tão pitoresco, o ABC da Noite já virou assunto de livro, escrito por Adylson Machado e editado pela Via Literarum. Aliás, uma obra que todo itabunense deveria ler para aprender a também admirar as preciosidades humanas que existem nesta terra.
Nossos parabéns ao Caboclo!

Tempo de leitura: < 1 minuto

Fábio Luciano

VAI UM GOLE? Caboclo Alencar e a batidinha.

Esta aconteceu ontem à noite, durante o lançamento do livro Tribunal do Júri, do juiz Marcos Bandeira, no  Fórum Ruy Barbosa, em Itabuna: antes mesmo de começar a solenidade de lançamento da obra, o folclórico Cabolco Alencar, do ABC da Noite, se dirigiu até a tribuna onde estava o autor do livro e, de posse de um exemplar, não fez cerimônia:
– Doutor Marcos, vou quebrar o protocolo. Me dê um autográfo aqui, por favor, porque eu não gosto dessas filas chatas  e longas de autográfos.
Quando o juiz autografava o exemplar, o Caboclo saiu-se com mais uma:
– Com um livro desse, eu vou ser advogado de novo.
Fez-se um ar de espanto, mas o homem do ABC da Noite logo emendou:
– Porque eu já sou Doutor da Batida
Não houve quem segurasse o riso.
Em tempo: poucos foram os que não sorveram da deliciosa batida de maracujá do Cabôco, daquelas que você só encontra no ABC da Noite e cujas doses generosas foram servidas no coquetel de lançamento do livro.