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As velas de ignição produzem a centelha que é responsável por causar as explosões junto à mistura ar/combustível dentro da câmara dos motores movidos a gasolina, etanol e diesel. E são essas explosões que impulsionam os pistões, e consequentemente geram a força motora.

Elas são facilitadoras da partida do veículo, ditam o “ritmo” da marcha lenta, além de reduzir o consumo de combustível e diminuir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente.

A vela é composta por:

· Pino terminal;

· Isolador de cerâmica;

· Castelo metálico;

· Eletrodo central;

· Calafetagem;

· Ponta de eletrodo central e lateral.

Basicamente o eletrodo central, também conhecido comumente pelos mecânicos por carvão, é, tecnicamente, uma espécie de mostrador da vida útil das velas, que, em sua grande maioria, são do tipo convencionais e resistivas. Esse “indicador” vai se desgastando durante a sua “jornada de trabalho”. E a consequência desse desgaste será uma maior dificuldade na ignição, causa mau-funcionamento e aumento no consumo de combustível.

Para que não chegue a esse ponto, cada tipo de vela de ignição tem a quilometragem exata de troca. A maioria em torno dos 20 mil quilômetros.

Porém, é necessário saber que as velas podem apresentar defeitos. O mais comum é quando a cerâmica que funciona como isolador racha – por queda ou pancada – e ocasiona a chamada fuga de centelha. Mas, também, existem defeitos que são refletidos nas velas, mas não são elas as responsáveis. Como, por exemplo, no caso em que os cabos de ignição estejam ruins, pois eles acabam danificando a cerâmica. Por isso, perde-se o isolamento, tornando-se mais um causador da fuga de centelha.

Com a utilização crescente de GNV (Gás Natural Veicular), hoje a vida útil das velas e cabos diminui consideravelmente. Outro ponto muito importante é quando esse combustível está desregulado e causa “mistura pobre”. Essa situação também acaba sendo responsável por causar ranhuras na cerâmica das velas e, consequentemente, voltamos a falar sobre a tal fuga de centelha.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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