Tempo de leitura: 2 minutos

Santana sente cheiro de discriminação.

O deputado estadual Coronel Santana (PTN) disse que está há duas semanas tentando uma audiência com o prefeito Capitão Azevedo (DEM), para discutir soluções para a área de saúde de Itabuna. Ele voltou a cobrar respeito do governo, não sem antes lembrar a condição dele e do prefieto na carreira militar – um é coronel e o outro, capitão:
– Nós estamos deputado e prefeito, mas somos militares. Há quase duas semanas que eu tento marcar audiência, a gente sente uma barreira para tratar de assuntos do município. Até com ele mesmo eu já disse que queria um horário para conversar lá na prefeitura – afirmou em entrevista ao repórter Costa Filho, no programa Tribuna Livre (Rádio Jornal).
Sem dar nomes, Santana acredita na existência de pessoas que dificultam o diálogo do seu mandato com o governo do Capitão Azevedo. “A gente sente uma distância, uma discriminação. Eu já disse que faço parte do grupo e quero ser respeitado”.
Coronel Santana afirma não saber o porquê do tratamento dispensado pelo governo, apesar de especular um motivo especial:
– Eu não tenho preocupação de sair candidato a prefeito. Eu não sou louco de fazer isso assim. Se amanhã tiver possibilidade de acontecer, sentarei com Azevedo e mostrarei a pesquisa. Nós vamos somar, estaremos juntos. Eu quero buscar compreensão [do prefeito].
Santana é aliado do governo Azevedo e indicou a secretária de Assistência Social, Marina Silva. Hoje, ele acompanhou o secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM-BA, Alfredo Castro, na visita ao município.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Azevedo ao lado de ACM Neto: juras de amor.

A cúpula do DEM mudou o tratamento dispensado ao prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo. Em vez de ameaças, diplomacia. Pragmáticos, José Carlos Aleluia e ACM Neto miraram as últimas pesquisas feitas em Tabocas e trataram de segurar o único prefeito democrata em cidades de grande porte. O outro, Tarcízio Pimenta (Feira de Santana), deixou a legenda mês passado e se picou para o PDT.
Agora, a cúpula estadual do partido fala em apoio incondicional à reeleição de Azevedo. Nas bandas do centro administrativo Firmino Alves, o discurso de Azevedo é de que disputará a reeleição pelo DEM mesmo. E os “meninos” do DEM veem o prefeito Pula-Pula como “candidato natural”.
O clima desanuviou de vez desde o último sábado, quando o partido realizou convenção em Itabuna e o neto do ex-senador ACM derramou-se em elogios ao prefeito, que retribuiu com juras de amor ao deputado e ao DEM.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O governo baiano irá novamente propor a terceirização da gestão do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), em encontro marcado para as 14 horas desta terça (19), na FTC/Itabuna. Andrés Alonso, da Sesab, discutirá a proposta com servidores, sindicalistas e representantes de municípios atendidos pelo hospital.
Servidores e funcionários da área de saúde rejeitam a proposta. Há promessa de paralisação dos funcionários por três horas, amanhã (19), a partir das 6h30min. A terceirização do Hblem foi a única proposta que “adoçou” a boca do prefeito Capitão Azevedo desde o início das negociações entre município e estado. A primeira proposta nesse sentido foi apresentada em outubro do ano passado.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Fora do noticiário desde quando assumiu a pasta de Ações Governamentais, o advogado Carlos Burgos voltou a ser ouvido pelo prefeito Capitão Azevedo (DEM).
O ex-secretário da Fazenda foi quem orientou Azevedo a nomear Geraldo Briglia para a presidência da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa). Tudo com apenas um objetivo: preparar a privatização da empresa.
Carlos Burgos, lembremos, é acionista da Emasa e desde os dois últimos governos de Fernando Gomes sempre esteve à frente das mobilizações de bastidores para vender a empresa pública.

Tempo de leitura: 4 minutos

O PCdoB itabunense quer fechar 2011 com o dobro de filiados e nesta sexta-feira (25) promoveu uma reunião com pré-candidatos a vereador já para definir plano de ação visando a disputa de 2012.

O partido definiu que não pensa em ser coadjuvante do processo eleitoral itabunense e quer a cabeça-de-chapa no arranjo de legendas oposicionistas. Falta definir “o nome” para a disputa. E possui três: Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães.

Vereador e presidente do PCdoB itabunense, Wenceslau conversou ao final desta manhã com o PIMENTA. E falou dos projetos do partido, como a legenda definirá o nome a prefeito e também fez avaliação do governo municipal.

A avaliação surpreende não pelo conteúdo, mas pelos adjetivos: ” Capitão Azevedo fracassou. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes”, diz.

Noutro trecho, Wenceslau afirma que o prefeito agiu com covardia ao não entrar com processo de improbidade contra o ex-prefeito e, assim, tirar o município do cadastro de inadimplentes (Cauc).

Confira a entrevista.

A reunião desta manhã é já com foco também na disputa pela prefeitura em 2012?
O PCdoB reafirmou na reunião com os pré-candidatos que o PCdoB terá candidato a prefeito. Há unidade no partido em torno dessa proposta e a necessidade de ousar e apresentar projeto para Itabuna. Este projeto será construído com a comunidade, e não por marqueteiros.

E qual a estratégia do PCdoB para se viabilizar na disputa à sucessão?
Vamos dobrar o número de filiados até o final deste ano. Estamos preparando o partido para a batalha de 2012.

Davidson não esteve por aqui na tradicional procissão de São José e também falta a esta reunião de hoje. A ausência sinaliza algo para 2012?
Ele não esteve por causa da reunião do comitê central do PCdoB e esse processo de saída do [deputado federal] Edson Pimenta. Mas Davidson estará aqui no dia 2, quando faremos uma grande festa de aniversário do partido, na AABB.

Sendo mais direto, o partido já definiu qual será o nome da legenda na disputa?
Essa decisão sairá até o final deste ano, início de 2012.

Quais serão os critérios para definir o nome do PCdoB a prefeito de Itabuna?
O que vai contar é a viabilidade, capacidade de aglutinar. Vamos analisar as pesquisas, ver quem tem maior aceitação e, também, menor rejeição. Outro ponto será ver, ao final do processo, quem possui maior capacidade de atrair mais partidos em torno do projeto, se o companheiro Sena, Wenceslau ou Davidson.

Azevedo fracassou. O projeto não deu certo. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes.

O PCdoB se lança na sucessão pela ambição de crescer ou por que discorda do governo local?
A avaliação nossa é que Capitão Azevedo fracassou. Por mais que se consiga alguma coisa agora, o projeto não deu certo. É uma continuidade mal-amanhada de Fernando Gomes. Há uma necessidade de novo modelo de gestão para Itabuna.

Se existem críticas ao senhor, algumas derivam mesmo das suas ligações com a gestão de Azevedo.
Existiram algumas pessoas que estavam no governo e me ajudaram, de fato, na campanha a deputado estadual, como o ex-secretário Gilson Nascimento. A gente não rejeita apoio. Mas existia um momento em que se podia dialogar e não podemos ser oposição por oposição.

E como se explica essa aproximação?
A aproximação ocorreu também como uma orientação do governo estadual. [Jaques] Wagner buscava o apoio eleitoral de Azevedo no ano passado. Havia um interesse em se aproximar. Mas digo que se Azevedo não veio, a estratégia valeu em 50%, porque se neutralizou a máquina [municipal].

O governo tem que limpar o nome da cidade e ter uma ótima equipe para elaborar projetos, captar recursos.

O senhor fala em construção de propostas, mas quais seriam os caminhos para mudar o quadro?
Pessoalmente, vejo que Itabuna tem dificuldades de captar recursos por problemas na prestação de contas de convênios, recursos. Nós batalhamos para que Itabuna tivesse o projeto Segundo Tempo. E por quê não teve? A cidade tem 13 tipos de pendências no Cauc (Cadastro Único de Convênio), inadimplente. O governo tem que limpar o nome da cidade e ter uma ótima equipe para elaborar projetos, captar recursos na União, Estado e organismos internacionais. Não temos isso hoje.

Como torná-lo adimplente?
Olha, se houvesse maior cuidado e rigidez na aplicação dos recursos nós não teríamos esse problema. Se tivesse esse cuidado, evitava o caos que vivemos na saúde. Evitava, por exemplo, tirar recursos que eram da dengue e fabricam nota para servir a interesses de outras áreas.

Azevedo teria que entrar com ação de improbidade administrativa contra Fernando, mas a covardia o impediu.

Quanto a Itabuna, é algo difícil de resolver?
Acho que não foi ainda solucionado por covardia de Azevedo. Ele teria, por exemplo, que entrar com ação por improbidade administrativa contra Fernando [Gomes, ex-prefeito], mas a covardia o impediu. Não importa, sendo Fernando ou qualquer outro gestor, tem que se fazer o correto.

E quais seriam essas pendências?
Se o município faz prestação de contas dos convênios ou não presta contas, já vai para o Cauc. Por quê Vitória da Conquista teve um boom de crescimento com a gestão de José Raimundo? Ele correu atrás, limpou o nome da cidade, tirou a cidade do Cauc e montou uma equipe para elaborar projetos, captar recursos. Veja o caso de Itabuna. O nosso plano diretor tem três anos e já caducou. Foi feito num momento em que Ferrovia, Porto Sul e outros investimentos ainda não tinham saído do papel.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Azevedo: desejo de mudar.

O prefeito Capitão Azevedo finalmente admitiu a vontade (e até necessidade nesses tempos bicudos) de mudar de partido. O mandatário itabunense foi eleito pelo DEM, mas afirmou que está trabalhando – nas intocas – em busca de um outro abrigo partidário. Alguns falam em PP, outros até no PSD.

E foi numa entrevista ao Políticos do Sul da Bahia que o prefeito disse que já está arrumando seus (os dele, claro!) panos de bunda.

– Estou trabalhando para mudar de partido. Mas isso será na paz. Não quero sair brigado com o DEM. Se sair, quero ter o DEM como aliado em 2012, na minha reeleição.

E por que esse vai-não-vai? Simples: o vice de Azevedo é o médico e ex-secretário de Saúde Antônio Vieira, filiado também ao Democratas. Azevedo não quer arriscar uma mudança de partido e acabar sem mandato e com o trono ocupado pelo vice.

Além do apoio que espera contar por parte do PP e do governo estadual, o prefeito raciocina que

Confira a entrevista

Tempo de leitura: < 1 minuto
Santana: apoio a bispo Dom Ceslau.

As críticas do bispo diocesano Dom Ceslau Stanula ao caos na saúde de Itabuna receberam o apoio da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi). No sábado, o bispo cobrou ação dos governos para o setor (“que está na UTI”) ao final da procissão em louvor a São José. A cobrança foi feita diante do prefeito Capitão Azevedo (DEM), secretários municipais e deputados.

O presidente do Sintesi, Raimundo Santana, lembra a figura “discretíssima de Dom Ceslau, que sempre mostrou equilíbrio e agora, provido de grande sensibilidade social, cobra soluções para um problema que tanto aflige os itabunenses”.

Santana também integra o Conselho Municipal de Saúde e lembrou os aplausos de milhares de fiéis ao bispo em suas críticas.

Raimundo Santana lamenta a posição governamental de tentar reduzir o debate a uma comparação do atendimento em Itabuna e com o oferecido em outros lugares. “É tentar justificar o injustificável”, completa.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A eleição municipal é logo ali e o que não faltou na procissão de São José, o santo padroeiro de Itabuna, foi político à caça dos bens mais importante para eles, o voto e o eleitor. Importantes em épocas pré e eleitorais, claro.

A novidade deste ano foi a separação de alas entre os oposicionistas ao governo do prefeito Capitão Azevedo. Enquanto o democrata caminhou ladeado pelos deputados Augusto Castro (PSDB) e Luiz Argôlo (PP) e secretários, os muy amigos petistas e comunistas saíram em alas separadas – e a uma boa distância.

 

Azevedo, ladeado por dois ex-secretários, e perseguido por deputados e vereadores (Foto Pimenta).
Ala geraldista não contou com reforço do PCdoB neste ano (Foto Pimenta).
Tempo de leitura: 2 minutos

Azevedo e Dom Ceslau: críticas não foram bem-aceitas. (Foto Pimenta).

O bispo diocesano Dom Ceslau Stanula fez severas críticas ao caos na saúde de Itabuna e aos índices alarmantes de violência no município. O bispo disse que as pessoas não têm recebido a atenção devida na saúde e lamentou os dados sobre a criminalidade.

As críticas foram feitas diante de milhares de católicos, vereadores, o prefeito Capitão Azevedo e deputados estaduais e federais, no encerramento das festividades ao santo padroeiro de Itabuna, São José, ao final da tarde. “Todos juntos têm que realmente fazer algo para solucionar o problema da saúde”.

O prefeito Capitão Azevedo, em entrevista ao PIMENTA, reagiu e mostrou-se irritado com as críticas. “Dom Ceslau Stanula pode estar atento a Itabuna, mas ele tem que raciocinar que esse é um problema nacional. Eu desafio qualquer indivíduo desse país que mostre onde a Saúde pelo SUS funcionando bem, porque eu quero ir lá ver para que nos sirva de exemplo”.

O prefeito acredita que o sistema de saúde em Itabuna tem apresentado melhoras e afirmou ser necessário o retorno da municipalização, quando a gestão local será responsável pela aplicação e fiscalização dos recursos de média e alta complexidade.

– Nós atendemos não só Itabuna, mas 121 municípios. Temos cidade que só atende a população dela e enfrenta problema, imagine. Mas repito que o problema da Saúde é nacional. Repito, é nacional, não é só em Itabuna. Eu entendo. Ele, como cidadão e bispo de Itabuna, raciocina desta forma.

O prefeito também rebateu as críticas quando o assunto é violência em Itabuna. “A violência não é questão do município, mas é de competência do (governo) Estado resolver. Mas nós não vamos nos furtar disso, vamos [desenvolver] ações que gerem bem-estar ao povo”.

Ouvido pelo PIMENTA, o bispo da Diocese de Itabuna disse que falou “daquilo que a nossa cidade precisa”, especialmente na segurança e na saúde. “A mensagem foi bem clara”, enfatiza Dom Ceslau Stanula.

Stanula apontou que tanto a Igreja Católica como a sociedade itabunense tem outras preocupações, mas a saúde e segurança são as principais. “Tem muitas, mas saúde e violência são as mais gritantes”, enumera.

O bispo de Itabuna também lembrou que os governos estadual e federal têm responsabilidade com a solução destes problemas. “Itabuna é um pólo muito importante, para onde convergem todo o sul da Bahia e Vitória da Conquista. Só que falta verba”, diz, ainda acrescentando que é necessário mais recursos “não apenas da cidade, mas deve vir de cima, também”.  Stanula ressaltou ser amigo do prefeito.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Piada no meio petista diz que o vereador Claudevane Leite não compareceu à feijoada oferecida pelo casal Geraldo Simões e Juçara Feitosa. Pura precaução. O vereador temia indigestão… política.

Vane não esconde que deseja ser o nome do PT à sucessão de Capitão Azevedo (DEM). Deputado federal e cacique petista local, Geraldo defende o nome da esposa, Juçara.

Vane, gato escaldado, não descartaria mudar de legenda. Seus assessores afirmam que não faltam convites ao vereador.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A TV Cabrália/Record News realizou uma enquete de avaliação dos itabunenses sobre a gestão do prefeito Capitão Azevedo (DEM).

O resultado está publicado no site da emissora, e mostra que o prefeito está em baixa com os telespectadores-internautas.

Os números finais da enquete coincidem com aqueles captados pela Compasso Consultoria, em fins de fevereiro último. Impressiona o percentual de rejeição ao governo.

Eis os resultados:

Ótimo –  6,55%
Bom –  6,55%
Regular –  12,76%
Ruim –  74,14%

Tempo de leitura: < 1 minuto

Sandra Neilma, ex-secretária de Assistência Social de Itabuna, passou a ser nome cotado para assumir a presidência da Fundação Marimbeta (Sítio do Menor). Seria um reacomodação de nomes fernandistas no governo de Capitão Azevedo (DEM).

O prefeito, no entanto, analisa as implicações da nomeação. Um porém seria o fato de Neilma residir atualmente em Vitória da Conquista, mas esta é barreira transponível, pois o esposo, 0 ex-prefeito Fernando Gomes, voltou a fazer insistente piseiro em Itabuna.

O nome do professor Carlos Alves Marques, que atualmente dirige o Caic, foi praticamente descartado pelo governo, de acordo com um conselheiro de Azevedo. O cargo está vago desde a saída de Geraldo Pedrassoli para a Secretaria da Fazenda.

Tempo de leitura: 3 minutos

A pouco menos de um ano e meio das eleições municipais, PCdoB e PT digladiam-se na avenida para ver quem terá a primazia dos votos progressistas em Itabuna.

De um lado, o PT reúne os nomes de Juçara Feitosa e Geraldo Simões – além do vereador Claudevane Leite correndo por fora. O PCdoB desfila do outro lado da avenida cheio de gás e com os nomes de Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior e Luís Sena. Se há risco de colisão, este é calculado e suportável para os comunas.

Até aqui, o PT é quem melhor aparece nas pesquisas, embora 2008 tenha mostrado que esse não é dos melhores indicativos nem certeza de vitória.

Neste momento, o PCdoB tenta se cacifar como a legenda que tem alguns dos melhores nomes para a disputa de 2012. Não é para qualquer partido oferecer à disputa um Davidson, Wenceslau ou Sena, este último mais do que testado no Legislativo.

No campo comunista, Davidson Magalhães foi o único lançado à disputa pelo executivo encabeçando uma chapa. Ficou em terceiro lugar. Era 1996 e o economista e hoje presidente da Bahiagás sucumbiu ao aceitar o rótulo de “laranja” de Fernando Gomes naquela peleja. Deu a volta por cima uma década depois.

Aquela era uma disputa em que a esquerda (?) apresentava também Renato Costa, apoiado por Geraldo Simões. A direita ia à luta “unida” com Fernando. E venceu. O tempo passou. A esquerda chegaria, enfim, ao poder. Mas em 2000, quando unida para enfrentar Fernando. Venceu, mas apertado, apertado: pouco mais de 1,8 mil votos de frente e tendo Geraldo na cabeça da chapa.

Corte na história, retorno ao cenário de hoje: nome mais provável na disputa em 2012 – caso o PCdoB mantenha-se como cabeça de chapa -, Wenceslau Júnior terá o desafio de desgrudar a sua imagem do governo de Capitão Azevedo. Explicável, pois. Wenceslau teve mandato combativo na última gestão de Fernando Gomes. Mudou quase que radicalmente, embora sua arma noutros tempos tenha sido sempre o diálogo. Agora, flutuou entre passivo e conivente com a gestão que aí está.

(Compreensível: os tempos são outros e ir para o embate, mostrando os erros da gestão de Azevedo, resultaria em ganhos diretos não para o próprio Wenceslau. Os herdeiros desta estratégia poderiam ser outros que não o comuna: os petistas Juçara Feitosa e Geraldo Simões.)

Sena, historicamente, é o comunista que desfruta de maior simpatia: foi o único comunista eleito três vezes vereador no município, mas tem contra si o fato de não ter subido ao ringue eleitoral de 2010. Foi vice de Juçara Feitosa em 2008. Mas, no ano passado, abriu espaço para Wenceslau, que aproveitou bem a oportunidade e por pouco não se torna deputado. E se política é – olha o surrado chavão – a arte de ocupar espaços, Sena corre perigo.

Fato é que, se não lideram as pesquisas, os comunistas usam a favor dois pontos negativos dos principais nomes petistas para a disputa: rejeição alta e desgaste de Geraldo Simões e Juçara Feitosa. Ambos também perderam base. Mas é a tal história repetida por Lula: a rejeição é alta, mas têm votos – se em volume necessário para uma vitória, aí são outros quinhentos.

Geraldo foi reeleito deputado federal em 2010, mas saiu daqui com 12 mil votos a menos quando comparado com o desempenho de 2006 (35.366 a 23.639 votos). Sim, claro, trata-se de eleições diferentes e Geraldo sofria ano passado com a ameaça da Lei Ficha Limpa, mas a perda situa-se no campo do pra lá de considerável. Juçara sofreu com o dilúvio – para alguns, um tsunami – chamado Azevedo, que impôs 12 mil votos de frente sobre a rival em 2008.

Não tendo exatamente o privilégio de poder assistir à disputa entre petistas e comunistas, o Capitão Azevedo (DEM) tenta aplicar uns jabes com um piloto do Prefeitura Móvel aqui, mudança de secretário ali e uma operação cosmética acolá, tudo sempre combinado com uma bolsinha-renda municipal de R$ 20,00 ou R$ 50,00 ou autoescola que não sai do papel. Ele, claro, não é besta. Reciclou para o seu time gente que se não tem a simpatia do eleitor sabe atuar no palco da política eleitoral.

Apesar de possuir uma rejeição estratosférica, Azevedo fatalmente se beneficiará de uma disputa no campo inimigo – nem tão inimigo assim, é bem verdade. Até aqui, sobram nomes, faltam projetos…

Davidson Samuel
[email protected]

Tempo de leitura: < 1 minuto

A faixa de terra onde se encontram instaladas as lojas do Makro e do Atacadão, na rodovia Ilhéus – Itabuna, pode ser considerada atualmente como a área mais disputada em todo o sul da Bahia. Sabe-se que, apesar de serem “colados” na zona urbana de Itabuna, os terrenos oficialmente ficam no município de Ilhéus e é para este que converge a receita tributária oriunda do comércio ali praticado.

Itabuna, por sua vez, reivindica o território e apresenta uma série de argumentos na tentativa de evidenciar que o mesmo lhe pertence. Um deles é o de que as pessoas que vivem na área têm a cidade como referência e utilizam os serviços, inclusive os públicos, por ela oferecidos. Antigos limites, no entanto, colocam a “Faixa de Gaza” dentro do município ilheense.

A questão é objeto de estudos da Secretaria de Planejamento da Bahia e será discutida logo mais, às 10 horas, em Itabuna. O prefeito ilheense, Newton Lima, vai à casa do adversário para pregar a paz e, ao mesmo tempo, defender seu peixe.

Republicamos charge de Marcos Maurício sobre a disputa entre Newton e Nilton