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marco wense1Marco Wense

As pesquisas de intenção de votos apontam Geraldo Simões e Fernando Gomes na frente.

Uma fatia considerável do eleitorado itabunense vibra quando aparece na imprensa determinados nomes que podem disputar o processo sucessório de 2016.

Esses eleitores querem um candidato a prefeito sem nenhuma ligação com tradicionais e empoeirados grupos ou correntes políticas, dando um basta na mesmice.

Não é a tal da terceira via e, muito menos, coisa parecida, quase sempre disfarçada de novidade. É mudança radical mesmo. Um prefeiturável que provoque sobressalto e uma agradável surpresa.

O problema é que a outra fatia que vota nas antigas lideranças, com destaque para Geraldo Simões, Fernando Gomes e o Capitão Azevedo, representa quase 50% do eleitorado.

Vale lembrar que Geraldo, Fernando e Azevedo, respectivamente petista e democratas, obviamente do PT e do DEM, somam sete mandatos como gestor do Centro Administrativo Firmino Alves.

GS, FG e CA não conseguiram acabar com o tabu da reeleição. Nunca se reelegeram. Fernando Gomes, sendo candidato e saindo vitorioso, vai para o seu quinto mandato.

As pesquisas de intenção de votos apontam GS e FG na frente. A volta do “Geraldo versus Fernando” é interpretado pelos “mudancionistas” como a prova inconteste de que Itabuna parou no tempo.

Como não gosto de deixar o leitor na dúvida (ou curioso), revelo que Antonio Mangabeira, Chico França e o bom juiz Marcos Bandeira são as possíveis e agradáveis surpresas da sucessão de Claudevane Leite (PRB).

Em outros tempos, em priscas eras, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação, os protagonistas da mudança eram Helenilson Chaves e Ronald Kalid.

Geraldo versus Fernando, disputando mais uma eleição, significa o triunfal retorno do populismo. Geraldistas e fernandistas vão dizer que Vane do Renascer foi eleito pelo “populismo religioso”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Augusto e Geraldo Magela

O deputado estadual Augusto Castro (PSDB) é dos nomes lembrados para a disputa política em 2016. E aparece em boa condição. Internamente, a avaliação é de que Augusto marcou um gol ao se apresentar como o salvador do fechamento do Hospital São Lucas – a negociação da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e a Secretaria Estadual de Saúde, porém havia sido concluída no dia anterior, conforme fontes da Sesab.

A estratégia “Chapolin” (“Não contavam com minha astúcia”) visa mascarar a responsabilidade direta de Augusto pela indicação de um dos piores secretários municipais de Saúde de Itabuna, o professor de História Geraldo Magela (foto acima), a quem são atribuídas façanhas como desvio de mais de R$ 2 milhões que deveriam ser aplicados na reforma de postos, por exemplo.

Dezenas de postos foram fechados no Governo Azevedo por falta de condições de funcionamento, embora a verba estivesse em conta – enviada pelo Ministério da Saúde -, mas usada para outros fins.

O passado de Magela em Itabuna pode condenar Augusto, eleitoralmente, em 2016, mas o deputado pode agradecer ao PCdoB, que não procurou responsabilizá-lo – nem o seu pupilo – devido a um combinado eleitoral em 2014. Os comunistas evitaram desgastar Augusto, neste sentido, e não consideravam o parlamentar como adversário. Preferiram “matar” outros oponentes, como Capitão Azevedo (DEM).

 

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marco wense1Marco Wense

A tábua de salvação de Geraldo Simões são as pesquisas de intenção de votos para a sucessão municipal de 2016. Em todas elas, GS aparece na frente, empatado tecnicamente com Fernando Gomes.

Discordo do falatório de que o petista Geraldo Simões esteja perto do seu fim político, como apregoa o antigeraldismo, hoje protagonizado por Davidson Magalhães, figura-mor do PCdoB.

Que Geraldo Simões vive o seu pior momento político é inconteste e inegável. Sua derrota para o Parlamento federal, impedindo o terceiro mandato consecutivo, é fato complicador.

A imprudente, descabida e atabalhoada candidatura do filho Tiago Feitosa a deputado estadual fica como a causa principal da não recondução de Geraldo Simões ao Legislativo.

Geraldistas mais lúcidos tentaram dissuadir Tiago Feitosa da ideia de se lançar candidato. Mas logo desistiram: o filho era mais renitente do que o pai.

O inferno astral de GS não se resume só a seu fracasso eleitoral na eleição de 2014. O enfraquecimento político decorre de um somatório de acontecimentos.

O início de tudo, do desmoronamento político, foi o lançamento da candidatura de Juçara Feitosa na segunda tentativa de torná-la prefeita de Itabuna, contrariando o então governador Jaques Wagner.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina temia, com toda razão, em decorrência da cisão oposicionista, uma vitória do candidato do DEM, Capitão Azevedo (reeleição).

A sorte de GS é que Vane do Renascer, hoje Claudevane Leite, saiu vitorioso. Se o democrata ganha, seria um Deus nos acuda para o teimoso ex-alcaide de Itabuna, cujo sonho era ser o primeiro-damo.

Geraldo continua respirando, avalia Wense.
Geraldo continua respirando, avalia Wense.

Sem seguir uma ordem cronológica, de memória e sem consultas, alguns posicionamentos de GS: 1) Defendeu a candidatura de Waldir Pires ao Senado. Deu no que deu: Otto Alencar eleito senador. 2) Não queria Everaldo Anunciação no comando do PT. Deu no que deu: Anunciação é o presidente estadual da legenda. 3) Torceu intensamente pela derrota de Josias Gomes. Deu no que deu: Josias, além de se reeleger, é o secretário de Relações Institucionais do governo Rui Costa. 4) Trabalhou contra Aldenes Meira. Deu no que deu: o comunista é reconduzido à presidência da Câmara de Vereadores. 5) Queria Wáater Pinheiro como candidato do PT a governador. Deu no que deu: Rui Costa eleito no primeiro turno. 6) Ainda tem Davidson Magalhães assumindo o mandato de deputado federal.

A tábua de salvação de Geraldo Simões são as pesquisas de intenção de votos para a sucessão municipal de 2016. Em todas elas, GS aparece na frente, empatado tecnicamente com Fernando Gomes.

Essa viabilidade eleitoral deixa Geraldo Simões vivo. Esse momentâneo favoritismo é seu balão de oxigênio. A sabedoria popular diria que GS não é nenhum “cachorro morto”.

Geraldo Simões continua respirando, mesmo com dificuldades.

Marco Wense é articulista político do Diário Bahia.

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Allah-GóesAllah Muniz de Góes | [email protected]

O próprio MPE, com assento no TSE, emitiu parecer pugnando pelo “desprovimento do recurso”, com a consequente manutenção do acórdão do TRE-BA e o deferimento da candidatura de Azevedo a deputado estadual.

Diferentemente daquilo que alguns “especialistas” andam por aí dizendo, a candidatura do Capitão Azevedo a Deputado Estadual permanece mantida e viável, pois o indeferimento momentâneo do seu registro, que se deu através de decisão monocrática, ocorreu não por conta da suspensão de liminar obtida pela Câmara no processo que envolve as contas do Município do ano de 2011. Ocorreu, sim, em virtude da ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, ter entendido que a inelegibilidade se deu pelo fato de Azevedo ter tido as suas contas de 2009 e 2010 rejeitadas, o que, absolutamente, não é a verdade, e nem corresponde ao entendimento dominante do TSE. Senão vejamos:
O Ministério Público Eleitoral da Bahia (MPE-BA), tão logo houve a solicitação de registro de candidatura de Capitão Azevedo, adentrou com pedido de impugnação, alegando que o mesmo estaria inelegível em decorrência de ter tido as suas contas, relativas aos exercícios de 2009, 2010, 2011 e 2012, rejeitadas pelo TCM-BA.
Como as contas de responsabilidade de Capitão Azevedo, relativas aos anos de 2009 e 2010, dentro do que determina a Constituição Federal, haviam sido julgadas e aprovadas pela Câmara de Vereadores, e o julgamento das contas de 2011 havia tido o seu julgamento anulado por decisão judicial da 1ª Vara da Fazenda Pública de Itabuna, o TRE-BA, por unanimidade, deferiu o registro da Candidatura de Capitão Azevedo à Deputado Estadual.
O MPE-BA recorreu desta decisão e a Câmara de Vereadores de Itabuna atravessou petição no recurso informando ter conseguido uma suspensão da liminar que anulava o julgamento das Contas de 2011 o que, em tese, reforçaria a inelegibilidade de Azevedo, pois teria as contas de 2011 reprovadas.
Ocorre que a manobra tentada pela Câmara de Vereadores se mostra tardia, pois deveria ter sido conseguida antes do deferimento do registro da candidatura de Azevedo pelo TRE-BA, pois tendo ocorrido após, conforme entendimento dominante do TSE, em nada modifica a condição de elegível do Capitão. Senão, vejamos:
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marco wense1Marco Wense

Para que ocorra uma debandada em favor da ex-prefeita soteropolitana, é imprescindível a combinação concomitante de dois fatores: Lídice na frente de Rui e um crescimento de Paulo Souto com ameaça de vitória logo na primeira etapa eleitoral.

A candidata do PSB ao Palácio de Ondina, senadora Lídice da Mata, sabe que sua passagem para um eventual segundo turno, disputando a eleição com Paulo Souto, só com o voto útil dos petistas.
Essa pontinha de esperança é assentada em uma situação quase que improvável: um desastre na campanha do PT com Rui Costa estagnando nas pesquisas de intenção de votos.
Com ou sem dois turnos, o voto útil evita que o principal adversário chegue ou permaneça no poder. Centenas de petistas impediram a reeleição do Capitão Azevedo (DEM) votando em Vane do Renascer, hoje prefeito de Itabuna pelo PRB.
Francamente, como diria o saudoso Leonel Brizola, não acredito em um segundo turno sem a presença do candidato do governismo e do governador Jaques Wagner.
Para que ocorra uma debandada em favor da ex-prefeita soteropolitana, é imprescindível a combinação concomitante de dois fatores: Lídice na frente de Rui e um crescimento de Paulo Souto com ameaça de vitória logo na primeira etapa eleitoral.
Não sei se os socialistas procederiam da mesma forma em relação a um pífio desempenho de Lídice, votando em Rui Costa para impedir a eleição do democrata no primeiro round.
Essa dúvida decorre da sucessão presidencial, já que o PSB nacional, com seu candidato a presidente, governador Eduardo Campos (PE), está mais próximo do DEM e do PSDB.
O PSB de hoje é diferente do de priscas eras, como diria o inesquecível jornalista Eduardo Anunciação. É tomado por um, digamos, viés socialista tucano-democrata.
Para Lídice, a esperança do voto útil. Para o PT, que o ex-presidente Lula continue como forte cabo eleitoral.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

O fernandismo quer fazer barba, cabelo e bigode: a eleição de Paulo Souto, a não reeleição da presidente Dilma Rousseff e o fracasso eleitoral do Capitão Azevedo.

A cada passo, atrás de cada gesto, um obsessivo pensamento: ser prefeito de Itabuna pela quinta vez. É o incansável Fernando Gomes de olho na sucessão de 2016.
FG sai do PMDB do médico e político Renato Costa e retorna ao DEM da fiel escudeira Maria Alice, dirigente-mor do diretório municipal e coordenadora da campanha de Paulo Souto ao Palácio de Ondina.
Gostem ou não, Maria Alice é pessoa indispensável para o processo eleitoral dos democratas. É quem faz tudo: organiza, articula e busca o apoio de outras legendas.
Como não bastasse o retorno ao partido que pode eleger o próximo governador da Bahia, Fernando Gomes vai apoiar José Carlos Aleluia para deputado federal, que é o presidente estadual do DEM.
Não satisfeito, achando pouco, FG espera uma decisão de Paulo Souto em relação a Fábio Souto. Ou seja, vai apoiar o filho do ex-governador se ele sair candidato a deputado estadual, desistindo da reeleição para o parlamento federal.
No DEM, FG passa a ser adversário do também ex-prefeito Azevedo, que precisa de uma eleição – deputado estadual ou federal – para ganhar corpo diante de um FG revigorado.
O fernandismo quer fazer barba, cabelo e bigode: a eleição de Paulo Souto, a não reeleição da presidente Dilma Rousseff e o fracasso eleitoral do Capitão Azevedo.
Geraldo Simões, o PT e os petistas ficam para depois. O PCdoB fica por conta do governo Vane e do PRB do bispo-deputado Márcio Marinho.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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A procissão de São José reúne milhares de devotos todos os anos em Itabuna ontem (19). Mas, quando o calendário aponta que as eleições estão próximas, a ala dos políticos tem crescimento vertiginoso, seja pela presença daqueles que desejam renovar mandato ou pelo aparecimento dos aspirantes.
Neste ano, seguiram o andor os deputados estaduais Coronel Santana (PTN), Pedro Tavares (PMDB) e Augusto Castro (PSDB) e o deputado federal Geraldo Simões.
Havia também o grupo dos “aspirantes”: Coronel Serpa (ainda sem partido), Thiago Feitosa (PSL), Major Fábio (PRP), os democratas Antônio Vieira e Capitão Azevedo e os comunistas Davidson Magalhães (federal) e Aldenes Meira (estadual).

Ala petista era puxada por Geraldo Simões e o filho Thiago Feitosa (Foto Gilvan Rodrigues Propaga).
Geraldo e o filho Thiago Feitosa puxaram a ala dos Simões (Foto Gilvan Rodrigues Propaga).

A ala comunista trazia dois pré-candidatos: Davidson Magalhães (federal) e Aldenes Meira (estadual).
Ala comunista trouxe dois pré-candidatos: Davidson Magalhães (federal) e Aldenes Meira (estadual).

Vieira, de azul e branco, disse que pode sair candidato a deputado (Foto Pimenta).
Vieira, de azul e branco, disse que pode sair candidato a deputado (Foto Pimenta).

Acompanhado pelo ex-prefeito Sérgio Costa, Major Fábio seguiu o andar à cata de votos.
Acompanhado pelo ex-prefeito Sérgio Costa, Major Fábio seguiu o andor à cata de votos.

Pedro Tavares e Renato Costa lideraram a ala peemedebista na procissão (Foto Pimenta).
Pedro Tavares e Renato Costa lideraram a ala peemedebista na procissão (Foto Pimenta).

Coronel Serpa está entre PR e PTdoB, mas disse que disputará eleição (Foto Pimenta).
Coronel Serpa está entre PR e PTdoB, mas disse que disputará eleição (Foto Pimenta).

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Fernando de volta?
Fernando de volta?

Fernandistas estão animados. Após dar como certa a candidatura de Fernando Gomes a prefeito de Itabuna em 2016, o grupo começa a articular uma rede de possíveis financiadores para a campanha a deputado federal do ex-gestor (?) do município sul-baiano.
A articulação incluirá como alvos grandes empresários com atuação na região, principalmente em Itabuna.
As aparições de Fernando em rádios e jornais não são à toa – nem a presença constante dele no município.
Quem faz “muito gosto” pela candidatura do ex-prefeito é o ex-vice José Orleans, que foi companheiro de chapa – e governo – de “Zé de Cuma” no período 1997-2000.
Até lá, Fernando continuará dizendo que não é candidato a nada. E, claro, que “Itabuna está sem prefeito”…

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capitão azevedo 2

Final de tarde deste domingo (22) e um boato tomou conta de Itabuna: Azevedo teria morrido.

Pelo tipo de boato, não fica difícil imaginar de onde partiu.

O ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) terminou 2013 de forma preocupante. Após ter as contas de 2011 rejeitadas pela Câmara de Vereadores de Itabuna, ficando inelegível por oito anos, um clima de comoção, colocá-lo em condição de vítima lhe é favorável.

E olhe que 2014 nem começou…

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Ex-prefeito fica inelegível após votação de hoje na Câmara de Vereadores.
Ex-prefeito fica inelegível após votação de hoje na Câmara de Vereadores.

A rejeição das contas do ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) pela Câmara de Vereadores era esperada pelo próprio político. Desesperado, Azevedo correu à cata de votos que pudessem livrar o seu pescoço da degola. Hoje, segundo amigos próximos, amanheceu deprimido.

O quadro emocional do ex-prefeito ontem e hoje assemelhava-se ao da derrota eleitoral em outubro passado, quando ficou vários dias sem pisar no Centro Administrativo Firmino Alves e resistiu a reconhecer o resultado das urnas publicamente.

Todo esse quadro tem a ver com 2014. Azevedo almejava (e ainda pensa) disputar uma vaga legislativa no próximo ano. Pode ser na Assembleia Legislativa, como também na Câmara dos Deputados.

Fato é que a derrota sofrida hoje, na Câmara de Vereadores, pode sepultar os sonhos de Azevedo. Pior que isso, torna-o inelegível pelos próximos oito anos, de acordo com a Lei Ficha Limpa.

No máximo, o ex-prefeito pode buscar uma liminar na Justiça que o permita disputar cargos eletivos, mas bem sabe o desgaste que isso provoca. Mesmo em 2012, Azevedo disputou o pleito amparado em decisões judiciais que poderiam ser derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os vereadores “azevedistas” diziam a todo momento que o julgamento de hoje era político e não técnico. Era tentativa de dissuadir coleguinhas. Falhou.

Não é fácil ir para um embate carimbado como inelegível. Fica difícil amealhar votos e apoios (políticos e financeiros). Agora, é aguardar.

Do lado do legislativo, tudo foi feito com o máximo cuidado, pelo que disse o presidente Aldenes Meira, para que não sobrasse brecha ao ex-prefeito para contestações.

Azevedo, por sinal, negou-se a apresentar defesa. Foi assim no Tribunal de Contas dos Municípios, onde conseguiu a façanha de ter todas as prestações de contas rejeitadas. Assim como ele, apenas Fernando Gomes em Itabuna.

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Câmara reprovou contas de Azevedo por 11 votos a 10 (Foto Pimenta).
Câmara reprovou contas de Azevedo por 11 votos a 10 (Foto Pimenta).

As contas do exercício de 2011 do ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) foram rejeitadas por 11 votos a 10. Neste momento, vereadores fazem considerações quanto à votação. A votação foi encerrada às 12h47min, após mais de três horas de discussões entre vereadores e trocas de insultos. O placar no plenário havia sido antecipado pelo PIMENTA em nota exclusiva publicada ontem pela manhã (confira aqui).

A maioria seguiu o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que recomendou a rejeição devido a irregularidades como aplicação abaixo do percentual definido pela Constituição nas áreas de Saúde e Educação, falhas em licitações e gastos com pessoal acima de 54%. A farra dos cargos comissionados levou o ex-prefeito a gastar 78% das receitas com pessoal.

Apesar das pressões pelo voto aberto, os dez vereadores que votaram favoráveis ao ex-prefeito apresentaram requerimento pedido que a votação fosse secreta. Era a última cartada para tentar salvar Azevedo.

A pressão do vereador Jairo Araújo (PCdoB) para que o presidente da Casa, Aldenes Meira, informasse os nomes dos colegas que assinaram o requerimento levou Ronaldão (DEM) a retirar o requerimento e a votação acabou sendo aberta.

Apurado o resultado da votação, houve espaço para vereadores se pronunciarem quanto ao voto. Carlito do Sarinha (PTN) usou o espaço não para justificar o voto, mas para acusar o vereador Zé Silva (PSDB) de trair o ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM). E ainda afirmou que Zé Silva pagará pelo “erro”.

CONFIRA COMO CADA VEREADOR VOTOU

Votaram pela rejeição das contas de Azevedo os vereadores Aldenes Meira (PCdoB), César Brandão (PPS), Chico Reis (PRP), Glebão (PV), Jairo Araújo (PCdoB), Júnior Brandão (PT), Nadson Monteiro (PPS), Pastor Francisco (PRB), Paulinho do INSS (PT), Soldada Valéria (PSC) e Zé Silva (PSDB).

Votaram a favor da aprovação das contas os vereadores Ailson Sousa (PRTB), Antônio Cavalcante (PMDB), Carlito do Sarinha (PTN), Carlos Coelho (DEM), Carmem do Posto Médico (PR), Gegéu Filho (PMN), Joilson Rosa (PSDC), Ronaldão (DEM), Ruy Machado (PTB) e Valter Socorrinho (PTN).

Atualizado às 16h42min

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O ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) terá suas contas de 2011 julgadas pela Câmara de Vereadores dentro de poucos instantes. Na quarta, Azevedo tornou-se o segundo prefeito da história de Itabuna a ter todas as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O primeiro, como informamos, foi Fernando Gomes.

As contas de 2011 contém vícios insanáveis e irregularidades em licitações, contratação de pessoal e aplicação a menor que o definido pela legislação nas áreas de saúde e educação. Até o final de quarta, Azevedo dizia ter dez votos certos. Precisaria de mais quatro para ter as contas aprovadas. Se a votação for mesmo secreta, as chances de aprovação aumentam. Há manobra neste sentido, como revelamos ontem.

A conferir.

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Azevedo busca mais quatro votos para ter contas de 2011 aprovadas.
Azevedo tenta seduzir mais 4 vereadores para ter contas de 2011 aprovadas.

O ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) corre contra o tempo. Com as contas de 2011 prontas para serem julgadas amanhã, às 9h, pela Câmara de Vereadores, ele precisa de 14 votos para não figurar no time dos “fichas sujas” e ficar impedido de disputar eleição a deputado no próximo ano.

Até ontem, Azevedo dizia a amigos ter apenas dez dos 14 votos necessários. Saiu desesperado à procura de vereadores necessitados de carinho, afago, amor e compreensão. Ainda tinha esperança de chegar aos 14.

Mas…

Se a conta não fechar, a última cartada será o voto secreto. Apesar do Regimento Interno da Câmara determinar voto aberto (quando cada um declara o voto publicamente), três vereadores foram seduzidos para levantar questão de ordem e pedir votação secreta.

Ontem, como informamos aqui, o ex-prefeito acabou condenado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) no julgamento das contas de 2012. Ele terá de ressarcir os cofres municipais em R$ 6.085.122,12, além de ter de pagar multa de R$ 104.939,03.

Ainda nesta quarta (11), Azevedo passou à história como o segundo prefeito de Itabuna a ter todas as contas rejeitadas pelo tribunal. O primeiro foi o seu “criador” político, Fernando Gomes, no período 2005-2008.

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Azevedo tem contas rejeitadas pela quarta vez.
Azevedo tem contas rejeitadas pela quarta vez.

Às vésperas do julgamento das contas de 2011 pela Câmara de Vereadores de Itabuna, o ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) sofreu nova derrota no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A corte julgou as contas de 2012 de Azevedo e opinou pela rejeição devido a várias irregularidades.

O ex-prefeito foi multado em R$ 104.939,03 e terá de ressarcir os cofres públicos em R$ 6.085.122,12 por causa de despesas não comprovadas. Assim como 2012, as contas de 2009, 2010 e 2011 de Azevedo também foram rejeitadas pelo TCM.

O tribunal detectou, pela quarta vez, gasto de pessoal acima do limite de 54% das receitas líquidas municipais e despesas sem comprovação. O prefeito teve as contas rejeitadas devido à emissão de cheques sem fundos.

O ex-prefeito também aplicou abaixo do exigido em educação e em saúde. Na educação, foram aplicados apenas 22,67% da receita resultante de impostos e de transferências, quando a legislação determina o mínimo de 25%. Já na saúde, 11,91%, percentual bem menor que os 15% exigidos.

O tribunal também apontou orçamento fictício construído pelo governo para 2012. A expectativa de arrecadação era superior a R$ 450 milhões, mas arrecadou apenas R$ 262.433.403,08. As irregularidades cometidas por Azevedo também vão afetar a gestão do prefeito Claudevane Leite (PRB). O município terá de devolver R$ 554.563,99 à conta do Fundeb, devido a irregularidades na aplicação de recursos no período do ex-prefeito.