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Felizes homens e mulheres novos. Não podemos atribuir ao calendário o poder de gerar novos ciclos, mas a nós, autores das ações e construções até mesmo do calendário, para aliviar o peso dos anos, fazendo zerá-lo a cada 365 dias.

 

Rosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

Está chegando ao seu final o 2021, mais um ano que parece ter seguido na direção contrária ao que pedimos e sonhamos na virada de 2020. Esse foi o segundo ano em que aprendemos a dar mais valor ao hoje, e a entender que o amanhã pode ser uma miragem, algo inatingível. Aprendemos que os abraços e afagos precisam acontecer sempre, e no presente, porque o futuro pode ser improvável.

Se voltarmos um pouco a fita do tempo, veremos que na virada de 2019 para o ano seguinte já tínhamos notícias da existência de um vírus na China, mas, como estávamos distantes e “somos brasileiros, abençoados por Deus e um país bonito por natureza”, achávamo-nos intocáveis e ignoramos o fato de que vivemos numa aldeia global, embora nem todos estejam conectados aos fluxos das riquezas geradas no planeta.

Sabemos, também, que independentemente das condições socioeconômicas, as consequências do modelo de vida moderno impõem a todos um custo de sobrevivência, e, portanto, os impactos de uma pandemia, desconsiderada até ali, com virulência para atingir os quatro cantos do mundo e, de forma mais direta, as populações mais vulneráveis.

O ano novo chegou e permanecemos em berço esplêndido, afinal, o ano era par e diz a sabedoria popular que esse fato é um diferencial para que o ano seja bom, próspero, especial. Os dias foram passando e as notícias que chegavam do exterior eram assustadoras – o vírus já provava o seu poder de propagação e mortandade, mostrava ao mundo que todos éramos suscetíveis e estávamos diante de uma crise que se ramificaria mundo afora.

O corre-corre foi geral para identificar saídas e superar as restrições trazidas nos protocolos para o enfrentamento da covid-19. Enfim, tínhamos encerrado um ano par totalmente adverso ao que indicavam os nossos prognósticos, mas teríamos uma nova oportunidade, agora, o próximo ano, 2021. Esse não teria como ser pior do que o ano que se encerrava. Estávamos mais resilientes e menos acelerados, antecipamos modus de vida desejado, o home office estava posto, os cursos à distância, o e-commerce, as lives, os lares ganharam, na sua grande maioria, cara de residências, afinal, quem já não o fazia, foi forçado a compartilhar os quatro cantos da casa e a conviver mais próximo aos seus.

Mas, o filme de terror gerado pelas mortes que assistíamos distante de nós agora era na casa ao lado, dentro da nossa casa ou da casa de alguém que amávamos. As dores desses acontecimentos estavam por todos os cantos, marcavam a nossa alma. Por dia contabilizamos a queda de vários boeings. Por um tempo, tínhamos, todos os dias, o nosso próprio 11 de setembro.

Mergulhamos num ciclo de horrores e dores, um cenário de incertezas apareceu sobre a mesa: a cada espirro, um choque; a cada gripe, um desespero; a cada tosse, um baque; a cada diagnóstico de positivação, a incerteza da evolução da doença; a cada internamento, a separação abrupta; a cada intubação, a segregação, o sentimento de falência emocional. A cada morte, uma dor sem precedente, um registro insolente, uma partida ainda mais sofrida, sem direito à despedida.

Agora, 2022 bate na porta, trazendo consigo novos sonhos. Mas já estamos menos empolgados. Os dois últimos anos se passaram e a gente quase não se deu conta. Para complicar um pouco mais a nossa vida, aqui na Bahia, em várias regiões, inclusive na nossa região Sul, fomos afetados por uma grande cheia. Muitos de nós perderam tudo materialmente falando e terão que se refazer. A solidariedade vem sendo exercida com muita intensidade, a vacinação caminha, mesmo a passos lentos, e a influenza também está entre nós. Todos esses acontecimentos estão ligados ao modo de vida moderna, exigirá de nós renascimentos.

Felizes homens e mulheres novos. Não podemos atribuir ao calendário o poder de gerar novos ciclos, mas a nós, autores das ações e construções até mesmo do calendário, para aliviar o peso dos anos, fazendo zerá-lo a cada 365 dias. Que sejamos seres renascidos nesse novo ano que se inicia, que valorizemos a vida e todas as suas nuances e possibilidades, que não deixemos para amanhã o bem que podemos fazer hoje. Um feliz ciclo novo, com 2022 motivos positivos para comemorarmos!

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

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Eu sou uma jovem como qualquer outra, reconheço as funções, brinco com os pesos, requebro com os problemas, mas principalmente não canso de abrigar esperança em todas as manhãs frias que as responsabilidades invadem o meu sono e me fazem acordar.

 

Juliana Soledade

Cumpro a sina de toda mulher, levantando bandeiras e edificando reinos. Não aceito as evasões que me moldam, não abrigo revoluções desnecessárias e vivo ignorando as verdades absolutas. Lido continuamente entre uma corda fina diante um penhasco pela dor, medo, alterações hormonais e a maquiagem escondendo as olheiras e o cansaço. Equilibro a fadiga entre algumas horas de sono e o trabalho em diferentes esferas ao longo do dia.

Brigo com o sapato que me machuca depois de seis, sete, dez horas de trabalho sem conseguir deixar os pés respirarem. Sou obrigada a puxar a saia rumo ao joelho quando alguma situação me deixa embaraçada. E quando envergonhadamente respondo que o pai não se importa com a filha ou não paga a pensão ainda escuto: “deveria ter escolhido um pai melhor”.

Enxergar os seios voluptuosos frente ao espelho, o corpo desenhado em um vestido e os lábios adornados de vermelho é contratar involuntariamente mudanças, inseguranças, adequações e cobranças pessoais, sobretudo sociais, que, em grande parte, não têm o menor cabimento.

Acordar todos os dias e se deparar com um mundo tão desproporcional é crer que o abrir de olhos tem uma necessidade absurda de vestir escondido a melhor armadura para sair vencedora ao repousar tarde da noite.

Em um mundo tão louco que a mulher deve cuidar da casa quando casada e dos filhos dado o divórcio, entretanto, a outra parte se aniquila da responsabilidade perante pai. E um acúmulo de funções fatigadas, porque, claro, a mulher deve se tornar invisível para prover, cuidar, manter, educar integralmente sem incomodar, exigir ou requerer aquilo que é de direito. Bem como, é sempre considerado um absurdo ao tentar se refazer na vida afetiva, equiparando muitas vezes a um crime sem possibilidades de recurso.

Digo isso depois de reiteradas vezes poder ver e sentir o quão complexo é lançar numa sociedade em que muitos papéis já estão definidos culturalmente entre as nuances do dia-a-dia e a necessidade de se impor de modo incansável para que minha filha tenha um mundo mais leve.

Eu sou uma jovem como qualquer outra, reconheço as funções, brinco com os pesos, requebro com os problemas, mas principalmente não canso de abrigar esperança em todas as manhãs frias que as responsabilidades invadem o meu sono e me fazem acordar.

Junto a isso, ainda é de extrema importância, abrir espaços para acolhimento a outras mulheres que carregam estigmas duríssimos em sua linhagem, como uma amiga que, após sofrer violência doméstica e ser quase morta pelo companheiro, precisa sobreviver nas alcovas do mundo para que o bom moço de família e com bons antecedentes criminais não consuma o seu delito e viva a sua liberdade em paz.

Ser mulher, meus caros, pode parecer bom, mas não é. Ser mulher é uma das coisas mais difíceis que Deus pôde inventar.

Juliana Soledade é advogada, escritora, empresária e teóloga, pós-graduada em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho, além de autora dos livros Despedidas de MimDiário das Mil Faces e 40 surtos na quarentena: para quem nunca viveu uma pandemia.

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A reabilitação segue me causando inúmeros sentimentos, mas o principal deles é de profunda gratidão pelo renascimento. Senti a sua presença o tempo todo, mesmo ainda tendo um longo caminho de tratamento pela frente! Obrigada por tudo! Obrigada por TANTO! 

 

Manu Berbert

A vida por trás dos sorrisos nas redes sociais, especialmente quando trabalhamos nelas e com elas, tem perrengues que quase ninguém vê. Há exatamente um mês um acidente doméstico virou a minha vida pelo avesso, por exemplo. Uma queda, sensação de deslocamento do ombro, o braço e mão soltos, raio-x e o tão temido diagnóstico: fratura! Não muito pequena! A dias da inauguração da minha casa de eventos, o Casarão Cola Na Manu!

Um profissional sugeriu que não operasse no desespero, lembrando que estava em jogo a minha mão direita, força e principalmente escrita. “Como assim?! Eu sou escritora!”, foi a única coisa que passava na minha mente. Quando essa euforia de eventos passar, me vejo escrevendo mais livros, sonho escrever algo que vire filme ou novela, e só chorei pensando nisso. “Está sentindo muita dor?”, perguntavam. Mas o choro era da dor na alma, pensando no futuro. A dor física se fez minha amiga, quando entendi que dependia da minha mente ser forte ou não!

Passei por um turbilhão e hoje nem sei como. Sei que Simon Cavalcante, fisioterapeuta, foi uma luz com todas as suas orientações. Lembro da sensação de desmaio após o diagnóstico no hospital. Lembro da minha família ao meu redor dizendo que eu precisava reagir, e foi quando liguei para Dr. Eric Júnior e escutei “Deixe que eu resolvo tudo da cirurgia e do Plansul”, meu plano de saúde, e assim aconteceu! E eu só pedia a Deus que o médico sugerido por todos, mas que eu não conhecia até então, me desse a segurança que precisava para ficar bem, porque estudei comportamento humano e reconheço gente insegura a quilômetros de distância. (Tá aí um arrependimento na vida, inclusive!) Mas Dr. Alexandre Bulhões, especialista na área, me passou total segurança, a que eu precisava. “Isso é com ele!”, pensava. E segui! Sofri o que jamais conseguirei descrever, mas inaugurei o Casarão, com apoio de Marama, e três dias depois me internei.

Oi, Deus, sou eu de novo! Chegando na vida agora, mais uma vez. Não lembro de muita coisa, apenas que foram 30 dias dormindo sentada e acordando com câimbras; que fui muitíssimo bem tratada no hospital e que todos falavam do show de Harmonia; que não consegui deitar na maca do centro cirúrgico, tamanha dor; que fiz um pequeno escândalo lá dentro pedindo que chamassem logo o meu médico e todos riam afirmando que todos eles eram médicos também, até ele entrar e aí apaguei; Mas lembro da selfie na manhã seguinte, que tirei após banho e batom, o que me rendeu muitas risadas com amigos e familiares no WhatsApp. “A mulher acabou de sair de uma cirurgia e tá toda maquiada!”. São coisas assim que distraem a mente e não nos permitem surtar com tudo o que está passando! Hoje, usando as duas mãos, escrevo este primeiro artigo emocionada. A reabilitação segue me causando inúmeros sentimentos, mas o principal deles é de profunda gratidão pelo renascimento. Senti a sua presença o tempo todo, mesmo ainda tendo um longo caminho de tratamento pela frente! Obrigada por tudo! Obrigada por TANTO!

Manu Berbert é publicitária e empresária!

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Nessa hora, a mulher tentou segurar o riso cheio de malícia e contestou o amado, porém visivelmente com outros pensamentos, afirmando: “furar você fura sim, todo dia!”.

 

Ricardo Ribeiro 

Plantão dá é coisa!

Dia desses, caminhávamos já pelas 3 horas da madrugada, dia sossegado, eu quase achando que não apareceria mais nada… Eis que, não mais que de repente, chega a PM com um casal, situação de possível violência doméstica, vítima sem lesão e aparentemente não muito satisfeita com a condução para a Delegacia.

Nem bem começo a perguntar o que tinha acontecido, quando a mulher, quase aos prantos, apela: “Doutor, não prenda meu marido não, ele é minha valença, faz tudo pra mim em casa, é ele que lava roupa, faz a comida…”, advogava a suposta vítima, esclarecendo ainda que sofria de hérnia de disco e dependia daquele sujeito pra quase tudo. Segundo ela, a confusão não passara de uma briga besta de casal, que ela não sabia como tinha começado, e que possivelmente vizinhos mal-intencionados teriam acionado a polícia só para promover a infelicidade alheia.

Estupefato, pero no mucho, olhei pra mulher, pros PMs e por fim para o cidadão que era a “valença” daquela cidadã desesperada. O sujeito, com lágrimas nos olhos (certamente emocionado com a defesa veemente de sua amada), declarou amar sua mulher, disse que jamais a agredira ou maltratara, que não sabia porque estava ali etc. No meio da argumentação, o ora conduzido afirma: “doutor, eu juro que nunca furei ela!”.

Nessa hora, a mulher tentou segurar o riso cheio de malícia e contestou o amado, porém visivelmente com outros pensamentos, afirmando: “furar você fura sim, todo dia!”.

Com essa frase, sem viés acusatório, mas sim proferida como demonstração de que aquele casamento ia muito bem obrigado, o jeito foi liberar os pombinhos para que seguissem rumo ao seu ninho.

E o plantão terminou em paz! E amor…

Ricardo Ribeiro é delegado da Polícia Civil-BA.

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Um dia, de tanto cair na área, o juiz da vida marca um pênalti, você faz o gol e vira o jogo. E aí você entende que foi a sua queda prévia que te conduziu à vitória. Acredite.

 

Juliana Soledade

Por Deus, eu sempre ouvi isso desde que me entendo por gente. E, cá entre nós, acredito piamente que somos fundamentalmente imediatistas. Somos aliados às urgências, como se a vida fosse um disponível fast food 24 horas. Não fomos educados a saber aguardar e quando atingimos a fase adulta precisamos lidar com a ansiedade e a dura angústia de viver sem saber do futuro. Aguardar significa lidar com a dúvida constante sobre se os planos darão certos e se estamos ou não no caminho desejado.

No entanto, tudo nos carece de esperas. Um resultado de exame, a consulta no médico, o décimo terceiro salário, a posse no cargo público, a fila no hospital, o nascimento de um filho… Me conta, o que não precisa esperar?

Meu ritmo é frenético, calculado semanalmente para todas as necessidades serem atendidas. Fui criada a não deixar ninguém aguardando, que horários são sempre para serem cumpridos e, em contrapartida, eu também não aprendi a esperar. É uma corrida contra o tempo, o tempo inteiro e nem sempre ele está ao nosso favor. Uma corrida quase sempre de aprendizados, saber aguardar é o maior deles.

Enfrentamos dificuldades diariamente, desesperamos quando algo não acontece como se desejava. Engolimos medos e angústias sem externar para não sermos taxados de problemáticos. Contudo, quando contamos um sonho a alguém somos surpreendidos com um será que vai dá certo? E isso dá um nó na garganta, porque o sonho poderia estar sendo realizado hoje, agora.

Por que tanto conto de fadas para falar sobre a vida? A minha sorte começa cedinho, às vezes o dia nem acordou ainda, sigo engolindo sapos, aguento a porrada dos desacertos, caio, levanto e quase nunca aceito perder. Aprendo a ser resiliente, aguento críticas e sempre durmo tarde. A sorte acorda novamente no outro dia e continua tentando tudo dar certo. Uma sorte realista feita de muito suor e dor. Tentando todos os dias não ser tão imediatista.

A vida é cheia de surpresas, muitas não dependem das nossas ações. O máximo de controle que temos é sobre o hoje, o que posso ou não fazer agora, a pretensão por escolhas mais adequadas ou assertivas é o que podemos fazer. O amanhã é incerto e se nada der certo, tente. Tente mais uma vez, só por pirraça, por vaidade, por desencargo de consciência, por teimosia. Tente assim como eu não sofrer de angústia e ansiedade.

Um dia, de tanto cair na área, o juiz da vida marca um pênalti, você faz o gol e vira o jogo. E aí você entende que foi a sua queda prévia que te conduziu à vitória. Acredite. As palavras tem um poder imenso. Sempre tiveram. Sempre terão!

Juliana Soledade é advogada, escritora, empresária e teóloga, pós-graduada em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho, além de autora dos livros Despedidas de Mim, Diário das Mil Faces e 40 surtos na quarentena: para quem nunca viveu uma pandemia.

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A comunicação que me escolheu e me acolheu segue abraçando vidas, dando voz a causas e pessoas por empatia e compaixão, e experimentando o correr da vida.

Manuela Berbert

A comunicação me escolheu lá atrás, quando eu liderava a equipe de um jornalzinho no colégio que, mesmo sem a força da internet, já conseguia circular por todas as principais instituições da minha cidade. E hoje eu olho para trás, penso nas articulações dessa distribuição em massa de umas folhas de papel que ditavam regras e modismos,  e entendo perfeitamente que não nasci para fazer outra coisa. Mesmo!

Mas é bem louco perceber que ela nem sempre me acolheu também. Que o mais do mesmo, o comum, ditou as regras engessadas do mundo por um tempo, e que as opiniões alheias me encolheram em vários momentos da vida. Resisti, não desisti, mas sofri. E muito. Dia desses, em conversa com uma cliente de consultoria para conexões e redes sociais, lembrei de uma passagem que me marcou bastante: no retorno da minha primeira viagem a São Paulo, escrevi na coluna que assinava no Jornal Diário Bahia o quanto teria sido acometida pela decepção. Teria achado a cidade suja, fedida e a quantidade de pessoas dormindo nas ruas teria cegado completamente o meu olhar. Recebi um retorno tãããão pesado de alguém próximo, que passei alguns dias tonta e absorvendo aquilo tudo!

No seu feedback, ela me disse que era até um tanto tabaréu da minha parte escrever aquilo em um veículo de comunicação. A potência São Paulo seria inegável, e o meu olhar era, digamos, amatutado. “Alguém que não consegue enxergar a dimensão da cidade porque tem a mente pequena”, ela definiu, em outras palavras. Uma paulada no meu juízo, que doeu forte. Não me retratei, como ela sugeriu, mas segui escrevendo cheia de dedos, justificando que talvez eu não tivesse conhecido a parte boa da cidade e que a culpa era minha por isso.

Hoje, a Manu que vos escreve jamais agiria assim. A comunicação que eu acredito me escolheu e também me acolheu. Me permitiu ser dona das minhas opiniões, ainda que eu as mude alguns dias depois, por experiência própria. A comunicação que me escolheu e me acolheu segue abraçando vidas, dando voz a causas e pessoas por empatia e compaixão, e experimentando o correr da vida. É como cantarolava o amigo Toni Garrido na canção A Estradaa vida ensina e o tempo traz o tom…”.

Manuela Berbert é publicitária.

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Sigamos sem culpa, com a certeza de que precisaremos plantar o maior jardim possível de girassóis. Sejamos cada um de nós um girassol!

Efson Lima

Quis o destino que as diversas circunstâncias impusessem desafios ao nosso tempo. Não bastava a Pandemia de Covid-19, temos as mazelas humanas da gestão no plano federal. O processo eleitoral de 2018 se mostrou turvo. Parecia que remava contra a ordem, tudo indicava para a escolha do gestor que está a (não) gerir a República Federativa do Brasil. Muito já se discutiu, inclusive a necessidade de se examiná-lo mentalmente. Deixemos de lado e sigamos, sem deixar de apurar as suas responsabilidades.

Salvo melhor juízo, não podemos tratar uma pessoa que desdenha do uso da máscara, que incentiva o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19 como se fosse uma pessoa que sofra de algum transtorno mental. Estaríamos sendo coniventes. Não obstante, o não-gestor faz questão de colaborar com algumas aglomerações. Peço licença para abusar da paciência de meu leitor, pois preciso informá-lo que estou a dizer de uma pessoa comum, visto que o nosso presidente faz tudo conforme recomenda a ciência…

Com o anunciar da pandemia e o nosso recolhimento em casa, comentou-se que as artes entrariam em um processo de profundo avivamento. Melhores livros seriam produzidos, os pesquisadores responderiam nossos anseios, as músicas seriam melhores. As telas seriam pintadas como nunca. A filosofia se encarregaria de nos oferecer um alento.  Novos talentos surgiriam.

Depois de algum tempo, temos um contingente jamais visto de desempregados; nunca fizemos tantas vaquinhas. A solidariedade foi testada e colocada à prova. Estamos resistindo, ajudando… Mas por outro lado, não conseguimos contabilizar todos os nossos mortos de forma fidedigna. Não temos tempo de enfrentar o luto. Não conseguimos ver o rosto daquele que partiu. Os protocolos são rígidos.

Mesmo assim, em que pese estarmos desgovernados, à deriva, sem liderança para enfrentar o inimigo invisível, não podemos deixar de semear esperança. Colocar a máscara no rosto, usar o álcool a 70% e contar com a vacina em cada ombro. Torcendo sempre para que nenhuma dose tenha a capacidade de nos transformar em jacaré.

O tempo pode estar sombrio, mas luzes não nos colocaram nas trevas. A sociedade brasileira depois de uma caminhada tem percebido que precisa ir em outra direção. A sociedade tem percebido que falas racistas, lgbtfóbicas, o não comprometimento com o meio ambiente, o estímulo à violência por meio da defesa pessoal e do porte de arma não colaboram com a democracia, pelo contrário, sinaliza o comportamento de pessoas descompromissadas com o humano.

Falta empatia em alguns, mas temos percebido que sobra empatia na maior parte dos brasileiros. Sigamos! Amanhã haverá de ser outro dia e esperamos que pessoas comuns, como eu, sejam responsáveis. Sigamos sem culpa, com a certeza de que precisaremos plantar o maior jardim possível de girassóis. Sejamos cada um de nós um girassol!

Efson Lima é professor universitário, advogado, professor e mestre e doutor em Direito/UFBA.

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Em Resposta, Nando escreveu “ainda lembro o que eu estava lendo / só pra saber o que você achou/  dos versos que eu fiz / e ainda espero resposta”. Ele queria um perdão. Ela nunca respondeu. E sei lá, hoje eu resolvi que iria falar de AMOR…

Manuela Berbert 

Estava refletindo sobre a velocidade das redes sociais e da notícia, a quantidade de fake news gerada incessantemente e tentando, no meio dessa atribulação mental toda, esquematizar a linha de trabalho da equipe de comunicação que está me acompanhando em uma nova fase à qual estou embarcando. É que é tudo tão rasteiro que se a gente não se percebe, embarca em um efeito dominó de sentimentos dúbios e chega lá no final do dia exaurido, se perguntando. “Eu tive um dia ruim por qual razão, mesmo?”, sem se dar conta que foi lá naquele Bom Dia lotado de desaforos morais e políticos na palma das mãos.

Sei lá se estou certa ou errada, mas quero falar do que é bom! Mostrar o que vale à pena da vida e da Bahia! Perpetuar no espaço o que vale o nosso tempo de verdade! “Talvez seja a hora de tirar de cena os textos mais pessoais, que me afastam da Manu jornalista e me conectam diretamente com uma mulher mais sensível que nem sempre gosto de mostrar ao mundo”, pensei, naquela caminhadinha matinal marota no país Itabuna, ao redor do Rio Cachoeira. Mas sei lá, numa pandemia, onde nada faz muito sentido, tudo anda fazendo mais sentido ainda.

Cheguei em casa, abri as redes sociais e me deparei com uma pessoa contando que Nando Reis teria escrito a música Resposta após o termino de seu relacionamento com Marisa Monte, meio inconformado com o fim do romance e das suas ligações profissionais. Eles eram, além de namorados, parceiros musicais, e Nando enviava suas letras para que ela desse sempre uma olhadinha. Várias partes da canção fazem menção à artista e ao que viveram, como a citação de Ainda Lembro, que é um dos grandes sucessos de Marisa. Em Resposta, Nando escreveu “ainda lembro o que eu estava lendo / só pra saber o que você achou/  dos versos que eu fiz / e ainda espero resposta”. Ele queria um perdão. Ela nunca respondeu. E sei lá, hoje eu resolvi que iria falar de AMOR…

Manuela Berbert é publicitária e edita o manuelaberbert.com.br

Ellen e Manu vão comandar o "Debate Por Elass", na TVI
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A TVI estreará, no próximo dia 20, o Debate Por Elass, com Ellen Prince e Manuela Berbert. As primeiras gravações do programa semanal começam nesta quarta (11). “Estava com muita vontade de voltar às telas da TVI nesta nova fase de expansão, agora em parceria com a Band. A chegada de Manu deu o tom exato ao que tinha pensado”, disse Ellen, ativista política e diretora da TVI.

Ellen e Manu iniciam as gravações tendo como convidada a ex-secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama de Ilhéus, Soane Galvão, cotada para ocupar superpasta no atual mandato do marido, Mário Alexandre, Marão (PSD). Ela é pré-candidata a deputada estadual.

“Apesar da nossa personalidade forte, chegamos ao consenso de um programa leve, porém único por aqui. Não vamos apresentar fatos, vamos apresentar pessoas. Quem são elas, o que pensam, como chegaram às suas empresas ou aos cargos que ocupam. É mais sobre intimidade e menos sobre notícias”, diz a publicitária, empresária e apresentadora Manuela Berbert ao explicar o conceito do Debate Por Elass.

Apesar de estrear com uma mulher, o programa não é exclusivamente feminino. “Alguns jovens prefeitos da região já foram convidados e entram em estúdio com a gente na sequência”, explicou Manu. O Debate Por Elass irá ao ar sempre às quintas-feiras, a partir das 22h.

Juliette Freire venceu BBB21 com 90,15% dos votos
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Com o mundo real passando na palma das mãos de todos, através da tela do celular, quem é de verdade reconhece com muita sensatez quem é de mentira. E aí, nada produzido para agradar, vender ou convencer, ecoa mais!

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Em tempos de rótulos e definições para tudo e todos, se tem uma frase que muita gente concorda é: não se explica fenômenos! Nem os produzidos pela natureza, nem os produzidos pela mente humana, como a paixão por celebridades etc. A gente até tenta decifrar, achar “a culpa” ou culpados, mas não passamos do campo das ideias e dos achismos. Sempre foi assim!

E é sustentando essa máxima que escrevo este texto, já que ninguém consegue explicar o que leva uma nação em peso a se apaixonar por uma determinada pessoa. No caso de Juliette em si, vencedora do BBB e recorde em engajamento nas redes sociais, vendas de produtos e rankings estrondosos em buscas por seu nome, nem ela mesma. “Por quê?”, questionava. “Porque o Brasil te ama”, respondiam os apresentadores. E só isso!

Mas embora não se explique fenômenos, ouso escrever que o não fazer parte das cópias, nem vender a própria alma para fazer parte de um determinado grupo que sustenta o caráter. E ele chega antes da pessoa! Coisa para gente corajosa! Destemida! Forte! Ainda que custe lágrimas e uma boa dose de insanidade mental pelo caminho.

São tempos claros, onde ninguém mais se esconde nas esquinas. Uma hora ou outra, verdades vêm à tona. “Máscara pesa”, escutei um dia e nunca esqueci. E tem pesado na cara tanto de pessoas comuns quanto de artistas, políticos etc. Com o mundo real passando na palma das mãos de todos, através da tela do celular, quem é de verdade reconhece com muita sensatez quem é de mentira. E aí, nada produzido para agradar, vender ou convencer, ecoa mais!

Manuela Berbert é publicitária.

Peixoto: abastecimento normalizado
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Nunca esqueça, a maior riqueza do homem é a família, os amigos, os colaboradores. Ninguém é feliz sozinho.

 

José de Carvalho Peixoto

Na minha vida aprendi a valorizar o trabalho, valorizar as pessoas.

Aprendi a ser simples, a não ser arrogante.

Aprendi a ficar no lugar do outro em caso de reclamação.

Aprendi a pensar antes de agir.

Meu querido pai sempre me dizia: “Pedra que muito se muda, não cria limo”.

Resolvi enraizar na minha querida Itabuna, povo simples e acolhedor.

A vida é passageira, a gente vem do pó e ao pó voltaremos.

Sabe porque muita gente quebra a cara na vida?

Porque acredita no errado.

Duvida do certo.

Acredita na impunidade.

Abandona o verdadeiro.

Valoriza o falso.

Esquece que existe a Lei do Retorno.

Não acredita em Deus.

Assim, nada dá certo.

Pense positivo, acredite em Deus, Nosso Ser Supremo.

Acredite em você!

Não existe nada pior que não possa piorar, mas também não existe nada melhor que não possa melhorar.

“Lembre-se: um sonho sem ação é simplesmente um sonho, mas um sonho com ação pode transformar a sua vida”!

A vida é uma dádiva de Deus!

Nunca esqueça, a maior riqueza do homem é a família, os amigos, os colaboradores.

Ninguém é feliz sozinho.

José de Carvalho Peixoto é empresário.

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A Deus, o nosso destino. A nós, a tentativa de acolhimento de todos! Estamos juntos?

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Após um período sabático, estou de volta aos artigos. Falaremos sobre a vida, cotidiano, empreendedorismo e política, sempre aos domingos. E eu pensei em começar esse texto de diversas formas ou com um título autoexplicativo, mas optei por deixar o questionamento no ar justamente para que ele não selecione, logo no comecinho, os “interessados” ou não pelo tema. Precisamos falar sobre isso, sem reservas. Todos nós!

Durante oito anos estive à frente da comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Pedir desligamento, no segundo semestre de 2019, foi uma das decisões mais difíceis da minha vida, e isso não é segredo para ninguém. De um lado, a vontade absurda de, enfim, tocar a minha empresa de Comunicação e Eventos. Por outro, além do medo do novo, a paixão pela gestão de Dr. Eric Júnior enquanto provedor, já que eu coordenava sua equipe de comunicação (tendo ao lado uma das maiores profissionais de produção, gestão e marketing da região, Jaqueline Simões). A inteligência dele, acima da média, rapidez de raciocínio e garra, contagiam, e sou prova viva disso. Eram 298 desafios por dia, mas que me prepararam para a independência profissional como nenhuma outra experiência! Saí, e meses depois fui (fomos) surpreendidos pela pandemia. No primeiro momento, inúmeros questionamentos. Hoje, tenho a certeza de que não tinha condições emocionais de passar por este momento ali dentro.

Assisti, na última semana, a Dr. Eric Junior na TV (atualmente coordenando a UTI Covid-19) falando dos capacetes que evitam a intubação, e me emocionei vendo o quanto está visivelmente exausto! Todos os médicos estão exaustos! Os enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e demais profissionais. Os empresários também estão exaustos! Os pais de família estão exaustos! As mães estão exaustas! Aquelas que nunca exerceram a função de professoras dos próprios filhos estão exaustas! Os professores lidando com ensino à distância também estão! Os jovens que sonharam com a vida acadêmica estão exaustos! Os adolescentes privados do convívio com os amigos estão exaustos! As crianças estão exaustas! Estamos todos! E a cobrança de ser bom, bonito e bem sucedido neste momento deixa uma poeira densa e ainda mais pesada no ar. Por isso, precisamos falar de saúde mental! Abertamente! Para nos ajudarmos a passar por esta fase tão delicada que jamais imaginamos um dia, e que não tem um fim definido. Por que ainda nos incomodamos tanto com esse assunto?

Ao mesmo tempo, diante de todo o caos, é preciso lembrar que estamos aqui! Estamos vivos! E precisamos passar por esta vida sentindo o coração pulsar de verdade, para termos a sensação de não estarmos vivendo em vão. Precisamos sonhar, embora a pandemia esteja aí nos provando que não temos o controle de nada. Que dubiedade de sentimentos! Uma loucura coletiva a qual fomos todos expostos, e que o “salve-se quem puder” não reverbera, afinal a doença é pandêmica, embora o tratamento e sintomas sejam tão individuais. A Deus, o nosso destino. A nós, a tentativa de acolhimento de todos! Estamos juntos?

Manu Berbert é publicitária!

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Se, por um lado, muita gente não vê a hora de transitar com liberdade; por outro, um parcela se sente cada vez mais coagida a se expor a um realidade que considera perigosa.

Carolina Loureiro

A Síndrome da Cabana não é considerada uma doença. Trata-se de um fenômeno natural do nosso corpo que está relacionado a mudanças bruscas na rotina ou no comportamento. Tal síndrome surge quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, geralmente, sem que ela tenha total controle da situação. Ou seja, o indivíduo se vê em uma circunstância na qual é obrigado a sair da sua “zona de conforto” de maneira abrupta, adequando-se a um contexto diferente e, muitas vezes, incerto.

Essa transformação causa alterações significativas nas emoções e no modo de agir. Entretanto, a Síndrome da Cabana não pode ser confundida com problemas como depressão, ansiedade e consumo de álcool ou outras substâncias afins. Por tal razão, sempre que você sentir uma alteração intensa no seu comportamento ou no de pessoas próximas, a recomendação é buscar o suporte de um profissional da saúde.

Apenas uma avaliação neuropsicológica poderá identificar se você está vivenciando a Síndrome da Cabana ou se existem outras patologias e diagnósticos associados à sua situação.

Que sintomas estão relacionados à Síndrome da Cabana?

Alguns especialistas da área de saúde relacionam a Síndrome da Cabana com a Síndrome do Pânico. A diferença fundamental é que, na segunda, o indivíduo só se sente seguro isolado, enquanto que, na primeira, é o isolamento que leva a pessoa a ficar angustiada.

Entre os principais sintomas de quem está com Síndrome da Cabana, alguns chamam mais atenção. A seguir, destacamos os principais relatos vinculados ao problema:

Sentimento de angústia;
Perda ou ganho de apetite;
Inquietação;
Falta de motivação;
Irritabilidade;
Dificuldade de concentração;
Dificuldade para dormir ou excesso de sono;
Desconfiança das pessoas;
Tristeza persistente;
Taquicardia;
Sudorese;
Tontura; e
Falta de ar.

Vale destacar que muitos desses sintomas podem indicar outros problemas relacionados à saúde mental. Por isso, é fundamental reconhecer o que você está sentindo e o quanto tais sentimentos estão afetando a sua vida

Qual é a relação entre a síndrome da cabana e a pandemia?

A pandemia da Covid-19 pegou todas as pessoas de surpresa. Muito embora circulassem notícias pelo mundo, ninguém imaginou que a situação chegaria a tal ponto. O isolamento social foi imposto em vários países, e o Brasil foi um deles. Pessoas tiveram de mudar a sua rotina de um dia para o outro, deixando os escritórios e se isolando em suas residências, envoltos de incertezas sobre o que aconteceria a seguir.

Nesse cenário, a Síndrome da Cabana se manifestará quando a pessoa, mesmo sem uma ameaça próxima ou imediata, já não se sentir segura fora de casa. Ainda protegida ela tem dificuldade de voltar à rotina. Uma angústia e um medo paralisante a impedirão de manter o seu dia a dia, o que intensifica o problema.

Como procurar ajuda?

Se você identificar que os desafios estão sendo complicados demais e simples atividades estão mais difíceis de superar no seu cotidiano, então é hora de buscar a ajuda de um psicólogo.

Além de fazer um diagnóstico adequado, os profissional vai acompanhar a sua evolução, mostrando como lidar com sentimentos e pensamentos que o paralisam.

O momento é delicado para todas as pessoas, e os efeitos da pandemia ainda devem ser sentidos por um longo período de tempo. Precisamos nos adaptar à realidade que nos foi imposta e estabelecer formas de conviver com a situação.

Como você pôde ver, junto à pandemia vieram muitos desafios, inclusive a Síndrome da Cabana. Esse é um problema que pode atingir qualquer pessoa, mas é possível de ser tratado. Se você tiver sentimentos paralisantes ou dificuldade de lidar com este momento, busque o apoio de um profissional. Lembre-se de que você não está sozinho

Enquanto as cidades se planejam para uma reabertura gradual de suas atividades, tentando conciliar a retomada da economia com a segurança da população, parte das pessoas que têm vivido meses confinadas em casa se vê agora invadida pelo temor de voltar ao convívio social. Tomadas por uma sensação de vulnerabilidade, para elas o novo normal não é só um conjunto de medidas de prevenção, mas uma realidade cheia de ameaças e, consequentemente, uma grande preocupação sobre como seguir em frente com suas vidas.

Se, por um lado, muita gente não vê a hora de transitar com liberdade; por outro, um parcela se sente cada vez mais coagida a se expor a um realidade que considera perigosa.

A saída do confinamento está anexada a contínuos informes sobre a expansão do contágio e do número de mortos e constantes informes sobre uma segunda e até mesmo de uma terceira onda. Resumindo, o chamado novo normal está nascendo em meio a uma confusão de expectativas de mudanças e inseguranças coletivas. Toda a vivência determinada pela pandemia é muito estressante, e essa saída é um item a mais na pauta desse estresse.

No contexto atual, o medo da contaminação também se agrega à necessidade de viver em uma realidade profissional e econômica, que entrou em um período de acentuada mudança.

Nem todas as pessoas se adequam a um uso massivo de insumos cibernéticos, muitas pessoas estão profundamente machucadas pelo confinamento, muitas relações sofreram pesados estremecimentos pela mesma razão, muitos foram economicamente afetados. Esses aspectos desafiadores não são superáveis por decreto, precisam de um ambiente mais tranquilo e seguro que garanta à todos nós um tempo de recomposição, restauração e recuperação.

O mal-estar causado pela retomada das atividades tem até colocado em evidência o termo ‘Síndrome da Cabana’, utilizado desde o início do século passado, com origem nos Estados Unidos, para falar da angústia e receio diante da ideia de sair às ruas após ficar isolado. Criado para explicar um problema que acometia trabalhadores que passavam longos períodos em cabanas, esperando o inverno passar.

Profissionais de saúde preferem não generalizar e nem transformar essa expectativa em uma doença, apesar de reconhecerem que a sensação aflige hoje grande parte da população.

É natural sentir ansiedade. Foi uma mudança brusca, precisou de todo um período para as pessoas se adaptarem ao papel do isolado. A gente sofreu com isso, mas não teve como fugir. Agora a dificuldade é inversa. Como dar conta de fazer as coisas que nos esperam? O medo é natural. Ele nos protege. Quem tenta negar isso acaba sendo negligente com a própria segurança. Afinal, vamos ter que nos reinserir, dar conta, correr atrás do prejuízo. Nossa tendência é sempre se acomodar na segurança. É inevitável sentir isso, mas o que vai nos ajudar nessa hora é não dar apenas um sentido negativo para esse medo, mas sim, entender que ele não é uma doença, mas que faz parte de um processo de transição. Lembrar que com qualquer mudança a gente também pode aprender e crescer.

Caroline Loureiro é psicóloga.

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Carolina Loureiro fala de vantagens da hipnose clínica em tratamento de pacientes

A hipnose clínica pode ser útil para tratar pacientes que apresentam diversos tipos de distúrbios como fobias, medos, depressão, ansiedade, síndrome do pânico e vícios, afirma a especialista em avaliação psicóloga e neuropsicológica Carolina Loureiro. Na lista, a profissional certificada em hipnose clínica também enumera transtornos alimentares, ansiedade, insônia e problemas sexuais como impotência, ejaculação precoce e diminuição da libido, além de doenças psicossomáticas e casos de dores.

Carolina Loureiro explica que, no campo da psicoterapia, a hipnose tem várias formas de uso. Dentre elas, estão a hipnoanálise, a escrita automática, a regressão de idade, a indução de sonhos, as sugestões pós hipnóticas, as entrevistas sobre hipnose, a dessensibilização sistemática, a hipnose associada ao psicodrama, as técnicas de projeção do futuro entre outras.

Segundo o psicóloga Carolina Loureiro, quando o paciente está hipnotizado, torna-se altamente sugestionável. “E é exatamente por estar nesse estado especial de consciência que se consegue trabalhar no nível inconsciente da mente, descobrindo traumas de infância, fazendo regressões de idade e possibilitando que ele se lembre de problemas e emoções que foram reprimidos por algum motivo”.

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Ainda que a quarentena e o isolamento sejam momentos difíceis para uma grande parte das pessoas que nunca imaginariam passar por isso, buscar ajuda profissional pode ajudar bastante a enfrentar tantas mudanças.

Caroline Loureiro

Neste ano de 2020 o mundo está passando por uma pandemia causada pela Covid-19, experiência nunca antes passada por essa nova geração. O novo coronavírus se espalhou de forma muito rápida, trazendo muitas mudanças para a saúde, economia e nosso dia a dia.

Como sabemos, a quarentena, o afastamento social e o isolamento são considerados as principais “armas” para combater a propagação da doença em todo o mundo.

Por isso, nesses casos de afastamento social, a terapia online pode ser uma ótima solução para as pessoas que querem continuar com seus tratamentos.

Ainda que a quarentena e o isolamento sejam momentos difíceis para uma grande parte das pessoas que nunca imaginariam passar por isso, buscar ajuda profissional pode ajudar bastante a enfrentar tantas mudanças.

Por isso, sentimentos de angústia, ansiedade, medo, estresse e tensão podem aparecer, isso é normal, pois seres humanos pensantes.

Algumas pessoas podem começar a se sentirem sozinhas, desesperadas, sem esperança. Quais são os sintomas de quem precisa de uma terapia?

Alterações no humor;
Preocupação excessiva;
Atraso de pensamento;
Dificuldade de concentração;
Problemas de sono;
Pensamentos suicidas;
Sentimentos de tristeza;
Vazio e desespero;
Inquietação;
Fadiga, tonturas e enjoos.

TERAPIA ONLINE

Agora que você já sabe o que é terapia online e como se tratar, busque ajuda médica especializada para se consultar ou para ajudar uma pessoa doente. Entre em contato com profissionais que ofereçam esses serviços de forma séria.

Se, em seu caso, você não puder sair de casa, procure uma plataforma confiável e comece sua terapia e solucione seus problemas de uma maneira mais rápida.

Carolina Loureiro é psicóloga.