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Almir Alexandrino, provedor da Santa Casa (Foto Divulgação).
Almir é provedor da Santa Casa (Foto Divulgação).

Santas casas e hospitais filantrópicos fazem hoje  (29) um movimento para alertar a população sobre as condições financeiras dessas instituições. Segundo Edson Rogatti, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), a ação visa a informar a população e não prevê paralisação.

Para a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, as ações conjuntas fortalecem o setor por todo o país. “Estamos vivendo um momento muito delicado, com uma defasagem enorme no repasse SUS ao longo de vários anos, sem as correções na remuneração SUS. Por isso caminhamos junto às demais Santas Casas nas mobilizações e luta diária”, diz o provedor da Santa Casa itabunense, Almir Alexandrino.

Dados do Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que 42% das internações pelo SUS são feitas nesse tipo de instituição. O movimento mostra ainda que enquanto desde o lançamento do Plano Real, em 1994,  o Índice Nacional de Preços ao Consumidor teve variação de 413%, o da tabela do SUS foi 93%.

O déficit das santas casas e dos hospitais filantrópicos, segundo o movimento, chega a R$ 9,8 bilhões. “O que a gente quer mostrar para a população é que a culpa não é nossa. Tudo teve inflação, mas a tabela do SUS não teve aumento [proporcional]”, avaliou Rogatti. Ele lembrou que as instituições estão de portas abertas para os pacientes, mas que precisam de apoio financeiro do governo para fazer um atendimento com qualidade.

O Ministério da Saúde vem defendendo que tem adotado medidas para o fortalecimento dos hospitais filantrópicos e santas casas e que o financiamento não se resume ao pagamento da tabela do SUS. O órgão já destacou que os repasses federais tiveram crescimento de 57% em quatro anos, representando incremento de R$ 5 bilhões desde 2010.  Redação com Agência Brasil.