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Ícaro Mota é consultor automotivo

É comum as pessoas se assustarem ao tirar a vareta de óleo do motor e não ver sequer uma gota de óleo. Mas, e aí… isso é normal?

É comum e absolutamente normal que um carro com motor novo consuma em torno de 600ml a 1 litro de óleo a cada 10.000 km rodados. Isso depende do esforço que o motor está gerando em relação à rotação e ao peso de carga transportada.

Então, basicamente, chega a passar despercebido a baixa do nível do óleo ao olhar a vareta.

O que deve ser levado em consideração é que um motor de carro que já rodou bastante quilômetros – acima dos 100.000 – ou um motor usado de forma severa – roda pouquíssimo e abusa da partida-fria, ou seja, que usa pouco o carro e fica no liga-desliga.

Essas situações geram desgaste natural das peças do motor que estão em constante atrito. Por isso, o uso do óleo correto se faz extremamente importante (clique aqui e leia para entender melhor).

Logo, um motor com maior desgaste causado por atrito tende a consumir um pouco mais do óleo. Mas é necessário verificar se há vazamento(s). Se sim, saná-lo. Mas se o seu veículo tem consumido algo em torno de 1 litro a cada 1 mil ou 2 mil quilômetros, muito provavelmente estará sendo queimado em excesso, e expelido pelo escape em forma de fumaça branca. Aí, meu amigo, minha amiga, isso é um sinal de que os anéis de seguimento não estão raspando o óleo da câmara de combustão como deveria. E o motor precisará passar por uma retífica.

Muitas pessoas pensam que o fato de rodar pouco não exige muito do motor, mas estão enganadas. Para se ter uma boa noção, quando o carro está parado desligado e você acaba de ligar, essa ignição causa um desgaste equivalente ao mesmo causado por um motor que rodou 100 quilômetros.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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Em abril de 2003, o Brasil passou a conhecer o Ford Ecosport. Esse SUV compacto chegou ao mercado praticamente sem concorrentes, pois, nos anos 2000, somente havia a Pajero Tr4.

A Ecosport, por ser um novato no Brasil, e ter uma fisionomia aventureira (o estepe nas “costas”), logo caiu nas graças do povo.

Produzido nas versões 1.0 8v supercharger, série XL, ou nas versões XLS e XLT com motor 1.6 8 válvulas Zetec Rocam, logo ganhou os corações dos brasileiros e do mundo. Somando as duas gerações, foram mais de 1,2 milhão de unidades fabricadas em Camaçari, Bahia, para o mercado interno e para exportação.

Ele “roubava” os possíveis compradores do Honda FIT e do C3 Citroën.

Em 2004, a Ford trouxe a versão 4WD (tração integral nas 4 rodas) e o motor Duratec 2.0 16v a gasolina.

Em 2009 passou por um facelift, e esse visual perdurou até 2012.

Em 2013, ele foi totalmente repaginado, tanto no visual quanto em motorização. Ele passou a ser equipado com o motor Sigma 1.6 16v, aposentou o motor Zetec Rocam, mas não abandonou o Duratec. Assim, esses dois motores deram seguimento à carreira do jipinho da Ford.

Cinco anos depois, em 2018, recebeu seu último facelift no Brasil, continuou a sua produção com os motores Duratec, equipados nas versões mais bem equipadas de série (Titanium e Storm), e o motor Sigma passou a ter 3 cilindros, na busca de economia e esperteza ao dirigir na cidade.

Já em 2020, a Ford anunciou o fim de sua fabricação aqui no Brasil, mas esse SUV compacto, bonito, charmoso e encantador deixou o seu legado.

Foi o desbravador dessa categoria, que só cresceu desde o seu surgimento.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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Ícaro Mota é consultor automotivo

Um item que deixou de ser considerado opcional – e hoje é “exigido” pela maioria das pessoas na hora de comprar um carro, é o ar-condicionado. Outrora visto como luxo, hoje essencial. Quando está aquele calor de “rachar a cabeça” ou uma chuva à noite que faz embaçar todos os vidros e dificulta a visibilidade, o primeiro pensamento que vem à cabeça é ligar o bendito ar-condicionado. A sensação de conforto é imediata, seja por sanar o calor ou por proporcionar uma ótima visão durante a condução sob chuva.

É importante lembrar que ele está ligado diretamente à nossa respiração e saúde. Hoje tomarei como princípio a manutenção da limpeza, e não do sistema mecânico.

O filtro de cabine, também conhecido como filtro de ar-condicionado e filtro antipólen, é responsável por reter poeira, fuligens, eliminar impurezas e odores no ar – uso de carvão ativado em sua composição. Ele precisa ser trocado pelo menos uma vez ao ano ou a cada 15 mil quilômetros.

Mas, quando o carro é muito utilizado em estradas de “chão” ou sob trânsito “pesado”, faz o filtro perder a eficiência prematuramente. Por isso, torna-se um item em situação favorável à proliferação de bactérias e mofo, que podem gerar doenças respiratórias para os ocupantes do veículo, que até mesmo levam à morte. Nessas ocasiões, o ideal é que a troca seja efetuada pelo menos a cada seis meses ou 10 mil quilômetros. Além da troca do filtro, você também pode fazer a higienização dos dutos em uma oficina especializada ou comprar um higienizador em alguma autopeças de sua preferência. É um procedimento rápido, que dura em torno de 20 minutos a 1 hora.

Fique atento em relação ao seu carro, pois alguns veículos não saem com o filtro de fábrica. Por exemplo: o novo GM Onix. Ele tem a “caixa” para colocar (peça auxílio no SAC ou procure no manual).

Para efeito de troca, alguns modelos ficam posicionados em lugares mais difíceis (Ford Ecosport 2003/2012) mas também, em outros casos, são tão fáceis que a pessoa chega à desacreditar. (PEUGEOT 207)

É importante que você faça a manutenção regularmente. A sua saúde agradece!

Ícaro Mota desmistifica letrinhas e números que vêm em pneus; saiba porque é importante decifrá-los
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Sem dúvida, os pneus representam um dos itens mais importantes quando falamos de sistema de segurança de um veículo a respeito de dirigibilidade. São exigidos a todo o momento, seja na arrancada, conversões, curvas e, principalmente, na frenagem. A eles estão atribuídos manter a estabilidade e têm influência direta no consumo de combustível.

Por esses motivos, é importante mantê-los com a correta calibragem e, também, ter certo conhecimento para saber a hora de trocá-los.

Você já percebeu que existe uma diversidade de marcas de pneus e possuem alguns números gravados e mais algumas informações ocultas? Mas essas informações serão desmistificadas no decorrer do nosso texto.

Etiqueta revela resistência ao rolamento e performance de pneu

A etiqueta acima mostra uma graduação de resistência ao rolamento de carroceria, que vai de “A” até “G”. O “A” é o mais eficiente e o “G” é o menos eficiente. Na classe de consumo de combustível, a seta mais escura indica o nível de performance do pneu. Na parte inferior da figura, o nível de ruídos em decibéis.

Logo abaixo, podemos ver o que representa cada número e letra grafada nos pneus.

Como fazer a leitura de letras e números na lateral do pneu

Importante, também, observar o Índice de Carga (IC) e o Índice de Velocidade (IV) do pneu para evitar dor de cabeça ou, até, algo mais grave.

O DOT é uma série de letras e números que fica na lateral do pneu, como na imagem abaixo. Para saber a data de fabricação do produto, fique atento aos números. Os dois primeiros indicam a semana de fabricação. Os dois últimos, o ano. O pneu em questão foi fabricado na 7ª semana de 2020. Ou seja, caso não acabe por desgaste natural, ele deverá ser trocado na 7ª semana de 2025.

Observe a sequência: 0720. Traduzindo, significa dizer que foi fabricado na 7ª semana de 2020

Um indicador de desgaste da banda de rodagem é uma elevação estreita ao longo das ranhaduras longitudinais do padrão de banda de rodagem do pneu. Na lateral do pneu estão as letras TWI (Tread Wear Indicator).

TWI indica quando é hora de trocar o pneu do carango

Você perceberá que nos sulcos dos pneus há uma espécie de “quebra-molas”. Quando esses se igualam à altura da banda de rodagem, é o momento exato de efetuar a troca do pneu.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.