O ex-prefeito Capitão Azevedo || Foto Pimenta/Arquivo
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O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Capitão Azevedo, disse que, se eleito, irá investigar o contrato milionário do serviço de limpeza pública do município. Na entrevista concedida ao radialista Jota Silva, da Rádio Jornal, nesta manhã de terça (25), Azevedo criticou a alta do valor cobrado pelo serviço, que custava R$ 650 mil na gestão de Claudevane do Renascer (Pros) e hoje teria saltado para até R$ 2,5 milhões no governo de Fernando Gomes (sem partido), segundo divulgado no programa.

– Vamos checar, ver o que está se pagando. O dinheiro do povo não pode sair pelo ralo dessa forma. [Investigar] Que contrato é este, que serviço está sendo prestado, se corresponde aos valores. Não estou acusando ninguém, cabe ao gestor ver as planilhas e o que está se fazendo – disse ele.

O serviço de coleta é feito pela BioSanear. O governo atual defendeu o contrato, observando que ele não apenas prevê a coleta, mas outros serviços, a exemplo de podas, capinagem, roçagem e varrição de ruas.

Ainda durante o programa, o prefeito de Itabuna no período 2009-2012 disse que foi quem mais investiu em mobilidade e fez críticas à gestão da saúde durante a pandemia da covid-19. Para ele, o governo local deveria ter montado equipe disciplinar e contratar infectologista para analisar os números e definir plano de ação já no primeiro momento da pandemia em Itabuna, em meados de março.

Na entrevista, Azevedo evitou afirmar que se alinharia com o governador Rui Costa nesta campanha. Mantendo discurso que marcou sua gestão, ele afirmou que a basa dele é Itabuna, isso, apesar do PL, por enquanto, integrar a base do governo baiano.

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Vane diz que há desvio no contratro com a Marquise (Foto Duda Lessa).

Um dos discursos mais contundentes em relação ao contrato de limpeza pública entre prefeitura de Itabuna e Construtora Marquise foi o do vereador Vane do Renascer. O contrato é superior a R$ 1,5 milhão por mês. Em Ilhéus, cidade do mesmo porte de Itabuna, a prefeitura de lá paga uma média de R$ 420 mil.

Parlamentar dos mais comedidos, ele não só levantou suspeitas em relação ao contrato milionário mantido pelo município com a empresa cearense:

– Eu não tenho medo de dizer que há roubo de dinheiro público no lixo de Itabuna.

O vereador disse que estão desviando dinheiro público através do esquema com a Marquise. E aproveitou para provocar a bancada governista. “De vez em quando, até que a ‘batucada’ (bancada governista) funciona. Só não funciona quando é para aprovar a CEI da Saúde”, disse, sem perder de vista o vereador Ruy Machado (PRP).