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Dilma concede entrevista ao lado de Wagner (Foto Fábio Roberto/Pimenta)

Fábio Roberto

A petista Dilma Roussef preferiu a sobriedade a comemorar a última pesquisa CNI/Ibope que lhe dá a liderança na corrida sucessória presidencial com vantagem de cinco pontos. “Quem sentou na cadeira, perdeu a eleição”, disse a ex-ministra, que participa neste momento da convenção do PT baiano e confirma o nome do governador Jaques Wagner na disputa pela reeleição.

“O negócio é disputar a eleição, mostrar nossas propostas e, depois, esperar o resultado”, afirmou a presidenciável. A estocada era indireta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que sentou na cadeira de prefeito de São Paulo e acabou perdendo a eleição na década de 80.

A ex-ministra concedia entrevista coletiva acompanhada de toda a chapa majoritária petista na Bahia (Wagner, o vice Otto Alencar e os candidatos ao Senado, Walter Pinheiro e Lídice da Mata). Um momento de desconforto foi quando lhe perguntaram se ela iria a um debate com o tucano José Serra. A organização tentou encerrar a coletiva.

Dilma também afirmou que é necessário manter o Bolsa-Família, um dos maiores programas de transferência de renda do mundo. “Aliás, tinha gente que o criticava chamando de Bolsa-Esmola. O Bolsa-Familia vai continuar “.

A petista até se saiu bem quando perguntada em que votaria para governador, se Jaques Wagner ou o também aliado Geddel Vieira Lima. Afirmou que como não é eleitora na Bahia não teria como votar em um dos candidatos, provocando risos. Mas lembrou que Wagner é do seu partido e Geddel pertence ao PMDB do seu vice, Michel Temmer.

Dilma também rebateu a ideia de que, por ser mulher, não teria a força necessária para governar. “Já fui acusada de ser a mulher mais forte mandando num governo de homens. Agora sou acusada do oposto. Toda mulher é capaz. Nós podemos ser aquilo que nós queremos”.