Seleção Brasileira de 1970, com botafoguenses e tricampeã
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Minha convicção foi formada logo após uma reunião no Bar do Everaldo, em Itabuna, patrocinada pelos jornalistas botafoguenses Cláudio da Luz, Raimundo Nogueira e Joel Filho, com o apoio de um vascaíno, quando ficou vaticinado que copa do mundo sem jogador do Botafogo é eliminação na certa. E não deu outra…

 

Walmir Rosário

E não é que os desavisados choram a copa perdida? Pra mim não foi nenhuma novidade os brasileiros retornarem sem o caneco na mão, sem som de reco-recos, tamborins, atabaques e o samba atravessado na voz dos jogadores canarinhos. Vamos pular essa parte, pois não dá para chamar essa equipe juntada no continente europeu de canarinho, pois acredito que seja uma ofensa aos jogadores passados.

No meu conceito, copa do mundo é para quem sabe jogar! Para isso se faz necessário escolher os melhores e não apenas os apadrinhados de alguns despachantes de luxo que administram carreiras. Do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelos reservas têm que ter um bom pedigree, curriculum vitae de fazer inveja aos estrangeiros de Europa, mas, para tanto, temos que escolher um técnico que saiba das coisas.

Além do que falei, faltou um componente essencial para vencer uma copa do mundo: a convocação dos jogadores do Botafogo, desconhecidos do tal técnico, observador do jogos dos torneios europeus, para onde viaja para vê-los em ação. Tudo isso ganhando polpudas diárias, recebidas em euros, moeda forte do velho continente, e não em reais pelos estados brasileiros.

Pois perdeu tempo e dinheiro, sem falar no título, voltando mais cedo para casa (quase todos para os países europeus, onde moram), como um país qualquer, sem tradição nesse bravo e tinhoso esporte bretão. Por falar em bretão, também deixaram o Catar a Inglaterra, inventora do futebol, Portugal. Permanecem a implacável Croácia, que despachou o Brasil após um jogo apático e uma desastrada cobrança de pênaltis, França, Marrocos e Argentina.

E por falar em penalidades máximas, não posso deixar de me ater a um breve comentário sobre os pecados cometidos pelos jogadores brasileiros. E não me venham com a velha teoria de Neném Prancha, de que a responsabilidade de bater um pênalti é tanta, que deveria se cobrado pelo presidente do clube, no caso em questão, a Confederação Brasileira de Futebol, a carcomida CBF.

Os tempos são outros e quem se dedica a jogar futebol – e ganhar muito dinheiro – tem que saber batê-los, chutando com perfeição, dentro dos três paus e fora do alcance do goleiro, pois alguns também treinam como pegá-los. De Zico pra cá, caiu por terra o conceito de Neném Prancha, já que os que desejavam se tornar craques perfeitos treinavam por horas, depois do coletivo, a cobrança de faltas e penalidades máximas.

Pelo que ouvi dizer, o nosso goleiro não é afeito a defender penalidades e nossos cobradores não tem lá essas intimidades todas em batê-las com perfeição, marcando os gols necessários para vencer a partida. Mesmo sendo uruguaio, convoco aqui o botafoguense “Loco Abreu” com suas cavadinhas, daquelas que desmoralizavam dezenas de goleiros, por mais preparados que fossem.

Confesso que não sou um técnico em futebol, mas na condição de brasileiro me acho no dever e no direito de – se não analisar – pelo menos expressar minha indignação por esse  selecionado, pálido, desanimado, xoxo, que foi ao Catar desesperançar o povo brasileiro. Pelo que soube, essa derrota para a Croácia provocou muito choro e desespero nas criancinhas brasileiras, muitas delas que deixaram de ir à escola para ver o jogo na TV.

À noite, num bar em que me encontrava, a discussão não poderia de ser outra: os vizinhos de mesa estavam inconsoláveis com a indecorosa proposta, feita sem qualquer pudor pelo narrador global Galvão Bueno, que defendia nos consolarmos passando a torcer pela Argentina, como se nunca tivesse ouvido o saudoso Nélson Rodrigues falar sobre a “pátria de chuteiras”, para expressar nossa apaixonada relação com a Seleção Brasileira de futebol.

Esse murro na cara do brasileiro, aplicado por Galvão Bueno, nos remete ao conceito, também criado por Nélson Rodrigues: o famoso “complexo de vira-lata”, nos colocando em inferioridade frente aos hermanos argentinos. Jamais! Pelo que diziam meus vizinhos de mesa, a singela pretensão do aposentável narrador, era apenas e tão somente que o público brasileiro não desligasse seus aparelhos de TV, seguindo-o até o final da copa.

Bons tempos aqueles em que não se decretava feriado nas repartições públicas em dias de jogos da seleção brasileira. Longe disso, veriam os jogos os verdadeiros torcedores, aqueles que amavam o futebol praticado pelos craques canarinhos. Não éramos “obrigados” a dar audiência aos meios de comunicação detentores dos direitos das transmissões esportivas da copa do mundo.

Pois é, não vou mentir para vosmecês e confesso que cheguei a assistir algumas partidas de seleções estrangeiras, mas não me animaram aquele esquema de passes atrasados da linha de ataque até o goleiro, como se a finalidade de um jogo de futebol não fosse a marcação dos gols. Futebol é pra quem sabe jogar, driblar os adversários, dar lançamentos precisos, invadir a área adversária, fazer vibrar os torcedores com o gol.

Desde antes já tinha definido minha ausência na audiência televisiva, até pela plena certeza que a seleção brasileira daria com os burros n’água, ou nas areias do deserto. E a minha convicção foi formada logo após uma reunião no Bar do Everaldo, em Itabuna, patrocinada pelos jornalistas botafoguenses Cláudio da Luz, Raimundo Nogueira e Joel Filho, com o apoio de um vascaíno, quando ficou vaticinado que copa do mundo sem jogador do Botafogo é eliminação na certa. E não deu outra…

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Zagueiro Bremer no treino da Seleção Brasileira || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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Com o Brasil tendo vaga garantida nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, o técnico Tite deve escalar time misto ou até reserva contra a Seleção de Camarões, na sexta-feira (2), no encerramento da primeira fase da competição. Entre os que devem ganhar a chance de estrear na competição está o zagueiro Bremer, que nasceu em Itapitanga, no sul da Bahia.

Bremer é considerado um dos melhores zagueiros que atuam no futebol italiano. Ele joga na Juventus e pode fazer dupla de zaga na Seleção Brasileira com Militão, que atua no Real Madrid. Dos 26 jogadores convocados por Tite, 19 já estrearam neste Mundial. Além de Bremer, ainda não entraram em campo Daniel Alves (lateral direito),  Ederson e Weverton (goleiros), o atacante Pedro e os meias Fabinho e Everton Ribeiro.

Tite define nesta quarta-feira (30) a equipe que entrará em campo na sexta-feira, a partir das 16h. Com seis pontos e na primeira colocação, o Brasil está no Grupo G, junto com Sérvia, Suíça e Camarões. Hoje, enfrentaria Gana nas oitavas de final. Com três pontos, o time africano ocupa a segunda colocação no Grupo H, liderado pela Seleção de Portugal, que tem seis. Mas Coreia do Sul e Uruguai ainda têm chance de classificação. Cada seleção tem 1 ponto cada.

De acordo com o regulamento, as duas melhores equipes de cada um dos oito grupos da primeira fase da competição avançam para as oitavas de final.

Casemiro comemora gol da vitória brasileira diante da Suíça || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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Foi difícil, mas a Seleção Brasileira conseguiu bater a Suíça, por um a zero, nesta segunda-feira (28), na segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo 2022. Além da vitória, o golaço de Casemiro, aos 83 minutos, garantiu a classificação do Brasil para as oitavas de final. Um empate contra Camarões, na próxima sexta-feira (2), será o bastante para o selecionado brasileiro ficar com o primeiro lugar do grupo.

A Seleção teve dificuldades de criar chances de gol diante da Suíça. Com poucos espaços, o time encontrou desafogo em Vinícius Júnior, que repetiu a boa atuação da estreia e teve um gol anulado. Autor dos dois gols contra a Sérvia, Richarlison não teve chance de fazer o dele hoje. Muito marcado, o camisa 9 saiu no segundo tempo para a entrada de Gabriel Jesus.

Quem voltou a entrar bem no segundo tempo foi Rodrygo, substituindo Lucas Paquetá. Antony também foi opção de Tite na segunda etapa, aberto na direita, no lugar de Rafinha. Junto com Bruno Guimarães, que substituiu Fred, os suplentes deram movimentação mais dinâmica à Seleção.

Foi de Rodrygo o passe que encontrou Casemiro dentro da área adversária, com espaço e tempo suficientes para ajeitar o corpo e acertar um belo chute com a parte externa do pé direito. A bola ainda desviou na marcação e matou o goleiro Yann Sommer, que só olhou.

A defesa brasileira fez mais uma apresentação consistente e permitiu apenas um chute a gol da Suíça, sem perigo. O único susto do jogo foi um vacilo de Alisson. O goleirão quase entregou o ouro numa das tantas vezes em que o Brasil recuou a bola até a própria área, tentando afastar as linhas de marcação da equipe rival.

Transporte público é um dos serviços que param nas duas cidades
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Os jogos da Seleção na Copa do Mundo mobilizam quase toda a sociedade e provocam adaptações na rotina de trabalho. Será assim em Ilhéus e Itabuna, nesta segunda-feira (28), dia de Brasil x Suíça pela segunda rodada do Grupo G. Trabalhadores e empregadores das duas cidades chegaram a acordo para suspender o trabalho durante o confronto, que começa às 13h.

O Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomércio) recomendou que as lojas suspendam o atendimento trinta minutos antes do jogo e o retome logo o apito final. Já o comércio de Itabuna fechará às 12h30 e reabrirá às 15h30min.

Os ônibus do transporte público de Itabuna param vinte minutos antes do início do jogo e voltam a circular após o duelo. Em Ilhéus, serviço será suspenso cinquenta minutos antes da partida e voltará a funcionar às 15h.

Os serviços públicos que não são considerados essenciais também funcionam em expediente alternativo. Hoje, as repartições municipais de Itabuna fecharão às 12h, e as de Ilhéus, às 12h30.

Brasil volta a enfrentar Sérvia em Copa do Mundo || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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Que a Sérvia é a primeira adversária do Brasil na Copa, isso todos já sabem. Para ONU, Fifa e COI a Sérvia é a herdeira direta das participações da antiga Iugoslávia (fragmentada em 1992) em Copas e Olimpíadas. A Organização das Nações Unidas considera que toda vez que um país se divide, aplica-se um princípio do direito internacional chamado sucessão de Estados. Assim, as federações esportivas transferem o histórico competitivo para o país herdeiro. Ou seja, será a sexta vez em que brasileiros e sérvios (ou iugoslavos) jogarão uma partida de Copa do Mundo.

As ocasiões anteriores foram em 1930, 1950, 1954, 1974 (todas como Iugoslávia, que utilizava uma camisa azul escura) e 2018 (já como Sérvia, que utiliza um uniforme vermelho). Foram duas vitórias brasileiras, dois empates e uma única derrota. Agora, no Catar, a Sérvia tem a oportunidade de igualar as estatísticas do confronto e crê no futebol de um jovem de 22 anos, o atacante Dušan Vlahović, da Juventus (Itália), maior destaque do time e que não estava no elenco que enfrentou o Brasil na Copa do Mundo da Rússia, há quatro anos.

Por sua vez, o técnico Tite pode colocar em campo novamente cinco jogadores que participaram daquela vitória brasileira por 2 a 0 em Moscou: Alisson, Thiago Silva, Casemiro, Gabriel Jesus e Neymar.

Em 1950, no Maracanã, o Brasil também venceu por 2 a 0, diante de mais de 142 mil torcedores. Quatro anos depois empatou em 1 a 1 na Copa da Suíça, e em 0 a 0 na abertura do Mundial da Alemanha (1974), no gramado encharcado de Frankfurt (Alemanha).

A única derrota da seleção canarinho para os balcânicos ocorreu na primeira partida do Brasil na história das Copas: Iugoslávia 2 a 1, em Montevidéu (Uruguai). Os brasileiros, naquela época, foram representados apenas por jogadores de times do Rio de Janeiro, já que os paulistas não liberaram seus craques para a CBD.

“O seu keeper [goleiro] Mihajlovic foi uma barreira tremenda para os nossos forwards [atacantes]. Em verdade, o keeper de Belgrado venceu quase que sozinho o onze [a equipe] do Brasil”, escreveu naquela oportunidade o Diário da Noite.

Curiosamente, no regresso dos iugoslavos à Europa, o navio atracou no Rio de Janeiro e houve um novo jogo entre as duas seleções. Os brasileiros, ainda sem os paulistas, golearam, na “revanche”, por 4 a 1 nas Laranjeiras.

É também a antiga Iugoslávia que marcou mais gols em uma partida contra a seleção brasileira na história nas Copas, superando, inclusive, o 7 a 1 da Alemanha no estádio do Mineirão. Após ser eliminado da Copa do Mundo da Itália (1934), o Brasil decidiu fazer alguns amistosos pelo Velho Continente. Melhor que não o fizesse. No dia 3 de junho, em Belgrado, os iugoslavos deram de 8 a 4 no escrete. O goleiro Roberto Gomes Pedrosa (futuro dirigente e nome de torneio nos anos 1960) levou todos os oito gols. Naquela tarde devidamente esquecida, o Brasil jogou com: Pedrosa; Luiz Luz e Sylvio Hoffmann; Ariel, Martim e Canalli; Leônidas da Silva, Luizinho, Armandinho (Carvalho Leite), Patesko e Waldemar de Britto.

“Apesar de o selecionado brasileiro não representar, nem de longe, a nossa força máxima, esperava-se que os nossos patrícios fizessem uma boa exibição, o que infelizmente não aconteceu”, sintetizou o jornal O Globo um dia após a partida.

Servidores serão liberados uma hora antes dos jogos
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O prefeito Augusto Castro (PSD) baixou decreto que flexibiliza o expediente do funcionalismo de Itabuna nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol, que começa neste domingo (20). A estreia da Seleção será na próxima quinta-feira (24), às 16h (horário de Brasília), contra a Sérvia.  Os servidores de Itabuna terão expediente das 8h às 15h.

Já no dia 28, quando o Brasil enfrentará a Suíça, às 13h, os funcionários do município trabalharão das 8h às 12h. O último confronto do Brasil na primeira fase será no dia 2, às 16h, contra Camarões. Neste dia, o expediente municipal será o mesmo de 24 de novembro.

Caso a Seleção avance às oitavas, o município manterá a liberação dos servidores uma hora antes da partida, valendo o mesmo para as fases seguintes.

A medida não se aplica aos serviços considerados essenciais, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192), Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães e Unidades de Pronto Socorro (UPA 24H).

Comércio itabunense terá horários especiais
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O comércio de Itabuna terá horários alternativos de funcionamento nos dias dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol, na sexta-feira da próxima semana (Black Friday – 25/11) e às vésperas do Natal. A programação especial foi aprovada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Itabuna e pelo Sindicato dos Empregados do Comércio, na Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023.

A estreia do Brasil na Copa do Catar será na próxima quinta-feira (24), às 16h (horário de Brasília), contra a Sérvia. Segundo o acordo trabalhista, nesse dia, o comércio de Itabuna funcionará das 9h às 15h. A redução da jornada poderá ser compensada no dia seguinte (25), quando as lojas itabunenses estarão envolvidas na campanha da Black Friday e funcionarão das 8h às 20h.

O segundo jogo da Seleção será no dia 28 (segunda-feira), às 13h, contra a Suíça. O comércio estará aberto das 8h às 12h30min e das 15h30min às 18h30min. O Brasil fecha sua participação na fase de grupos contra Camarões, no próximo dia 2 (sexta-feira), às 16h, ocasião em que o comércio itabunense vai funcionar das 9h às 15h.

NATAL

A programação do comércio de Itabuna para o Natal 2022 começará no dia 17 de dezembro, um sábado, quando as lojas abrirão às 9h e fecharão às 17h. O domingo de 18 de dezembro será de lojas abertas, com atendimento das 15h às 20h. Para compensar o trabalho extra, os comerciários terão folga na Terça-Feira de Carnaval do próximo ano.

Nos dias 19 e 20 de dezembro, o comércio vai funcionar das 9h às 20h, com intervalo para almoço. Já nos dias 21, 22 e 23 de dezembro, as lojas itabunenses ficarão abertas das 9h às 22h, com intervalo para almoço. O sábado da véspera do Natal vai ter comércio funcionando das 9h às 17h.

Carga horária pode ser compensada, informa sindicato patronal || Foto PMI/Arquivo 2018
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O Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomércio) sugeriu que as empresas associadas permitam que seus empregados tenham a oportunidade de assistir aos jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, que será disputada no Catar, de 20 de novembro a 18 de dezembro.

Consultado pelo PIMENTA, o Sindicato reforçou que a liberação não é obrigatória e esclareceu que lojistas e comerciários podem entrar em acordo sobre a compensação do tempo de trabalho. A recomendação é para que os trabalhadores sejam liberados 30 minutos antes de cada jogo do Brasil.

JOGOS DO BRASIL

A estreia da Seleção será no dia 24, uma quinta-feira, às 16h (horário de Brasília), contra a Sérvia, na primeira rodada do Grupo G. No dia 28 (segunda-feira), às 13h, o selecionado do técnico Tite enfrentará a Suíça. O Brasil fecha sua participação na fase de grupos contra Camarões, no próximo dia 2 (sexta-feira), às 16h.

Bremer nasceu em Itapitanga, no sul da Bahia || Foto Instagram
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Ailton Silva

Nascido no pequeno município de Itapitanga, no sul da Bahia, o zagueiro Bremer segue caminho parecido com o do ex-zagueiro Aldair, ilheense campeão do mundo em 1994 que atuou no futebol italiano e defendeu as cores da Seleção Brasileira de Futebol, além de Flamengo e Benfica. Bremer garantiu vaga na lista do técnico Tite quase aos 45 minutos do segundo tempo. Os 26 convocados foram anunciados no início da tarde desta segunda-feira (7).

Bremer estreou pela Seleção Brasileira em setembro

Na Itália, Aldair jogou pela Roma e Genoa, enquanto o zagueiro Gleison Bremer Silva Nascimento, de 26 anos, atuou pelo Torino, no período de 2018 a 2022. Atualmente, defende as cores da Juventus. Essa é apenas a segunda convocação de Bremer pelo técnico Tite. Em setembro passado, o jogador baiano foi chamado pela primeira vez para os amistosos contra Gana (vitória por 3 a 0) e Tunísia (vitória 5 a 1).

O treinador explicou o porquê de o zagueiro de Itapitanga ser convocado para disputar a Copa do Mundo do Catar. “O Bremer teve a condição, porque a carreira dele e o seu desempenho em alto nível no Torino e na Juventus nos chancelaram. E talvez nós não tenhamos olhado com a devida atenção já antes, já antes”, defendeu o treinador.

O zagueiro Bremer é desconhecido no Brasil. O atleta começou a carreira em 2014 nas categorias de base do Desportiva Brasil, do interior de São Paulo, onde ficou até 2016. Foi emprestado ao São Paulo, onde atuou por um ano, e teve passe adquirido pelo Atlético Mineiro em 2017, que pagou R$ 380 mil. Depois de um ano, tendo jogado 33 partidas, foi negociado para o futebol italiano.

Bremer é destaque no futebol italiano|| Foto redes sociais

Na Itália, Bremer atuou 111 jogos pelo Torino, sendo destaque por duas temporadas. Neste ano, o atleta transferiu-se para a Juventus e acumula atuações que chamam a atenção da comissão técnica da Seleção Brasileira. “Ele se mostrou, quando veio aqui, com uma segurança nos jogos que tivemos acompanhando e nos treinamentos, com uma segurança impressionante. É um atleta de alto nível”, disse.

EM BUSCA DO SEXTO TÍTULO

Neste ano, o Brasil vai em busca do hexacampeonato. A novidade nesta Copa do Mundo é o acréscimo de três nomes em relação aos torneios anteriores, quando eram chamados 23 atletas. Na atual lista, 16 atletas disputarão a Copa do Mundo pela primeira vez.

Ganhou prêmio de melhor zagueiro na Itália

No cargo desde 2016, Tite soma 76 jogos, com 58 vitórias, 13 empates e cinco derrotas. Ele teve todo o ciclo do Mundial para fazer testes e escolher o melhor conjunto para a competição que tem início no dia 20 de novembro com a partida entre o Catar, seleção anfitriã, contra o Equador.

A estreia brasileira está marcada para o dia 24 de novembro contra a Sérvia. A seleção pentacampeã do mundo está no grupo G, que também conta com Camarões e Suíça.

Que o zagueiro Bremer tenha a mesma competência e sorte que teve Aldair, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, nos Estados Unidos.