Naama Ramos faz palestra sobre transporte de órgãos doados
Tempo de leitura: < 1 minuto

A captação e o transplante de órgãos são procedimentos complexos, em vários sentidos. A começar pela família enlutada, que, mesmo sofrendo, autoriza a doação. Nesse contexto, também é fundamental o trabalho da equipe multidisciplinar envolvida no processo, com auxiliares, médicos, técnicos, enfermeiros etc. Depois que os órgãos são captados, entra em campo o time especializado em transportar esse material delicadíssimo, que pode salvar e transformar vidas.

Foi sobre esse trabalho logístico que a enfermeira Naama Ramos e Silva, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital Regional Costa do Cacau, fez, no último dia 19, uma palestra para os funcionários da empresa que transporta material biológico e córneas captadas no HRCC, em Ilhéus, para a Central Estadual de Transplantes, em Salvador. A atividade faz parte do Setembro Verde. Neste ano, o lema da campanha é “Transforme a Dor em Amor. Seja também um doador de órgãos e avise a sua família”.

“Aproveitamos a oportunidade para agradecer a parceria desses profissionais que conduzem a chance de duas pessoas voltarem a enxergar”, relata Naama, referindo-se às córneas doadas para transplante. Ela também ressaltou a importância da sincronia entre as equipes envolvidas no processo captação-transplante, de modo a evitar contratempos.

– Agradeço aos funcionários que participaram da palestra, esclarecendo dúvidas sobre o processo doação-transplante. Motoristas, responsáveis pelo tráfego, auxiliares administrativos, técnicos, assistentes operacionais, responsáveis pelo almoxarifado e manutenção. Enfim, a todos que colaboram com a gente nesta missão de oportunizar que pessoas voltem a enxergar. Meu muito obrigada a todos vocês – concluiu a enfermeira.

Hospital faz captação de múltiplos órgãos
Tempo de leitura: 2 minutos

Em parceria com a Central de Transplantes da Bahia, o Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna, realizou captação de múltiplos órgãos, doados por familiares de um paciente de 62 anos, que residia em Ilhéus. No caso específico, por causa da idade do doador, o gesto de generosidade ajudará a salvar até quatro vidas.

A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de Itabuna, a enfermeira Patrícia Betyar, afirma que decisões, como da família do ilheense, são fundamentais para salvar vidas. Ela faz um apelo para quem ainda não se declarou doador pense com carinho sobre o assunto.

Um levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) aponta uma redução de 33% das doações de órgãos no Brasil. Para os envolvidos no processo de doação, essa queda deve-se à pandemia do novo coronavírus. Nos últimos seis meses, a negativa da família subiu 68%. Isso significa que as pessoas estão tendo que esperar muito mais tempo para serem transplantadas.

Atualmente, na Bahia há 2.227 pacientes na fila de espera por um órgão. Desse total, 1.282 sonham com um rim para ter uma qualidade de vida melhor. Para córneas, são 931 pessoas na longa fila. À espera de um fígado existem 14 pacientes, conforme dados do Registro Geral da Central de Transplantes da Bahia.

Leia Mais