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Justiça devolve gratificações para agente de trânsito

O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Itabuna, Ulysses Maynard Salgado,   suspendeu, nesta sexta-feira (10), por meio de liminar, o Decreto Municipal 13.204/19 que retirou o pagamento da gratificação de produção dos agentes de fiscalização e de trânsito. O magistrado determinou multa diária de R$ 5 mil, caso ocorra o descumprimento da medida judicial.

Na decisão, o juiz destaca que “a análise do conjunto dos atos normativos sobre a matéria em questão não deixa dúvida acerca do direito à percepção da gratificação de produção a uma série de Servidores públicos municipais, enquadrados no grupo operacional fisco; nele integrando os agentes de trânsito, com destaque para o art. 27, da Lei Municipal 2.042/07,já reconhecido nos pareceres da Procuradoria Jurídica do Município”.

O magistrado observa ainda que “ademais, aquela gratificação representa um incentivo ao trabalho desempenhado pelo servidor que trabalhou para atendimento das metas traçadas para sua função.  Não podendo tal gratificação impactar negativamente na remuneração do servidor, até porque seu caráter punitivo exigiria o regular processo administrativo com direito à ampla defesa e ao contraditório”.

ARBITRARIEDADE

A decisão judicial atende a uma ação movida pelos advogados do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna, que apontaram uma série de ilegalidades e arbitrariedades no decreto assinado pelo prefeito Fernando Gomes e pelo secretário de Segurança, Transporte e Trânsito (Sesttran), Gilberto Santana. “O decreto estabelecia várias situações absurdas e discriminatórias”, denuncia Davi Pedreira, um dos advogados do Sindicato dos Servidores.

A decisão judicial determina que seja restabelecido o pagamento da gratificação aos agentes de fiscalização e de trânsito de Itabuna. “Foi estabelecida uma verdadeira justiça. O judiciário de Itabuna está dando um basta nas arbitrariedades do prefeito Fernando Gomes e do coronel Santana, que têm sido algozes dos servidores públicos municipais”, avalia  Pedreira. Os outros advogados do Sindicato são Alberto Evangelista, Alberto Ferreira e Everton Neto.

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Coronel Santana quando foi preso em flagrante por policiais civis.
Coronel Santana quando foi preso em flagrante por policiais civis.

Antônio Jorge Ribeiro Santana, ex-comandante da Polícia Militar baiana, será julgado, nesta quinta (16), às 8h30min, por fraude e lavagem de dinheiro em contrato de locação de viaturas superfaturadas para a corporação, informa o Bocão News.

Coronel Santana é investigado pelo recebimento de propina e superfaturamento na compra de 201 viaturas. A prisão ocorreu durante as investigações da Operação Nêmesis, em 5 de março de 2009 (relembre aqui).

O policial, que está na reserva, vai a julgamento na Auditoria da Justiça Militar do Estado da Bahia, em Salvador. Além dele, outras 11 pessoas são acusadas de envolvimento no esquema. O militar foi acusado de movimentar R$ 1,2 milhão com suposta compra de gado para abate.

Santana comandou a PM baiana até 2008 e o esquema fraudulento, de acordo com as investigações à época, envolviam a empresa paulista Júlio Simões, responsável pelo fornecimento das viaturas para a corporação.

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marco wense1Marco Wense

 

Mais de 60% do eleitorado não pretende votar em candidatos que já administraram Itabuna, o que não deixa de ser uma preocupação para o trio Fernando Gomes, José Nilton Azevedo e Geraldo Simões.

 

 

Deve ter mais. Mas os que aparecem na mídia são 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB), que desistiu da reeleição, portanto da disputa do segundo mandato.

Fernando Gomes (DEM) – Já foi prefeito de Itabuna por quatro vezes. Vai atrás do quinto mandato. Conhece as entranhas do jogo político. Tem um eleitorado cativo. Enfrenta dois problemas: uma possível inelegibilidade em decorrência da Lei da Ficha Limpa e um altíssimo índice de rejeição.

Augusto Castro (PSDB) – Deputado estadual pelo tucanato. Só sai candidato se Fernando Gomes abrir mão de sua pretensão ou se for impedido pela justiça. É tido como político habilidoso, que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Sonha mais com o Parlamento Federal do que com a prefeitura de Itabuna.

Capitão Azevedo (DEM) – Derrotado na última sucessão, quando tentou se reeleger, o militar sabe que a preferência do demismo municipal, sob a batuta de Maria Alice Pereira, é por Fernando Gomes. Tem vontade de sair da legenda, mas falta coragem. A política não costuma perdoar os desprovidos de determinação, audácia e ousadia.

Geraldo Simões (PT) – Duas vezes chefe do Executivo. Não tem a simpatia da alta cúpula do petismo. Ou seja, do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, do secretário de Relações Institucionais Josias Gomes e, obviamente, do governador Rui Costa. Outro obstáculo é ser de um partido que vive o seu pior momento. Recente pesquisa do Datafolha mostra que a associação entre o PT e a corrupção cresceu na percepção do eleitorado.

Antônio Mangabeira (PDT) – Pré-candidato pela primeira vez. É médico, bacharel em direito, administrador de empresas e estudante de engenharia civil e ambiental. É o novo da sucessão de 2016. O fato de ser mais administrador do que político agrada uma considerável fatia do eleitorado já saturada com a política e a politicagem. A existência de um vácuo político, ávido por mudanças e por um candidato sem vícios, pode eleger o pedetista. É a campanha que mais surpreende.

Roberto José (PSD) – Deve ter consciência de que dificilmente será o candidato do prefeito Vane. Vai terminar sendo o vice mais cortejado, seja por Davidson Magalhães ou por Geraldo Simões. O comandante-mor do seu partido, senador Otto Alencar, é defensor da estratégia de que o governismo só deve ter um candidato em Itabuna.

Davidson Magalhães (PCdoB) – Disputa com Geraldo Simões a condição de candidato do governador Rui Costa. O problema maior, o grande entrave da sua pré-candidatura é a ligação e a co-responsabilidade com um governo que tem 85% de desaprovação. Não pontuou bem na última pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Babesp.

Confira a íntegra do artigo clicando no link Leia Mais

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marco wense1Marco Wense

A estranheza é Roberto José ter mais do dobro de votos de Azevedo e quase três vezes mais do que Geraldo.

O Instituto Seculus andou divulgando uma pesquisa sobre a sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB). A consulta teria sido contratada por um “empresário” de Itabuna.

Pela enquete pré-eleitoral, o deputado estadual Augusto Castro (PSDB) aparece na dianteira das intenções de voto. O ex-prefeito Fernando Gomes (DEM) ocupa a segunda posição.

A surpresa ficou por conta do secretário de Transporte e Trânsito Roberto José, sendo o terceiro da fila e bem na frente dos ex-prefeitos Geraldo Simões e do Capitão Azevedo.

A estranheza é Roberto José ter mais do dobro de votos de Azevedo e quase três vezes mais do que Geraldo. Vale ressaltar que na última pesquisa que tive acesso, o também presidente da FICC estava em situação desconfortável.

De repente, um vapt-vupt impressionante. O percentual do secretário é maior do que a soma dos percentuais de Geraldo Simões (PT), Antônio Mangabeira (PDT), Leninha Duarte (PPS), Davidson Magalhães (PCdoB), Carlos Leahy (PSB), Coronel Santana (PTN), Alfredo Melo (PV) e Zem Costa (Psol).

A chamada “Guerra das Pesquisas” é inerente ao movediço e traiçoeiro mundo político. A divulgação de uma nova consulta com Roberto José na lanterninha é só uma questão de tempo, basta o PCdoB bancar a pesquisa.

Inquestionável e consensual é a posição de Augusto Castro. O tucano ocupa o primeiro lugar em todas as enquetes, sejam elas realizadas pelo governismo, pela oposição ou qualquer outro empresário.

Vem aí uma enxurrada de pesquisas. Até a véspera do dia da eleição, quem sabe 15, 20, 25 ou 30. A maioria manipulada, inconsistente e desprovida de credibilidade.

Prefiro o conselho da minha intuição política. A conversa com os meus botões, como diria o polêmico e inquieto jornalista Mino Carta, é mais confiável.

PS – Na dúvida, não tendo certeza que a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral, optei pelo prudente caminho de não revelar os percentuais (%) dos pré-candidatos.

CALMA, GENTE!

Que cada um defenda o pão de cada dia de maneira limpa, exercendo a função com ética e profissionalismo, sem precisar passar por cima de ninguém e, muito menos, pisotear. É assim que se procede.

É o conselho da modesta Coluna Wense para alguns jornalistas, repórteres e blogueiros de Itabuna. Tem espaço para todos. “Não vos agonies”, diria o advogado Adylson Machado, assíduo frequentador da saudosa Turma da Jaca.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Geraldo Simões 3O deputado federal Geraldo Simões disse na última quarta (5) que está preocupando com a paralisação das obras de construção da Barragem do Colônia, em Itapé.
O parlamentar defende esta obra desde o seu primeiro mandato como prefeito de Itabuna (1993-1996) e conseguiu elaborar projeto na última passagem pelo centro administrativo (2001-2004).
Após comemorar o anúncio da obra em janeiro do ano passado, Geraldo agora lamenta a interrupção da mesma. A paralisação ocorre porque a construtora que venceu a licitação cobrou mais dinheiro. Alegou que o montante destinado para erguer a barragem não era o suficiente (R$ 18 milhões).
A empreiteira pediu aditivo, o que jogaria o valor para R$ 37 milhões. O governo estadual não aceitou e cogitou um destrato e nova licitação. O lenga-lenga já dura quase seis meses… e a obra parada. Geraldo defendeu, ainda na quarta (5), que governo baiano e empreiteira se entendam o mais rápido.
A obra é tida como solução para o abastecimento de água em Itabuna pelos próximos 50 anos. À grita de Geraldo, somou-se o tucano Augusto Castro (veja post abaixo). Espera-se que outros tomem reforcem o grupo, afinal a cidade tem outros parlamentares, como o petista Josias Gomes e o deputado estadual Coronel Santana – sem esquecer de Ângela Sousa, que anda fazendo piseiro em Itabuna atrás de voto.
É preciso que mais parlamentares falem a mesma língua. Pelo menos, neste caso.

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Wenceslau: votação das contas de Azevedo (Foto Pimenta).

O vereador Wenceslau Júnior (PCdoB) protocolou hoje requerimento para que sejam votadas as contas do exercício de 2009 do prefeito Capitão Azevedo (DEM), rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O requerimento também solicita que as contas de 2009 da Mesa Diretora sejam disponibilizadas à população.
O vereador diz que tomou esta decisão porque o prefeito está trabalhando para que a votação não ocorra antes da eleição de outubro, pelo menos. “Ele sabe que vai ter dificuldades se as contas forem analisadas agora”.
Segundo Wenceslau, o governo enfrenta resistências para obter os nove votos necessários para derrubar o parecer do TCM. “Como o voto é secreto, ele terá que conversar com toda a bancada de sustentação”, diz.
Hoje o prefeito conta com o apoio virtual de 11 dos 13 vereadores. Como a bancada anda insatisfeita, Azevedo terá de “rebolar” já que ficará impedido de disputar a reeleição caso tenha as contas rejeitadas pelo legislativo em ritual com ampla defesa.
Além dos naturais oposicionistas, Azevedo tem contra si os trabalhos de bastidores do deputado estadual Gilberto Santana (PTN), aliado de momento e que não esconde desejo de disputar a prefeitura ainda em 2012.

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Enquanto Jaques Wagner enfrenta certo constrangimento por, estando hoje na posição de governador, ter que combater uma greve igual a outra que defendeu quando parlamentar, ocorre com o deputado estadual Gilberto Santana (PTN) exatamente o contrário.
Santana, coronel da PM, comandava o 15º Batalhão, em Itabuna, quando eclodiu a paralisação da polícia em 2001. Foi duro contra o movimento e contra aqueles que o defenderam, a exemplo do então vereador Luís Sena, que foi preso pelo milico.
Hoje, na oposição a Wagner, o coronel assiste à greve de camarote e fica caladinho para não se comprometer. Como oficial linha dura, é contra o movimento; como político de oposição ao governo, quer mais é que o circo pegue fogo.

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Marco Wense
O ex-prefeito Fernando Gomes, o comprador João Botti e o deputado federal Geraldo Simões. Sem dúvida, os principais protagonistas da transação comercial envolvendo a Rádio Difusora.
Nilton Cruz, presidente da ACI de Ilhéus, e Tiago Feitosa, filho do parlamentar, ficam como coadjuvantes. Raimundo Vieira foi o articulador, o articulador-mor da inusitada aproximação dos ex-prefeitos, que agora são aliados na sucessão de 2012.
PS – A coordenação política da nova Rádio Difusora vai ficar sob a batuta dos jornalistas Eduardo Anunciação e Daniel Thame, profissionais de inteira confiança do deputado Geraldo Simões.
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BOATOS

Com a proximidade do dia da eleição, os boatos, que são inerentes ao processo eleitoral, vão crescer em projeção geométrica.
O último é que Tom Ribeiro, do programa Alerta Total, na telinha da TV Cabrália, teria sido convidado para ser o vice na chapa encabeçada pela petista Juçara Feitosa.
Tom é filiado ao PRB, o mesmo partido do prefeiturável Claudevane Leite, o vereador Vane do Renascer. Na política, existe o boato e o “boato”.  Com e sem aspas.
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AZEVEDO, CASTRO E SANTANA

Na medida em que o deputado Geraldo Simões se aproxima de Fernando Gomes, o prefeito José Nilton Azevedo fica cada vez mais refém dos deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e do coronel Santana (PTN).
Uma coligação com o PMDB do médico Renato Costa passa a ser imprescindível para o projeto de reeleição do demista. O PSDB continua firme com a pré-candidatura de Ronald Kalid.
Santana e Castro vão pedir o céu ao chefe do Executivo. O céu tem que ser de brigadeiro. Nada de nuvens cinzentas.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O blog O Trombone denunciou esquema altamente lesivo aos cofres itabunenses e ao cidadão daqui que precisa de atendimento médico no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem).
De acordo com a publicação, o hospital itabunense foi “completamente aparelhado por correligionários do deputado Coronel Santana”. Há casos de atendimentos a pacientes de outros municípios que são feitos ‘por fora’, aqueles que não estão pactuados, que cresceram assustadoramente nos últimos meses”.
Esse atendimento por fora gera despesas para os cofres locais. Didaticamente, assim explica o blog:
“Cada atendimento gera uma conta, que será apresentada à Sesab para que o repasse desse custo seja feito ao prestador. Quando isso é feito com pacientes de fora de Itabuna, oriundos de municípios que sejam pactuados, esse custo é debitado na conta daquele município.
Quando o atendimento é feito ‘por fora’, esse custo é absorvido por Itabuna, e resulta em prejuízo para o atendimento local. Poderia-se dizer que o atendimento indiscriminado seria um ato de desprendimento, de humanidade dos gestores, mas é barganha política, mesmo”.
AZEVEDO E MAGELA FECHAM OS OLHOS
Por que o município de Itabuna não chia e denuncia o aparelhamento e as irregularidades? O que ocorre é que há uma disputa de autoridade entre os homens fortes que comandam a saúde de Itabuna. O prefeito, que é capitão da Polícia Militar, se sente retraído e diminuído diante do deputado Gilberto Santana, que também é militar, mas detém a maior patente da corporação, a de coronel.
O poder de Santana, fora a vantagem na briga de patentes, se dá porque é dele o cargo de gestão do Hospital de Base e da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Iasi), ocupados por sua irmã, Gilnay Santana.
No meio disso tudo está o secretário Geraldo Magela, que não tem patente alguma e detém bem pouco poder no Hospital de Base. Perguntado sobre o tráfico de pacientes no Base, ele disse apenas que “esse não é o melhor momento para essa discussão”.
Isso pode querer dizer que “sim, há o tráfico, mas vamos esperar o momento certo para denunciar”; ou que “não gostaria de comprar uma briga com o coronel nesse momento, porque ele que pode ser um aliado na busca da gestão plena“. Mas não há uma negativa.
É para isso que querem a Gestão Plena?

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Pesquisa da empresa Sócio-Estatística realizada nos dias 12 e 13 de janeiro, com 714 entrevistados, revela quais parlamentares a população itabunense vê como os mais atuantes. Entre os estaduais, quem aparece na frente, com 18% das opiniões, é o tucano Augusto Castro, seguido pelo Coronel Gilberto Santana (PTN), com 11,8%.
Já entre os deputados federais, o deputado Geraldo Simões (PT) foi apontado por 27,7% dos entrevistados como o de melhor desempenho, seguido de perto por “Não sabe” (24,1%) e ainda por “Nenhum deles”, que foi a alternativa escolhida por 18,3% das pessoas consultadas na pesquisa.

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Sob o título Tribunal da Prepotência, o editorialista não deixa pedra sobre pedra… Confira:
O político brasileiro, dentre outras tendências igualmente pouco nobres, parece ter desenvolvido ao longo do tempo uma forte vocação para o autoritarismo. Candidatos de variadas idades e correntes ideológicas passam a ser “donos do mundo” tão logo se elegem, colocando-se acima de qualquer crítica. Nesse tribunal da prepotência, a mídia há de ser imediatamente condenada ao silêncio suspeito ou ao encômio encomendado. E esse procedimento insultuoso à liberdade de expressão será estendido a todas as representações sociais, conclamadas (quando não cooptadas) a dizer a palavra que mais agradavelmente soa aos ouvidos do poder: “amém”.
Em Itabuna, cidade de muitas mazelas políticas, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) faz grave denúncia sobre essa questão: um parlamentar estadual teria proposto às autoridades a extinção daquele colegiado – em resposta a críticas cometidas contra o modelo de administração do Hospital de Base. O CMS, conforme já demonstrou publicamente, advoga a estadualização do hospital – que passaria a ser de responsabilidade do estado e não mais do município de Itabuna – mas isto não é, do nosso ponto de vista, relevante. O que importa é que o CMS tem direito (e dever!) de manifestar-se sobre as questões da saúde pública – o que foi feito.
A vida democrática (a que vastos setores da sociedade brasileira ainda não se habituaram) exige equilíbrio, bom senso e tolerância para administrar conflitos de ideias. Não impõe concordância, mas depende de respeito entre facções contrárias. Às vezes, a discussão de duas teses opostas mostra que a melhor é uma terceira – mas não se chega a isso sem grandeza, que é irmã da humildade e inimiga da arrogância. Neste caso, entretanto, não se necessita de ponto de vista alternativo, pois o equivoco é flagrante, não parecendo abrigar qualquer dúvida: o CMS é tão legítimo quanto o mandato do parlamentar, pois ambos estão validados pela lei.
Diante do caos instalado no Hospital de Base, uma realidade salta aos olhos: a frente de batalha paralela e pessoal aberta pelo deputado em nada ajuda à população pobre de Itabuna.

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Moções de repúdio contra Santana e vereador
também foram aprovadas na plenária

Conferência reuniu autoridades e centenas de pessoas (Foto Divulgação).

Os participantes da conferência municipal da Saúde aprovaram, por ampla maioria, a proposta de estadualização do Hospital de Base de Itabuna e moções de repúdio contra o vereador Raimundo Pólvora (PPS) e o deputado estadual Coronel Santana (PTN).
A conferência foi encerrada há pouco e contou com a participação de aproximadamente 900 pessoas dos vários setores da saúde, desde usuários a trabalhadores, prestadores de serviço e governo municipal.
A proposta de estadualização foi aprovada por contraste, mas tendo a anuência de aproximadamente 80% dos conferencistas. Em resumo, significa que o município está autorizado a repassar para o governo do Estado a gestão do Hospital de Base de Itabuna.
A conferência também escolheu 16 delegados de Itabuna para a edição estadual, que ocorrerá ao final de setembro, em Salvador. As propostas aqui aprovadas serão levadas para a capital baiana.

MOÇÕES DE REPÚDIO

Os conferencistas repudiaram o uso político das cotas de exames as quais o município tem direito. Grande parte da cota, segundo os participantes da conferência – e isso consta em ata, é destinada para o vereador Raimundo Pólvora (PPS).
Ele, além de destiná-las aos seus eleitores, ainda possui uma alta funcionária dentro do setor de regulação, chamada de Márcia Beleza. O exame que falta ao cidadão comum, sobra para o vereador fazer política. O secretário de Saúde, Geraldo Magela, tentou demover os conferencistas, mas não teve jeito.
Outra moção de repúdio foi contra o deputado estadual Coronel Santana, que sugeriu a dissolução do Conselho Municipal de Saúde. E aqui, uma observação: de um público de 900 pessoas, apenas três foram contra a moção. Santana passou a trabalhar contra o conselho desde a nomeação da irmã, Gylnai Santana, como presidente da entidade mantenedora do Hospital de Base de Itabuna. A conferência foi promovida pela Secretaria de Saúde de Itabuna e o Conselho Municipal de Saúde.

DENÚNCIA-BOMBA VIROU “TRAQUE”

Outra derrota do deputado estadual Coronel Santana foi a tentativa de uso político do repasse de R$ 8,7 milhões da Sesab ao hospital de olhos Rui Cunha (Day Horc). Conferencistas lembram que o contrato não é relativo apenas a Itabuna, mas ao estado. O hospital de olhos possui unidades em Itabuna, Salvador e Eunápolis, além de ter sido vencedor de licitação para realizar exames e cirurgias no programa Saúde em Movimento, de abrangência estadual.
Aparentemente, o tiro de Santana saiu pela culatra quando quis induzir o povo a acreditar que o valor se referia a atendimentos feitos em Itabuna.

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Marco Wense

O PMDB não vai apoiar em Azevedo e, muito menos, Geraldo.

O assunto mais enigmático da sucessão do prefeito Azevedo é, sem dúvida, o que envolve o PCdoB, PMDB e o PT, com Davidson Magalhães, Geddel Vieira Lima e Geraldo Simões.
Cito Davidson, deixando de lado Luís Sena e Wenceslau Júnior, também prefeituráveis pela legenda comunista, porque é o nome da preferência não só de Geddel como de Lúcio Vieira, presidente estadual do PMDB.
Não sei a opinião do médico Renato Costa sobre os três pré-candidatos do PCdoB. A impressão que fica é que Renato, que preside o diretório local, evita falar sobre a “disputa”.
A possibilidade do PMDB apoiar o vereador Wenceslau é muito pequena. Em relação a Sena, é quase nula.  Os senistas, obviamente os mais lúcidos, sabem que não existe sequer resquício de esperança.
Davidson é considerado o mais preparado. O que pode deslanchar durante a campanha. Sobre Sena, pesa o fato de ter sido o vice da petista Juçara Feitosa na última sucessão municipal.
Difícil mesmo é o peemedebismo se coligar com o PT, com o ex-ministro Geddel de mãos dadas com Geraldo Simões, tendo as companhias dos ex-prefeitos Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Na bela festa de aniversário de 30 anos do jornal Agora, Geddel disse ao jornalista Paulo Lima que o PMDB não vai apoiar “nem Azevedo e, muito menos, Geraldo Simões”.
Em termos percentuais, diria que uma coligação PCdoB-PMDB, com Davidson Magalhães encabeçando a chapa, tem 50% para acontecer. Uma candidatura própria com Ubaldo Dantas, 30%. Com o vereador Wenceslau ou Sena, 15%.
Como o processo é político, e os próprios políticos costumam dizer que na política tudo é possível, os 5% restantes ficam por conta de um palanque com Geddel, Geraldo Simões, Renato Costa, Ubaldo Dantas e Fernando Gomes.
Os apupos, em decorrência da estranha e inusitada aliança, serão inevitáveis. Desta vez, Geddel pode ficar tranquilo: as vaias serão democraticamente distribuídas.
A VEZ DOS MÚSICOS

Kocó é pré-candidato.

A candidatura a vereador do conhecidíssimo Kokó do Lordão, pelo Partido dos Trabalhadores, pode incentivar a entrada de outros músicos na política.
O mesmo aconteceu com os militares. Temos hoje, democraticamente eleitos, uma enxurrada deles na vida pública: Capitão Azevedo (prefeito de Itabuna) e o coronel Santana (deputado estadual) são dois exemplos do sul da Bahia.
Sem falar no ex-deputado Capitão Fábio Santana e no major Serpa, convidado a se filiar no PSB para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Geraldo Simões (PT).
A previsão de votos para Kokó é de mais de dois mil. Como o PT caminha para eleger dois vereadores, o ceplaqueano Emanoel Acilino pode sobrar. A outra vaga seria de Vane do Renascer (reeleição).
Marco Wense é articulista da Contudo.
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Marco Wense

Geraldo aposta na interferência do governador Wagner, unindo os partidos em torno da candidatura de Juçara.

A reeleição do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, eleito pelo DEM, ex-Partido da Frente Liberal (PFL), continua complicada, mas não tão difícil como parecia ser.
Pessoas bem próximas do chefe do Executivo, como também adversários políticos, alguns até prefeituráveis, já admitem que o governo demista, quando comparado ao que era antes, teve uma razoável melhora.
Os azevistas, principalmente os mais eufóricos, acham que a posição de primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto é só uma questão de tempo.
O outro lado, o da oposição, tendo na linha de frente o Partido dos Trabalhadores (PT), acredita que tudo não passa de um oba-oba da assessoria de comunicação do alcaide.
Enveredando para o lado eminentemente político, o racha na oposição, especificamente entre o PT e o PCdoB, é outro ponto que alimenta a confiança do azevismo na reeleição.
O deputado Geraldo Simões aposta na interferência do governador Jaques Wagner. Para o ex-prefeito, Wagner vai unir todos os partidos da base aliada em torno da candidatura da ex-primeira dama Juçara Feitosa.
Situacionistas e oposicionistas fazem o que é inerente ao processo político. Ou seja, espalham otimismo. Uma coisa é certa: o prefeito Azevedo não é mais, como diziam alguns petistas, “cachorro morto”.
O “já ganhou”, menosprezando e subestimando o adversário, é o pior caminho para chegar ao poder.
AZEVEDO, SANTANA E CASTRO
Mais cedo ou mais tarde, o prefeito de Itabuna vai ter que encarar, olho no olho, os deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e o coronel Santana (PTN).
Perguntar para os senhores parlamentares, que têm cargos importantes no governo, se eles vão ou não apoiar sua reeleição, sob pena de ter uma desagradável surpresa na sucessão municipal.
Augusto Castro, além das críticas que faz ao governo demista, diz que “a cidade anseia por renovação política”. O coronel Santana, por sua vez, pede respeito aos correligionários mais próximos do chefe do Executivo.
Se o prefeito estivesse em uma posição confortável nas pesquisas eleitorais, não necessariamente na frente de Juçara Feitosa, os deputados estariam se engalfinhando para indicar o candidato a vice na chapa majoritária.
Castro e Santana, que vêm fazendo um bom trabalho na Assembleia Legislativa, só querem usufruir das coisas boas que acontecem no governo.
Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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Santana sente cheiro de discriminação.

O deputado estadual Coronel Santana (PTN) disse que está há duas semanas tentando uma audiência com o prefeito Capitão Azevedo (DEM), para discutir soluções para a área de saúde de Itabuna. Ele voltou a cobrar respeito do governo, não sem antes lembrar a condição dele e do prefieto na carreira militar – um é coronel e o outro, capitão:
– Nós estamos deputado e prefeito, mas somos militares. Há quase duas semanas que eu tento marcar audiência, a gente sente uma barreira para tratar de assuntos do município. Até com ele mesmo eu já disse que queria um horário para conversar lá na prefeitura – afirmou em entrevista ao repórter Costa Filho, no programa Tribuna Livre (Rádio Jornal).
Sem dar nomes, Santana acredita na existência de pessoas que dificultam o diálogo do seu mandato com o governo do Capitão Azevedo. “A gente sente uma distância, uma discriminação. Eu já disse que faço parte do grupo e quero ser respeitado”.
Coronel Santana afirma não saber o porquê do tratamento dispensado pelo governo, apesar de especular um motivo especial:
– Eu não tenho preocupação de sair candidato a prefeito. Eu não sou louco de fazer isso assim. Se amanhã tiver possibilidade de acontecer, sentarei com Azevedo e mostrarei a pesquisa. Nós vamos somar, estaremos juntos. Eu quero buscar compreensão [do prefeito].
Santana é aliado do governo Azevedo e indicou a secretária de Assistência Social, Marina Silva. Hoje, ele acompanhou o secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM-BA, Alfredo Castro, na visita ao município.