Justiça mantém prisões de esquema no judiciário baiano|| Foto Gil Ferreira/ CNJ
Tempo de leitura: 2 minutos

A Justiça da Bahia manteve a prisão preventiva de Heliana Souza Gonçalves, Daniel Campos Carneiro Mehlem e Fábio Almeida, presos na segunda fase da operação inventário, no dia 16 de setembro de 2021. A denúncia feita contra eles pelo Ministério Público da Bahia também foi aceita.

A decisão de quarta-feira (6), da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa, determinou também a indisponibilidade de bens de Heliana, Daniel Campos e Fábio Almeida no valor de R$1 milhão, adquiridos como produto e proveito dos crimes, atendendo ao pedido formulado na denúncia do Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

A Justiça entendeu que o MP-BR demonstrou na denúncia que as informações retratadas se direcionam para a suposta prática pelos denunciados dos crimes de organização criminosa, uso de documento falso, fraude processual, estelionato, corrupção ativa e passiva, nas dependências de unidades jurisdicionais do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio de organização criminosa.

Para justificar o bloqueio dos bens, o juiz levou em consideração que um dos investigados já movimentou 522 Biticons, que em valores atuais correspondem a cerca de R$ 140 milhões, conforme apontado pelo Ministério Público da Bahia.

FRAUDE E APREENSÕES

A “Operação Inventário” investigou fraudes em processos judiciais em trâmite no Poder Judiciário baiano, supostamente praticadas por organização criminosa formada por advogados, serventuários e particulares responsáveis por falsificação de documentos.

A operação apreendeu mais de 120 cartões em nome de terceiros e empresas, computadores, celulares e HDs e apurou indícios da prática de crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude processual e uso de documento falso. Todos os mandados cumpridos durante a operação foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa.

A “Operação Inventário” foi efetivada por meio de esforço conjunto da Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom); da Polícia Rodoviária Federal na Bahia e da Companhia Independente de Policiamento Especializado do Nordeste (CIPE – Nordeste).

Operação cumpre mandados contra organização criminosa
Tempo de leitura: < 1 minuto

O Ministério Público da Bahia cumpriu, nesta quinta-feira (12), três mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão durante uma operação para investigar um esquema criminoso envolvendo funcionários do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). São apurados crimes como estelionato, falsificação de documentos, inserção de dados falsos nos sistemas informáticos e corrupção ativa e passiva.

De acordo com MP-BA, o esquema consiste em se apropriar indevidamente de carros pertencentes a locadoras de veículos para depois comercializá-los. Até o momento, foi apurado que mais de 100 veículos, a maioria de luxo, foram levados das locadoras, num prejuízo estimado em mais de R$ 10 milhões.

Denominada de “Fake Rent”, a operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão. Expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, os mandados foram cumpridos nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D´ávila, Simões Filho e Eunápolis, e nos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe.

LOCADORAS NO PREJUÍZO

As investigações apontam que o esquema funcionou durante, pelo menos, cinco anos no Detran baiano. Segundo MP-BA, os envolvidos cooptavam pessoas para alugarem veículos pertencentes a grandes locadoras nacionais e estrangeiras. Os lideres do esquema  contavam com a ajuda de despachantes e corrompiam servidores do órgão estadual de trânsito para inserirem dados falsos nos sistemas informáticos do órgão.

Os veículos seriam transferidos para “laranjas”, pessoas falecidas ou terceiros que tiveram seus dados usados sem seu conhecimento. Além do MP-BA, a operação contou com a participação das polícias Civil e Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministérios Públicos dos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe.