No Brasil, cerca de 12,5 milhões de pessoas sofrem com a diabetes.Em busca de diminuir este índice, estudantes do Curso Técnico em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), em Catu, iniciaram pesquisas para utilizar uma fruta típica do extremo-sul baiano, o mangostão, para tratar a doença.
A ideia de utilizar o fruto como alternativa para o tratamento da diabetes partiu de um credo popular de que a mesma é benéfica para diminuir o açúcar no organismo. Segundo o orientador do projeto, o professor Saulo Capim, foi em uma feira, em Ilhéus, que surgiu o interesse sobre o alimento.
Ela conta que “ao ver o mangostão pela primeira vez, a vendedora me informou que várias pessoas consomem a infusão da casca. Depois, descobri que nos países asiáticos, a população costuma utilizar o fruto para tratar várias doenças”.
DESCOBERTA
A investigação logo constatou que o mangostão possui alto valor de pectina, substância que ajuda a eliminar colesterol e açúcar do organismo. Mas a questão era, como transformar essa matéria prima em um alimento acessível e prático para consumo? A solução foi criar uma farinha a partir da casca do fruto.
Saulo Capim explica que “cerca de 80% do peso do mangostão está na casca, que geralmente é descartada. Ao ser reutilizado, o material pode ser considerado sustentável, uma vez que não será depositado no meio ambiente. Além disso, a farinha pode ajudar no tratamento de quem tem diabetes ou auxiliar, de forma preventiva, as pessoas que fazem parte do quadro de risco”.