Município registra 33 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas
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Itabuna registrou nesta quarta-feira (22) o segundo óbito causado pelo novo coronavírus (Covid-19) e saltou para 82 o número de pessoas infectadas pela doença e que residem no município. Os números são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Itabuna.

O município não informou os dados do segundo óbito de paciente do município, o que deve ocorrer amanhã (22) por parte da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Ontem, o município registrava 72 casos confirmados da doença até ontem, com 1 óbito.

Desde o início de março até as 18h de hoje, o município notificou 481 casos suspeitos da doença, com 84 confirmações e 258 descartados. Há 189 pacientes em isolamento domiciliar, conforme a Vigilância Epidemiológica, e 12 curados, além de 17 internamentos hospitalares. Não há confirmação do número de internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

ATUALIZAÇÃO (12h40min / 23.04)

A Sesab informou, nesta quinta (23), que o segundo óbito em Itabuna foi uma mulher de 72 anos, falecida no último domingo (19). Ela estava internada desde 5 de abril. Era cardiopata, com doença renal, diabetes e hipertensão.

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Subiu de 1.504 para 1.644 o número de casos confirmados do novo coronavírus na Bahia. O boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), divulgado há pouco, aponta registro de 50 óbitos desde o registro do primeiro caso da Covid-19 em solo baiano.

Os números contabilizam todos os registros de janeiro até as 12h desta quarta-feira (22). Os casos serão detalhados no final da tarde de hoje.

Dos casos confirmados, 198 são profissionais de saúde. Ao todo, 388 pessoas estão recuperadas e 165 encontram-se internadas, sendo 61 em UTI.

ÓBITOS

Desde as 17h de ontem até o meio-dia desta quarta (22), foram registrados mais dois óbitos, num total de 50. A 49ª morte por covid-19 ocorreu ontem (21) em um hospital público da capital. O paciente era um homem de 62 anos, residente em Capim Grosso, com histórico de doença cardiovascular e pneumonia crônica.

A 50ª morte foi de uma mulher de 97 anos, com histórico de hipertensão, Parkinson e Alzheimer. A paciente estava internada desde 17 de abril em um hospital público da capital e veio a falecer ontem (21).

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Diante da pandemia do novo coronavírus, uma das maiores preocupações é cuidar da higiene,principalmente das mãos. Mas a higiene bucal também deve ser intensificada, já que uma das portas principais de entrada do vírus é a boca. Manter uma boa higiene bucal é também importante forma de prevenção de doenças nesta pandemia. E o cuidado redobrado com a higiene das mãos é de extrema importância para a saúde bucal.

“Como as mãos vão ser imprescindíveis para o uso do fio dental, do higienizador da língua e da escova de dentes, é importante que estejam bem limpas, para que a gente possa levá-las até a cavidade bucal”, explica o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp), da Universidade de São Paulo (USP).

O professor esclarece que o estado de saúde do paciente que tenha contraído a covid-19 pode ser agravado, caso sua higiene bucal não seja realizada da maneira correta. Ele lembra que uma boa higienização da boca pode evitar, principalmente, problemas pulmonares que tornam a doença ainda mais perigosa.

“É muito importante que nós façamos a higienização correta da língua e de todos os dentes, mas com cuidado muito especial para os molares, aqueles mais próximos da faringe, para evitar a pneumonia por aspiração. Então, para prevenir quem está com coronavírus, e mesmo quem não tenha a doença, do agravamento de infecções pulmonares, é imprescindível a higienização bucal correta”, destacou.

ESCOVA DENTAL

Outro alerta de Pedrazzi é para a troca da escova dental, que deve ser feita sempre que uma pessoa estiver se recuperando de alguma infecção, para evitar risco de recontaminação, além do uso diário do fio dental e do enxaguante bucal.

O professor diz que essas medidas são específicas para a higiene bucal durante esse período do novo coronavírus, mas que devem ser levadas para o resto da vida, já que a qualquer momento as pessoas podem ser infectadas por outro vírus.

Outra dica importante é a forma correta de cuidar das escovas dentais e dos higienizadores de língua, mantendo-os imersos em solução desinfetante, à base de água e enxaguante bucal, para evitar a reinfecção após cada uso.

Luís Carneiro, do MPT, fala sobre trabalho da instituição na pandemia
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O número de denúncias recebidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia cresceu 98% desde que foram iniciadas as medidas de restrição à circulação de pessoas para prevenir a aceleração da pandemia no estado. Os dados integram levantamento realizado pelo órgão responsável pela proteção da legislação nas relações trabalhistas, que aponta ainda aumento significativo em quase todos os indicadores de produtividade.

Além das denúncias, cresceu exponencialmente o número de inquéritos instaurados (165%), subindo de 63 para 167, e de recomendações enviadas, que saltou de três para 1.848. Os percentuais se referem à comparação dos 30 dias após o início da pandemia com a média dos dois primeiros meses do ano.

“Em momentos como o que estamos vivendo, a atuação de instituições que regulam as relações torna-se ainda mais importante. O MPT tem registrado volumes recordes de demandas apresentadas pela sociedade e está respondendo também com ampliação de sua atuação”, avaliou o procurador-chefe do órgão no estado, Luís Carneiro. Ele destaca o Plano Estratégico traçado assim que a crise se instalou no país, que privilegia as recomendações e orientações a trabalhadores e empregadores, mas não deixa de lado a possibilidade de atuação judicial em caso de descumprimento do que diz a lei.

O número de denúncias recebidas por meio do portal do MPT na Bahia (prt5.mpt.mp.br) chegou a 564 no período de 15 de março a 14 de abril, superando em 98% a média registrada nos períodos de 30 dias de 15 de janeiro a 14 de fevereiro e no período de 15 de fevereiro a 14 de março deste ano. Além de reflexos da pandemia, as denúncias também apresentam situações como trabalho escravo, descumprimento de cotas e outras irregularidades trabalhistas não relacionadas aos efeitos do covid-19.Leia Mais

Itabuna é o quarto município com mais casos confirmados de covid-19 na Bahia || Foto José Nazal
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O número de casos positivos do novo coronavírus (Covid-19) em Itabuna mais que dobrou no intervalo de apenas cinco dias, conforme os dados da Vigilância Epidemiológica do município sul-baiano.

Na última quarta (15), Itabuna tinha 29 pessoas infectadas pela doença com confirmação laboratorial. Ontem (20), saltou para 63 casos confirmados.

Ainda de acordo com a Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde de Itabuna, 21 pessoas aguardavam resultado de teste para covid-19 na quarta-feira da semana passada. Ontem, aumentou em mais de 200% o percentual de pacientes aguardando resultado de exame para o novo coronavírus: 75.

Aumentou também a quantidade de pacientes em isolamento domiciliar monitorados pela Vigilância Epidemiológica: saiu de 146 em 15 de abril para 210 nesta segunda (20). Também no período, subiu de 195 para 369 o número de notificações no período.

NÚMERO DE RECUPERADOS TRIPLICA

No período, cresceu em 200% o número de pacientes curados (recuperados). Eram 4 em 15 de abril. Já nesta segunda (20), subiu para 12.

Outro dado positivo foi a queda do número de pacientes aguardando a coleta de exame. Eram 95 à espera em 15 de abril. Ontem (20), caiu para 62.

O PRIMEIRO CASO

O primeiro caso do novo coronavírus em Itabuna foi confirmado em 19 de março. Um representante comercial participou de evento corporativo no Sudeste do país. Ainda na viagem de retorno, soube que havia pessoas que deram positivo para covid-19 e participaram do evento.

O representante tomou todos os cuidados necessários no retorno para casa, isolando-se da família e ficando em isolamento social. Esposa e filha ficaram em outro imóvel no período de recuperação.

Foto Reprodução
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Os municípios de Barro Preto, Castro Alves, Coração de Maria, Dias D’Ávila, Ipirá, Itabela, Itaberaba, Itamari, Mirante, Morpará, Mucugê e Ribeira do Pombal terão o transporte intermunicipal suspenso a partir de quarta-feira (22). A medida, que visa conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na Bahia, foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (21).

Com a decisão, a Bahia passa a ter 81 municípios sob restrição no transporte intermunicipal, válida até 3 de maio. A determinação considera a circulação, saída e chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

Os outros municípios com transporte suspenso são: Abaíra, Aiquara, Alagoinhas, Amélia Rodrigues, Araci, Aurelino Leal, Barra, Barra do Choça, Belmonte, Brumado, Buerarema, Camacan, Camaçari, Campo Formoso, Canavieiras, Cansanção, Capim Grosso, Catu, Coaraci, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Curaçá, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Floresta Azul, Gongogi, Ibirataia, Ibotirama, Ilhéus, Ipiaú, Irecê, Itabuna e Itacaré.

A suspensão também abrange Itagi, Itagibá, Itajuípe, Itaparica, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itatim, Ituberá, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Paramirim, Porto Seguro, Rio do Pires, Salvador, Santa Cruz Cabrália, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa Teresinha, São Francisco do Conde, Serra do Ramalho, Serrinha, Simões Filho, Taperoá, Teixeira de Freitas, Ubatã, Una, Uruçuca, Valença, Valente, Vera Cruz e Vitória da Conquista.

LIBERADO

O decreto ainda autoriza a retomada do transporte intermunicipal em Adustina, Barra do Rocha, Cachoeira, Gandu, Itarantim, Itororó, Palmeiras, Piripá, Prado, São Félix e Utinga, municípios com 14 dias ou mais sem novos casos de Covid-19 confirmados.

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Boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) revela que a Bahia tem, até as 12h desta segunda (20), total de 1.341 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19), com registro de 46 óbitos, o último deles ocorrido na manhã de hoje em Ilhéus, no sul da Bahia (reveja aqui).

Dos casos confirmados, 157 são profissionais de saúde. Ao todo, 342 pessoas estão recuperadas e 158 encontram-se internadas, sendo 64 em UTI. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.

Justiça extingue mandato de Fernando e manda dar posse ao vice-prefeito
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Num áudio enviado a comerciantes de Itabuna, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna, Carlos Leahy, afirma que o prefeito Fernando Gomes baixará decreto autorizando a reabertura do comércio a partir da próxima quarta-feira (22). Leahy diz ter recebido telefonema do prefeito em que o gestor comunica a reabertura.

De acordo com o dirigente, o decreto será publicado assim que forem fixadas as regras para evitar que a reabertura ajude a propagar com maior força o novo coronavírus (covid-19) no município. As regras vão de quantitativo de pessoas nas lojas, proteção para funcionários e consumidores. O apelo deverá ser ainda maior para o uso de máscaras e de álcool em gel.

A decisão do prefeito ocorre horas depois de comerciantes promoverem carreata pedindo a reabertura do comércio e exigindo prestação de contas dos R$ 8,9 milhões repassados pelo Governo Federal para a Prefeitura de Itabuna aplicar nas ações de combate e prevenção à Covid-19.

O médico Gilmar Calazans está entre as vítimas da covid-19 no sul da Bahia
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O médico Gilmar Calazans faleceu na manhã desta segunda-feira (20), em Ilhéus, ao dar entrada no Hospital Costa do Cacau. Ele chegou a ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubado, mas não resistiu.

Gilmar havia feito teste para covid-19 na semana passada, e deu positivo. Ele se encontrava em isolamento domiciliar e foi encaminhado para o Costa do Cacau com o agravamento do quadro de saúde, segundo o site Políticos do Sul da Bahia.

Ilhéus registra mais três óbitos pela Covid-19
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A Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau) informou, no início da noite deste domingo (19), que subiu para 27 o número de pessoas curadas do novo coronavírus que tiveram alta médica no município. Outras 27 pessoas infectadas pela doença estão em isolamento domiciliar e são acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica.

O boletim epidemiológico revela ainda que Ilhéus registra um total de 67 infectados pelo novo coronavírus, sendo que 11 estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o município contabilizava uma morte até o início da noite de hoje.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o município possui 11 leitos de UTI exclusivos para coronavírus, contratualizados junto ao Hospital de Ilhéus. Após a conclusão da instalação do Centro de Triagem Covid, serão disponibilizados mais quatro leitos na sala vermelha, equipados com três respiradores para atendimento em caráter de emergência.

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A pequena Barro Preto, no sul da Bahia, confirmou neste domingo (19), por meio de teste, o primeiro caso do novo coronavírus (Covid-19). A pessoa infectada seria profissional de saúde e encontra-se em isolamento, conforme a prefeita Ana Paula.

Vizinha a Itabuna, Barro Preto possui 11 casos em monitoramento. De acordo com o município, são pessoas que estiveram em outras cidades ou estados e não apresentam sintomas da doença.

Álvaro trabalhava no Hospital de Ipiaú, também no sul da Bahia
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Saiu há pouco o novo boletim da Covid-19 na Bahia. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), são agora 1.230 casos e 44 óbitos. As três últimas mortes pela doença confirmadas ocorreram em Itabuna, Ipiaú e Salvador (veja mais abaixo).

O detalhamento dos novos casos de coronavírus será divulgado em boletim epidemiológico ao final da tarde de hoje, segundo a Sesab. Dos casos confirmados, 157 são profissionais de saúde. Ao todo, 315 pessoas estão recuperadas e 138 encontram-se internadas, sendo 50 em UTI.

Dos óbitos, 21 foram de pacientes de Salvador, 5 de Lauro de Freitas, 2 em Gongogi, 2 em Ilhéus, em Uruçuca, 1 em Ipiaú, 1 em Itagibá, 1 em Itabuna, 1 em Utinga, 1 em Agustina, 1 em Araci, 1 em Belmonte, 1 em Vitória da Conquista, 1 em Itapé e 1 em Juazeiro.

Hoje, a Sesab também divulgou o perfil dos óbitos registrados entre a tarde de ontem e a manhã de hoje (19).

42° óbito – Homem, 37 anos, residente em Itabuna, com histórico de doenças cardiovasculares e renal. Falecimento em 16 de abril. Estava internado no Hospital Calixto Midlej Filho (Santa Casa de Misericórdia), em Itabuna.

43° óbito – Homem, 27 anos, residente em Salvador, com histórico de esclerose tuberosa. Falecimento em 16 de abril. Não estava internado.

44° óbito – Homem, 26 anos, residente em Ipiaú, com histórico de obesidade e diabetes. Falecimento no início da noite deste sábado (18). Estava internado no Hospital Couto Maia, em Salvador. Era funcionário do Hospital Geral de Ipiaú.

Nova tecnologia de diagnóstico de coronavírus será testada na Policlínica de Itabuna || Foto Divulgação
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O governador Rui Costa decidiu que o atendimento nas policlínicas regionais de saúde será retomado de forma “cautelosa e cuidadosa” para que pacientes de toda a Bahia possam continuar tratamento médico. A decisão foi tomada durante reunião remota entre representantes dos poderes estaduais.

Além do governador, participaram do encontro virtual o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Lourival Almeida Trindade; o presidente da Assembleia Legislativa (Alba), Nelson Leal; e a chefe do Ministério Público Estadual (MPBA), Norma Cavalcanti. Durante a reunião, o governador também demonstrou preocupação com a situação financeira do Estado em razão dos recursos que estão sendo investidos no combate ao avanço da covid-19.

A motivação para a reabertura das policlínicas, explicou Rui, são os pedidos feitos por pessoas que tiveram seus tratamentos interrompidos com as férias coletivas dadas aos profissionais das policlínicas, que se encerram em 6 de maio. “São pessoas que precisam saber se estão com câncer ou não, que precisam avaliar seus problemas cardíacos, se têm diabetes”, disse o governador.

Atualmente, a Bahia possui 16 policlínicas regionais, que atendem uma população de cerca de dois milhões de pessoas. “Elas são importantíssimas para salvar vidas humanas”, explicou Rui. De acordo com ele, a reabertura dessas unidades será programada de forma progressiva e seletiva, por região e município, e após o fim das férias coletivas, para evitar que essa atividade interfira de forma negativa na contenção do coronavírus. “Se nossa meta é preservar vidas, não podemos ignorar os outros problemas de saúde, que não deixaram de acontecer”, acrescentou.

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Um bom termômetro para saber a hora de abrir o comércio e medir a confiança das pessoas, um método bastante eficiente, seria perguntando aos pais: “Se as escolas abrissem hoje, você mandaria seus filhos as aulas?”.

Gerson Marques || gersonlgmarques@gmail.com

A vontade dos comerciantes de abrirem suas lojas é uma legítima. A vontade dos ambulantes irem às ruas venderem seus produtos, idem. O medo dos trabalhadores perderem empregos com as empresas fechadas, também. Estes sentimentos não podem ser desprezados nem varridos para o campo ideológico.

Não é factível três, quatro, cinco meses de vidas paradas, isolados, nem econômica, social ou fisicamente. As consequências são inúmeras e as econômicas são só parte do problema.

Dito isso, reafirmo: Nada é mais legítimo que a vida, o direito de viver, e o direito de não perder a vida. Esta legitimidade se sobrepõe às demais.

A pandemia é uma força da natureza, de origem mais poderosa que a capacidade humana de se defender, ainda que consigamos uma defesa parcial. Assim como uma tsunami, um terremoto ou acontecimentos ainda maiores como um choque com meteoritos, cuja evidências dizem sobre a extinção de grande parte da vida no planeta em outras eras, uma pandemia tem uma lógica imprevisível – e só por isso se torna uma ameaça existencial, um infausto.

E se o vírus passar por uma mutação e adquirir características ainda mais agressiva? E se o simples fato de tê-lo mesmo que assintomático não nós imunizar? E se a vacina ou terapias não forem encontradas? Existem diversas doenças sem cura, não é mesmo? E qual será o custo humano até circular por todo planeta? Não temos respostas para isso.

Portanto, estamos enfrentando uma situação colocada em um patamar acima da lógica da vida. Pelo menos, das nossas vidas, e com isso não sabemos lidar adequadamente, apesar de não ser a primeira vez que ocorre na história da civilização humana.

Buscar respostas nas ideologias é como buscar respostas nas religiões. Conforta, mas não resolve. Simplesmente, elas não respondem racionalmente, porque estes acontecimentos estão fora da dinâmica existencial e fora da lógica temporal, histórica e sociológica de nossa existência.

Acho muito ignorante a politização da doença, do vírus, de suas consequências, mas não posso dizer o mesmo sobre a politização do debate sobre as formas de enfrentar, sobre as políticas de governo para proteger a população ou não, e suas ações para resolver a questão central e suas consequências. Aí, sim, é legítimo o debate político, no campo social e econômico, na construção das saídas.

Por isso, é muito ruim quando os comerciantes defendem seu legítimo sentimento de abrir o comércio usando um discurso ideológico, baseado no negacionismo, ou na relativização do que se vê em outros países, e dos parâmetros científicos.

Quem perde com esta linha de defesa são os próprios comerciantes, que assustam a população ao demostrar os interesses financeiros acima da vida, inclusive de seus funcionários e clientes, também por não entenderem que a questão básica, mesmo depois de terminada a fase do distanciamento social, se chama confiança. Sem esta, sem segurança de não se contaminar, de pouco adianta a loja estar aberta. Ninguém terá coragem de brigar de esconde-esconde com um vírus de comportamento desconhecido e agressivo e medicação inexistente.

Um bom termômetro para saber a hora de abrir o comércio e medir a confiança das pessoas, um método bastante eficiente, seria perguntando aos pais: “Se as escolas abrissem hoje, você mandaria seus filhos as aulas?”.  Faça essa pergunta a você mesmo e veja o grau de confiança. E olhe que as crianças, teoricamente, ressalto, só “teoricamente”, não são do grupo de risco. Quando a resposta for sim, tá na hora de reabrir o comércio.

E as questões econômicas? Vejam como as outras nações estão resolvendo. É o estado. É pra isso que existem os estados: amparar, subsidiar, alimentar, isentar, oferecer, liberar, ajudar, minimizar, combater… Existem dezenas de verbos tipicamente estatais. É aí que está a política, é neste ambiente que cabe a opinião, a ideia, o protesto, a pressão…

Na pandemia, no vírus, na UTI, na terapia, nos procedimentos preventivos, não. A única autoridade aí é a ciência e ciência não se faz com palpites. Muito menos palpites ideológicos.

Gerson Marques é produtor de cacau e chocolate.

Município registra 33 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas
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No dia que Itabuna registrou 11 novos casos do novo coronavírus (covid-19), o município também registrou a primeira morte provocada pela doença, neste sábado (18). O paciente tinha 37 anos, era hipertenso, diabético e apresentava problemas renais, de acordo com a Secretaria de Saúde de Itabuna.

O município não informou a data do óbito nem em qual hospital ocorreu a morte. Também hoje, saltou de 35 para 45 o número de casos positivos do novo coronavírus. Há registro de outros dois casos notificados em Itabuna, porém os pacientes são de outros municípios, conforme a Vigilância Epidemiológica de Itabuna.

MAIS DE 70 AGUARDAM RESULTADO

O município ainda aguarda resultado de outros 75 testes em pacientes do município. Apesar do crescente número de casos de covid-19, Itabuna apenas possui 13 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos quais 10 no Calixto Midlej Filho e 3 no Hospital Manoel Novaes, ambos da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.