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Então, vamos começar usando como fio condutor o congraçamento desse momento de encerramento do ano. Façamos isso a partir da nossa casa e família.
Rosivaldo Pinheiro | [email protected]
Estamos encerrando mais um ano. Celebrando o Natal e o Ano Novo. Dois mil e vinte e dois nos aproximou da vida novamente. Com a cobertura vacinal, aos poucos, fomos voltando à rotina, mas, inevitavelmente, temos que exercer protocolos e cuidados, porque temos entre nós a presença do vírus da covid e as suas mutações, além de outras ameaças em permanente circulação.
Todos esses fatores de risco estão ligados ao nosso estilo de vida.
O planeta, há muito, exige mudança no comportamento humano e as consequências estão largamente registradas: enchentes, secas, queimadas, deslizamentos de encostas, novos vírus etc. Todas essas consequências exigem imediata reflexão e urgem por melhores hábitos e consumo consciente.
E o que, então, devemos celebrar nesse período em que as nossas sensibilidades estão mais afloradas?
Respondo: a vida!
Termos sobrevivido à covid e às demais circunstâncias adversas é motivo para celebração e agradecimentos.
Quase sempre, na celeridade dos dias, a gente não tem a percepção do alcance dessa graça e do quão fomos protegidos. Escapamos da estatística da morte por covid e de outras fatalidades. Sobrevivemos ao descaso, às questões básicas de saúde coletiva e da ciência, de políticas públicas que ajudassem as famílias naquele momento de grande desilusão e incertezas.
Um período que levaremos tempo pra superamos, e que não deixará de permanecer vivo em nossas memórias. Um momento em que a sensibilidade, fraternidade, solidariedade e respeito à ciência eram artigos de luxo, e estavam fora da pauta de algumas autoridades com maior responsabilidade nesse nível de governança. Um tempo para ser absorvido pedagogicamente e que crie em nós consciência para jamais praticarmos novamente.
Que esse período sirva apenas de referência de como não devemos aceitar a naturalidade com que as milhares de vidas ceifadas por esse período de ignorância foram tratadas.
Vamos esperançar! Sabendo-se que a cada novo dia estamos vivendo um dia a menos, e justamente por isso devemos valorizar cada minuto sobrevivido e vivido, e termos a gratidão necessária e a devida noção da construção do por vir para a nossa longevidade e das futuras gerações.
No próximo ano, iniciaremos um novo ciclo de governança, e na esperança de que tenhamos a recuperação da unidade na sociedade brasileira. Que o sentimento de ódio seja retirado das prateleiras emocionais e que o amor seja celebrado sem medida. Esse esforço é pra já. Então, vamos começar usando como fio condutor o congraçamento desse momento de encerramento do ano. Façamos isso a partir da nossa casa e família. É por essas ações que podemos exercer a comunhão entre irmãos e fortalecer o valor de nação. Que a paz possa alcançar os nossos corações.
Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).