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Policial estava no Gol preto, perseguido por viatura da PRF.
Policial estava no Gol preto, perseguido por viatura da PRF.

Uma perseguição chamou a atenção de dezenas de pessoas na região central de Itabuna, no último sábado (25). Um policial militar fez ultrapassagem em faixa dupla na Rodovia Ilhéus-Itabuna. O carro ultrapassado era, por acaso, um SUV da Polícia Rodoviária Federal. Os patrulheiros deram ordem para que o infrator parasse. A ordem foi desrespeitada pelo policial.
A perseguição começou nas proximidades da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e só terminou quando duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) bloquearam o veículo VW Gol, já na Avenida Juracy Magalhães, no Alto Mirante, em Itabuna. Era 13h30min. O carro acabou atingindo um outro veículo, um Ford Fiesta, que estava parado no acostamento da Juracy Magalhães.
O policial militar foi algemado e colocado no fundo de uma das viaturas da PRF. Após a chegada de uma viatura da PM, colegas confirmaram que se tratava de um colega de corporação. O soldado foi retirado do camburão e encaminhado para o 15º Batalhão da Polícia Militar.
Durante a perseguição, conforme a PRF, Luciano Melo ainda cometeu outras infrações de trânsito: ultrapassagem pelo acostamento e furar sinal vermelho. Ele responderá a processo na corporação pelo comportamento no trânsito.
OUTRO LADO
Melo disse ao PIMENTA, por telefone, que esta foi uma situação atípica. Ele afirmou que estava sob efeito de medicamento e encontra-se em tratamento de saúde. Ainda disse ele que contou com apoio de seus superiores imediatos e que teve atendimento psiquiátrico no Hospital de Base de Itabuna e acompanhamento psicológico.
O comandante do 15º Batalhão da PM, coronel Ubiraci Barbosa, disse que processo administrativo será aberto até o início da próxima semana para apurar o caso. Para isso, analisará documentos encaminhados pela Polícia Rodoviária Federal. O comando desconhece que Melo estivesse sob efeito de medicamento. “Se é fato novo, será encaminhado à Junta Médica”, disse o coronel Ubiraci.
Atualizada às 17h29min

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Médica tentou fugir de hospital, segundo TV.
Médica tentou fugir de hospital, segundo TV.

A TV Record/Itapoan divulgou no início da noite de hoje que a média Kátia Vargas tentou fugir do Hospital Aliança, onde está internada desde a última sexta (11). A médica é acusada de provocar, intencionalmente, a colisão que matou os irmãos Emanuel e Emanuele Gomes Dias, em Salvador (relembre aqui).

De acordo com as notícias divulgadas pela emissora, a médica tentou fugir em uma ambulância do Samu 192. A fuga só não ocorreu por causa do chefe de vigilância do hospital.

O Ministério Público Estadual investiga porque a médica foi levada para o hospital privado, pois deveria ter sido encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE). No entendimento da promotoria, houve privilégio à médica.

Emanuel e Emanuelle morreram após colisão intencional (Reprodução).
Emanuel e Emanuelle morreram após colisão intencional (Reprodução).

DELEGADA NEGA QUE MÉDICA TENHA TENTADO FUGIR DE HOSPITAL

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Emanuel e Emanuelle morreram após colisão proposital provocada pela médica (Reprodução)
Emanuel e Emanuelle morreram após colisão proposital provocada pela médica (Reprodução).
médica Kátia Vargas Leal Pereira
Kátia é acusada de duplo homicídio no trânsito de Salvador (Reprodução).

Agência do MP-BA – A Justiça decretou a prisão preventiva da médica Kátia Vargas Leal Pereira (foto ao lado), que é acusada de cometer homicídio contra os irmãos Emanuel e Emanuele Gomes Dias, na última sexta-feira (11), em Ondina, Salvador. Os promotores de Justiça Davi Gallo e Raimundo Moinhos, designados para acompanhar o caso, aguardam agora o laudo da perícia médica que solicitaram ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), para saber o real estado de saúde da oftalmologista.

Desde o acidente, ela foi encaminhada para um hospital particular, sem a presença de autoridades policiais, mesmo sendo presa em flagrante. A decisão foi decretada pelo juiz Moacir Pitta Lima Filho. A depender do resultado do laudo, os promotores de Justiça podem solicitar a condução da acusada para um hospital público, onde possa ser devidamente vigiada pela polícia ou para uma instituição prisional.

Davi Gallo e Raimundo Moinhos afirmaram que não entendem o porquê da médica presa em flagrante ter sido encaminhada para um hospital particular ao invés do Hospital Geral do Estado, como acontece normalmente. Eles explicaram que o Estado é o responsável pela integridade da acusada e a permanência dela em uma instituição privada está dificultando o acesso a informações, inclusive impossibilitando que a Polícia Civil colha seu depoimento.

O juiz determinou um prazo de 24h para que o hospital encaminhe laudos sobre as reais condições de saúde da médica e que o IML realize a perícia solicitada pelo MP ontem. Os promotores de Justiça também buscam mais detalhes para saber se está havendo favorecimento e criação de obstáculo ao trabalho policial. Abaixo, vídeo da perseguição da médica aos irmãos Emanuel e Emanuelle:

PARA MP, MÉDICA TEVE TRATAMENTO DIFERENCIADO

Para Davi Gallo e Raimundo Moinhos, não pode haver desvio de legalidade de socorristas e de médicos que se negam a prestar informações. Explicam que, desde o acidente ocorrido sexta-feira, nem a polícia nem o Ministério Público têm informações sobre a médica.

– O MP não admite que haja tratamento diferenciado, pois isso é uma afronta à lei. Se for constatado que a médica está de alta, ela irá prestar declarações na delegacia e em seguida será conduzida para o Presídio Feminino ou para uma unidade prisional adequada à disposição da Justiça – afirmou Davi Gallo.

Ele complementou que ela cometeu duplo homicídio triplamente qualificado e que a prisão se justifica para garantir a ordem pública. “O crime provocou clamor público pela forma como foi praticado e ela deixou claro o desrespeito que tem pela vida humana”, destacou.