O município Abaíra, na região da Chapada Diamantina, completou sete anos sem registros de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). O último crime contra a vida na localidade ocorreu no dia 4 de janeiro de 2014.
O número significativo de 2.555 dias sem CVLIs – homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio – é resultado das ações preventivas das polícias Militar e Civil (29ª Companhia Independente da Polícia Militar e 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior).
Dentre as principais atividades estão as rondas, conforme explicou o comandante de Policiamento da Região Integrada de Segurança Pública (Risp) Chapada, coronel PM Valter Araújo. “Além da área urbana, as nossas patrulhas também acontecem nos povoados em ambientes rurais. É por meio delas que localizamos armas, drogas e outros materiais ilícitos. Dessa forma, consequentemente, junto com a Polícia Civil, conseguimos preservar vidas”, explicou o oficial.
O titular da 13ª Coorpin, delegado Marcus Alessandro de Araújo, lembrou que, além da parceria que com a Polícia Militar tem a participação da população. “Que esses números positivos permaneçam por muito tempo e que, aos poucos, eles possam ser refletidos em outras cidades do estado”.
Itabuna registrou uma média de 12,4 assassinatos por mês no período de janeiro a maio, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Nos primeiros cinco meses deste ano, ocorreram 62 homicídios, uma pequena queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando 66 pessoas foram assassinadas.
Os dados oficiais mostram, ainda, que nos 19 municípios da Coordenadoria Regional de Polícia Civil em Itabuna foram registrados 128 assassinatos entre janeiro e maio.
Depois de Itabuna, os municípios com mais ocorrências foram Itajuípe (9), Camacan (8), e Mascote (8). Itapé foi o único município que não registrou homicídios nos primeiros cinco meses do ano.
ILHÉUS
Em Ilhéus, houve uma redução maior no número de crimes classificados como violentos letais intencionais (CVLI), que são homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e roubo que resulta em morte (latrocínio).
Ainda segundo a SSP-BA, foram 41 homicídios em Ilhéus no período de janeiro a maio, oito a menos em relação a igual período do ano passado. No geral, 100 pessoas foram mortas nos 11 municípios que integram a Coordenadoria Regional de Polícia Civil em Ilhéus.
Depois de Ilhéus, os municípios com mais mortes violentas foram Ibirapitanga (17), Canavieiras (10) e Itacaré (10). Já os menos violentos foram Aurelino Leal (1), Ubatã (1) e Uruçuca, que não teve ocorrência de mortes violentas intencionais.
IBIRAPITANGA, UM RECORDE NEGATIVO
Quando considerada a relação número de homicídios e população por município, Ibirapitanga é, disparada, a mais violenta das áreas incluídas nestes resultados.
Com população estimada pelo IBGE em 24.238 habitantes em 2016, Ibirapitanga registra 17 homicídios, representando mais de um quarto dos crimes violentos letais intencionais ocorridos em Itabuna em igual período de 2017. A maior economia do sul-baiano tem, conforme estimativa do IBGE, e nove vezes maior: 220.386 habitantes.
O município tem histórico de invasões à delegacia do município, que se encontra interditada por falta de condições. Em fevereiro e março deste ano, bandos criminosos invadiram a delegacia e mataram três detentos.
QUEDA DE HOMICÍDIOS NA BAHIA
Nos cinco primeiros meses do ano, a SSP-BA registrou redução de 82 homicídios nos municípios do interior. Foram 1.840 mortes violentas ante 1.922 registradas no mesmo período de 2016, de acordo com a secretaria.