Unidade Covid-19 do HRCC, em Ilhéus, completa um ano
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A Unidade do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, completou um ano de assistência hospitalar aos pacientes acometidos pelo novo coronavírus com quadro moderado ou grave. Para marcar a data, o dia foi de agradecimento aos profissionais que atuam na linha de frente do combate à covid-19.

Para o intensivista Egídio Alves, coordenador médico da Unidade Covid do HRCC, o momento é de alegria, mas não de comemoração, porque a doença ainda está ativa (pandemia). “É um momento de agradecimento. Um ano em que todas as pessoas aqui entraram em um processo de trabalho duro cheio de angústias e medos. Mas, que essa equipe do hospital, técnicos, enfermeiros, fisioterapeutas, apoio de limpeza e administrativo, no dia a dia, foram vendo o sofrimento das pessoas, foram se dedicando, entrando de coração e alma, [para] assim fazer o melhor possível”. lembrou.

O médico também fez uma reflexão sobre a relevância do trabalho para salvar vidas na assistência hospitalar do HRCC. “Por isso, refletimos uma grande quantidade de pacientes que conseguimos a alta. Graças a Deus, temos uma quantidade, um número imenso de pacientes hoje em casa, com seus familiares agradecidos, cheios de alegria por terem passado por nossas vidas. Isso é muito gratificante”, avaliou.

A enfermeira Diovania Braga, coordenadora de enfermagem da Unidade Covid, disse que diante de todos os problemas enfrentados, o momento é para agradecer a luta dos profissionais em um ano. “Hoje está completando um ano de funcionamento da UTI Covid. Eu não imaginaria que estaria aqui realmente com essa unidade aberta, por esse tempo todo. Mas, estamos aqui como uma forma de agradecimento por tanto esforço e responsabilidade com esses pacientes. Tanta luta que essa equipe inteira passou, é uma equipe muito grande, eles merecem esse reconhecimento total”, destacou.

UNIDADE COVID DO HRCC

A Unidade Covid-19 do HRCC começou a funcionar em 6 de maio do ano passado, tornando-se, já de início, na maior do sul da Bahia. A unidade, que atende exclusivamente acometidos pela Covid-19, hoje conta com 73 leitos hospitalares, dos quais 40 de UTI, 7 de Unidade de Assistência Respiratória (UAR) e 26 clínicos.

Jerbson sugere criação de auxílio emergencial ilheense
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O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Jerbson Moraes (PSD), defendeu a criação, em caráter de urgência, de uma versão municipal do Auxílio Emergencial. “Não dá para pedir a população para ficar em casa, sem que ela tenha o que comer. Não é auxilio pra você ver pessoas comprando celular”, disse Jerbson.

O vereador espera agendar, para a próxima semana, encontro com o prefeito Mário Alexandre e secretários em busca de caminhos que assegurem o auxílio municipal. Jerbson não falou em critérios nem valores do auxílio.

O presidente da Câmara, hoje tido como o nome preferido para a sucessão de Marão em 2024, disse que, para ter segurança jurídica, o projeto do auxílio deve partir do Poder Executivo, cabendo à Câmara a análise e votação da proposta.

O debate deverá envolver as secretarias municipais de Gestão e Inovação Tecnológica e de Desenvolvimento Social para identificar possível origem de recursos e para quem o auxílio poderá ser destinado, segundo Jerbson.

Na sua proposta, o presidente do Legislativo diz que o valor só poderá ser destinado para a compra de alimentos, com a comunidade beneficiada comprando no próprio bairro onde reside e movimentando a economia local.

SEGURANÇA ALIMENTAR

O presidente da Câmara lembra que ações como o kit escolar, promovidas pelo estado e pelo município na fase inicial da pandemia, foram importantes para garantir a sobrevivência alimentar de milhares de famílias carentes em Ilhéus.

– Esta nova proposta é questão de urgência. Corta de algum outro lugar, mas o povo não pode passar fome. Para criar o Auxílio Emergencial Municipal são necessárias soluções fiscais que garantam a responsabilidade social – ressalta.

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Ao invés de combater a doença, combate-se a percepção de que ela existe, saindo do campo da ciência e atuando na comunicação e na política, seguindo a cartilha do ditador do Turcomenistão.

Andreyver Lima || andreyver@gmail.com

Uma das diferenças entre democracia e ditadura, é que na democracia pelo menos você tem uma chance lutar. Não é o fim em si, mas um método de convívio político-social. Mesmo na democracia, é preciso continuar lutando por liberdade, dignidade, transparência e acesso ao conhecimento. Numa democracia, você tem a chance de pouco a pouco avançar. Porém numa ditadura, a primeira vítima é a verdade, o acesso à informação e ao conhecimento. Amarrando suas mãos e te jogando no escuro para morrer vendado na ignorância sem ter ideia do que está acontecendo.

Desde o final da semana passada o Governo Federal, durante uma emergência de saúde pública, parece fazer um esforço coordenado para deixar o Brasil no escuro, sem saber os números relacionados à doença. O atraso na divulgação dos boletins do Ministério da Saúde sobre o avanço do vírus, aconteceu justamente quando o país bateu recordes no número de óbitos por dia. Só a mudança brusca na divulgação dos dados já é o suficiente para desconfiar das intenções do Ministério da Saúde.

Quando a maior autoridade sanitária do país passa a omitir e esconder dados durante uma epidemia, gera uma cadeia de desconfiança em toda a sociedade. Talvez a intenção seja de deixar os telejornais noturnos sem as informações atualizadas.

Esse método letal de manipular as informações já foi utilizado no Brasil na grande epidemia de meningite, durante a ditadura na década de 70. E mais recentemente foi utilizado pelo ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdimuhamedow, que, no meio da crise atual, proibiu que os jornais usassem o nome do vírus. A palavra “coronavírus” não pode aparecer em publicações oficiais, notícias da mídia estatal e nem mesmo em conversas de bar. A estratégia é de que uma crise não existe, se você proibir que se fale sobre ela.

No Brasil, o resultado dessa estratégia vai passar a mensagem de que o país tem menos mortes e menos casos da Covid-19. Ao invés de combater a doença, combate-se a percepção de que ela existe, saindo do campo da ciência e atuando na comunicação e na política, seguindo a cartilha do ditador do Turcomenistão.

Andreyver Lima é comentarista político no Jornal Interativa News 93,7FM e editor do site sejailimitado.com.br