As despesas relativas à saúde no Brasil em 2019 totalizaram R$ 711,4 bilhões, o equivalente a 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país no ano. Essa proporção foi a maior da série histórica da Conta-Satélite da Saúde, iniciada em 2010. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Assim como nos anos anteriores, a maior parcela desses gastos partiu das famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias. Elas responderam por R$ 427,8 bilhões do total, o que corresponde a 5,8% do PIB, enquanto R$283,6 bilhões (3,8% do PIB) foram despesas de consumo do governo.
A participação das famílias e dessas instituições nos gastos com a saúde vem crescendo desde 2011, enquanto a do governo, que havia crescido entre 2013 e 2016, permaneceu estável após uma queda em 2017.
COMPARAÇÃO DO BRASIL COM OUTROS PAÍSES
A pesquisa também mostra que os gastos com saúde no Brasil, como proporção do PIB, são semelhantes à média (8,8%) de países selecionados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), embora estejam abaixo da participação de alguns como Alemanha (11,7%), França (11,1%) e Reino Unido (10,2%).
Já o gasto público brasileiro com saúde em relação ao percentual do PIB (3,8%) é inferior à participação da maioria desses países selecionados, superando apenas a do México (2,7%).