Hemoba promove campanha em Ilhéus para incentivar doação de medula óssea
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A Fundação Hemoba realiza, nesta sexta e no sábado, das 8h às 17h, na Loja Macônica Vigilância e Resistência, em Ilhéus, campanha de cadastro de medula óssea. A iniciativa faz parte da celebração do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (World Marrow Donor Day), comemorado no terceiro sábado de setembro (16). Durante o evento, será realizada uma palestra sobre cadastro de medula óssea para cerca de 1000 voluntários.

De janeiro a agosto deste ano, a Hemoba realizou 4.300 cadastros de doadores de medula óssea, num total de 210.275 cadastrados desde a criação do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O Ministério da Saúde estipulou meta de 9.244 mil cadastros por ano para a Bahia. No estado, 968 pessoas receberam o transplante, o maior número do Nordeste.

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos, onde são produzidos os componentes do sangue, como leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. O cadastro pode selecionar doadores para o transplante, utilizado no tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, como neoplasias, leucemias e linfomas.

QUEM PODE SE TORNAR UM DOADOR

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não possuir doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Nas unidades da Hemoba, o voluntário preencherá um formulário com dados pessoais e realizará a coleta de uma amostra de sangue com 5 ml para testes de compatibilidade. Os dados pessoais e os resultados dos testes serão armazenados no Redome.

Na Bahia, são 27 unidades fixas de cadastro da Hemoba, sendo seis na capital e 21 no interior. Em Salvador, há o Hemocentro Coordenador (sede da Hemoba) funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 18h30min, e aos sábados, das 7h30 às 16h30; o Hospital do Subúrbio, de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 16h30min; o Hospital Ana Nery, de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 12h30min.

Existem unidades fixas ainda no Hospital Roberto Santos, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h; no Hospital Santo Antônio (Osid), que abre de segunda a sexta-feira, das 7h10min às 11h30min e das 13h às 16h. Para informações sobre os horários de atendimento das 21 unidades de coleta no interior do estado, deve-se consultar o site da Fundação Hemoba.

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images (1)O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), considerado o terceiro maior do mundo, pretende alcançar este ano entre 200 mil e 250 mil novos doadores voluntários, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que apresentam características de miscigenação próprias. A ideia é priorizar doadores cuja característica genética não tem tanta representatividade no registro.

O esforço para estimular o cadastro de doadores será feito também nas áreas de fronteiras, que inclui indígenas brasileiros, com o objetivo de fazer com que o registro nacional seja interessante também para países vizinhos da América Latina e para outras nações, como Portugal, Espanha, Itália, que contribuíram para a migração no Brasil. A informação foi dada à Agência Brasil pelo coordenador do Redome, sistema criado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde, Luis Fernando Bouzas.

Seguindo orientação geral para todos os registros no mundo, o Redome vai procurar também incluir doadores mais jovens no cadastro, na faixa de 18 anos a 30 anos. Além de os resultados dos transplantes com doadores nessa faixa etária serem melhores para os pacientes, mais tempo eles permanecerão cadastrados, com possibilidade de serem identificados.

ESTATÍSTICA

Segundo dados atualizados em fevereiro de 2017, o Redome atingiu o número de 4.252.269 doadores cadastrados, desde 2003. Somente nos dois primeiros meses deste ano, entraram no Redome 41.902 novos doadores. A maior quantidade de doadores (1.900.969) está no Sudeste e a menor, no Norte (291.708). A maioria dos doadores é encontrada hoje nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e do Paraná. Pessoas brancas (2.352.158) são maioria entre os doadores de medula óssea. Por faixa etária, o maior número de doadores é encontrado entre os que têm entre 30 e 34 anos (818.042) e por sexo, entre as mulheres (2.391.822).

Bouzas disse que isso ocorre por influência da própria população feminina, que é maior que a masculina no Brasil. No passado, havia uma disparidade maior: eram dois terços de mulheres para um terço de homens. “Mas isso vai quase se igualando em termos de gênero”. Um fato que explica as doadoras do sexo feminino serem maioria entre os doadores é que as mulheres têm maior espírito de solidariedade e de ajudar o próximo e não têm tanto medo dos procedimentos, disse.Leia Mais