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Descontando a falta de água, o calor e a desinformação, o grupo da subseção local da OAB que está visitando as seções eleitorais de Itabuna não identificou maiores problemas nestas eleições. “Está tudo transcorrendo de forma normal”, atesta o presidente da subseção, Andirlei Nascimento.
O presidente observou que muitos eleitores estão tentando votar apresentando fotocópia do documento de identidade. “Nesse caso, a aceitação fica a critério de fiscais e mesários, pois é necessário confirmar a identificação”, entende Nascimento.
Para garantir, o melhor é levar o documento original.

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Os mesários das seções da 28ª zona eleitoral, de Itabuna, estão trabalhando em condições bastante precárias e se queixando principalmente do forte calor e da falta de água para beber.
Informações obtidas pelo Pimenta dão conta de que várias caixas com copinhos de água mineral foram doadas pela Prefeitura, mas o juiz da 27ª zona eleitoral, Wilson Gomes de Souza, os distribuiu apenas entre as seções de sua área, deixando a turma da 28ª de “bico seco”.
O magistrado é o mesmo que determinou lei seca em Itabuna neste domingo, proibindo a comercialização de bebida alcoólica até o encerramento da votação. Os mesários da 28ª zona eleitoral só não esperavam ser atingidos por outra lei seca: nesse caso, da água que passarinho bebe.

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Após quase meio século, o sul da Bahia voltou a fazer parte das políticas de desenvolvimento.

Rosivaldo Pinheiro | [email protected]
Estamos no dia da eleição. É o momento final para observar alguns pontos sobre a decisão que teremos que tomar nesse domingo, 3 de outubro de 2010.
Antes de tudo, é preciso que cada um de nós tenha em mente que a nossa vida e o nosso futuro dependem da política. O preço do combustível, o funcionamento dos postos de saúde e das escolas, a segurança pública… Seu voto e a sua participação têm a força de determinar, por exemplo, se os serviços públicos podem funcionar bem ou não.
É fundamental avaliar com todo cuidado e atenção, pensar e repensar, procurar saber a vida e a história dos candidatos antes de votar. Não desperdice a oportunidade de eleger um bom representante.
Talvez algumas pessoas não se deem conta da igualdade do voto. O ato de votar põe no mesmo plano e nivelamento ricos e pobres. Não podemos negligenciar esse momento sob pena de colocarmos em risco o nosso futuro. O futuro dos nossos filhos e das próximas gerações. Pense nisso!
Nesse momento, há muitos nomes e números sendo apresentados a você. Quem são essas pessoas? De onde elas vêm? Quantos conhecem os problemas de nosso povo e, principalmente, quantos já fizeram alguma coisa para resolver esses problemas? Qual o modelo de gestão ao qual eles estão vinculados? Historicamente quem são seus parceiros? Como seus partidos ou representantes se comportam no poder? São perguntas que você precisa fazer.
Quero mais uma vez ressaltar que, após quase meio século, o sul da Bahia voltou a fazer parte das políticas de desenvolvimento. A inauguração do Gasene, a chegada do complexo intermodal (Porto, Aeroporto, Ferrovia e ZPE) e a rodovia Camamu/Itacaré são parte deste esforço de integrar a nossa região ao processo de desenvolvimento econômico brasileiro.
Precisamos nos fazer respeitados e esse respeito só será alcançado se elegermos representantes vinculados com as nossas lutas. Região forte é região com representatividade política.
Precisamos fortalecer a Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc, lutar pela criação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSULBA), contra a privatização da Emasa, pelo fortalecimento da lavoura cacaueira, pela construção da barragem do Rio Colônia, pelo sistema de tratamento de esgoto, pela despoluição do Cachoeira, entre outras. Precisamos buscar o fortalecimento econômico e o desenvolvimento da região cacaueira. Necessitamos adotar um conjunto de ações que nos permita construir a região metropolitana do sul da Bahia.
Enfim, acredito que possamos continuar lutando para que o Brasil e a Bahia continuem se desenvolvendo, com distribuição de renda e combate à miséria.
Só você pode fazer a diferença.
Rosivaldo Pinheiro é economista.

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Nem sua condição de mesária impediu a secretária parlamentar Margareth Brandão de ser barrada na manhã deste domingo, 3, quando compareceu à 47ª seção eleitoral para votar. Ela estava munida apenas do título de eleitor, que só é aceito se acompanhado de algum documento com foto.
A documentação insuficiente foi atestada por um fiscal da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente”, que não permitiu que a mesária seguisse até a cabine de votação.
Margareth Brandão alegou que havia esquecido a carteira de identidade em casa, mas observou que é pessoa conhecida da comunidade e mesária há muitos anos naquela seção. Informou até o nome que estava antes do seu na lista de votação: o do juiz de direito Marfísio Cordeiro.
Mesmo assim a fiscalização não voltou atrás na decisão de impedir o voto da secretária parlamentar, que se retirou da seção fazendo protesto.

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Pela movimentação que se nota nas imediações das seções eleitorais de Itabuna, um grande número de eleitores permanece na dúvida em pleno “Dia D”. Os candidatos a deputado federal e estadual e, principalmente, a senador, são os maiores alvos de indiferença.
Segundo o repórter Manoel Messias, da Rádio Nacional, é muito expressiva a quantidade de eleitores que estão recolhendo os conhecidos “santinhos” espalhados pela rua, a fim de saber o número de algum senador para votar. Nessa hora, pode ter vantagem quem fez a maior sujeira na via pública…
A desinformação de parcela do eleitorado vai um pouco além. Há muitos que estão se dirigindo à seção apenas com o título de eleitor, sem nenhum documento com foto, e acabam retornando pra casa “de mãos abanando”.

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João Carlos Oliveira
Hoje, 3 de outubro, dia da grande festa da democracia brasileira, os 135 milhões de eleitores escolherão, por meio do voto direto, quem ocupará os cargos de presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Exercerão, portanto, o direito plena da cidadania.
Numa breve análise da campanha presidencial, podemos afirmar que o grande embate político aconteceu entre os projetos do PT e do PSDB:
1. Os petistas, tendo como candidata à presidência a ex-ministra Dilma Rousseff, apoiada pelo presidente Lula e apresentando como principal base de sustentação a aprovação de seu governo; e
2. Os tucanos, com o candidato José Serra, associado à imagem neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.
Ainda no páreo, destaca-se a candidata Marina Silva, do PV, com seu discurso ambientalista. Por fim, há de se considerar a participação do candidato Plínio, que apresentou propostas de cunho socialista que, temperadas por sua experiência e esperança, contribuíram para quebrar a imagem até então dura do PSOL.
Vale registrar que a grande dificuldade da oposição tucana ao projeto do PT foi o de não encontrar o “lugar de fala” contra o Governo Lula, em função dos elevados índices de aprovação popular do presidente (80%), associado ao seu inquestionável carisma.
Aproximando-se do final das campanhas, as pesquisas apontam remota possibilidade de segundo turno para o cargo da presidência, em razão do percentual de intenção de voto alcançado pela candidata do PT.
No tocante ao Estado da Bahia, especula-se que a fatura será decidida no primeiro turno, já que a provável vitória de Jaques Wagner foi construída com base no projeto republicano, não só atraindo bases carlistas, bem como tratando todos os prefeitos sem distinção de cor partidária ou corrente política.
Portanto, as eleições na Bahia se dão sem o confronto personalizado entre Carlismo x Anti-Carlismo. Ou seja, sem a “Síndrome do Flamengo” (a favor ou contra).
A grande disputa eleitoral acontecerá na briga pelas duas vagas ao Senado, entre Lídice (PSB), Pinheiro (PT) e César Borges (PR).
Na Região Cacaueira, analisando suas duas principais cidades, Itabuna e Ilhéus, diagnosticamos que, na Terra Grapiúna, teremos poucos lances políticos. Destacamos, entretanto, a postura do prefeito Capitão Azevedo (DEM), que optou pela “decisão de não decidir” apoio à candidatura dos governos federal e estadual, contribuindo para o enfraquecimento de novos atores políticos, a exemplo de Coronel Santana (PTN) e Augusto Castro (PSDB).
Quanto a Ilhéus, teremos algumas surpresas. Certamente não repetiremos o “Efeito Pipa”, mas teremos, num contexto figurado, o fenômeno “Bebê no Colchão”, que, consequentemente, dificultará a reeleição de políticos nas esferas federal e estadual da Terra dos Sem Fim de Jorge Amado.
Nasce uma nova geopolítica com a festa da democracia – Eleições 2010.
João Carlos Oliveira é analista político, professor da Uesc e diretor técnico da Compasso Pesquisa e Consultoria.

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José Nazal
Quando visitamos os arquivos que guardam os números das últimas três eleições gerais – Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual da Comarca de Ilhéus, ocorridas em 2006, 2002 e 1998, podemos encontrar muitas informações que servem de indicativo para os números que serão apresentados hoje, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciar a divulgação dos resultados e que tem a conclusão prevista para as primeiras horas da madrugada de segunda-feira.
Segundo os números, o eleitorado ilheense cresceu 6,5% de 1998 para 2002; daí para 2006 o crescimento foi de 11,6% (quase o dobro da taxa anterior); e de 2006 para 2010 a taxa de crescimento voltou ao patamar de 6,4%. A Comarca Eleitoral de Ilhéus tem hoje 129.878 eleitores cadastrados nas duas Zonas Eleitorais: 25ª e 26ª.
A média da abstenção dos últimos três pleitos eleitorais – 1998, 2002 e 2006 – foi de 28,5%, sendo que no ano de 1998 alcançou o patamar de 35,8%. Se essa alta abstenção, que tem se repetido espaçadamente a cada pleito, tornar a ser alcançada podemos afirmar que menos de 100 mil eleitores se apresentarão para cumprir a exigência legal de votar.
Confira a votação para Presidente:

ELEIÇÃO DE 1998 VN % s/VV
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 24.413 46,89
LUIZ INACIO LULA DA SILVA 18.867 36,24
CIRO GOMES 6.504 12,49
ENEAS CARNEIRO 1.227 2,36
OUTROS 1.056 2,03
ELEIÇÃO DE 2002

LUIZ INACIO LULA DA SILVA 40.678 57,12
ANTHONY GAROTINHO 15.746 22,11
CIRO FERREIRA GOMES 8.493 11,93
JOSÉ SERRA 5.980 8,40
JOSÉ MARIA DE ALMEIDA 295 0,41
RUI COSTA PIMENTA 23 0,03
ELEIÇÃO DE 2006
LUIZ INACIO LULA DA SILVA 54.562 63,55
GERALDO ALCKMIN 21.341 24,86
HELOÍSA HELENA 6.921 8,06
CRISTOVAM BUARQUE 2.655 3,09
OUTROS 379 0,44

Todos os anos aparecem candidatos que não tem nenhum compromisso com a cidade ou mesmo com a região e conseguem obter alguns votos, a partir de apoio de outros políticos ou por amizade pessoal. São os apelidados de “Candidatos Copa do Mundo”. As tabelas abaixo mostram o número de candidatos que pleitearam vaga na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa e que conseguiram votos em Ilhéus, comparados com os de Ilhéus, Itabuna e região.

Ano CÂMARA FEDERAL Qtde Votos %
1998 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 8 36.464 75,27
Candidatos de outras regiões 101 11.983 24,73
2002 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 10 35.285 53,03
Candidatos de outras regiões 107 31.254 46,97
2006 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 9 45.315 58,71
Candidatos de outras regiões 180 31.868 41,29
Ano ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Qtde Votos %
1998 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 25 31.123 71,13
Candidatos de outras regiões 247 12.635 28,87
2002 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 20 47.973 75,16
Candidatos de outras regiões 289 15.851 24,84
2006 Candidatos Ilhéus, Itabuna e Região 15 65.732 86,36
Candidatos de outras regiões 327 10.384 1364

Alguns candidatos tiveram apoio explícito de lideranças políticas locais e, por já terem obtido votos em pleitos anteriores, será mais fácil identificar e quantificar a votação transferida. Segundo dizem alguns ‘especialistas políticos experimentados’ um líder consegue transferir aproximadamente 30% dos seus votos para outros candidatos. Vamos conferir a veracidade desta ‘regra’ depois do resultado confirmado.
Espero que saibamos exercer nossa cidadania, escolhendo candidatos compromissados com os nossos problemas, com nossos pleitos. Candidatos que não sumam da cidade e só apareçam para pedir novamente nosso voto.
Uma última curiosidade: em 1998 o então candidato a Deputado Federal, Jaques Wagner obteve 23 votos em Ilhéus. Conforme mostram os números, de lá para cá melhorou muito!

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As duas pesquisas divulgadas no início desta noite (Ibope e Datafolha) apontam a reeleição do governador baiano Jaques Wagner (PT) já neste domingo, dia 3.
Wagner atinge 52% das intenções de voto no Datafolha. O levantamento foi realizado ontem e hoje (dias 1º e 2), apontando Paulo Souto (DEM) com 19% e Geddel Vieira Lima (PMDB) com 14%. Bassuma (PV) tem 3%.
Professor Carlos (PSTU) e Marcos Mendes (PSOL) têm 1%, cada. Foram consultados 1.715 eleitores em todo o estado. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais. O percentual de indecisos atingiu 7% e o de brancos e nulos, 4%.
IBOPE
O Ibope também divulgou neste sábado o levantamento sobre a sucessão baiana. Wagner pontua com 51% das intenções de voto, seguido à distância pelo ex-governador Paulo Souto, com 18%, e Geddel Vieira Lima, com 15%. Bassuma tem 2%. A pesquisa foi feita de 29 de setembro a 2 de outubro e ouviu 2.010 eleitores. Desses, 16% declararam voto branco ou nulo e 10% se disseram indecisos.

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A justiça eleitoral deve redobrar atenção neste domingo, 3, em Itabuna, para evitar práticas comuns nos pleitos realizados nesta cidade, a exemplo da boca de urna e da compra de votos. Nas últimas eleições municipais, em 2008, ficou famoso o caso do cabo eleitoral Julier Santos Bispo, flagrado e preso com santinhos do vereador Milton Gramacho e do hoje prefeito José Nilton Azevedo. Juntamente com os santinhos, a soma de R$ 2.138,00 em notas miúdas.
Quem se aventurar em tal prática deverá correr mais riscos nessa eleição. A subseção local da OAB, reforçada pelo seu comitê de transparência, também estará em campo para reforçar a fiscalização. E a ordem é denunciar qualquer suspeita de irregularidade.

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1 – Neves, do DEM, faz propaganda do “time completo”
2 – Emissora de rádio pertence ao prefeito

Neves usa rádio e promete show com Calcinha Preta.

Uma emissora de rádio do município de Ubatã, no sul da Bahia, vem cometendo crime eleitoral, a pretexto de “ensinar” o eleitor a votar “corretamente” e garantir “um festão” no município.
A Ubatã FM pertence ao ex-deputado estadual e prefeito Edson Neves (DEM), segundo colocado nas eleições de 2008 e que ascendeu ao poder após o eleito, Agilson Muniz, ter sido cassado por compra de votos.
O apresentador do programa Enfoque Geral, “Amarelinho”, erra a sequência dos votos, mas faz a propaganda dos candidatos apoiados pelo prefeito e – não por acaso – dono da emissora.
Amarelinho cita os nomes e números na urna dos candidatos Cacá Leão (candidato a deputado estadual), ACM Neto (federal), Lídice da Mata e Walter Pinheiro (senadores), Jaques Wagner (governador) e Dilma Rousseff (presidente). Neves também participa e é chamado de “doutô”.
A gravação foi repetida neste sábado e o apresentador frisa que o cidadão deveria votar “no time completo”, uma alusão à propaganda eleitoral da chapa majoritária do PT. A emissora é a mais ouvida na região que compreende os municípios de Ipiaú, Ubatã, Ubaitaba, Uruçuca e Itacaré.

Mais à frente o prefeito promete show da banda Calcinha Preta se os candidatos dele obtiverem “votação expressiva” em Ubatã.
O radialista também erra ao dizer que “o voto para senador tem que ser pela coligação. Se você simpatiza com senador de outra coligação, não pode misturar. Quando for votar, tem que ser (sic) no Lídice e no Pinheiro. Se for votar em outra senador, você perde seu voto”. A entrevista vem sendo repetida durante a programação.

O Pimenta na Muqueca tentou falar com o prefeito, por três vezes, via telefone. As ligações não foram atendidas.
Para o eleitor tirar dúvidas sobre como votar corretamente, clique aqui e acesse o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que possui vídeos e simulador de votos.

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Sócrates Santana

A democracia baiana forjou um acentuado pluralismo partidário, que favorece os neoaliados.

Permeia nessas eleições uma sensação estranha. Um cheiro de óleo diesel. Uma tentativa de diluir diferenças, sucumbir ideologias. Paira um espírito palaciano. Um distanciamento das relações políticas. Todos são iguais. Uma verdade inconveniente. Há diferenças. São muitas. Desde a confecção de uma peça publicitária dos candidatos majoritários até a participação de comícios adversários.
Aparentemente, nessas eleições, basta vencer. Mas, o que significa vencer? Como vencer? Por quê vencer? Devo poupar, contudo, o leitor com a comum defesa da importância da continuidade do projeto iniciado pelo presidente Lula e o governador Wagner. Prefiro explicar que vencer significa continuar esse projeto, mas, principalmente, eliminar o outro projeto.
Para eliminar o outro projeto é necessário exaurir ao máximo a correlação de forças da direita ideológica: DEM e PSDB. Diminuir o número de parlamentares desses partidos é vital para tal objetivo. Isso exige um esforço concentrado em torno de candidatos ao Senado, como Walter Pinheiro e Lídice da Mata. Mas não basta.
A democratização da democracia baiana forjou um acentuado pluralismo partidário, que favorece os neoaliados. Esses tendem a se tornar tão exorbitantes que passam a ocupar a parte mais ampla da base de sustentação do governo Dilma e Wagner, relegando a esquerda às margens. Ou seja: não basta conter a direita ideológica (DEM e PSDB); também é necessário diminuir o tamanho da direita fisiológica (PMDB e PR).
Vencer no primeiro turno neutraliza no tabuleiro baiano DEM e PSDB, além de afastar das hostes do poder o ímpeto do deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) e do senador César Borges (PR). Por um lado, o DEM sofre um desgaste natural, correndo o risco eminente de refletir uma rarefeita densidade eleitoral, abaixo do desempenho histórico de 25% dos eleitores baianos creditada ao carlismo.
Por outro lado, o PMDB regional disputa o papel de opositor ao modelo vigente. Não cresce nas pesquisas, apesar de surgir como uma sombra para o DEM, quando oferece refúgio seguro para aliados de última hora, como o PR.
Mas é impossível eliminar o outro projeto. É impossível, porque, os candidatos que compõem a base aliada viabilizam alianças entre o “novo” e o “velho” projeto. Uma guerra em que, no final, não há vencidos e vencedores, é uma guerra que não alcança seu objetivo. No momento em que optamos entrar no conflito, somos aliados ou de uma parte ou de outra. Nenhum movimento pode ser, simultaneamente, de esquerda e direita. Se tudo é esquerda, não há mais direita e, reciprocamente, se tudo é direita, não há mais esquerda.
Sócrates Santana é jornalista.

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Souto, Wagner e Geddel: vitória petista no 1º turno (Fotomontagem Google).

– Dilma tem 65% na BA, ante 15% de Serra e 9% de Marina

A mais nova pesquisa Vox Populi/A Tarde revela crescimento de cinco pontos percentuais do governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT). No intervalo de 26 de agosto e 25 a 27 de setembro, o petista saltou de 46% para 51% das intenções de voto.
Bem atrás, Paulo Souto (DEM) oscilou negativamente – de 17% para 15%, enquanto Geddel Vieira Lima (PMDB) saiu de 11% e foi a 12%. Bassuma (PV) oscilou de 1% para 3% e os demais concorrentes não pontuaram.
O levantamento tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais e ouviu mil eleitores em todo o estado, nos dias 25, 26  e 27. Votos Brancos e nulos atingiram 5%. O percentual de indecisos caiu de 18% para 14% em um mês. Para 68% da população, o governador sairá vitorioso das urnas no domingo.

Na pesquisa espontânea, Wagner pulou de 32% para 37% e Souto foi de 7% a 8%. Geddel saiu de 6% para 8%. Neste caso, o percentual de indecisos é de 37%, além de 6% de brancos e nulos e 1% atribuído a outros candidatos.
O Vox Populi/A Tarde também fez simulações de segundo turno. No confronto entre petistas e democratas, Wagner teria 63%, ante 22% de Paulo Souto. Quanto são confrontados Wagner e Geddel, o governador tem 64% e Geddel só 19%.
SENADO
Na corrida ao Senado, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) lideram com 18% e 17%, respectivamente. César Borges (PR) aparece com 14%. O trio está em situação de empate técnico.
PRESIDÊNCIA
A pesquisa também aferiu a corrida presidencial na Bahia. Dilma Roussef (PT) aparece com 65%, estável. José Serra (PSDB) tem 15% e Marina Silva (PV) pontua com 9%. A pesquisa completa você confere na edição d´A Tarde deste sábado, 2. Confira aqui se for assinante.

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Renato Costa e Fernando Gomes eram inimigos políticos, mas, como se sabe em Itabuna e região, Gomes – ou “Cuma”, como é mais conhecido – saiu do DEM para o PMDB e, por intermédio de Geddel Vieira Lima, passou a apoiar a candidatura de Renato a deputado estadual.
Ubaldo Dantas, médico, ex-prefeito de Itabuna, hoje também no PMDB, é outro que fechou apoio a Renato e até participou de um corpo-a-corpo com o candidato na tarde desta sexta-feira, 1º, caminhando pelos bairros Conceição, Zizo e São Pedro.
Mérito para Renato o de ter conseguido atrair o apoio de dois nomes de peso da política itabunense. Ele só não conseguiu, porém, fazer Ubaldo e Cuma fumarem o cachimbo da paz. Os dois continuam nutrindo verdadeira repulsa entre si, mas, desde que lhe consigam uns votinhos, Renato não se importa com a birra dos aliados.

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Petista teria 55% dos votos válidos

O tracking diário do Vox Populi a ser divulgado nesta sexta, 1º, mostra que caiu em dois pontos a diferença entre a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) na disputa pela presidência da República.
Dilma deslizou e saiu de 49% para 48% das intenções de voto. Serra oscilou positivamente de 26% para 27%. Marina manteve os 12% das últimas consultas diárias. O percentual de indecisos saiu de 8% para 9%. Brancos e nulos somam 4%.
A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e não pega os efeitos do debate da Rede Globo, ontem à noite, pois foi concluída horas antes do confronto com os quatro principais presidenciáveis (às 20 horas).
Além dos três já citados, lá esteve Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), que não chega a pontuar no tracking do Vox Populi. Os dados são atualizados totalmente a cada 4 dias, sendo que o instituto ouve 500 eleitores diariamente. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número 27.428/10.