Governador da Bahia assina acordo para aumentar produção de energia|| Foto Fernando Vivas/GOVBA
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O governador Jerônimo Rodrigues assinou, nesta segunda-feira (11), em Salvador, acordo com a Homerun Brasil Mineração, subsidiária da empresa canadense Homerun Resources Inc, que irá instalar plantas industriais em áreas da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), com investimentos que podem ultrapassar R$ 1,5 bilhão. A meta é duplicar a capacidade de geração de energia limpa no estado.

A expectativa é que sejam investidos R$ 300 milhões na etapa inicial. Entre os projetos, está a instalação de unidades para a exploração de areia industrial em quatro áreas de titularidade da CBPM, situadas em Santa Maria Eterna, no município de Belmonte, no território de identidade Costa do Descobrimento.

Os impactos positivos serão percebidos também em Ilhéus, onde será estabelecida uma planta de beneficiamento que transformará a sílica in natura em sílica de alta pureza, e no Porto de Aratu, em Candeias, onde a Homerun concentrará esforços na fabricação de células solares, um produto que tem o potencial de duplicar a capacidade de energia das placas fotovoltaicas. A implantação de unidades fabris deve resultar na geração de 1.681 empregos.

O presidente da CBPM, Henrique Carballal, considera que a assinatura desses contratos vai alinhar o desenvolvimento da economia baiana às normas de produção ambientalmente responsáveis.

“Eles vão utilizar areia industrial de uma mina da CBPM, do município de Belmonte, e mandar para uma primeira unidade de processo fabril, em Ilhéus, para ser transformada em sílica pura, que depois vai ser processada, em Aratu, para a produção de um componente da placa solar, que permite dobrar a produção de energia fotovoltaica. Uma revolução tecnológica na transição energética. Com isso, vamos colocar a Bahia em destaque internacional”, destacou.

FUNDO LOCAL PARA EDUCAÇÃO

O acordo prevê, ainda, a criação de um fundo para o desenvolvimento da educação nos locais onde vão ocorrer as operações de mina e de unidades industriais. Foi firmado também com a CBPM um planejamento de exploração e fornecimento contínuo de sílica, no distrito de Belmonte, ao longo das próximas duas décadas.

O CEO da empresa, Brian Leeners, explica o que motivou a escolha da Bahia para a realização desse projeto. “A parceria é para desenvolver esse recurso coletivamente e movimentarmos esse projeto para frente, trazendo benefícios para a Bahia”, apontou Brian.

Estudantes de Ilhéus desenvolvem fogão econômico || Foto Divulgação
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Os estudantes Alan Santos, Felipe Santos e Micael Marcelo dos Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, em Ilhéus, desenvolveram um fogão solar que pode significar redução na conta mensal do trabalhador baiano. Eles usaram antenas parabólicas para produzir o equipamento de baixo custo.

Geraldo Porto, orientador dos estudantes, explica que o fogão solar opera com base em princípios fundamentais da óptica geométrica. “O equipamento concentra a luz solar por meio de uma superfície côncava e espelhada. Esse design permite que os raios solares sejam direcionados e convergidos para um ponto focal específico, onde conseguimos, no ponto focal, a temperatura de aproximadamente 400 º C, suficiente para o cozimento de alimentos”.

Para desenvolver o produto, a equipe usou materiais de baixo custo e que seriam descartados. “Utilizamos duas antenas parabólicas com um raio de, aproximadamente, 30 cm, que seriam descartadas. Após a limpeza superficial nas antenas, lavamos e lixamos suas superfícies. O procedimento da primeira antena foi colocar uma manta espelhada em sua superfície fixada com cola adesiva. Já na segunda antena, polimos para que ficasse bastante reflexiva e espelhada, o que gerou melhor rendimento térmico”, explica.

Estudantes desenvolvem equipamento que pode ajudar a milhares de baianos

REDUÇÃO DE CUSTOS

Geraldo destaca que a utilização do equipamento alivia o ônus financeiro de famílias com recursos limitados, que, muitas vezes, têm dificuldade em investir em métodos tradicionais de cozimento. Além disso, o empoderamento das comunidades é um aspecto significativo, uma vez que a proposta oferece uma solução prática e sustentável para o cozimento, reduzindo a dependência de métodos tradicionais mais caros.

Nas próximas etapas, os estudantes pretendem aperfeiçoar o protótipo. “Queremos aprimorar ainda mais a eficiência do fogão solar parabólico, mantendo o compromisso com a acessibilidade para pessoas menos favorecidas. A principal área de foco será a melhoria do espelhamento, buscando otimizar a produtividade de energia térmica”, diz Geraldo.

O custo do gás de cozinha representa uma preocupação significativa para inúmeras famílias. Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sindrevgas), os recentes reajustes de preços elevaram o valor médio do botijão de 13 kg para uma faixa entre R$ 123 e R$ 125, o que impacta o orçamento de milhares de famílias.

Professor Edson Meirelles é o instrutor do curso de instalador de energia solar fotovoltaica
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A Eletec inicia, às 10h desta quarta-feira (16), o Plantão de matrículas para o curso de Instalador de Energia Solar Fotovoltaica, em Itabuna, no sul da Bahia.  A atividade profissional é considerada uma das mais promissoras do mercado devido à grande demanda por instalação de energia solar em imóveis. O salário médio de um instalador na Bahia é de R$ 3 mil, de acordo com o professor e instrutor Edson Meirelles, da Eletec.

O curso da Eletec é composto de aulas teóricas e práticas, além de suporte no pós-curso, segundo Edson. As aulas ocorrerão na sede de uma das maiores escolas profissionalizantes do interior da Bahia, a Ciqprol, no Bairro Santo Antônio, em Itabuna, a partir desta quinta-feira (17), e vão até o domingo (29).

Curso de instalador de sistema fotovoltaico tem aulas práticas e teóricas

ALTO CRESCIMENTO, GRANDE DEMANDA

As aulas serão ministradas pelo professor Edson Meirelles, da Eletec. Especialista e formador de centenas de profissionais da área na Bahia, Edson diz considerar o curso ótima oportunidade de ter uma nova atividade profissional com mercado garantido e em crescimento pelos próximos 10 anos. Segundo ele, a média de crescimento anual do mercado é de 400%, o que exige cada vez mais profissionais qualificados.

Uma das razões para o crescimento acima da média de outras áreas é que quem resolve substituir a energia elétrica pela solar ainda poder vender o estoque excedente para a companhia de eletricidade, que, no caso da Bahia, é a Coelba. Ou seja, deixa de ter custo e ainda pode “ter um extra” vendendo-a à companhia. De olho em vantagens como esta, mais pessoas e empresas investem na instalação de energia solar, porém o mercado não tem instalador de energia fotovoltaica em quantidade suficiente para atender a demanda.

MATRÍCULAS ONLINE

As aulas do curso de instalador de energia solar fotovoltaica começam nesta quinta-feira (17), na Ciqprol, na Rua D, Quadra J, número 17, no Bairro Santo Antônio, em Itabuna.

A turma do curso de Instalador de Energia Solar Fotovoltaica será única e com apenas 25 vagas. Os interessados deverão entrar em contato pelo telefone ou WhatsApp (77) 9 9944 6138 ouclique AQUI.

Prefeito e secretários se reuniram com representantes das comunidades de Tesouras e Ribeirão do Capitão
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O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio (PT), reuniu-se nesta sexta-feira (12) com moradores de Tesouras e Ribeirão do Capitão, comunidades rurais que vão receber painéis de energia solar. Os dos locais não foram beneficiados pela Programa Luz para Todos, informa a Prefeitura, o que levou o governo municipal a buscar alternativas para fornecer eletricidade à população.

O encontro teve a presença dos vereadores Miguel da Matinha e Jionez Leandro, além dos secretários municipais de Administração, Marcos Vinícios, e Meio Ambiente, Marcos Luedy.

A Prefeitura também pretende levar internet para a região, a começar pelo colégio municipal.  No encontro, representantes das comunidades também solicitaram ações nas áreas de saúde, educação e meio ambiente. O prefeito solicitou empenho da sua equipe para atender as demandas.

Investimentos de empresa superam R$ 600 milhões em Sento Sé || Foto Manu Dias/GovBA
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A Brennand Energia pretende investir R$ 629 milhões em energia renovável no município de Sento Sé, na Bahia. Serão cinco parques de geração de energia elétrica, um com fonte solar e os outros com fonte eólica. A estimativa é de geração de 60 empregos diretos na construção, outros 60 na operação e 1,4 mil indiretos, segundo protocolo de intenções firmado com o governo baiano na última terça (29).

A estimativa é que o primeiro parque solar da Brennand na Bahia, o Sol do São Francisco I, entre em operação já em abril do próximo ano e tenha capacidade instalada de produção de até 98,1 Gigawatts (GW) hora/ano. Já os parques eólicos Morro Branco II e Baraúnas IV, XV e XX tem previsão de começar a funcionar entre março e maio de 2022. Juntos terão capacidade de produzir 661,3 GWh/ano de energia.

De acordo com Adelson Ferraz, diretor da Brennand Energia, as obras civis dos cinco parques já foram iniciadas. “Nossos investimentos são majoritariamente em energia eólica. Estamos fazendo esse parque solar para contribuir com a regularidade do suprimento de energia, uma complementa a outra. A energia eólica tem uma produção mais significativa à noite e durante o dia temos a produção solar, assim, fazemos uma entrega de energia o mais constante possível. Ressalto ainda a receptividade que temos tido do governo da Bahia, que oferece estrutura e tem entendido as necessidades do setor”, diz.

A companhia tem 10 parques eólicos em operação e um em construção, todos em Sento Sé, onde já investiu mais de R$ 1,3 bilhão. Juntas, as usinas somam 341 Megawatts (MW) de capacidade instalada. Entretanto, a Brennand estuda o potencial em mais dois municípios, Campo Formoso e Juazeiro.

Fábrica anuncia investimentos em ampliação de fábrica em Ilhéus
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O Governo do Estado anunciou que quatro empresas investirão  R$ 827,8 milhões na Bahia  e vão gerar 1,4 mil novos empregos no estado.  Os protocolos de intenções foram assinados com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), na terça-feira (17).

Uma dessas empresas é a Mendoá Chocolates, que anunciou  investimento de  R$ 3 milhões para ampliar sua unidade industrial em Ilhéus, no sul da Bahia. O incremento na capacidade de produção será de 750 quilos/dia.  Com a ampliação a capacidade total da fábrica saltará para 1 mil quilos/dia. Além de manter os 51 empregos existentes, a previsão é de que sejam criados até 30 novos postos de trabalho.

“Nesses 7 anos [de operação na Bahia], nosso consumidor foi ‘catequisado’ para o consumo de um chocolate mais saudável, com alta concentração de cacau e isso nos faz crescer anualmente algo em torno de dois dígitos, levando nossa capacidade fabril a praticamente sua plenitude. Atuamos em 16 capitais do Brasil e isso gerou uma necessidade de pensarmos em ampliar nossa fábrica e projetar uma nova unidade fabril para os próximos três ou cinco anos”, explica Alexandre Soeiro, diretor de Operações da Mendoá.

ENERGIA SOLAR

Já os representantes da Sol do Sertão, no município de  Oliveira de Brejinhos, assinaram  protocolos no valor de R$ 810 milhões para construção de seis usinas para geração de energia elétrica. No total, a empresa, que investe pela primeira vez em energia solar, vai construir três grandes complexos, com um total de oito parques e capacidade instalada de 474 Megawatts (MW).

De acordo com Gilberto Peixoto, diretor de Implantação da Sol do Sertão, as obras civis devem iniciar ainda este mês e gerar 1,2 mil vagas de emprego. “A previsão é que os parques entrem em operação por fases, entre março e julho de 2021. Estamos desenvolvendo também um projeto eólico na região de Xique Xique, com previsão de início de obras para o próximo ano”, declara Gilberto Peixoto, diretor de Implantação da Sol do Sertão.

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Revista destaca o novo perfil do cacauicultor sul-baiano || Divulgação

A força empreendedora dos produtores de cacau no sul do Estado é o principal destaque da edição impressa da Bahia Oportunidades, lançada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia. A revista traz o ambiente favorável aos novos empreendimentos e geração e emprego e renda no estado.
No sul da Bahia, os coronéis dão lugar a empresários modernos, as exportações do produto in natura cedem espaço para a produção de chocolates tipo exportação e a fama adquirida por intermédio dos livros de Jorge Amado incentiva o turismo rural. As inovações com o suporte da Ceplac e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) também são mostradas na reportagem. A edição digital pode ser conferida, gratuitamente, clicando aqui.
– A edição impressa amplia ainda mais o alcance da revista, que apresenta o ambiente favorável à geração de negócios, emprego e renda hoje existente na Bahia. A revista é um importante instrumento de prospecção e atração de novos investimentos – afirma o novo secretário da Pasta, Paulo Guimarães, que substitui o ex-governador Jaques Wagner.Leia Mais

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Complexo tem capacidade para gerar energia para cidade de 166 mil habitantes || Foto Manu Dias
Complexo tem capacidade para gerar energia para cidade de 166 mil habitantes || Foto Manu Dias

O sol forte que sempre castigou o sertanejo agora é cobiçado por investidores bilionários que começam a mudar a cara do semiárido baiano. O movimento transformou a pequena Bom Jesus da Lapa, até então conhecida pelo turismo religioso e suas grandes romarias, na capital da energia solar. A cidade, de 63 mil habitantes, localizada à beira do Rio São Francisco, abriga hoje a primeira grande usina solar do Brasil.

Ali, onde o sol nasce antes de o relógio marcar seis horas da manhã e a temperatura quase sempre beira os 35 graus, já estão sendo produzidos 158 megawatts (MW) com o calor do sol. É energia suficiente para abastecer uma cidade de 166 mil residências – Bom Jesus da Lapa, por exemplo, tem 16 mil domicílios. Mais importante que isso, no entanto, é que o projeto representa o primeiro passo para o desenvolvimento de uma indústria bilionária que não para de crescer no mundo – no ano passado, avançou 50%.

Só em Bom Jesus da Lapa, a italiana Enel Green Power, dona do empreendimento, investiu US$ 175 milhões, algo em torno de R$ 542 milhões. Em pouco mais de um ano, 500 mil painéis solares passaram a cobrir uma área de 330 hectares, o equivalente a 462 campos de futebol. Nesse período, a cidade sertaneja, acostumada com o vaivém dos fiéis e com cifras bem mais modestas, passou a conviver com uma mistura de idiomas.

Como a cadeia de produção no Brasil ainda é incipiente, os equipamentos para montar o parque solar vieram de várias partes do mundo. Os painéis que captam o calor do sol foram fabricados na China; os conversores para transformar a energia solar na eletricidade que chega à casa dos consumidores vieram da Itália; e a montagem da estrutura que permite a movimentação dos painéis na direção do sol foi feita por espanhóis.

Leia a íntegra na Exame