O empresário Sérgio Gomes assumiu a gestão da Fundação Fernando Gomes, mantenedora da Maternidade da Mãe Pobre, no último sábado (18). Ao lado do ex-gestor Almir Gonçalves, Sérgio atirou em várias direções. Acertou até numa das irmãs, que dirigia a maternidade.
Sérgio reclamou da gestão de Eric Ettinger como secretário da Saúde de Itabuna. Segundo ele, o ex-secretário pressionou a Fundação Fernando Gomes para que entregasse a maternidade à Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, da qual foi provedor. Era isso ou fechava, segundo o novo gestor.
A maternidade, disse ele, recebia, em média, R$ 800,00 por parto e esse valor caiu até R$ 170,00. “Como é que recebia R$ 170,00 e gastava R$ 300,00?”, questionou.
Antes, disse que a Santa Casa tornou-se um negócio familiar. “É de pai para filho, de filho para pai”, disse, numa referência ao fato de que, hoje, a instituição é comandada pelo médico Eric Ettinger Jr.
O novo gestor reclamou, ainda, da irmã que dirigia a maternidade, pois ela manteve o valor pago aos médicos e nível de atendimento mesmo com o corte de verbas para a Mãe Pobre. “Praticamente, estava se trabalhando para pagar médico”. A Almir, Sérgio disse que o médico estava lhe entregando uma “alça de caixão”.
Almir deixa a gestão da maternidade, mas não ficará no “preju”. Além do valor da multa rescisória, cobrou o valor gasto para modernizar e equipar a maternidade. Segundo ele disse na reunião, foram R$ 1,2 milhão em gastos com reforma e compra de equipamentos.
Parte dos funcionários, cerca de 20, queria saber quando irá receber os sete meses de salários atrasados. O valor deverá ser pago pela maternidade. Sérgio Gomes prometeu até dois ou três salários pagos antes da folia momesca. Almir se justificou, dizendo ter encontrado dificuldades e faltou apoio de quem deveria ajudar.