Sem nenhum deboche, confesso que fico na dúvida sobre a banda podre que mais fede, se a do PT ou do PSDB. Se existisse um aparelho para aferir, o nome seria “Fedômetro”.
O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB), com certeza entre os mais aguerridos parlamentares do tucanato e da oposição, sabe que “pau que dá em Chico também dá em Francisco”.
Bastava só a condição de parlamentar para obrigá-lo a esclarecer qualquer denúncia em relação a sua vida pública. Como vice-presidente da CPI da Petrobras a responsabilidade é maior.
O que se espera do tucano é uma explicação convincente sobre o desvio de R$ 166 milhões nas obras do metrô de Salvador durante sua gestão como prefeito.
Em vez de interpelar judicialmente quem o acusou, Imbassahy se defende usando o simplório argumento de que “as denúncias são vazias”. Só faltou dizer que tudo não passa de mais uma “intriga da oposição”.
Ora, ora, se são acusações sem provas, se é mentira, então processe o deputado Afonso Florense (PT) por crime de calúnia e difamação, dando um chega pra lá no “quem cala, consente”.
Bobagem é ficar dizendo que foi “reiteradas vezes escolhido o mais avaliado prefeito do Brasil”, como se um bom chefe de Executivo tivesse o privilégio da imunidade diante de qualquer acusação.
O então presidente Lula tinha uma invejável aprovação, mas era acusado pelos tucanos de ser complacente com os companheiros envolvidos no escândalo do mensalão, com a banda podre do PT, com os aloprados.
Em vez de ficar se regozijando, o tucano tem que mostrar que sua rodilha aguenta o pote, que faz parte do PSDB decente e não do tucanato da Lista de Furnas, do mensalão mineiro, da privataria tucana, metrô de São Paulo e das operações Castelo de Areia. Lava Jato e Zelotes.
Do contrário, o melhor caminho é a renúncia. A função de vice-presidente da CPI da Petrobras é incompatível com qualquer suspeita de desvio de dinheiro público.
Sem nenhum deboche, confesso que fico na dúvida sobre a banda podre que mais fede, se a do PT ou do PSDB. Se existisse um aparelho para aferir, o nome seria “Fedômetro”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.