Integrantes da banda de pagode New Hit, acusados de estuprar duas adolescentes em agosto de 2012, irão a julgamento a partir desta terça-feira, 3, na cidade de Ruy Barbosa, a 320 quilômetros de Salvador. A expectativa é de que a sentença seja divulgada no dia seguinte.
O crime de que os músicos são acusados teria sido cometido logo após um show da banda. As duas adolescentes, de 16 anos, acompanharam a apresentação e depois pediram para tirar fotos com os componentes, sendo orientadas a entrar no ônibus do grupo. Foi no interior do veículo que teria ocorrido o estupro, com a conivência de um policial militar que trabalhava como segurança dos pagodeiros.
Além da possível violência sexual, os integrantes da New Hit são acusados por grupos feministas de desrespeitar a mulher nas letras das músicas, bem como nas coreografias apresentadas no palco. O julgamento dos réus em Ruy Barbosa será acompanhado pela Marcha Mundial das Mulheres, que combate a violência de gênero.
Maíra Guedes, militante da Marcha, diz que “a luta pelo fim da violência contra as mulheres é parte da luta por liberdade, que só virá com a destruição de todo um sistema que se alimenta da exploração e opressão das mulheres”.
Após receber denúncia anônima, a polícia prendeu na noite desta segunda-feira, 24, no bairro Califórnia, em Itabuna, o comerciante José Carlos Almeida Silva, de 50 anos. Ele será indiciado pela prática de crime de estupro contra uma menina de 12 anos.
No momento da prisão, a menor se encontrava com José Carlos no estabelecimento comercial deste. Quando percebeu a chegada da polícia, o comerciante tentou se livrar do flagrante, empurrando a adolescente do alto de uma laje. Na queda, ela sofreu várias escoriações.
Segundo o Plantão Itabuna, a jovem foi ouvida pela delegada Divanice Dias e contou que lavava pratos para José Carlos em troca de dinheiro, mas depois o comerciante passou a abusar dela. As roupas da adolescente tinham vestígios de sêmen e manchas de sangue.
José Carlos, que foi classificado pela delegada como “monstro”, já se encontra no Conjunto Penal de Itabuna.
Branca Magalhães*
A moradora de rua Edna Pereira Alves, 46 anos, foi encontrada completamente nua, ontem, pela auxiliar de enfermagem, Vera Lúcia Pinheiro, nas proximidades da Ponte Velha do Conceição, ao lado do prédio da Receita Federal, na Avenida Amélia Amado.
Segundo relato da auxiliar de enfermagem, a mulher foi jogada como se fosse um “cachorro” na calçada, aparentava ter sido estuprada e espancada, com sangramentos no ouvido, boca e órgãos genitais. A auxiliar de enfermagem acionou uma viatura da polícia e os serviços do Samu 192.
Edna disse que sofreu uma tentativa de estupro, mas que, após levar uma pedrada, caiu desacordada. Ela não lembra o que aconteceu depois disso. Uma colaboradora comprou o medicamento para que a mesma possa usar, na tentativa de melhorar as fortes dores que ainda sente na boca.
A moradora de rua vive com seu companheiro, de prenome Rosivaldo, de 43 anos, que disse ser tratorista, mas encontra-se desempregado e entregue à bebida. Rosivaldo é dependente químico e disse que já foi internado no Centro de Recuperação Renascer, fundado pelo prefeito Claudevane Leite. O tratorista mostra revolta com a falta de oportunidades no município. *Estudante do curso de Jornalismo da Unime Itabuna.
Acusados de estuprar duas adolescentes em agosto do ano passado, os músicos da Banda New Hit vão a julgamento na próxima segunda, 18, no Fórum da Comarca de Ruy Barbosa. A Marcha Mundial das Mulheres está mobilizando grupos em todo o Estado para acompanhar o júri e cobrar justiça no caso. As duas jovens foram estupradas por dez homens em um ônibus da banda (relembre aqui).
Maíra Guedes, do coletivo Zeferinas da Marcha Mundial, diz que o objetivo é promover pressão social e política para que os acusados sejam condenados. Os músicos e um policial militar que fazia a segurança da banda foram presos, mas soltos 30 dias depois do crime. Eles aguardam o julgamento em liberdade. As manifestantes criaram um blog para o combate à violência contra a mulher (clique aqui).
Desde o ano passado, a Marcha Mundial das Mulheres vem promovendo ações para denunciar a banda e, também, a violência contra a mulher. “Há a necessidade do debate, de questionar o estado e o funcionamento das delegacias de atendimento à mulher. Os centros de atendimento à mulher funcionam de forma precária”, disse Maíra ao PIMENTA.
O coletivo Zeferinas está arrecadando fundos para que mulheres de todo o estado acompanhem o julgamento dos músicos. As contribuições podem ser feitas em contas no Banco do Brasil (agência 3158-5 /conta corrente 25548-3) e Bradesco (agência 1543-1 / conta corrente 0027457-7) em nome de Júlia Silva. Os telefones para contato são (71) 9229.8073 / 9158.1666.
O trabalhador rural Joildo Souza Santos, 36, foi detido, ontem à tarde, ao ser acusado de estuprar duas filhas menores, de 17 e 14 anos, no Assentamento Nova Ipiranga, em Camacan. A filha mais velha, A.S.S., disse em depoimento que era abusada sexualmente desde os 11 anos de idade.
Joildo negou as acusações e culpou o namorado da filha mais velha pela “situação”, segundo o site O Tempo. O trabalhador rural disse que não permitia que a filha saísse com o rapaz, o que teria motivado a “falsa denúncia”. Joildo disse que nunca abusou das filhas, o que poderá ser comprovado por meio de exame. As vítimas ficarão sob tutela de uma tia.
A Polícia Militar prendeu nesta terça-feira, 11, em Camacã, um homem que é suspeito de cometer estupro contra a própria sobrinha, uma criança de apenas cinco anos.
Segundo informações da polícia, José Romildo Rosa dos Anjos foi flagrado por uma irmã, também tia da vítima, quando praticava o crime. A mãe da menor, Fabiana Rosa dos Anjos, chegara há dez dias de São Paulo, onde mora, para visitar os parentes, e ficou hospedada na casa da mãe, na qual também vive o suspeito.
José Romildo estava em uma fazenda, nas proximidades do distrito de Jacareci, quando recebeu voz de prisão e em seguida foi levado para uma cela na delegacia de Camacã. Há informações de que ele já responde por crime previsto na Lei Maria da Penha, por ter agredido uma gestante.
O Conselho Tutelar de Camacã acompanha o caso da menor vítima de estupro.
Essa batalha de gênero parece ainda engatinhar quando, 90 anos depois, ainda existem homens querendo apenas uma fêmea que obedeça quando ele ordena, a la Coronel Jesuíno: “deite, que hoje eu quero lhe usar”.
Enquanto vemos a mídia alardear a notícia de que nove integrantes de uma banda de pagode de Salvador estupraram duas menores (uma delas virgem), no pequeno município de Ruy Barbosa, oeste baiano, também aflora uma infinidade de inevitáveis reflexões. A primeira delas é sobre a concepção que se constrói da mulher, sobretudo entre adolescentes e jovens cuja personalidade ainda esteja em formação.
Dá asco só de imaginar a seguinte cena: dois jovens “músicos” estavam dentro do banheiro covardemente violentando as meninas, ao passo que os outros sete aguardavam sua vez fazendo batucada e entoando o côro apregoado pelo hit de outra banda da capital: “bota com raiva/ bota com raiva/ bota com raiva/ botaaaa…”.
Durante o revezamento, os colegas caprichavam na percussão, cantando o principal sucesso daquele grupo: “ela senta, senta, senta/ senta, senta com vontade”. Deplorável! Porque, segundo depoimento prestado à polícia, as garotas não o fizeram por vontade. Aliás, por terem apenas 16 anos, legalmente falando, elas sequer poderiam decidir sobre tal ato.
É preocupante saber que tantos meninos – e também meninas – têm incutida em seu imaginário a visão da mulher como mero objeto sexual, reles pedaço de carne. Lamentável imaginar que um garoto de 13 anos pode olhar para uma gatinha da mesma idade e, de forma bastante crua, pensar: “se essa ‘nêga’ me der mole, eu esculacho!”.
O ideal da fêmea como objeto a ser devorado não permite que o garoto saiba que ela conquistou o mesmo direito de ter prazer que ele sempre teve. Nesse sentido, quem apenas quer que a garota lhe “dê a patinha” não deve ter noção de uma regra básica que diferencia o homem do menino: para usar uma expressão bem soteropolitana, ele só é o “miseravão da ladeira” quando consegue que a sua parceira também chegue ao clímax.
Olhando sob um prisma macro, sabemos que o Brasil tem a primeira mulher presidente da República, a primeira mulher ocupando a presidência da Petrobras; elas também são maioria no número de aprovados em concursos e no ingresso em universidades. Esse é o ponto positivo.
Por outro lado, essa batalha de gênero parece ainda engatinhar quando, 90 anos depois, ainda existem homens querendo apenas uma fêmea que obedeça quando ele ordena, a la Coronel Jesuíno: “deite, que hoje eu quero lhe usar”. A forma é outra, é claro, mas o ideal de dominação é equivalente. Para onde vamos? Que formato terão as futuras famílias?
Perdoem-me se a indignação fez o texto descambar para a rota da “guerra dos sexos”. Esse, definitivamente, não é o norte do necessário respeito mútuo e da tão desejada igualdade de direitos entre homens e mulheres. Uma coisa é certa: o roteiro não passa pelo falso ideal plantado por outro hit que diz: “mulher é que nem lata/ um chuta e o outro cata”.
Acusado de assédio sexual, estupro e corrupção de menores, o prefeito de Una, Dejair Birschner teve adiado o julgamento na segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), marcado para esta manhã de quinta-feira (4). O tribunal não informou o que teria motivado o adiamento.
Dejair é investigado pela acusação de assediar sexualmente, estuprar e corromper com dinheiro e bebida duas adolescentes de 13 e 15 anos, filhas de um trabalhador rural. O caso ocorreu em 2008, quando Dejair, segundo investigação da polícia civil, Conselho Tutelar e Ministério Público estadual, Dejair e um outro homem embebedaram as meninas e as levaram para um motel no Cururupe, às margens da BA-001, em Ilhéus.
Os pais das adolescentes retiraram a queixa na polícia, mas as investigações continuaram porque o Ministério Público estadual encontrou indícios de que os responsáveis pelas adolescentes teriam sido obrigados a desistir da denúncia.
Além deste processo, Dejair também responde a outras ações judiciais, sendo uma delas por desacato, obstrução de justiça, difamação e injúria contra o Sargento Agnaldo, da Polícia Militar. Agnaldo comandava uma operação da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), quando foi desacatado pelo prefeito e chamado de “propineiro”.
As ações foram movidas pelo Ministério Público estadual e pelo policial militar. Dejair tentava liberar mais de duas dezenas de carros e motos que circulavam irregularmente no município de Una (relembre o caso).
O prefeito de Una, Dejair Birschner (PP), vai a julgamento na próxima quinta (4), no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), às 8h30min, por estupro de três adolescentes em maio de 2008. O fato começou a ser apurado quando os pais das vítimas denunciaram o caso ao Conselho Tutelar, em agosto do mesmo ano.
Quase um ano depois da denúncia, o pai das adolescentes de 13 e 15 anos retirou a queixa na polícia. A promotoria encontrou indícios de suborno por parte do prefeito e optou por levar o processo adiante. As vítimas eram conhecidas do então candidato a prefeito de Una, eleito cinco meses depois do crime.
As menores, obrigadas a ingerir bebida alcoólica, foram depois levadas para um motel em Cururupe, em Ilhéus, às margens da BA-001. De acordo com a denúncia, Dejair e outro homem forçaram as adolescentes a fazer sexo. Formalmente, ele é acusado de assédio sexual, corrupção de menores e violência sexual.
Do Bahia Notícias:
Na primeira vez que desfila em Salvador, a Marcha das Vadias reuniu cerca de 50 jovens mulheres que protestaram contra aspectos machistas da sociedade, como a velada culpa que é imputada às mulheres vítimas de estupro. “
Minha roupa curta não é um convite” ou “A causa do estupro é o estuprador”, diziam as faixas e cartazes espalhados pelo bloco.
Ao contrário do que aconteceu nos protestos similares pelas demais capitais do país, em Salvador não houve topless das participantes.
A polícia corre atrás de dois homens novos que saíram de uma boate na avenida José Soares Pinheiro juntos com Manuela Néri Oliveira, 27, estuprada e morta a pauladas na madrugada do sábado (19).
Um depoimento colhido pela polícia pode ser a chave para desvendar o caso e chegar aos autores do crime. Os dois jovens foram definidos por uma testemunha como “bem vestidos” e os três estariam na boate.
O crime chocou Itabuna pela violência como a vítima foi morta. Parte da face de Manuela ficou totalmente dilacerada pela sequência de pauladas. O reconhecimento de Manuela foi feito pela família nesta tarde. O assassinato ocorreu no loteamento Teclo Conrado.
Uma mulher conhecida como “Rasta” foi estuprada e assassinada com requintes de crueldade numa das transversais da avenida José Soares Pinheiro, em Itabuna. O corpo foi encontrado no início da manhã de hoje. A face estava irreconhecível pela sequência de golpes aplicados pelo algoz. Este é o 32º assassinato ocorrido em Itabuna neste ano.
A polícia militar prendeu hoje o vaqueiro Admilson Santana, 26. Ele é acusado de estuprar uma estudante universitária e roubar o celular da vítima, que acabava de chegar de viagem a Itororó, por volta das 4h30min de hoje.
O vaqueiro estava com uma faca à mão e ordenou que a vítima tirasse a roupa. A estudante havia acabado de descer do táxi e foi atacada quando tentava abrir a porta da república onde mora. Admilson foi logo preso e será levado para o Conjunto Penal de Itabuna.