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O candidato do PT a governador, Jerônimo Rodrigues, declarou que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB), seu adversário no pleito deste ano, é a encarnação do antilulismo na Bahia.

Ele [ACM Neto] é o anti-Lula na Bahia. O ex-prefeito não gosta do Lula, ameaçou dar uma surra. Agora, há dois meses, ele afirmou que Lula era uma muleta. Não se trata adversário dessa maneira”, criticou o petista, nesta quinta-feira (4), em Salvador.

Segundo Jerônimo, ACM Neto afirma que se mantém neutro em relação à corrida presidencial para não se indispor com os eleitores do ex-presidente Lula no estado. “Lula sabe que a Bahia vem em uma trajetória do campo dele, do PT, da esquerda. Não cola o ex-prefeito querer pegar carona, porque o DNA dele é outro, o DNA dele é de laboratório, não é de gente, de povo, ele não sabe cuidar de gente”, emendou.

O petista relembrou que, no segundo turno da eleição presidencial de 2018, ACM Neto apoiou o então candidato Jair Bolsonaro contra o postulante do PT, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Ainda conforme Jerônino, hoje, os principais cargos do governo federal na Bahia são indicados por lideranças ligadas a ACM Neto, o que é negado pelo pré-candidato a governador pelo União Brasil.

"Quadro [pré-eleitoral] continua o mesmo", afirma Jaques Wagner
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O senador Jaques Wagner (PT) usou uma rede social, na noite desta terça-feira (15), para anunciar que sua pré-candidatura ao governo baiano está viva. Ele falou sobre o assunto após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Rui Costa (PT) e o senador Otto Alencar (PSD), em São Paulo. O vice-governador João Leão (PP) vai se reunir hoje (16) com Lula, também com a presença de Rui.

“Nosso objetivo é fortalecer a unidade do grupo para ganharmos mais uma vez na Bahia e com Lula. O quadro continua o mesmo, com minha pré-candidatura ao Governo e o desejo de Otto e Leão de disputarem o Senado. Política é assim: se conversa muito até se chegar a um consenso”, escreveu Wagner.

Lula critica imagem ultrapassada do Nordeste e lembra que iniciou transposição do Rio São Francisco
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Nesta quarta-feira (9), durante entrevista à Rádio Clube de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o legado que seu governo deixou no Nordeste. Ele ressaltou a melhoria na educação e as obras da transposição das águas do Rio São Francisco. O petista disse que, quando presidente, sabia que tinha que recuperar o atraso a que o Nordeste foi submetido por muitos anos.

“Agora, o presidente que está aí não liga para o Nordeste. Ele [Jair Bolsonaro] está visitando o Nordeste agora por causa das eleições, mas brigou com governadores e prefeitos e ofendendo nordestinos. Ainda esta semana ele disse que tem muito ‘pau de arara´ em São Paulo, ele é uma pessoa sem escrúpulos”, disse Lula.

O ex-presidente afirmou que quer provar que a região não nasceu para ser pobre. “O Nordeste tem potencial extraordinário. Por isso fizemos investimentos em universidades, em escolas técnicas. É esse país que eu quero recuperar: quero que o povo nordestino acorde de manhã dizendo ‘nós podemos, nós merecemos e nós vamos fazer´. Que o povo nordestino não levante de manhã falando de miséria e de fome, ele tem que falar de bonança, de coisa boa, tem que falar que tem direitos e andar de cabeça erguida, porque é esse Nordeste que nós vamos reconstruir outra vez”, afirmou.

IMAGEM DO PASSADO

O ex-presidente também criticou a imagem que havia sido criada no passado para o povo nordestino.

“Você sabe que eu era revoltado, não gostava de ver as pessoas falar ‘ah, mas nordestino é bom, nordestino veio pra São Paulo construir as pontes, construir viaduto, construir prédio, não, a gente não quer ser só pedreiro, a gente quer ser engenheiro, a gente quer ser arquiteto, quer ter um diploma de doutor e quer ganhar mais salário, porque a gente gosta de viver bem. Isso que é a consciência do povo nordestino e eu tenho orgulho de dizer que o nordestino não deve nada a ninguém nesse país”, afirmou.

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Sobre a transposição do Rio São Francisco, Lula lembrou que era uma obra pensada desde os tempos do Império, mas que jamais havia saído do papel, por inúmeras questões políticas.

“Fizemos a transposição do Rio São Francisco, que ninguém tinha coragem de fazer. Dom Pedro, quando era imperador, não conseguiu fazer, os militares também. Tentei convencer as pessoas que o São Francisco é um rio nacional, ele é do Brasil, os donos dele são os brasileiros. Agora a transposição está sendo concluída”.

O ex-presidente disse esperar que Bolsonaro tenha coragem de dizer que a obra era de Lula. “Eu espero que Bolsonaro, que tá fazendo viagem pra inaugurar os pedacinhos que ele concluiu, que tenha a coragem de dizer ‘olha, eu tô inaugurando aqui, mas quem começou essa obra foi o presidente Lula, foi um pernambucano, saído de Caetés, num pau de arara, com diploma de torneiro mecânico, que teve a coragem de fazer a obra do século no nosso país, que foi levar água para 12 milhões de nordestinos que vivem no semiárido”, concluiu.