Confira a programação completa do evento
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O 12º Festival de Dança Itacaré marca a internacionalização do evento, que vai transformar a cidade litorânea no sul da Bahia em palco de uma programação composta por artistas do Brasil e de mais cinco países. A exemplo do ano passado, a edição de 2024, que começa hoje (28) e segue até 10 de novembro, também vai ocupar espaços de Ilhéus, cidade a 60 quilômetros de Itacaré.

Com o tema Expande Expande, o Festival contempla artistas da Bahia, Piauí, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais, além de Portugal, Argentina, França, Costa do Marfim e Moçambique. Durante os 14 dias do evento, serão promovidas performances, espetáculos, intervenções, exibições de vídeo e oficinas-espetáculos.

A abertura oficial desta edição será no dia 6 de novembro, às 19h30min, no Centro Cultural Porto de Trás, em Itacaré, seguida do espetáculo nacional Ancestralidade em Movimento, da artista soteropolitana Edileusa Santos.

Festival reúne artistas de cinco países, além do Brasil

Segundo a idealizadora do Festival de Dança Itacaré, Verusya Correia, a marca do evento é sua abertura para expressões contra hegemônicas. “É no sentido de ancorar-se nas ações diversificadas e em contextos plurais em dança que almejamos oxigenar as nossas estruturas para vislumbrar táticas de emancipações dos modelos coloniais”, acrescentou.

O Festival de Dança Itacaré 2024 é uma produção da Casa Ver Arte, com apoio da Prefeitura de Itacaré, e fomento do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023. Confira, abaixo, a programação completa.

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Apresentação do Coletivo Tripé no Festival de 2014 || Foto Flávio Rebouças
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Estão abertas as inscrições para o Festival de Dança Itacaré. Com o tema “Expande Expande”, o evento chega à 12ª edição e vai receber, pela primeira vez, artistas e grupos de outros países, além do Brasil. Podem ser inscritos espetáculos, oficinas e performances. O prazo segue até 12 de abril, no site do Festival.

A categoria Trabalhos Cênicos vai reunir cinco espetáculos nacionais e três internacionais, com cachê de R$5 mil para cada um. Já na categoria Trabalhos de Rua ou Espaço Alternativo, serão selecionadas três performances em formato de solo, dueto e trio, que receberão R$ 3.500 cada. A categoria Oficina-Espetáculos vai contemplar três projetos a serem executados nos municípios de Ilhéus e Itacaré. O cachê será de R$ 8 mil reais para cada proposta.

A edição deste ano terá duas etapas. A primeira será em Ilhéus, nos dias 4 e 5 de novembro; e a segunda, em Itacaré, nos dias 6 e 10 do mesmo mês. O Festival vai disponibilizar transporte, hospedagem e ajuda de custo para alimentação dos artistas e grupos selecionados.

O resultado da convocatória será divulgado no site do evento, no dia 17 de maio.

FORA DA CAIXA

Festival busca expressões contra hegemônicas da dança

A idealizadora do Festival de Dança Itacaré, Verusya Correia, conta que a seleção é destinada a artistas profissionais da dança contemporânea. “Esta edição é sobre conhecer uma outra parte da história, é posicionamento, é ancorar-se, é promover emancipações aos modelos hegemônicos”, diz.

Ela comenta, ainda, que o recorte curatorial vai atentar para questões que promovam a pluralidade e ultrapassem as expressões arraigadas na academia. “O que nos move, o que discutimos, é sobre o cotidiano de populações menos favorecidas, os territórios contra hegemônicos, são essas histórias, seus desvios compositivos, são essas danças que nos interessam”, antecipa.

DO QUILOMBO PARA O MUNDO

O Festival, segundo as organizadoras, é construído junto com moradores de Itacaré e tem como palco principal o galpão do Porto de Trás, quilombo urbano com 286 anos de resistência. Depois de 16 anos desde a primeira edição, o Festival de Dança Itacaré se consolida como um evento cada vez mais aberto aos corpos dissidentes, à transversalidade de saberes e à criação de novas expressões na dança, avaliam.

A proposta do Festival tem chamado atenção de espaços internacionais de discussão sobre a linguagem. Em 2022, Verusya foi a única brasileira selecionada para o Programa Internacional de Visitantes pela NRW KULTURsekretariat, em Düsseldorf, na Alemanha, onde acompanhou o Internacional Tanzmesse NRW 2022.

Outras interlocuções criativas e conexões foram feitas em Moçambique, na capital Maputo, em 2023, quando ela participou da Bienal de Dança na África durante a 10ª edição do Kinani, Plataforma Internacional de Dança Contemporânea.

“Itacaré não tem teatro. Usamos as ruas e o galpão do Porto de trás como palcos possíveis. A continuidade do Festival nos possibilitou compartilhar as experiências do evento, por curiosidade de artistas brasileiros que não moram no Brasil e estrangeiros interessados em conhecer nossa programação. Desejamos aproximar outros modos de composição em dança para além do Brasil, perceber as similaridades e as diferenças neste enorme mundo. Isso é expandir”, conta Verusya.

O Festival de Dança Itacaré 2024 é uma produção da Casa Ver Arte, com fomento do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023. Informações atualizadas podem ser conferidas nas redes sociais em @festivaldedancaitacare.

Inscrições para atividades do Festival seguem até 8 de outubro
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O 10º Festival de Dança Itacaré abriu inscrições para oficinas-espetáculo gratuitas e para interessados em ser monitores desta edição, que será realizada de 5 a 11 de novembro, em Ilhéus e Itacaré. De volta à modalidade presencial, o evento promoverá, gratuitamente, três atividades formativas, oferecendo 68 vagas, além de agregar oito monitores. Para garantir a participação, é necessário se inscrever no site do Festival até o dia 8 de outubro.

A Oficina Espetáculo Estrutura – Espaço em Processo (s), que será facilitada pela artista e professora Bel Souza, da Escola de Dança da UFBA, propõe um misto de oficina e residência, no qual um grupo de artistas – atores, dançarinos, performers, músicos, VJs, artistas visuais – ocupa um espaço da cidade, culminando na apresentação de uma instalação performática, livremente inspirada nos happenings da década de 1960.

São disponibilizadas 20 vagas e a participação depende de seleção prévia. A atividade será de 31 outubro a 06 de novembro, de 18h30 às 21h30, no Espaço Cultural – Terreiro Matamba Tombenci Neto/Gongombira, em Ilhéus.

Bel Souza, Marcelo Evelin e Núcleo da Tribo conduzem atividades formativas

Já Barricada, a oficina-espetáculo com Marcelo Evelin, da Demolition Incorporada, será uma prática coletiva que propõe pensar proximidade como estratégia de defesa e o estar juntos como uma posição política, por meio de coreografias que remontam às táticas populares de insurreição que surgiram no século XVI. Não é necessário ter experiência em dança para participar. Trinta participantes estarão presentes na atividade, de 06 a 11 de novembro, de 14h às 18h, no Centro Cultural Porto de Trás, em Itacaré.

O Núcleo da Tribo facilitará a oficina – espetáculo Da Totalidade ao Vamos pra Costa?, criação de experiências corporais que dialoguem e experimentem a ação de pesca no litoral do sul da Bahia. A oficina será de 7 a 10 de novembro, das 9h às 12h, na Praia da Concha, em Itacaré. Serão 18 vagas.

MONITORIA 

Os interessados em concorrer às oito vagas para monitores, responsáveis por apoiar a produção e a assessoria de comunicação, além de acompanhar as atividades do evento. O participantes vão conhecer as etapas de produção do Festival e atuar em diferentes atividades. Ao fim, receberão certificado de participação. Para os selecionados que não residirem em Itacaré, a produção do Festival oferecerá hospedagem e ajuda de custo na alimentação.

O resultado das inscrições para estas atividades será divulgado no dia 10 de outubro de 2022, no site do Festival. O evento é uma realização da Associação Comunidade Tia Marita, e tem apoio institucional da Casa Ver Arte e apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

Festiva de Dança Itacaré está com inscrições abertas para oficinas
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A Edição IX do Festival de Dança Itacaré está com inscrições abertas para oficinas, palestras e rodas de conversas, que serão realizadas entre os próximos dias 8 e 14 deste mês de novembro. O evento ainda contemplará o lançamento do documentário “Tenho ouvido pra dançar, danças filmadas e performances gravadas”.

As atividades são gratuitas e as vagas limitadas. Por isso, os interessados devem garantir a participação por meio da plataforma Sympla. Os detalhes sobre dias e horários das atividades que serão realizadas entre os dias 8 e 13, bem como os currículos dos profissionais que irão conduzi-las, estão disponíveis no site festivaldedancaitacare.com.br/ANO-IX/.

As oficinas previstas são: Mito Pessoal e Mistério do Inconsciente, com Tânia Bispo; Corpo-cidade-casa: habitar a si para habitar o mundo, com Fabiana Dultra Britto, Clara Passaro, Dilton Lopes de Almeida Júnior, Gábe Maria Pires dos Santos, Júlia Domínguez, Maria Eduarda Azevedo e Rafaela Lino Izeli; e Estéticas plurais: a diáspora em movimento, com Soraya Martins.

CONVERSAS COM GRUPOS

O Festival de Dança Itacaré promoverá conversas com grupos e profissionais diversos. A primeira será Roda de Conversa – BTCA 40 anos, com Mônica Nascimento, Fernanda Santana, Paullo Fonseca e a diretora artística do BTCA, Ana Paula Bouzas. A segunda será Centro de Formação em Artes: Por Uma Política Formativa Afrodiaspórica.

Os convidados serão Jacson do Espírito Santo, diretor do CFA, e Márcio Fidélis, professor do Curso Técnico em Dança da Funceb. Já o último bate-papo, Processos Criativos – Performances Gravadas, reunirá os artistas Letícia Sekito, Felipe Lwe, João Rafael Neto e Giltanei Amorim.

O projeto Festival de Dança Itacaré tem apoio financeiro do Governo do Estado, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.