Tempo de leitura: 2 minutosCarlos Demeter
“Todos manipulam de acordo com os seus
interesses e na medida de suas forças”
Mais uma vez a ONG Floresta Viva, sitiada em área Uruçuca-Serra Grande, entra em ação através de um Projeto sem pé e sem cabeça “ Criação de um parque marinho na Pedra de Ilhéus”.
Na verdade o que está por trás desta manobra é criar obstáculos para impedir o desenvolvimento em Ilhéus.
Explicando:
Se esta medida for aprovada, este parque ficará entre três portos:
– O porto atual;
– O Porto Pesqueiro que ficará na baía do Pontal; e
– O Futuro Porto Sul.
É preciso esclarecer para a população – e principalmente para os pescadores artesanais – quais são os verdadeiros impedimentos e restrições estabelecidos com um Parque Marinho:
Futuramente, haverá uma grande movimentação de barcos pesqueiros, cargueiros, lanchas e com certeza eles vão criar uma área de amortização e de não-movimentação que certamente irá chocar com a rota natural.
Além do mais, está na hora de exigir estudos mais profundos para avaliar quais os efeitos positivos e negativos na vida dos habitantes com a criação deste parque marinho. Isso, para não ocorrer o mesmo que ocorreu com o Parque do Conduru quando o Estado deu o maior calote nos proprietários.
Até hoje tem fazendeiro que ainda não recebeu por suas propriedades. Hoje o Parque é o maior centro de retirada de madeira, pois não há fiscalização. Na verdade, está servindo apenas para o Floresta Viva arrecadar fundos de instituições estrangeiras e repasses dos governos Federal e Estadual. Come uma parte e outra eles fingem que estão trabalhando com as comunidades tradicionais.
Vejam o exemplo do que esta acontecendo na vizinha cidade de Canavieiras com a criação da Reserva Extrativista.
Outro exemplo vergonhoso é a criação do Parque da Esperança, uma área de aproximadamente 500 hectares que hoje serve de refúgio para foragidos da lei, ladrões de lenha e madeira. O município não se dá ao trabalho de colocar uma fiscalização e estimula criar mais uma Unidade de Coisa Alguma (UCA). Certamente, há por trás alguma fundação com muito dinheiro para repassar e deixar mais rico alguém…
Pergunto – Porque a Universidade e este Sr. Gil Marcelo Reuss não estabelecem um projeto para tentar melhorar a vida das pessoas que estão morando nos manguezais?
Além de ajudar as pessoas a solucionar seus problemas indiretamente, estará ajudando o MERO-CANAPU. “Este com certeza tem um vasto oceano para morar e não paga aluguel” ;
Por que o Floresta Viva não se junta à Universidade e faz um projeto de cunho social, no Salobrinho, por exemplo, que tem uma comunidade de pescadores de pitu, camarão e curucas? Sabe por que? Porque o bicho-homem não dá lucros para estas ONGs de fachada que dispõem de uma infraestrutura vasta para execução de projetos com animais e vegetais, afinal eles não falam!!!
E se falassem, iriam desmascarar quem são estas pessoas travestidas de bons cidadãos cheios de boas intenções.
Carlos Demeter Filho é advogado e agricultor.