Erasmo, primeiro à esquerda, marcou sessão e cancelou evento sem aviso e justificativa
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Um estudo da Organização Não-Governamental Acari sobre segurança alimentar e nutricional apontou a existência de 53 mil famintos em Itabuna, o mais populoso município da região sul da Bahia. Pelo estudo, conclui-se que 1 a cada 4 itabunenses vive em situação de extrema pobreza e não tem o que comer ou, pelo menos, não faz as três refeições diárias.

Os dados foram apresentados a várias autoridades de Itabuna e, também, ao governador Jerônimo Rodrigues. O estado lançou, no mês passado, campanha de combate à fome na Bahia.

O assunto segurança alimentar está na pauta do brasileiro, mas não encontrou espaço na Câmara de Vereadores de Itabuna.

Há cerca de um mês, o presidente da Casa, Erasmo Ávila (PSD), acompanhado do vereador Diego Pitanga (PT), recebeu comitiva integrada por servidores federais, advogados, pastores e entidades para a discussão da segurança alimentar e nutricional em Itabuna.

Naquela reunião no dia 13 de março, no gabinete da presidência, Erasmo reconheceu a necessidade de discussão do tema, além de proposta de unificação de ações e projetos de combate à fome. “E elaborar um plano de ação conjunto para garantir alimentação adequada às populações vulneráveis”, afirmou ele, conforme divulgado pelo próprio legislativo (confira aqui).

A presidência da Casa definiu o dia 29 de março para debate da fome em Itabuna em sessão especial. A surpresa ocorreu no dia marcado. Sem dar nenhuma explicação e sem aviso prévio, conforme entidades, a presidência da Casa cancelou a sessão. A diretoria-executiva da ONG Acari, sustenta que a sessão havia sido confirmada. O cancelamento não recebeu, até a tarde desta segunda-feira (10), uma explicação sequer por parte de Erasmo Ávila.

REVOLTA E INDIGNAÇÃO

O cancelamento da sessão gerou revolta e “causou uma grande indignação em todos os representantes das entidades” envolvidas na pauta. O cancelamento se deu e ocorre num “momento em que se busca a união e a unificação das ações de combate à fome no município e a elaboração de um plano conjunto para garantir alimentação adequada a todos”.

À queixa dos envolvidos na pauta levada à Câmara, some-se o que eles consideram como “forma desdenhosa” pela qual “o presidente do Legislativo local discutiu o assunto e tratou os presentes às duas reuniões”. Erasmo, conforme relatos, teria duvidado do número de pessoas que passam fome em Itabuna, por exemplo.

OUVIDOS PELO PALÁCIO DE ONDINA

Se o debate não recebeu o tratamento devido no principal gabinete do prédio do Espaço Cultural Josué Brandão, na Beira-Rio, a preocupação da entidade encontrou eco no Palácio de Ondina, em Salvador. Governador em exercício da Bahia, Geraldo Júnior (MDB) vem a Itabuna nesta terça-feira (11) para falar das ações de combate a fome no município e no estado.

O encontro será no Teatro Candinha Doria. Dele participará o prefeito Augusto Castro e o secretário estadual de Comunicação, André Curvello. O governador Jerônimo Rodrigues não estará no evento devido a compromissos na China, onde está há cerca de 10 dias em missão para atração de negócios para a Bahia.

OUTRO LADO

O site buscou ouvir a versão do presidente da Casa, Erasmo Ávila, sobre os motivos para o cancelamento da sessão especial sem nenhum aviso prévio. Foram feitas ligações para o telefone celular da presidência por três vezes, mas não houve êxito na ação.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso na cerimônia de posse no Congresso Nacional || Foto Valter Campanato/ABr
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (1º), em cerimônia de posse no Congresso Nacional, que o combate à fome e o respeito à democracia estão entre as prioridades de seu governo.

“Os direitos e interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional serão os pilares de nosso governo. Este compromisso começa pela garantia de um Programa Bolsa Família renovado, mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita. Nossas primeiras ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga do projeto de destruição nacional que hoje se encerra”, disse Lula, que assume o cargo de presidente da República pela terceira vez.

Ao chegar ao plenário da Câmara dos Deputados, Lula foi aplaudido por parlamentares e 74 representantes de delegações internacionais, dos quais 24 são chefes de estado. A solenidade foi iniciada com a leitura do Termo de Posse pelo primeiro-secretário do Congresso, deputado Luciano Bivar (União-PE). O mandato de Lula e seu vice-presidente, Geraldo Alckimin, vai até 4 de janeiro de 2027.

Lula iniciou seu discurso lembrando da mensagem de seu primeiro mandato, em 2003. Na ocasião, o presidente iniciou o discurso de posse com a palavra “mudança”. Para ele, será necessário repetir compromissos com “direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação”.

“Ter de repetir este compromisso no dia de hoje – diante do avanço da miséria e do regresso da fome, que havíamos superado – é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes”, ressaltou. “Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou, a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”.

Emocionado, Lula afirmou que seu trabalho será de reconstrução. “Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre. Para confirmar estas palavras, teremos de reconstruir em bases sólidas a democracia em nosso país. A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantir a todos e a todas os direitos inscritos na Constituição”, declarou.

Imgens de drone da Praça dos Três Poderes durante a cerimônia de posse da presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente disse que serão revogadas “injustiças cometidas contra os povos indígenas” e o teto de gastos. Para ele, a medida gerou impacto negativo no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, afirmou que programas sociais serão recompostos

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada Teto de Gastos”, argumentou. “Vamos recompor os orçamentos da Saúde para garantir a assistência básica, a Farmácia Popular, promover o acesso à medicina especializada. Vamos recompor os orçamentos da educação, investir em mais universidades, no ensino técnico, na universalização do acesso à internet, na ampliação das creches e no ensino público em tempo integral”, disse. “Este é o investimento que verdadeiramente levará ao desenvolvimento do país”, acrescentou.

Lula também destacou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução do pleito e disse que a frente democrática vitoriosa superou “a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu”, em referência à campanha do candidato Jair Bolsonaro.

“Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder, nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos, nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentira disseminadas em escala industrial”, disse.

DIAGNÓSTICO ESTARRECEDOR

Segundo Lula, o diagnóstico realizado pelo Gabinete de Transição de Governo é estarrecedor. O levantamento é um mapeamento da situação atual do Estado Brasileiro.

“Desmontaram a educação, a cultura, a ciência e tecnologia. Destruíram a proteção ao meio ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública, a proteção às florestas, a assistência social. Desorganizaram a governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas”, afirmou.

Sem mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que sua gestão não será marcada por “revanche”. Mas destacou que “quem errou responderá por seus erros”.

“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros com direito a ampla defesa, dentro do devido processo legal”, disse.

RETOMAR 14 MIL OBRAS PARALISADAS

Entre as principais medidas, Lula afirmou que conversará com os 27 governadores para definir as prioridades de sua gestão. Entre as medidas, o presidente destacou que serão retomadas 14 mil obras paralisadas no país.

“Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer. Buscaremos financiamento e cooperação – nacional e internacional – para o investimento, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços, agricultura e a indústria. Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo”, pontuou. Com informações d’Agência Brasil.

Augusto reuniu secretariado no primeiro dia útil de governo || Foto Lucas Matos GovITB
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O novo prefeito de Itabuna, Augusto Castro, prometeu esforços em ações de combate à fome no município. O compromisso foi firmado depois de o novo gestor participar de missa em Ação de Graças, nesta segunda (4), primeiro dia útil do governo municipal. O prefeito diz que o flagelo da fome voltou com a pandemia do novo coronavírus.

– Vamos firmes visando atender as pessoas que mais necessitam. Com a pandemia, há pessoas passando fome, daí que a assistência social vai atuar para diminuir esta situação – disse ele. As ações de combate à fome deverão ser detalhadas nos próximos dias.

Celebrada pelo bispo diocesano Carlos Alberto Santos, a missa foi o primeiro compromisso da agenda oficial de Augusto nesta segunda, após a qual ele se reuniu com todo o secretariado por cerca de meia hora e visitou pastas do governo instaladas no Centro Administrativo Firmino Alves, sede da prefeitura.

O novo prefeito disse que as ações do seu governo chegarão a toda a comunidade. “Conversamos com toda a cidade na campanha política e reafirmo a disposição de transformar Itabuna cidade dos nossos sonhos. Por isso, são grandes os desejos e a responsabilidade que temos”, afirmou.

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Mariana FerreiraMariana Ferreira | mariana.sferreira90@gmail.com
 

O que parecia um fenômeno imbatível e impositivo da vida foi passo a passo minado por ações agressivas e muitas vezes contestadas, rotuladas como assistencialistas e eleitoreiras. Mas, assim como a fome é criação do ser humano, a segurança alimentar também o é.

 
Em meio a tantos e exaustivos embates dessa campanha eleitoral, vi na página do Facebook da Dilma que a Globo a mandou retirar um vídeo por não ter autorização de uso. Sem necessidade aqui de julgar sobre a relação Globo x Dilma – já há tantas declarações e percepções sobre isso –, fui ver o vídeo. Enfim, fala de uma reportagem sobre o retrato da fome no Brasil que repercutiu no mundo e ganhou vários prêmios. O conteúdo é forte, mostra o Brasil do ano 2001.
No vídeo é possível ver como há tão pouco tempo a vida era tão difícil e em muitos casos insuportável para as pessoas do grupo de baixa renda. Não pela violência, não por acidentes, mas pela fome. Sem fazer apologia a Lula e Dilma, que é a minha candidata, é verificável que é realmente impressionante o ritmo acelerado de evolução em relação à fome e à miséria no país.
Àquela época, que não está tão distante assim, a reportagem da Globo versou que “proeza era criança viva, e bebê recém enterrado era acontecimento banal”. Revelou ainda que “no Brasil, a cada 5 minutos morria uma criança, a maioria de doenças da fome”. Um médico sanitarista foi entrevistado e ele informou que, de acordo com o Unicef, morriam cerca de 290 crianças por dia nessas condições, o que correspondia, também segundo o órgão, a dois boeings 737 de crianças mortas por dia.
É incrível ver como o que parecia impossível há tão pouco tempo, e tão discutido por Milton Santos, geógrafo que no mesmo ano gravou um documentário sobre o assunto (meses antes de sua morte), desmanchou-se no ar, como quem apenas esperava alguém para intervir. E foi assim que comer mostrou-se ser, além do óbvio, um ato político.
O que parecia um fenômeno imbatível e impositivo da vida foi passo a passo minado por ações agressivas e muitas vezes contestadas, rotuladas como assistencialistas e eleitoreiras. Mas, assim como a fome é criação do ser humano, a segurança alimentar também o é. Santos, um mestre de fato e de direito, ficaria orgulhoso ao saber que, hoje, o seu Brasil deu exemplo mundial e foi honrosamente retirado do Mapa da Fome da ONU. Um feito para encher os brasileiros de orgulho.
Segue o link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-A9zEQ1-ODQ#t=166
Mariana Ferreira é comunicóloga.

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alimentaçãoCerca de 805 milhões de pessoas no mundo, uma em cada nove, sofrem de fome crônica no mundo, segundo o relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (Sofi 2014, na sigla em inglês), divulgado hoje (16) em Roma, na Itália, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O estudo confirmou tendência positiva observada nos últimos anos de redução da desnutrição mundialmente: o número de pessoas subnutridas diminuiu em mais de 100 milhões na última década e em mais de 200 milhões desde o período1990-1992.
Segundo o documento, a redução da fome nos países em desenvolvimento significa que a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de diminuir à metade a proporção de pessoas subnutridas até 2015 pode ser alcançado “se apropriados e imediatos esforços forem intensificados”.
Até o momento, 63 países em desenvolvimento alcançaram o objetivo, entre eles o Brasil, e outros seis estão a caminho de consegui-lo até 2015. O documento incluiu este ano sete estudos de casos, entre eles o Brasil. De acordo com o levantamento, o Programa Fome Zero, que colocou a segurança alimentar no centro da agenda política, foi o que possibilitou o país a atingir este ODM. O estudo também destaca os programas de erradicação da extrema pobreza, a agricultura familiar e as redes de proteção social como medidas de inclusão social no Brasil
O relatório é uma publicação conjunta da FAO, do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida).
“Isto prova que podemos ganhar a guerra contra a fome e devemos inspirar os países a seguir adiante, com a ajuda da comunidade internacional se for necessário”, dizem, no relatório, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, o presidente do Fida, Kanayo Nwanze, e a diretora executiva do PMA, Ertharin Cousin. Eles ressaltaram que “substancial e sustentável redução da fome é possível com comprometimento político”.
O documento ressaltou que o acesso a alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram progresso econômico, especialmente no Leste e Sudeste da Ásia. O acesso à comida também aumentou no Sul da Ásia e na América Latina, mas principalmente em países que têm formas de proteção social, incluídos os pobres no campo, segundo o estudo.
No entanto, o relatório apontou que apesar do progresso significativo geral, ainda persistem várias regiões que ficaram atrás. Na África Subsaariana, mais de uma em cada quatro pessoas continua com fome crônica. A Ásia abriga a maioria dos famintos – 526 milhões de pessoas. A América Latina e o Caribe são as regiões que fizeram os maiores avanços na segurança alimentar.
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Andreia Verdelio | Agência Brasil
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003 dentro das iniciativas do Programa Fome Zero para fortalecer os circuitos locais de produção agrícola e a agricultura familiar, também beneficiou quase 5 mil agricultores e mais de 124 mil estudantes em cinco países da África. O PAA África é uma iniciativa conjunta do governo brasileiro, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional. Com um orçamento total de US$ 11 milhões, já foi implementando na Etiópia, em Malaui, Moçambique, no Senegal e Níger.
A fase piloto do programa começou em fevereiro de 2012, com foco na compra de alimentos para a merenda escolar. Segundo o técnico do Ministério da Agricultura de Moçambique, Eugénio Comé, em visita ao Brasil, é possível perceber que os relatos sobre a agricultura familiar estão mesmo se concretizando no país. “Tirei boas lições dessa experiência que tive no Brasil e vou levá-las com a perspectiva de adaptar o que vi aqui para a realidade de Moçambique.”

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walmirWalmir Rosário | wallaw1111@gmail.com

Como os nordestinos não encontram o amparo da Fifa para a copa do mundo de 2014, o jeito é esperar, mesmo no leito de morte, a ajuda chegar.

A célebre frase dita pelo engenheiro militar, jornalista e escritor Euclides da Cunha, afirmando que “O sertanejo é, antes de tudo, um forte” não tem sido levada ao pé-da-letra pelas nossas maiores autoridades.
Para eles, o nordestino teria o dom da ressurreição ou da imortalidade. Certo que alguns nordestinos ostentaram e ostentam o título de imortal, concedido por algumas academias, inclusive a conceituada Academia Brasileira de Letras.
Talvez, quem sabe, vendo a longevidade do ex-tudo José Sarney, maranhense, e, portanto, nordestino, esse povo de Brasília confunda a assertiva de Euclides da Cunha lá em Canudos.
Essa confusão tem criado sérios problemas para os nordestinos que teimam em viver no polígono das secas (se é que ali se vive). De fome e de sede eles não morrerão, acreditam aquela gente que se instala na presidência da República.
Mas não é assim que a banda toca e a cada dia presenciamos o tratamento desigual proporcionado aos nordestinos. Mas se eles já ganham o Bolsa-família, que querem mais? Devem perguntar.
No balaio de bondade distribuído pela presidenta Dilma Rousseff para os nordestinos está a prorrogação das dívidas com os bancos, como se bastasse na próxima chuva “chover em abundância rios de leite e ribanceiras de cuscuz”.
Não é bem assim, dona Dilma, falta água para beber, tanto para as pessoas (gente, mesmo…) e os animais, que já foram considerados pelo ministro Magri (portanto de Brasília) seres humanos.
Falta comida, pois as plantações têm sido perdidas há anos, e agora nem mesmo semente existe para ser plantada. O nordestino pode ser um forte, mas com fome é difícil lutar. O nordestino também sente muita piedade e dor profunda de ver seus animais morrendo de fome, de sede.
E sabe o motivo, presidenta: Porque desde que Dom Pedro (os dois) eram monarcas que prometem acabar com a seca no Nordeste. E essas promessas passaram a ser feitas pelos presidentes desde que o império ruiu.
Se grande parte da criação morreu (gado, animais de monta e serviço, aves, etc.) foi por falta de ração, do simples milho que a Conab não teve a competência de transportar.
Mas a culpa é creditada na simples licitação para o transporte. Como os nordestinos não encontram o amparo da Fifa para a copa do mundo de 2014, o jeito é esperar, mesmo no leito de morte, a ajuda chegar.
Tivesse o apadrinhamento da Fifa, não precisaria licitação, como para construir e reformar estádios, aeroportos, dentre outros equipamentos para mostrarmos aos gringos a partir da copa das confederações.
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