Corpo do médico Perseu será sepultado neste sábado em Ipiaú || Foto Redes Sociais
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O corpo do médico ortopedista Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, executado em um quiosque, na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira (5), será sepultado na manhã deste sábado (7), no Cemitério Jardim da Saúde, em Ipiaú, no sul da Bahia. O velório está ocorrendo para familiares e amigos, no Salão da Maçonaria, em frente à sede da prefeitura.

Para o público, o velório será aberto a partir das 7h. O sepultamento de Perseu Ribeiro Almeida está previsto para acontecer às 9h30min. O corpo chegou ao sul da Bahia na tarde desta sexta-feira (5). Foi transportado do Rio de Janeiro em voo fretado pelo Governo do Estado. Ele atuava na rede estadual de saúde, no Hospital Geral Prado Valadares, no sudoeste da Bahia. Além disso, trabalhava no Hospital Geral de Ipiaú, onde nasceu.

Perseu Ribeiro Almeida foi atacado quando estava na companhia dos também médicos Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Daniel Sonnewend Proença, 32, que sobreviveu e está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Segundo a polícia, Perseu e os colegas foram mortos por engano. O médico baiano teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26 anos.

O miliciano Taillon de Alcântara (à esquerda que seria o alvo dos bandidos) Fotomontagem o Dia
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A polícia suspeita que os três médicos mortos, na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque, na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foram atacados por milicianos, que confundiram umas vítimas com integrante de uma facção criminosa rival. O ortopedista do sul da Bahia Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, tinha semelhança física com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26 anos.

O miliciano Taillon de Alcântara Pereira mora perto do quiosque onde ocorreu o crime, por volta da 1h da madrugada. Ele é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como um dos principais chefes da milícia que atua na Zona Oeste. A polícia suspeita que os criminosos receberam a informação errada e atacaram as pessoas inocentes.

Perseu Ribeiro Almeida estava na companhia dos também médicos Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Daniel Sonnewend Proença, 32, que sobreviveu e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra.

O TRIPLO HOMICÍDIO FOI FLAGRADO POR CÂMERA DE SEGURANÇA

O ataque foi flagrado por câmeras de segurança. A filmagem mostra que, assim que o veículo para na pista, bem ao lado de uma ciclovia, os criminosos descem, correm na direção aos médicos e fazem mais de 30 disparos.  As vítimas ainda tentaram se proteger, mas não tiveram tempo.

Torcedor do Bahia (ele aparece na foto minutos antes de ser executado), pai de dois filhos pequenos e casado, Perseu Ribeiro Almeida trabalhava no Hospital Geral de Ipiaú. Ele era contratado pelo município e atuava na unidade há cinco meses. O médico também atuava no Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, no sudoeste da Bahia.

Além disso, o médico atuava em clínicas particulares em Ipiaú e Jequié, onde morava. Ele foi ao Rio de Janeiro participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. O médico retornaria para casa no sábado (7). Na madrugada de hoje, ele estava na companhia de colegas no estabelecimento na orla da Barra de Tijuca quando foram atacados.

Perseu era membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IOT-HCFMUSP). O corpo do médico ser sepultado no próximo sábado, em Ipiaú.

Casal de Ubatã não resistiu ao novo coronavírus
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Um casal de idosos de Ubatã, no sul da Bahia, que estava junto há quase 50 anos, foi morto pela Covid-19, em um intervalo de seis dias um do outro. Higino Barros dos Santos, de 69 anos, faleceu na segunda-feira (5), menos de uma semana depois de perder a esposa, Nair, de 68, em 29 de março.

Eles eram casados há 48 anos e tiveram que se separar no dia 15 de março, quando Nair deu entrada na Clínica São Roque, em Ipiaú, com problemas respiratórios. Ela ficou internada por nove dias e foi transferida para o Hospital de Ilhéus. Com o quadro de Covid-19, Nair precisou ser intubada, mas não resistiu.

Higino começou a apresentar os sintomas da doença quando a companheira já estava hospitalizada. No dia 25 de março, ele foi levado pelos familiares ao Hospital Municipal de Ubatã e transferido para o Hospital Geral de Ipiaú, onde ficou intubado. A situação se agravou e Higino morreu na última segunda-feira (5). Quando Nair morreu, Higino estava intubado e não soube do falecimento da esposa.

LIÇÃO DE VIDA

Auana Barros, neta do casal, disse que a perda dos avós causa tristeza, mas também uma lição de vida para a família e as pessoas que conviveram com Higino e Nair. “Eles tiveram muita união e criaram os filhos e netos com muita batalha. Eles eram muito próximos. Tanto em vida, como também agora nesse momento. Eles viveram juntos e foram embora juntos”, disse Auana.

Nair era enfermeira aposentada e, por coincidência, atuou no hospital onde o marido foi atendido quando apresentou os sintomas mais agudos da doença. Gino, como era conhecido, era rodoviário e fazia o transporte de estudantes para as faculdades em Ilhéus. Eles deixaram nove filhos e 20 netos. Gino e Nair foram sepultados no Cemitério de Ubatã. Do G1.