Adriele e a filha Khatlyn após o parto deste domingo (17) || Foto HMIJS
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Inaugurado no dia 6 de dezembro de 2021, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, atingiu a marca de nove mil partos em menos de três anos, com o nascimento de Khatlyn Vitória, neste domingo (17), às 4h47min. Ela é a segunda filha dos trabalhadores rurais Marcelo e Adriele, moradores do Núcleo Colonial, localizado a 10 quilômetros de Ituberá, no baixo-sul do estado.

Khatlyn nasceu de parto normal, com 50 centímetros e pesando 3,380 quilos. Adriele Santos de Jesus chegou ao Materno-Infantil na noite de sábado (16). O parto ocorreu poucas horas depois, no Centro Obstétrico do Hospital.

Prestes a completar três anos de pleno funcionamento, o Materno-Infantil conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24h e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia.

O investimento do estado foi de aproximadamente R$ 40 milhões, entre obras e equipamentos. Desde a sua inauguração, o Hospital é gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS).

REFERÊNCIA

Referência no atendimento a gestantes, puérperas, crianças e adolescentes com menos de 15 anos, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio foi projetado para atender a uma população de oito municípios da região de Ilhéus e 12 da região de Valença. Mas, na trajetória construída ao longo dos seus três anos, já ultrapassou a marca de 150 municípios baianos atendidos, além da população estrangeira que reside na região e turistas de 14 outros estados brasileiros. Do Amazonas ao Rio Grande do Sul.

Considerado um hospital-escola, abriga estudantes de medicina, enfermagem, técnicos de enfermagem, fisioterapia, farmácia, nutrição, técnico em análises clínicas, dentre outros.

É também a única unidade do estado credenciada pelo Ministério da Saúde para atendimento especializado aos povos indígenas da Bahia. Para a diretora-geral do Materno-Infantil, enfermeira Domilene Borges, a unidade cumpre o seu papel de ser referência no atendimento no interior do estado, sendo a única maternidade 100% SUS da região.

Domilene, Patrícia e Samuel durante visita da superintendente ao Hospital
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Primeiro hospital da Bahia habilitado para o atendimento aos povos originários, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, recebeu a visita da superintendente de Políticas para os Povos Indígenas do Estado, Patrícia Pataxó. Acompanhada dos diretores da instituição, Domilene Borges (diretora-geral) e Samuel Branco (diretor-médico), Patrícia conheceu as instalações do HMIJS e teve acesso aos principais resultados obtidos pela unidade. Dentre os números apresentados, o nascimento de 252 bebês indígenas.

“Me sinto feliz e animada”, afirmou a superintende, que conheceu o trabalho do Hospital nesta segunda-feira (29). “Percebi, de fato, o acolhimento e o compromisso de toda a equipe e me dá tranquilidade saber que o meu povo está sendo muito bem tratado por uma equipe que respeita as nossas culturas e tradições”, completou Patrícia Pataxó.

A Bahia tem 229.103 habitantes indígenas de 31 etnias. Trata-se da segunda maior população de povos originários do Brasil e corresponde a 1,62% dos moradores do estado. Salvador é a segunda capital mais indígena do Brasil. No ranking das 50 cidades do Brasil com maior comunidade do grupo étnico, a Bahia ainda conta com Porto Seguro, em 14°, e Ilhéus, 21°. Entre a pesquisa de 2010 e de 2022, ocorreu em todo o Brasil um acréscimo de 88,8% no contingente absoluto de pessoas que se autodeclararam indígenas.

De acordo com Patrícia, o Materno-Infantil deve ser visto como um exemplo não só para a Bahia mas, também, para o Brasil. A unidade conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24h e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia.

Construído pelo Governo da Bahia e entregue em dezembro de 2021, o Hospital recebeu investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões, considerando obras e equipamentos. Nos dois anos e quatro meses de funcionamento, ultrapassou a marca de 7 mil partos e 15 mil internações.

Letícia e seu segundo filho, Ravi, nascido no Domingo de Páscoa
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Inaugurado em dezembro de 2021, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, atingiu a marca de sete mil nascimentos. Quis o destino que Ravi, o bebê de número sete mil da unidade, viesse ao mundo neste Domingo de Páscoa (31), às 18h07min.

O nome Ravi tem origem no sânscrito, uma antiga língua indiana. Sua raiz etimológica significa “domingo”. Mas, também pode ser traduzido como “raio de sol”. Ele é filho da dona-de-casa Letícia Santos, de 22 anos, e do empilhador Inerivan dos Santos.

Residente do bairro Banco da Vitória, em Ilhéus, Letícia lembra que, no sábado (30), começou a sentir fortes contrações e foi levada ao hospital, onde a equipe médica constatou o início da dilatação e a internou. No dia seguinte, com a ajuda de enfermeiras obstetras, o bebê nasceu com 3.075 kg e 48.5 cm. Ravi é o segundo filho do casal.

O Hospital Materno-Infantil pertence à Secretaria da Saúde da Bahia e é administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS). Ele tem 105 leitos, destinados à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24h e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul do estado.

Dirigentes do Hospital e distrito sanitário durante assinatura de documento || Foto Maurício Maron
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O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS) deve se tornar a primeira unidade médico-hospitalar da Bahia e a segunda do Brasil a ofertar atenção especializada para os povos originários. Nesta semana, foi assinado o Plano de Metas e Ações do programa (IAE-PI) pela diretora-geral do HMIJS, Domilene Borges, pelo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI Bahia), Flávio de Jesus Dias; e pelo Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena da Bahia (Condisi), Sérgio Utiarite Bute.

Agora o documento segue para análise final da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde. De acordo com a instituição, a iniciativa visa avançar na qualificação da prestação do serviço aos Povos Originários da Bahia, respeitando contextos interculturais, cuidados tradicionais e a presença de atividades de educação permanente nas aldeias, dentre outros importantes eixos, conforme previsto em Portaria do Ministério da Saúde.

O IAE-PI também vai incrementar acessos a serviços de saúde de média e alta complexidade na rede SUS, garantindo a complementariedade da atenção.

CONFORTO E TRADIÇÃO

Segundo o documento assinado hoje, as diretrizes gerais que norteiam os objetivos vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia; acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos.

Estão previstos ainda o estabelecimento de fluxo de comunicação entre o serviço especializado e a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena, por meio das Casas de Saúde Indígena (CASAI) e a qualificação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos que prestam assistência aos povos indígenas quanto a temas como interculturalidade.

Tanto Sérgio Bute, que representa o controle social, quanto o cacique Flávio Dias, que é vereador licenciado no município de Euclides da Cunha e representa a gestão do DSEI, elogiaram a estrutura do hospital. Eles visitaram as instalações e asseguraram que o modelo a ser implantado em Ilhéus deve servir como referência e exemplo para todo o Brasil. “Vamos levar o que vocês estão propondo executar para debate em todo o Brasil. É um modelo inovador”, assegurou o cacique.

ATENÇÃO E CUIDADO

Nas últimas semanas a direção do HMIJS tem intensificado ações nas comunidades dos Povos Originários. Direção e técnicos já visitaram as aldeias Itapoã e Acuípe do Meio, dialogaram com os técnicos e enfermeiros do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia e convidaram lideranças indígenas para uma visita-guiada ao hospital. Esta última ação deve ocorrer nos próximos dias.

O Brasil tem quase 1,7 milhão de indígenas, segundo os dados de 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com 229.103, a Bahia conta com a segunda maior população indígena no país, o que representa 1,62% dos habitantes do estado. No ranking das 50 cidades do Brasil com maior comunidade do grupo étnico, a Bahia ainda conta com Porto Seguro, em 14°, e Ilhéus, 21°, com pouco mais de 12 mil pessoas que vivem tanto na zona urbana quanto na zona rural.

Os Tupinambá estão situados em uma área de 47 mil quilômetros quadrados entre os municípios de Ilhéus, Buerarema e Una, no Território Litoral Sul. São 23 aldeias tradicionais e, pelo menos, 90% desta área ficam localizados no município de Ilhéus. De uma população de 8 mil pessoas aldeiadas, aproximadamente 5 mil são mulheres.