Custo da alimentação em alta nas duas maiores cidades do sul da Bahia
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O mês de dezembro de 2021 foi de alta para o preço da cesta básica em Ilhéus e Itabuna, conforme pesquisa do Projeto de Extensão Acompanhamento de Custo da Cesta Básica, divulgada hoje (10) pelo Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

A chamada ração mínima ficou 0,91% mais cara em Ilhéus, chegando a R$ 482,87. Dos 12 itens que compõem a cesta básica, oito produtos aumentaram de preço: café (6,68%), carne (6,67%), banana (5,68%), açúcar (4,46%), leite (2,15%), manteiga (1,56%), feijão (1,32%) e óleo (0,82%). Em contrapartida, reduziram de preço: tomate (-9,81%), pão (-5,93%) e arroz (-5,34%). A farinha de mandioca não apresentou alteração de preço em dezembro.

Já em Itabuna a alta da cesta básica foi ainda maior, de 2,11%, orçada em R$ 491,79. Seis itens aumentaram de preço: banana (27,06%), café (9,99%), farinha (6,93%), carne (3,54%), leite (2,89%), açúcar (2,66%). E cinco reduziram de preço: tomate (-8,28%), manteiga (-4,57%), feijão (-1,31%), arroz (-0,45%), e pão (-0,11%). O preço do óleo de soja não sofreu alteração.

Banco Central aumenta taxa Selic novamente
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Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis e energia, o Banco Central (BC) apertou ainda mais os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic – juros básicos da economia – de 5,25% para 6,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A taxa está no nível mais alto desde julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano. Esse foi o quinto reajuste consecutivo na taxa Selic. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião.

Em comunicado, o Copom informou que deverá elevar novamente a Selic em um ponto percentual na próxima reunião, no fim de outubro. Com o teto da meta de inflação estourado em 2021, o órgão informou que trabalha para trazer a inflação de volta para o intervalo da meta em 2022 e, “em algum grau”, em 2023.

“O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste [um ponto percentual por reunião] é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”, destacou o texto.

Com a decisão desta quarta-feira (22), a Selic continua num ciclo de alta. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

INFLAÇÃO
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o indicador fechou no maior nível para o mês desde 2000 e acumula 9,68% em 12 meses, pressionado pelo dólar, pelos combustíveis e pela alta da energia elétrica.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.

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