Cidade tem 14ª maior taxa de homicídios do Brasil, informa Atlas da Violência || Foto José Nazal
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O Atlas da Violência 2024, divulgado hoje (18), informa que, em 2022, Ilhéus teve a 15ª maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes de todo o País, 59,3. O levantamento é resultado de trabalho conjunto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Também feito com dados de 2022, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2023 colocou Ilhéus no 14º lugar no ranking nacional de taxa de mortes violentas (62,1) por 100 mil habitantes (relembre).

BAHIA NO TOPO

De acordo com o Atlas da Violência 2024, a Bahia tem 11 das 20 cidades mais letais do Brasil. Cinco delas ocupam as primeiras posições do ranking, que considera apenas os municípios com mais de 100 mil habitantes. Pela ordem, Santo Antônio de Jesus (94,1), Jequié (91,9), Simões Filho (81,2), Camaçari (76,6) e Juazeiro (72,3).

Salvador aparece na nona posição, o que faz da cidade a capital mais violenta do País, com taxa de 66,4 mortes por 100 mil habitantes. Feira de Santana vem logo atrás, na décima posição. Eunápolis (59,8), no décimo terceiro lugar, e Teixeira de Freitas (57,8), no décimo nono, fecham os maiores tributos baianos ao morticínio brasileiro.

ITABUNA

Segundo o Atlas da Violência 2024, Itabuna foi o quadragésimo município mais violento do País em 2022, com 89 homicídios, equivalente a uma taxa de 47,7 mortes violentas por 100 mil habitantes.

ZERO

Ainda conforme o estudo mais recente, 1.548 municípios não registraram nenhum homicídio em 2022. Neles, também não foi estimado nenhum homicídio oculto (morte sem causa determinada, mas com suspeita de violência). Ou seja, nesses municípios, a taxa foi mínima, igual a zero.

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O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda voltou a ter, em maio, elevação em todas as classes de renda pesquisadas, mesmo com a desaceleração registrada em abril. As mais atingidas foram as famílias de renda muito baixa, com renda domiciliar abaixo de R$ 1.650,50.

Para esta faixa, a inflação ficou em 0,92% em maio. Para as famílias de renda mais alta – de R$ 8.254,83 a R$ 16.509,66 – o percentual não passou de 0,49% no mesmo período. Os dados foram divulgados hoje (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A habitação e os transportes foram os grupos que mais contribuíram para o avanço da inflação. Os principais focos de pressão inflacionária da habitação foram os reajustes de energia elétrica (5,4%), da tarifa de água e esgoto (1,6%), do gás de botijão (1,2%) e do gás encanado (4,6%). Nos transportes, os aumentos da gasolina (2,9%), do etanol (12,9%) e do gás veicular (23,8%) influenciaram o resultado.

A queda de 28,3% no preço das passagens aéreas reduziu o impacto dos reajustes dos combustíveis para as famílias de renda mais elevada da população. O grupo saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,11% em maio, e de 0,10% nas de renda mais baixa, também contribuiu para a alta da inflação. Dentro do grupo de saúde e cuidados pessoais, enquanto as famílias com renda mais baixa enfrentaram alta de 1,3% nos medicamentos, os mais ricos tiveram reajuste de 0,67% nos planos de saúde.

Maria Andréia Lameiras, autora do estudo e pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea, disse que o resultado de maio veio maior, como já era esperado, por conta do reajuste da energia elétrica que pesa muito para as famílias de renda mais baixa.

Além disso, ainda houve alta nas taxas de água e esgoto, no gás encanado e botijão. “A gente já sabia que isso ia pesar mais para as famílias de renda mais baixa. Fora isso, houve um pouco do aumento de medicamentos que bateu de novo em maio. Isso fez com que a inflação dos mais pobres ficasse bem mais alta do que a dos mais ricos”, explicou em entrevista à Agência Brasil.

ALIMENTOS

Na visão da pesquisadora, não deve se repetir este ano a pressão de alimentos ocorrida no segundo semestre do ano passado, causada pela menor oferta influenciada pela exportação, que atraiu os produtores com preços mais elevados no mercado externo, e maior demanda que refletiu mais consumo de famílias mais pobres com o auxílio emergencial.

“Mesmo sabendo que tem problema de seca, pode ter alguma dificuldade em uma cultura ou outra, ainda assim, esperamos que o preço dos alimentos vai puxar basicamente essa inflação para baixo no segundo semestre de 2021, quando se compara com o mesmo semestre de 2020”, disse, acrescentando que o câmbio mais baixo também está ajudando a perspectiva de inflação para o segundo semestre.

Ela destacou, ainda, que essa avaliação leva em conta o grande movimento de demanda interna e internacional e os meses de pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, o que gerou um aumento de demanda muito grande.