O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus (IHGI), Euzner Teles, por meio de ofício enviado nesta sexta-feira (19) à Prefeitura, solicita que o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), garanta efetividade à legislação que protege o patrimônio histórico e cultural do município.
O texto cita o desabamento de parte da fachada do antigo prédio da Marinha Mercante, ao lado da Praça Coronel Pessoa, no Centro. O incidente aconteceu no dia 20 de janeiro de 2021. O episódio, diz o texto do ofício, “leva-nos a acentuar apelo sobre a necessidade urgente de restauração, recuperação e reutilização dos prédios que compõem o sítio histórico cultural da cidade”.
PRÉDIOS HISTÓRICOS
O presidente do IHGI cita imóveis que devem ser contemplados por uma política de preservação, a exemplo da Casa de Jorge Amado, o antigo prédio da Marinha Mercante, o Palácio Episcopal, o General Osório (Biblioteca Adonias Filho) e a sede União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéus, localizada na Avenida 2 de Julho.
O resgate desse patrimônio deve mobilizar esforço de comunicação social sobre a sua relevância para a identidade e o sentido de pertencimento do ilheense, afirma Euzner Teles.
No ofício, ele também reconhece as dificuldades da situação atual, no meio da pandemia de Covid-19, mas ressalta que ignorar a preservação do patrimônio histórico de Ilhéus seria uma afronta ao aparato jurídico que regula a política cultural do país e “um desrespeito, de todos nós, às gerações futuras”.
Segundo Euzner, o que está em jogo é a perpetuação da história e da “nossa própria identidade”.