SAC de Ilhéus, na Rua Eustáquio Bastos, onde funciona unidade do SineBahia
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A Semana Santa começa com oferta de 90 vagas de emprego para profissionais como analista administrativo, intérprete de Libras, professor de Língua Portuguesa, pintor industrial, motorista, cobrador de ônibus, servente de obras e recepcionista em municípios das regiões sul, extremo-sul e sudoeste. As vagas estão distribuídas por Ilhéus, Jequié e Porto Seguro nesta segunda-feira (25).

De acordo com o SineBahia, há 56 vagas em Jequié, 27 em Porto Seguro e 7 em Ilhéus. O atendimento nestas localidades é garantido ao candidato que chegar à unidade do serviço de qualificação e intermediação de vagas de trabalho até as 15h30min de hoje.

Para o cadastramento no SineBahia, necessário apresentar carteiras de Identidade e de Trabalho, CPF e comprovantes de residência e de escolaridade, além de certificado de curso de qualificação, caso possua.

ONDE FICA O SINEBAHIA

A unidade de Jequié do SineBahia fica na Avenida Octávio Mangabeira, no Mandacaru. Já em Ilhéus, o atendimento é prestado na Rua Eustáquio Bastos, ao lado do Mercado do Artesanato e em frente à Praça Cairu, no Centro. Em Porto Seguro, o interessado deve se dirigir ao Shopping Central Park, na Rua Assis Chateaubriand, no Centro. Clique em Leia Mais e confira todas as vagas disponíveis.

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Foto KVKaroline Vital | karolinevital@gmail.com

 

Toda essa confusão a respeito do nível de dificuldade do tema da redação do Enem me fez refletir sobre como a população surda vive à margem da sociedade brasileira. Nós, ouvintes, investimos em dominar outros idiomas, a exemplo do inglês e do espanhol, mas não nutrimos qualquer interesse em aprender o básico sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), segundo idioma oficial do país.

 

Desde 2004, ganho a minha vida escrevendo. Já fiz redação para rádio, jornal, internet. Em 2011, obtive 960 na redação do Enem. E, em 2012, marquei 100 pontos no concurso da Polícia Militar da Bahia. Portanto, posso não ser a melhor escritora do mundo, mas entendo alguma coisinha sobre como produzir um bom texto.

Neste ano, fui presenteada com a grata oportunidade de ganhar minha vida ajudando os outros a escrever. Quem me abriu essa possibilidade foi o professor Emenson Silva, após nos conhecermos quando fui contratada para escrever sobre o segredo do sucesso do Curso Gabaritando. E tem sido uma incrível experiência de partilha, pois sinto que estou aprendendo muito mais do que tenho mediado.  

Ao longo das aulas de redação, trabalhei com os estudantes do Pré-Enem os temas apontados pelos grandes cursos do país como os mais prováveis a cair no certame deste ano. Mais do que entregar uma redação pronta, tentei mostrar maneiras de extrair ideias dos textos motivadores, sempre frisando: vocês devem estar preparados para escrever sobre qualquer coisa. Portanto, mantenham a calma, reflitam sobre o tema, construam a estrutura da dissertação, escrevam e revisem.

Todavia, a preocupação com o tema sempre pareceu maior do que o domínio das técnicas de redação. Na busca por uma fórmula pronta, alguns estudantes chegaram a propor que eu escrevesse uma dissertação sobre o tema que considerado mais provável para ser usada como modelo. Respondi que, se tinham tanta certeza sobre o assunto, investissem em pesquisas para embasar seus argumentos. Afinal, muito mais do que a capacidade de escrita, o Enem avalia a leitura dos candidatos, a aplicação dos conhecimentos adquiridos das mais várias áreas, incluindo do Grande Livro do Mundo, como diria Descartes.

Porém, o tema da prova discursiva do Enem 2017 passou uma rasteira nos palpites dados pelos grandes conglomerados da educação brasileira. Ninguém esperava a proposta do Inep: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Quando divulgaram o tema, a celeuma tomou conta da internet. O Guia do Estudante – “bíblia” dos educandos e educadores brasileiros, pertencente ao Grupo Abril – publicou em sua página do Facebook: “Tema de redação é considerado complexo por professores e leitores”. Claro que não poderiam gostar! Afinal, o mais perto que chegaram do tema foi quando citaram a probabilidade de cair algo sobre acessibilidade. Apenas isso.

A confusão sobre o nível de dificuldade do assunto seguiu assim que o MEC divulgou o tema na internet. Particularmente, não considerei nada absurdo. Afinal, o Enem costuma abordar questões relacionadas à promoção da cidadania e à inclusão dos surdos no processo educacional segue tal vertente.

Assim que vi os textos motivadores, os quais ajudam a nortear a construção da tese e dos argumentos dos candidatos, deparei-me com quatro belas inspirações: um trecho da Constituição Federal sobre o direito à educação da pessoa com deficiência; um gráfico demonstrando a queda do número de matrículas de surdos na Educação Básica; uma peça publicitária abordando a falta de oportunidades no mercado de trabalho para pessoas surdas e, por fim, um breve histórico do acesso dos surdos à educação. Diante de tantas informações disponibilizadas, só pude pensar: “Se alguém não tiver a mínima capacidade de desenvolver algo sobre isso a partir de tantas informações, infelizmente, o problema está com a interpretação de textos, não com o assunto”.

Segundo o IBGE, o Brasil possui quase 10 milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva. Então, onde essas pessoas se escondem, uma vez que tanta gente afirma ser complicado falar a respeito da inclusão dessa parcela da população nos processos educacionais?

Toda essa confusão a respeito do nível de dificuldade do tema da redação do Enem me fez refletir sobre como a população surda vive à margem da sociedade brasileira. Nós, ouvintes, investimos em dominar outros idiomas, a exemplo do inglês e do espanhol, mas não nutrimos qualquer interesse em aprender o básico sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), segundo idioma oficial do país. Não conseguimos considerar qualquer tipo de relação com colegas surdos ou com qualquer nível de deficiência auditiva na escola, na igreja, no trabalho ou em qualquer outro círculo social.  Foi tanto barulho por conta dessas quase 10 milhões de pessoas que, não apenas vivem no silêncio, mas também invisíveis aos olhos da maioria dos seus compatriotas.

 Karoline Vital é comunicóloga e Mestre em Letras: Linguagens e Representações.

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Prefeitura de Ilhéus divulga resultado de seleção pública (Foto Alfredo Filho).
Prefeitura de Ilhéus divulga resultado de seleção pública (Foto Alfredo Filho).
A Prefeitura de Ilhéus publicou, no Diário Oficial do Município, a classificação final para a contratação temporária de professores e intérpretes de Libras substitutos, conforme edital número 001/2017. Foram selecionados 201 profissionais que atingiram, pelo menos, 3,5 pontos.

CONFIRA RESULTADO

De acordo com o município, o contrato é válido pelo prazo de um ano, a contar da data de assinatura, podendo ser prorrogado por igual período. Foram classificados professores para atuar na Educação Infantil Anos Iniciais, para as zonas urbana e rural do Município, e para os Anos Finais, também nas zonas urbana e rural.